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terça-feira, 15 de agosto de 2017

CANÇÃO PARA L.

*Rangel Alves da Costa

L. apenas. Mas você bem sabe que L. é você, pois a primeira letra no seu nome. Escreveu o rapaz tomado de espanto consigo mesmo.
Por ser nome composto, há um nome bonito após esse prenome tão belo. E ele quase escreve o nome inteiro dentro de um coração desenhado num canto da folha.
E prosseguiu com sua letra miúda: E hoje, em meio às saudades, revi a sua fotografia. Não que eu a tenha guardada, mas por que surge como um brilho diferente nas viagens feitas pelo Facebook.
Acho você tão bela L., que sempre duvido se estou avistando uma mulher ou uma deusa. Lembro-me agora que certa vez eu tomei coragem de dizer isso mesmo no seu Messenger. Lembra?
Você não disse nada. Quer dizer, não respondeu com palavras, mas com um coração tão grandiosamente pulsante que me deixou sonhando quase uma semana. E talvez tenha este coração que me tenha esperançado tanto.
De outra feita, perguntei apenas “como vai”. Uma pergunta simples, porém tencionando que de repente surgisse outro coração igual aquele. Mas você nada respondeu no momento, apenas no dia seguinte.
Recordo bem as suas palavras: Você deve estar melhor do que eu, pois vi seu retrato com namorada. Apenas isso. E logicamente sem qualquer coração.
Havia mesmo um retrato meu acompanhado de uma menina. Mas nem sei por que estava ali, por que havia sido postado. Entristecido, sem saber o que fazer diante de tal situação, apenas silenciei.
Silenciei, porém todos os dias, senão a todo instante, procuro pelo Facebook e até abro sua página para encontrar seu retrato. Vários, muitos, diversos, e cada um mais bonito que o outro. Então resolvi fazer diferente.
Novamente pelo Messenger, uma nova mensagem em poucas palavras: Estou com saudade, como vai? E eis a resposta dela: É fácil procurar quando se está sozinho. Você agora deve estar sozinho, não é?
Estou, sempre estive, foi o que eu disse em seguida. E disse mais: Você não vai acreditar, mas tenho vinte e dois anos de solidão. E esta é minha idade.
Novamente o silêncio angustiante por parte dela. Enviei outras mensagens, talvez dez, talvez mil, mas a nenhuma ela respondeu. Então hoje resolvi fazer diferente.
Não sou poeta, mal sei escrever, mas tomei coragem e escrevi uma canção para ela, cujo nome é precisamente “Uma canção para L”. E diz assim:
“Menina, menina bonita, o que nos separa é a incompreensão do que somos e do que desejamos ser.
Somente o amor poderá nos fazer compreender o que somos e o que desejamos ser. E se a dúvida persistir, que nós mesmos, juntinhos um do outro, possamos compreender o que queremos.
Eu sei o que quero antes de querer muito mais. Quero você. E você? Não peço que me queira agora. Não quero que me diga sim agora. Responda com aquele coração. Apenas. E então estarei ouvindo sua voz”.
E depois de escrever, o apaixonado traiu a si mesmo e escreveu abaixo: Te amo Larissa!

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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ARROGÂNCIA X HUMILDADE.

 Por: SEVERINO COELHO VIANA

Segundo o dicionário, arrogância é a qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; orgulho ostensivo, altivez.

Enquanto isso, a humildade era justamente a sabedoria dos sábios.

Na Grécia antiga, na cidade de Delfos, havia o santuário do deus Apolo, o deus da razão e do conhecimento. Sobre o portal estava escrito o seu famoso oráculo: “Conhece-te a ti mesmo”.

Sócrates, o filósofo, foi consultar o oráculo, pois desejava saber o que significava ser um sábio, já que muitos o consideravam como tal. O oráculo então lhe perguntou:“O que você sabe”? Ele respondeu: “Só sei que nada sei”. O oráculo então concluiu: “Sócrates é o mais sábio de todos os homens, pois é o único que sabe que não sabe.”

João Pessoa – PB, 15 de agosto de 2017.

SEVERINO COELHO VIANA

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ELEIÇÕES DA ADUERN SERÃO REALIZADAS AMANHÃ (16)


As eleições para a direção da Associação dos Docentes da UERN (ADUERN) no biênio 2017/2019 serão realizadas amanhã (16) no horário de 8h às 21h. Podem votar todos os professores e professoras associados à entidade e as urnas estarão dispostas na sede da ADUERN, em Mossoró, e em todos os campi da universidade. Professores e professoras podem votar em qualquer uma das seis urnas dispostas nos campi.

