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terça-feira, 9 de julho de 2019

O CANGACEIRO BRONZEADO


Clique no link abaixo e leia algo sobre o ataque dos cangaceiros à Mossoró


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“PRECE DO ARTISTA”

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de julho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.242
Espaço para o saudoso amigo e escritor penedense, Ernani Méro, página 9, do livro “Na Varanda do Tempo”, na íntegra:

*    Senhor, ponho-me na vossa presença
Reconheço, ser barro quebradiça, porém, com a vossa luz poderei realizar maravilhas.
*      Fazei-me, um instrumento em vossas mãos para colaborar na conscientização de – um mundo melhor -,
*      Que o meu cinzel, seja para esculpir na madeira, no mármore, na pedra, o belo que é o reflexo de vossa Grandeza.
*      Que o meu pincel seja para eternizar, em cores de matizes vários, a sublimidade da natureza.
*      Que a minha régua (T), seja para traçar as linhas, em termos de equilíbrio, refletindo a vossa sabedoria na construção do universo.
*      Que a minha voz, seja um veículo de mensagem a serviço do bem. Falando ou cantando, esteja eu concretizando aquilo que sois em plenitude, a VERDADE.
*      Que, produzindo ou contemplando um exemplar de Arte, tenha consciência de que estou, cocriando Convosco.
*      Que a minha pena não seja motivo de discórdia, mas de paz, fraternidade e amor, respeito total à dignidade humana, um canto de louvor às criaturas que são vossa Imagem e Semelhança.
*      Que eu seja, Senhor, um sentinela avançado na defesa do nosso acervo artístico-cultural.
*      Que eu transmita, Senhor, à juventude o respeito à tradição, pedaço da alma de um povo, conscientizando-a de que ser conservada intacta, livrando-a de acréscimo e mutilações.
*      Senhor, eu tenha vida de artista, alma de artista, comportamento de artista, sensível ao belo, ao puro, a tudo o que é digno e fiel à verdade de origem.
*      Sim, Senhor, que eu seja um serviço à Pátria, à comunidade e a Fé.
  
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JARARACA: O CANGACEIRO ENTERRADO VIVO QUE VIROU MILAGREIRO EM MOSSORÓ


Por Everton Dantas
Jararaca, cemitério São Sebastião, Mossoró. Arte: Keops Ferraz/OP9

Conheça a história de José Leite Santana integrante do bando de Lampião que renasceu no imaginário popular como santo capaz até de fazer uma pessoa ganhar na loteria.

Em 19 de julho de 1927, numa noite clara, José Leite Santana na época com 26 anos, foi retirado de uma cela onde estava preso na cidade de Mossoró. A informação que lhe deram foi que ele seria transferido para Natal, onde receberia cuidados médicos: ele havia sido baleado próximo ao pescoço e na perna.

No caminho, coincidentemente, o veículo quebrou em frente ao cemitério São Sebastião. José então foi conduzido por soldados armados até uma cova aberta. Lá, foi baleado e jogado no buraco.

Em algumas versões dessa história, teria sido enterrado vivo. Em outras, antes de morrer, fez questão de afirmar que era “um dos homens mais corajosos que já havia pisado no…”. A frase jamais foi terminada, pontuada por um tiro na cabeça ou uma coronhada.

Há ainda outras versões nas quais ele próprio teria cavado sua cova e que além dele também pensaram em matar o coveiro, que viu tudo.

De um modo ou de outro, todas as histórias têm em comum o relato da crueldade com a qual foi morto. E isso acabou semeando sua história num terreno ocupado por poucos, o dos milagreiros nordestinos.

Imagem da prisão de Jararaca, feita em 1927. Foto: Reprodução/J. Otávio

Mas isso não seria possível se José fosse só mais um, sem carinho ou discurso. José floresceu santo na morte porque em vida foi um dos cangaceiros mais temidos de Lampião, o Jararaca, preso durante a tentativa do bando de invadir Mossoró, em 1927.

