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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

LAMPIÃO E OS NAZARENOS - A ORIGEM DA SANGRENTA GUERRA DO SERTÃO; COM ZINHO FLOR

 Por Cariri Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=GIxRaijlmjE

Os Nazarenos foram sem dúvidas os maiores perseguidores de Lampião, de toda a história. Com origem semelhante, os jovens nazarenos conviveram com Virgulino e seus irmãos durante boa parte da juventude e de conhecidos tornaram-se os mais ferozes inimigos.

Hoje trazemos ao Podcast Cariri Cangaço a presença de Luiz Emanuel Nogueira, o conhecido Zinho Flor, um dos maiores conhecedores da historia e guardião da memória de seus antepassados, que nos conta a origem desta verdadeira guerra no sertão, onde os Nazarenos se notabilizaram como os mais ferozes e tenazes perseguidores do rei do cangaço.
Vem com a gente.
Podcast Cariri Cangaço, Território de Grandes Encontros. Ficha Técnica:
Produção Studio F por Heldemar Garcia e Micheline Andrade Programa Gravado no Ema Hotel em Serra Talhada, PE Conduzido por Manoel Severo Barbosa, curador do Cariri Cangaço Música: Lampião Falou (Vanâncio Aparício Nascimento) 1981 - LP - A Festa Luiz Gonzaga

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EX-CANGACEIRO ÂNGELO ROQUE O "LABAREDA" E SUA NUMEROSA família E REGISTRO FOTOGRÁFICO QUE FOI REALIZADO PARA O LIVRO "O MUNDO ESTRANHO DOS CANGACEIROS" DE AUTORIA DO DOUTOR ESTÁCIO DE LIMA.

 Por Histórias do Brasil

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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ANTÔNIO MATILDE E OS IRMÃOS PORCINOS.

 Por Antônio Corrêa Sobrinho

A história do banditismo no sertão do Nordeste do Brasil, conhecido por CANGAÇO, imperante de anos do século XIX a meados do século XX, tem registrado em seus anais a atuação de notáveis bandoleiros, como Cabeleira, Jesuíno Brilhante, Antonio Silvino, Luiz Padre, Sinhô Pereira, Virgulino Lampião, Sabino, Corisco, e também os cangaceiros ANTONIO MATILDE e os IRMÃOS PORCINO, estes últimos, iniciadores, preceptores, mestres daquele que veio a se tornar o mais célebre dos cangaceiros que existiram no Brasil, considerado o “rei do cangaço”, o já acima citado VIRGULINO LAMPIÃO. 

Fui buscar Antonio Matilde e os filhos de Porcino Cavalcanti de Lacerda, Antonio, Manuel, Pedro, gente das terras alagoanas, a fim de compor a coleção de textos que ora apresento, nos jornais pernambucanos, Diário de Pernambuco, A Província e o Jornal do Recife, e, um único informe, no diário carioca A Noite, publicações estas disponibilizadas na hemeroteca digital da Biblioteca Nacional.

Detalhe: reuni somente as notícias e comentários trazidos a lume pelos sobreditos periódicos, nas datas contemporâneas ou relativamente próximas aos episódios dos quais fizeram parte Antonio Matilde e os irmãos Porcino, para, com isso, proporcionar ao leitor os primeiros escritos, as iniciais formulações históricas dos momentos germinais do cangaço produzido por Lampião.

São relatos onde se percebe, nas entrelinhas, o quão isolado e abandonado, pobre e desvalido encontrava-se o sertão nordestino naqueles remotos anos, terminais do Império e iniciais da República, tempo de secas prolongadas e fome epidêmica, condição esta, em boa parte, resultante da inexistência, ali, do Estado verdadeiramente promovedor de justiça e progresso, cultor do bem-estar social, cuja presença meramente formal, simbólica, omissa, seletiva, interesseira, terminou por transformar o adusto rincão nordestino num campo fértil de banditismo e messianismo, expressões de dor e sofrimento, brado de desespero de um povo.