Em Mossoró, a coordenação dos trabalhos será feita pela comissão eleitoral. Cada sessão contará com um presidente, membro do conselho de representantes da ADUERN e por dois mesários, indicados por cada uma das chapas. Os presidentes das sessões poderão indicar outros nomes para substituí-los durante a votação. Em relação aos mesários, também poderão ser substituídos a partir de indicação dos representantes das candidaturas.

Encerrada a votação a mesa receptora procederá a apuração podendo nomear outros nomes como escrutinadores. O resultado será comunicado à coordenação que divulgará logo após contabilização dos votos. De acordo com a comissão eleitoral, serão ao todo 953 votantes e o maior colégio eleitoral é Mossoró, com 597 associados e associadas.

AS CHAPAS - Diferente dos últimos pleitos, neste ano duas chapas disputam a direção da ADUERN . 

A chapa SINDICATO É PRA LUTAR, é encabeçada pela professora Rivânia Moura, lotada na Faculdade de Serviço Social (FASSO), e tem também Alexsandro Donato – Vice-presidente; Márcia Maria Alves – Secretária; Ciclene Alves – Secretária Adjunta; Valdomiro Morais – Tesoureiro; Zacarias Marinho – Tesoureiro Adjunto; Ana Lúcia Gomes – Cultura, esporte e Lazer; Verônica Aragão – adjunta Cultura, esporte e Lazer; Felipe Caetano Oliveira – Diretor Aposentados; Taniamá Vieira – Diretora Adjunta de Aposentados.

A chapa UNIDOS PELA ADUERN, tem como candidato à presidência o professor Denys Tavares de Freitas, docente da Faculdade de Direito (FAD).  A chapa é composta também por Mademerson Costa – Vice-presidente; Antonia Liria Nogueira – Secretária; Lucirene Lopes – Secretária Adjunta; Janderson Dantas – Tesoureiro; Isac Nogueira- Tesoureiro Adjunto; Leonardo Rolim – Cultura, esporte e Lazer; Isaac Oliveira Filho – adjunto Cultura, esporte e Lazer; Luzinete Cabral – Diretora de Aposentados e Antonio Gomes Diretor adjunto de Aposentados

Jornalista
Cláudio Palheta Jr.
Telefones Pessoais :
(84) 96147935
(84) 88703982 (preferencial) 
Telefones da ADUERN: 
ADUERN

Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NOTA DE FALECIMENTO!


É com pesar que informamos o falecimento da docente aposentada Maria Helderi Queiroz D. Negreiros que era lotada na Faculdade de Direito - FAD. 

O velório da docente está sendo realizado no Lions Clube de Mossoró, no Bairro Abolição e o Sepultamento será realizado no cemitério São João (Cemitério velho), por volta das 15h. 

A ADUERN deixa suas mais sinceras condolências a amigos e familiares.

Jornalista

Cláudio Palheta Jr. 
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Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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PADRE CÍCERO E O ACOLHIMENTO AO POVO NORDESTINO

Por José Romero Araújo Cardoso

Personagem polêmico da História recente do Nordeste Brasileiro, Padre Cícero Romão Batista começou a angariar respeito logo após sua ordenação, quando foi designado pelos seus superiores, na década de 70 do século XIX, para ser o vigário de erma localidade perdida nos confins da chapada do Araripe cearense, conhecida por Joazeiro, antigo ponto de parada de tropeiros que iam e vinham da longínqua e desenvolvida cidade do Aracati, ponto de comercialização da produção sertaneja de outrora.

As terras pertenciam a outro Padre de nome Pedro Ribeiro, havendo igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores, ao redor da qual estavam erguidas cerca de setenta e duas casinhas de taipa, habitadas por gente de índole pouco recomendável. Em pouco tempo, Padre Cícero conseguiu converter bandidos, prostitutas, malandros, vigaristas e toda ordem de pessoas desvirtuadas, granjeando fama nos arredores devido às façanhas conquistadas. Quando da grande seca de 1877-1879, apiedado da situação dos sertanejos, passou a proferir sermões na igreja de Nossa Senhora das Dores com apelo para que os deserdados da terrível estiagem se dirigissem às distantes plagas do Norte, onde começava a se dinamizar a extração da borracha de seringueira para atender as exigências da nascente indústria automobilística.
          
Em março de 1889, protagonizou com a beata Maria de Araújo o “milagre da hóstia”. Ao receber a comunhão, a humilde sertaneja espantou as pessoas presentes, pois esta se transformou em sangue e depois tomou o formato de coração.
          