Há relatos de que ele foi baleado quando tentava despojar outro cangaceiro, Colchete, esse sim morto durante o conflito. Depois de ter sido ferido, foi capturado e ficou para trás após o grupo de cangaceiros ser derrotado pelos moradores de Mossoró.

A forma cruel como foi morto e sua coragem diante da cova aberta – esse relato – ganhou credibilidade graças a uma entrevista dada por um dos policiais que participou do assassinato. Diante da valentia do cangaceiro, a ação policial acabou sendo tachada de covarde.

Com o tempo, a tradição oral e a imprensa escrita espalharam os feitos de sua vida e o relato de sua morte. Quando esse efeito encontrou-se com o das orações feitas por sua alma, erigiu-se o culto.

Em 1976 túmulo de Jararaca já era o mais procurado

Há muitos anos, seu túmulo, destaque no cemitério de São Sebastião, é o mais visitado. O registro mais antigo dessas visitações encontrado no acervo do extinto jornal Diário de Natal é do dia 5 de novembro de 1976. Foi feito numa reportagem sobre o Dia de Finados em Mossoró, com o título “Muita gente foi rezar no túmulo do cangaceiro”.

No texto é relatado que das cerca de 20 mil pessoas que foram ao cemitério São Sebastião, milhares visitaram o túmulo do cangaceiro. E que “de alguns anos pra cá” a popularidade da sepultura teria crescido “depois das primeiras manifestações tidas como milagreiras”.

Nos dias atuais, nos dias de Finados, são tantas pessoas orando, pagando promessa e pedindo graças que o local se tornou ponto obrigatório para qualquer jornalista que trabalhe no dia dos mortos.

Há relatos de que algumas vezes foram tantas velas colocadas acesas que o Corpo de Bombeiros precisou ser chamado. Literalmente, Jararaca ainda arde em Mossoró.

Jornal de 1976 é um dos primeiros registros do culto a Jararaca. Foto: Reprodução/Diário de Natal
Cangaceiro apareceu em sonho e disse os números da loteria

As pessoas que passam por lá trazem suas histórias de graças atendidas para si ou para outras pessoas. Há inclusive histórias de riqueza obtida.

Uma delas foi contada à pesquisadora Eliane Tânia Freitas, doutora em Antropologia pela UFRJ. Ela é autora da tese “Como nasce um santo no cemitério: Morte, memória e história no Nordeste do Brasil” e, em 2000, entrevistou aos pés do túmulo do cangaceiro uma mulher de 46 anos identificada como Terezinha de Jesus.

De acordo com o relato dela, Jararaca lhe apareceu num sonho. “Eu pedi um teto a ele, que eu não tinha. Morava em casa alugada há muitos anos. E ele foi e me mostrou assim um letreiro de luz. ‘Tá aqui! Agora, você não diga a ninguém’. Ele atirava assim com o revólver, aí eu via numa pedra os números da loteria”, contou.

Ao acordar, ela anotou os números, jogou e ganhou. “Deu pra mim comprar um carro, uma casa boa. (….) Ele é bem moreno. Fiquei em choque, porque eu queria falar, mas não podia, só podia escutar”, contou, há 18 anos.

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O ENTERRO DA ESCOLA


Por Ivone Boechat

É muito interessante lembrar a história antiga de uma Escola que estava perto da falência, e os pais, professores e alunos se reuniam nas esquinas, nos bares, nas praças,  em qualquer lugar, para apontarem os culpados. Cada qual gritava mais alto que o culpado só podia ser o diretor. Claro, diziam, o diretor é antipático, não cumprimenta ninguém, mas o diretor apontava para os coordenadores: são muito desatualizados! Coordenadores não economizavam denúncias: culpados são os pais, eles não comparecem a nenhuma reunião que se marca. Além disto, os professores são omissos! Cadê os planos, cadê a avaliação compartilhada? Os pais diziam que os culpados eram as autoridades. Enfim, conversa vai, conversa vem e a situação só piorava. O tempo passava e nada de solução. A Escola estava nas últimas, prestes a morrer!
    