Podemos também imaginar, lendo estes pequenos artigos, o que poderia não ter sido a vida cangaceira de Lampião, tão abrangente e impactante, caso ele tivesse deixado o cangaço, como o fizeram os seus sobreditos comandantes, Luiz Padre e Sebastião Pereira, bem como os seus monitores Antonio Matilde e os irmãos Porcino. Ao preferir continuar trilhando os caminhos da criminalidade organizada, o que o fez até às últimas consequências, Lampião terminou por herdar destes seus maiorais, um sem número de figadais inimigos, perseguidores vorazes e contumazes, ávidos por extirpá-lo da face da terra; como se não lhe bastassem os seus originais inimigos e os seus algozes das volantes. Lampião que terminou, por um lado, alastrando e agravando a grave e perniciosa doença social; e por outro, dizendo aos quatro cantos do mundo e do Brasil, com sua espetaculosa e beligerante atuação, ainda que de forma reflexa, inconsciente, da existência de uma nação chamada Sertão.

Outras coisas mais podemos retirar desta leitura. Agradecendo sempre ao meu filho Thiago, pela capa e diagramação, encerro a apresentação do E-book, pensando estar contribuindo

Disponível em PDF, gratuitamente: www.antoniocorreasobrinho.com

Aracaju, dezembro de 2019.

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VALDIR NOGUEIRA OU A GRATIDÃO PELA AMIZADE Por:Rangel Alves da Costa

Valdir José Nogueira

Valdir José Nogueira, talvez somente Ariano Suassuna para descrevê-lo assim de relepada, quando o mestre armorialista diria: “Olhe no homem a pedra em seu estado de pedra, no silêncio e na mansidão do tempo, no seu estado de sol e de chuva, e no seu lodo encobrindo segredos. Mas tente se aproximar da pedra, falar com a pedra, aprender com a pedra. E terá uma pedra que é um reino de humildade, de simplicidade, de conhecimento e de sabedoria. Assim é Valdir, o belmontense, o guardião da Pedra do Reino, dos segredos do Castelo Armorial, o olhar dos casarões antigos e avivados na cor, o jardineiro das pedras portuguesas e o estandarte da cavalaria, dos bacamarteiros e de toda a cultura brotada em seu imenso Pajeú”.

O prazeroso destino me fez chegar a Valdir Nogueira durante o Cariri Cangaço Belmonte, em outubro do ano passado. O evento parecia somente ele. A voz do evento parecia somente a dele. Tudo se fazia perante sua presença, orientação e guia. Homem de estatura mediana, de gestos despreocupados e ao mesmo tempo atentos a tudo ao redor, de calmaria em mar bravio, de palavras profundas e desapressadas, numa ser de simplicidade difícil de ser encontrada. Um chapéu na cabeça, óculos moldurando um olhar de águia. Acessível, de mão estendida e sorriso estampado e, de repente, um amigo. Um grande amigo.

Augusto Martins, Manoel Severo e Valdir Nogueira

Algumas ligeiras informações. Valdir Nogueira, filho de Pedro Andrelino Nogueira e Aliete Moura Nogueira, é escritor, historiador, professor, palestrante, com profunda atuação na Secretaria Municipal de Turismo de Belmonte, membro da Associação Cultural Pedra do Reino, Conselheiro Cariri Cangaço, dentre outras atividades. Enquanto historiador apresentou estudos sobre os coronéis belmontenses, sobre a saga dos Pereira e dos Carvalho, a valentia de Quelé do Pajeú, sobre a Lendária Casa de Pedra, acerca do Capitão Luiz Mariano da Cruz, sobre o Movimento Sebastianista, sobre as Memórias do Antigo Casarão e a Morte do Coronel Gonzaga, sobre a História de São José do Belmonte, e muito mais.