O afluxo de gente em direção ao Joazeiro, após o “milagre da hóstia”, passou a ser contínuo, cada vez mais intenso, despertando a atenção dos seus superiores em Fortaleza, os quais enviaram a primeira comissão episcopal para analisar o fenômeno. O veredicto determinou a fraude do “milagre da hóstia”, mas interesses maiores fizeram com que outra investigação fosse realizada, a qual se definiu favorável aos episódios ocorridos no Joazeiro. Chamado a Roma para se explicar, Padre Cícero desafiou a estrutura suprema da igreja católica, negando que o “milagre da hóstia” tivesse sido um embuste. Então foi definida sua suspensão das ordens sacerdotais e sua excomunhão.
          
Para o povo sertanejo que esperava seu regresso nada disso importava, pois já o tinha como “Padim protetor”, aquele que era a garantia melhores dias, materiais e espirituais, verdadeiro Messias à imagem do Padre Ibiapina e do Frei Vitale.


Padre Cícero promoveu verdadeira revolução, pois evitava que àquelas pessoas simples e humildes que chegavam diariamente ao Joazeiro engrossassem as fileiras do cangaço, fazendo-as beatos e beatos, as  quais passaram a rezar contritas e irresolutas, realizando trabalhos espirituais ao invés de estarem empunhando rifles e punhais assassinos.
          
Apesar do intenso trabalho sócio-religioso que realizou, Padre Cícero contribuiu bastante para o fortalecimento da violência do mandonismo quando deu poderes ilimitados ao médico baiano Floro Bartholomeu da Costa, responsável pela inserção política do movimento do Joazeiro, antes eminentemente religioso.


Vinculado ao Acciolismo, Padre Cícero deu carta branca para que Floro e o exército de romeiros-jagunços avançassem até Fortaleza, intuindo depor, quando da “revolução” de 1914, o governo de Franco Rabelo, cujo fato se evidenciou de forma notável.
          
Apesar do acolhimento espiritual e material a sertanejos oriundos de todos os recantos, principalmente do Estado de Alagoas, Padre Cícero se firmou na história nordestina e brasileira como um dos mais discutidos personagem de todos os tempos.

José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo (UFPB). Professor-Adjunto IV do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografai e Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (UFPB). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA - UERN). Escritor. Membro da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) e da Associação dos Escritores Mossoroenses (ASCRIM).

* Crônica não classificada no I Concurso Homenagem ao Padre do Juazeiro, promovido pelo Parque Cultural "O Rei do Baião" e Caldeirão Político.

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EXU: HOMENAGENS E MUITO XAXADO...

Por Manoel Severo
Rodrigo Honorato, Junior Parente, Zé Tavares, Camilo Lemos e Manoel Severo

Pontos altos dentro da programação Cariri Cangaço Exu foram o conjunto de homenagens prestadas pelo Conselho Consultivo Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço. Uma das grandes homenagens dentro do evento foi sem dúvidas a entrega do Diploma de "Equipamento Imprescindível para a Perpetuação da Memória do Sertão" ao Museu do Gonzagão, equipamento localizado dentro do Parque Aza Branca e que possui o mais completo acervo de documentos e objetos pertencentes ao Rei do Baião.

O Diploma foi entregue ao presidente da ONG Aza Branca, Dr. Junior Parente por dois destacados pesquisadores do Cariri Cangaço; de Pombal na Paraíba, José Tavares Araujo Neto e de Natal, o artista plastico e músico, Camilo Lemos, contando ainda com as presenças do Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo e do secretário de cultura de Exu, Rodrigo Honorato, num reconhecimento ao papel preponderante tanto do Museu do Gonzagão como da ONG Aza Branca na defesa de memória do maior embaixador do sertão de todos os tempos, Luiz Gonzaga do Nascimento.

 Grupo de Xaxado da APAE de Serra Talhada

Logo após, a emoção tomou conta do Parque Aza Branca e de todos os convidados do Cariri Cangaço Exu, a partir de espetacular apresentação do Grupo de Xaxado da APAE de Serra Talhada. Com uma performance extraordinária e um talento cheio de nordestinidade, os alunos da APAE de Serra Talhada mostraram a todos a maravilha da arte do xaxado do sertão, numa autentica festa da alma nordestina.