O diretor resolveu organizar o dia do enterro da instituição. Todos se assustaram, porém, ficaram curiosos para ver a cara do defunto. No dia e hora marcados, lá estava a comunidade, em peso, para a solenidade do velório. No meio de um grande auditório, colocaram um enorme caixão preto aberto e o diretor organizou a fila dos presentes para o último adeus à finada.Coroas com frases tipo assim: Último adeus à chatice! A escola já nasceu morta.
    
Silêncio! Muita expectativa. À medida que foi dada a ordem para olharem dentro do caixão, a decepção foi geral. O corpo do defunto estava coberto de flores, mas no lugar do rosto, havia simplesmente um espelho. Cada um que se mirava no espelho tomava um susto e saía pensativo.

A ideia serviu de lição, porque, em pouquíssimo tempo, a Escola "ressuscitou" e ninguém nunca mais se esqueceu de que a responsabilidade pelo sucesso de uma Escola pertence a cada um.
Enviado pela autora

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A MILAGROSA CACHAÇA DO MEMORIAL

*Rangel Alves da Costa

Alguém denominou de Tenda dos Milagres as prateleiras com as cachaças misturadas no Memorial Alcino Alves Costa, em Poço Redondo, no sertão sergipano. Já outro afirmou ser O Terreiro da Rezadeira, eis que ali, entre infusões de mato, raspas de pau, folhas e grãos, sempre há uma cura para os males físicos. E ainda outro simplesmente denominou de A Prateleira dos Desenganados, pois, segundo ele, ali o renascimento aos que chegam com tristeza profunda e em tempo de querer partir dessa vida.

Seja como for, ou sob a denominação que se deseja dar, a verdade é que a cachaça do Memorial já se tornou tão famosa quanto necessária a muitos. E muita gente entra no espaço e, sem ao menos lançar o olhar para o interessante acervo ao redor, vai diretamente ao local das bebidas. Escolhe a que deseja, repete outra e mais outra, e depois faz o mesmo percurso como se nada mais interessasse. O que interessa mesmo é a cachaça sendo saboreada e a vontade de beber muito mais.

A verdade é que além de possuir um belíssimo e grandioso acervo histórico-cultural do percurso poço-redondense e sertanejo, o Memorial Alcino Alves Costa parece que vem operando verdadeiros milagres. Milagres da ilusão que uma dose de cachaça vai diminuir a dor de amor, que vai apagar a saudade de uma ex-namorada, vai alegrar um coração que está entristecido por motivos muito mais sérios. Mas se acham que raiz de pau possui o dom e o poder de acabar com os ditos sofrimentos, então que repitam a dose.


No seu recanto de bebidas da terra, em prateleiras com sortimentos da legítima casca de pau - e que muitos chamam de farmacinha - a cura de enfermidades é garantida, segundo afirmam e comprovam. Cilço do Milho só chega doente, reclamando disso e daquilo, e de repente, após duas relepadas, já está completamente curado. Toshiba chega num cansaço danado, reclamando de dor nas costas e nas juntas. Depois de duas doses passa a querer pular, a dançar, a zanzar.

A vaqueirama que chega tristonha, emudecida, logo cria encorajamento e os causos e os aboios ecoam cheirando a quixabeira, pau d’arco, boldo, cidreira, umburana, ameixa, quebra-pedra e muito mais. Já testemunhei sertanejo chegar alquebrado, todo se contorcendo de dor, e num instante já estra parecendo rapazote cheio de sibiteza. Verdadeiros milagres acontecem através da farmacinha do Memorial. A tristeza logo se transforma em esfuziante alegria, a mudez logo se torna em converseiro danado, aquele de poucos amigos começa a abraçar todo mundo.