Desde aquele Cariri Cangaço que Valdir Nogueira começou a despertar minha atenção e curiosidade. Ora, seu conhecimento histórico e cultural poderia levá-lo ao pedestal daqueles que se acham diferenciados pelo saber. Mas quem avista e dialoga com Valdir encontra um conhecido de soleira da porta ou de pé de balcão. O contexto cultural no qual está envolvido, num emaranhado de ricas e preciosas informações, bem que poderia torná-lo como aquele indivíduo que só tem tempo para o acúmulo do que interessa. Mas Valdir procurar compartilhar, de forma sucinta e inteligível, toda informação recolhida nas suas andanças, nos seus olhares, no seu sentimento de historiador do singelo e do grandioso.
 Jorge Figueiredo, da cidade Baiana de Entre Rios, Valdir Nogueira, da cidade pernambucana de São José de Belmonte, João Tavares Calixto Junior, da cidade cearense de Juazeiro do Norte, Manoel Belarmino, da cidade sergipana de Poço Redondo; , Quirino Silva, da cidade paraibana de João Pessoa e , empossados como Conselheiros Cariri Cangaço na noite de abertura da festa de 10 anos, 24 de julho de 2019 em Crato

Dificilmente alguém vai se preocupar com as pedras portuguesas antigas cimentadas nos belos casarões belmontenses. Dificilmente alguém se orgulha tanto com o que convive como Valdir. Peça-lhe para falar sobre Ariano Suassuna, sobre a Pedra do Reino encravada em Belmonte, sobre João Antônio, João Ferreira e demais personagens daquela saga de fanatismo, loucura e sangue. Valdir é sebastianista, é armorialista, é um livro de Ariano. Valdir é o guardião dos mistérios e segredos da Serra do Catolé. Creio que Valdir seja o próprio Quaderna narrando a epopeia de seu povo e de sua terra.

Por tudo isso - e muito mais - eu aprendi a devotar admiração especial por Valdir Nogueira. Meu leitor em alguns textos que publico, igualmente sabedor de minha escrita engajada com a cultura e a história sertaneja, ele bem sabe que muito nos aproximamos na apreciação das singelezas da vida. Então de repente faz surgir de sua boca uma nostalgia encantadora: “Hein Rangel, vai fumar um cigarrinho em deforete?”. Para depois lembrar que deforete é um termo interiorano para indicar descanso ou folga. Mais adiante se volta pra mim e diz: “Viu Rangel, aquele senhor na madorna no sombreado da igreja?”. E repliquei: “Só você Valdir, para aparecer agora com essa madorna!”.
E de sua boca vão saindo pérolas e preciosidades já fora do alcance e do entendimento moderno. E de sua presença aquele sopro de vento bom e de sombreado debaixo de frondosa árvore. Abraço-te, amigo Valdir!

Rangel Alves da Costa, Pesquisador, Poeta e Escritor 
Conselheiro Cariri Cangaço ; Poço Redondo, Sergipe
blograngel-sertao.blogspot.com 

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HÁ 110 ANOS O POVOADO DE QUEIXADA É ELEVADO A 3º DISTRITO DO MUNICÍPIO DE BELMONTE E PASSA A DENOMINAR-SE SÃO JOÃO DE CAMPOS

 Por Valdir José Nogueira de Moura


Em 1915, na gestão do prefeito José de Carvalho e Sá Moraes, o povoado de Queixada é elevado a 3º Distrito do Município de Belmonte, e passa a ser denominado São João de Campos em homenagem a São João, padroeiro daquela localidade, cuja solicitação partiu do conselheiro municipal o capitão Eliseu de Arruda Campos, político atuante, comerciante e fazendeiro também naquela localidade.

Através do decreto-lei de nº 235, de 09 de dezembro de 1938, a denominação de São João de Campos foi mudada para Mirandiba, sugestão do jornalista Mário Melo, o que na linguagem tupi-guarani significa porco queixada, cujo distrito, pertencente anteriormente a São José do Belmonte, constituiu-se em município autônomo pela lei estadual de nº 3.234, de 20 de outubro de 1958. A sua instalação ocorreu em 11 de março de 1962.

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