"Receber a apresentação destes maravilhosos artistas do Grupo de Xaxado da APAE de Serra Talhada, a convite de nosso estimado amigo Sérgio Brayner, foi uma grande honra e emoção. O compromisso com a arte e a memória do sertão, a alegria contagiante e o talento desses jovens encheu nosso coração de esperança" revela Manoel Severo. Ainda dentro da programação da APAE de Serra Talhada, o curador do Cariri Cangaço recebeu das mãos de Sérgio Brayner e da responsável pelo grupo de Xaxado, senhora Zilvaneide, uma lembrança do artesanato local, tendo como personagem principal, Luiz Gonzaga.

 Sérgio Brayner e Zilvaneide entregam presente a Manoel Severo
Grupo de Xaxado da APAE de Serra Talhada

Outro momento inesperado e emocionante foi a apresentação dos quatro talentosos "pequenos" que abrilhantaram a edição Cariri Cangaço Exu 2017. Cecília do Acordeon, Pedro Mota Popoff, Yasmim Almeida e Pedro Lucas Feitosa. Momento que consolidou a verdadeira essência da paixão pela tradição e memória do nordeste, paixão que não tem idade. Para o Conselheiro Cariri Cangaço, pesquisador e escritor de Paulo Afonso, João de Sousa Lima comenta: "A presença desses verdadeiros talentos mirins em nosso Cariri Cangaço Exu mostra o tamanho da força do nordeste, o Pedro Popoff, as lindas Cecília do Acordeon e Yasmim e o Pedrinho do Museu, foram atrações mais que fantásticas, valew e muito".

Em princípio Manoel Severo convidou ao pequeno Pedro Lucas Feitosa, mantenedor do Museu de Luiz Gonzaga no distrito de Dom Quintino em Crato no Ceará, que contou a sua história ao lado dos "pais/avós"; seu Antonio e dona Salete; que pela primeira vez participavam de um grande evento como o Cariri Cangaço.

 Cecília do Acordeon, Pedro Popoff, Manoel Severo, Pedro Lucas e Yasmim Almeida 
No lado direito da foto, seu Antonio e dona Salete
 Pedro Lucas Feitosa o "Menino do Museu do Gonzaga de Crato"

Pedro Lucas revelou sua paixão pelo Rei do Baião ainda aos cinco anos de idade e aos 9 depois de uma visita a Exu com o avô, resolveu montar seu próprio museu na casa de taipa da bisavó em Crato, lá encontramos cerca de 250 peças devidamente dispostas em todos os locais com destaque para os discos, fotos, artefatos de toda natureza que possuem ligação com o sertão e com o Rei do Baião. O avô, Seu Antonio, explica:"Quando as pessoas souberam do museu ai começaram a fazer doação e depois muitos pesquisadores de Luiz Gonzaga começaram a trazer presentes para o Museu do Pedro".

Do "Pedro do Museu" para o "Pedro do Baião e do Cordel". Logo após a apresentação de Pedro Lucas foi a vez do paulista de Bauru, Pedro Mota Popoff que também foi apresentado aos convidados do Cariri Cangaço Exu 2017. Pedrinho Popoff veio ao Cariri Cangaço Exu ao lado da mãe, dona Carla Mota, incentivadora e fã incondicional do filho talentoso, não sem antes receberem homenagens do poeta  e pesquisador Francisco de Assis, da Paraíba e do cordelista Ernane Tavares de Crato.

 Cordelista Ernane Tavares de Crato...
Francisco de Assis e Manoel Severo
 Pedro Mota Popoff emocionou a todos com seu talento e profundo amor pelas 
coisas do sertão.
Para encerrar a participação do "Quarteto de Ouro" mirim no Cariri Cangaço Exu 2017, novamente sobem ao palco a pimentinha do forró, Cecília do Acordeon em dueto com Yasmim Almeida e participação também especial de Pedro Popoff, 
dai: Tome xaxado e baião... 
Secretário Rodrigo Honorato apresenta o Quarteto de Ouro do Cariri Cangaço Exu...
Cecília do Acordeon, Yasmim Almeida e Pedro Popoff

Encerrando a extensa programação da manhã de sábado do Cariri Cangaço Exu 2017, Manoel Severo haveria de fazer um dos justos registros do evento ao ressaltar o compromisso, a retidão e o trabalho do secretário de cultura de Exu, Rodrigo Honorato, a frente de uma briosa e talentosa equipe de profissionais e colaboradores.