É ou não milagre?

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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UMA FORÇA POLICIAL VOLANTE DESCONHECIDA...


Por Geraldo Júnior

... partindo para os sertões para dar combate aos bandos cangaceiros. Na fotografia registrada por Benjamin Abrahão Calil Botto, destaque para a cabine do caminhão feita de madeira.

A abertura de estradas e o transporte das tropas militares em caminhões foram alguns dos fatores que contribuíram para a derrocada do cangaço. Com a rápida locomoção dos soldados, os combates e as mortes passaram a ser frequentes e forçou o cangaceiro a diminuir o tempo de parada nos coitos e a se embrenhar cada vez mais caatinga à dentro. Lampião sabia que as estradas e os telégrafos eram duas grandes armas inimigas que fatalmente ajudariam a exterminar o cangaceiro e consecutivamente o cangaço, chegando inclusive a assassinar, no ano de 1930, operários que trabalhavam na construção de uma estrada de ferro no sertão baiano.


Fotografia gentilmente cedida pelo escritor e pesquisador do cangaço, Antônio Amaury Corrêa de Araújo.

Geraldo Antônio De Souza Júnior



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LAMPIÃO RACISTA.

Por Geraldo Junior

Apesar de ser um bandoleiro e cometer inúmeros crimes e assassinatos cruéis, Lampião, em algumas cidades que invadia, costumava ir até as igrejas e deixar fartos donativos aos pés dos “santos”... exceto... para São Benedito, por quem mantinha notável preconceito em relação à sua cor. Mostrando seu lado racista dizia:

“Onde já se viu negro ser santo”.

Em seguida, partia deixando para trás o pobre “São Benedito” sem sua generosa oferta.


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ÉS SÓCIO DA SBEC?


Atenção a este comunicado

A SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço) através da Comissão de Eleição informa que estão abertas as inscrições de chapas para eleição de sua Diretoria Executiva.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 05 de Agosto de 2019 através dos e-mails : aobrr@bol.com.br / aderbalnog@terra.com.br

A eleição será feita em alguns grupos do Facebook que serão divulgados posteriormente e se realizará no dia 15 de agosto próximo. Todos os sócios da SBEC poderão votar e o voto será aberto e não secreto.

A posse da nova diretoria ocorrerá no dia 31 de Agosto no Museu do Sertão em Mossoró-RN.


Contamos com a participação de todos e esperamos que a nova gestão faça um bom trabalho em memória a nosso fundador Paulo Gastão.

Att. Comissão de Eleição



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(UM CANGACEIRO DE 7 VIDAS)


Do acervo do historiador Guilherme Machado

Félix da Mata Redonda, ou Félix Caboge... Este nasceu na região de Triunfo Pernambuco, na localidade de Mata Redonda, homem alto caboclo do bigode avantajado segundo ele, era para intimidar os demais! Félix do Carmo por causa da mãe e Félix Caboje por causa do Pai... 

O rapaz valente e forte não levava desaforo de ninguém! o brigão Félix era vizinho de Luiz Pedro que já andava com Lampião e Félix pediu ao vizinho já cangaceiro que o apresentasse ao chefe dos cangaceiros, e isto foi feito, e de cara Lampião gostou da fama de valente do rapaz. Isto foi em 1924.

Por volta de 1927 quando a coisa apertou para os cangaceiros nas paragens de Pernambuco, Félix já não podia mais entrar na casa de seus familiares de qualquer jeito. Combinando com um de seus sobrinho que viria a avistá-los, mais só viria pelos fundos da casa, e quando estivesse próximo avisaria com um código, o código era o seguinte: Ele entrava no quintal batendo duas enormes pedras de fogo dessas de lajedo. E assim foi durante 2 anos.

Conta o sobrinho que recebia várias noticias da morte de Félix, quando menos se esperava ele ouvia as batidas das pedras e lá chegava o tio.