"Quando chegamos aos locais de nossa programação, muitas vezes não lembramos que uma equipe de profissionais já esteve aqui antes para nos proporcionar tudo isso: Montar palco, cadeiras, mesas, som, cuidar para que tudo possa correr bem. Ontem as duas da manha, após um dia corrido de atividades, este senhor aqui a meu lado, que também é o secretário de cultura de Exu, grande amigo irmão Rodrigo Honorato; estava aqui com sua equipe no Parque Aza Branca arrumando e providenciando tudo para essa grande programação pudesse acontecer. Muito obrigado Rodrigo por nos dá esse grande exemplo de trabalho e compromisso, Exu está de parabéns pela bela equipe que tem como grande timoneiro o prefeito Raimundinho Saraiva" completa o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo.

 Manoel Severo e o reconhecimento ao secretário de cultura de Exu, Rodrigo Honorato
Secretário de cultura de exu, Rodrigo Honorato

Cariri Cangaço Exu
22 de Julho de 2017
Parque Aza Branca, Exu-Pernambuco

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Nosso Museu De Cara Nova em Crato no Ceará
Pintor: Gildo
Fone:(88)996578326
O cara é fera!!!

Fonte: facebook
Página: Pedro Lucas Feitosa
https://www.facebook.com/

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O MENINO VAQUEIRO QUE CAPTUROU O TEMPO

Autores: Evaristo Geraldo e Godofrêdo Solon

Na próxima quinta-feira dia 17/08/2017 é o inicio da II Feira do cordel Brasileiro, na ocasião estarei lançando o cordel: O Menino Vaqueiro Que Capturou o Tempo. Esse texto escrevi em parceiro com meu mano Godofredo Solon e a capa desse folheto é uma xilogravura do xilógrafo Jefferson Campos, venham conferir nossos trabalhos! segue algumas estrofes do cordel:


O MENINO VAQUEIRO QUE CAPTUROU O TEMPO

Autores: Evaristo Geraldo e Godofrêdo Solon

1
Quando nós somos criança,
Temos a mente mais pura,
O nosso anjo da guarda
Sempre a nossa mão segura,
Somos capazes de ver
Sua angelical figura.

2
Eu vou falar pra vocês
Dum menino muito arteiro
Que nasceu numa fazenda
Do Nordeste brasileiro.
Ali, o pai do garoto
Era o principal vaqueiro.

3
Esse menino imitava
Tudo que seu pai fazia:
Ele montava cavalos,
Gibão de couro vestia;
Aos poucos, se tornou bamba
Na arte da montaria.

4
Quando seu pai o levava
Pras festas de apartação,
Bastião, esse menino,
Vestia bota e gibão
E campeava com o pai
Montado em seu alazão.

5
Esse menino vaqueiro
Tinha somente dez anos.
Campear e estudar
Eram os principais planos,
Pois na vida ainda não tinha
Passado por desenganos.

6
Na Fazenda Caiçarinha,
Onde Tião foi criado,
Declaravam: – Esse jovem
Será vaqueiro afamado,
Pois já campeia o gado
No capoeiral fechado.

7
Um dia, foi o garoto
Passar férias na cidade,
Na casa do seu padrinho,
Que era avançado em idade,
Dono de um frigorífico
Único da localidade.

8
Bastião levou consigo
O seu laço e seu gibão,
Conduziu tudo arrumado
Dentro de seu matulão,
Porque ele tinha orgulho
Dessa sua vocação.

9
O menino pretendia
Mostrar para algum amigo
Que ele sabia montar,
E não temia perigo.
Por essa razão, levou
O laço e o gibão consigo.

10
Os meninos da cidade
Sentiam satisfação
Ao ver Tião a cavalo
Usando laço e gibão,
Laçando estaca e hidrômetro
Com a maior perfeição.

11
Mas eles, após um tempo,
Pararam de procurar
O pequenino vaqueiro
Pra vê-lo se apresentar.
Assim, Tião ficou triste
Por não ter com quem brincar.

12
O padrinho do Tião
Pediu para ele um dia
Ir deixar o seu cavalo
Num grande campo que havia
Afastado da cidade,
O qual ele possuía.

13
Bastião foi satisfeito
Montado nesse animal
Porque isso o fez lembrar
Da sua terra natal
E das vezes que ele foi
Pegar boi no matagal.

14
Quando Tião se afastou
Daquela área urbana,
Começou a laçar tocos
E moitas e de ritirana,
E dizia: – Eu sou vaqueiro
Que não erra e nem se engana.

15
Esse vaqueiro mirim
Era extraordinário.
Nesse campo, ele laçou
Até alvo imaginário,
Pois o sonho em nossa infância
É algo mui necessário.

16
O jovem jogava a ermo
Seu laço pra todo o lado.
Este acabou por ficar
Suspenso e friccionado,
Como se algo invisível
Ele estivesse laçado.



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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