Anos depois Félix deixou o cangaço e se mudando para São Paulo onde veio a morrer não se sabe quando.

O sobrinho jura que várias noites acordava com os tilintás das pedras, mas o cangaceiro não foi mais visto pelas bandas de Mata Redonda!!!!

Foto fonte: Livro Lampião a Raposa das Caatingas autor. José B. Lima Irmão.


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BAILE DE MÁSCARAS

O jornalista e escritor Vicente Serejo – Foto: Alex Régis/ Tribuna do norte

Vicente Serejo
Jornalista e escritor

Publicado originalmente na Tribuna do Norte, edição de 8 de julho de 2019.  
       
Nenhuma instituição cultural do Rio Grande do Norte cuida para valer da história do seu povo. Nenhuma. Para citar uma exceção, seria a Universidade Federal que, embora sem muito fulgor, tem pelo menos editado e reeditados livros e estudos indispensáveis ao registro do nosso pensamento intelectual, ontem e hoje. As demais, lustram com o verniz da vaidade o bestunto e os egos, e nem notam que se transformaram em capitanias quando deveriam ser usinas de idéias.

Quase sempre louvaminheiras, levadas à feérica distribuição de berloques e medalhões, nossas instituições aceitaram viver como se tivessem donos, e hoje estão mergulhadas em velhos vícios. Perdemos o bonde de tudo quanto tem renovado o movimento cultural do Nordeste e do Brasil. O que conquistamos no passado, em cosmopolitismo, perdemos nas últimas décadas, ressalvadas as iniciativas individuais e pessoais de alguns teimosos no ofício da resistência.

Fomos arrojados, sim. Uma cidade do mundo. Desde as travessias marítimas e aéreas. Com Augusto Severo. Nos direitos da mulher, com Nísia Floresta. Na poesia de Ferreira Itajubá e Jorge Fernandes. Nas idéias de Henrique Castriciano para a educação feminina. No sertão de Eloy de Souza e Felipe Guerra. No olho antecipador de Joaquim Inácio de Carvalho. No gênio de Cascudo estudando o povo. No grito das vanguardas – a poesia concreta e o poema processo.

Como pensadores, mesmo numa província cercada destes morros, deste rio e deste mar, estivemos nas maiores e mais importantes coleções do pensamento intelectual brasileiro com os nossos nomes. Na Brasiliana e na Coleção Documentos Brasileiros, para citar as duas maiores:  Rodolpho Garcia, Aurélio Pinheiro, Câmara Cascudo, Jayme Adour, Garibaldi Dantas, Peregrino Júnior. Hoje, estamos confinados às nossas editoras particulares ou financiando a própria glória.

Nossa única biblioteca pública estadual está fechada há mais de dez anos. Nosso Teatro, tão nobre no afrancesamento de suas grades e seus lustres magistrais, fechou as portas há mais de cinco anos. A Fortaleza dos Reis Magos corre o risco de perder a solidão de sua beleza colonial cercada de um parque turístico modernoso. Não temos museus. Não temos casarões restaurados, nem monumentos preservados. E os que fazem o turismo dito cultural são jejunos intelectuais.

Sequer temos merecido o protesto genial, nascido, qual Fênix, das nossas próprias cinzas.  Teria sua beleza e espantaria o mundo. Perdemos a vida pacata, tangidos pelo falso progresso, e ganhamos a pasmaceira. Os improvisos substituíram as idéias e os sabidos tomaram o lugar dos sábios. Rasos em tudo, perdemos o engenho e a arte. Não somos usina. Somos de novo aquela aldeia de vaqueiros e pescadores, como um dia advertiu Edgar Barbosa. Sem ouro e sem fortuna.

NOTA – Meus sinceros agradecimentos ao jornalista Vicente Serejo pela cessão do texto de sua autoria para publicação em nosso TOK DE HISTÓRIA. Rostand Medeiros

Fonte da foto da moldura –



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