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sábado, 29 de fevereiro de 2020

MACACO SEM RABO

Por Francisco Alvarenga Rodrigues

Lampião ao chegar aos arredores de Caritá, na Bahia, em 1929, desconfia do movimento de volantes na localidade. Por via das dúvidas, mandou que Volta Seca, na época um molecote de 11 a 12 anos fosse à vila averiguar se havia "macacos".

Volta Seca foi e realmente viu alguns soldados. Quando voltou ao local onde estava o bando, o chefe pergunta se tinha macacos e quantos eram, no que o menino diz: 

- Não vi nenhum. 

Lampião ficou cismado e pergunta novamente, no que ele reafirma: 

- Já disse que não vi macaco, mas tem soldados que só a peste. 

Lampião não sabia se gargalhava ou dava uns cascudos no moleque, no que ele explicou que soldado e macaco eram a mesma coisa. Volta Seca, que já tinha visto macacos num circo em Aracajú, coça a cabeça e diz: 

- Oxente! Pensei que macaco tinha rabo e andava nu. 

(Francisco Alvarenga Rodrigues)


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UM IMPORTANTE PERSONAGEM DA HISTÓRIA CANGACEIRA...


Por Geraldo Júnior

... cuja história foi pouco explorada e que ainda carece de maiores estudos sobre a sua vasta trajetória de valentia e crimes.

Mané Velho ou "Antônio de Jacó", como assim era conhecido durante o tempo em que esteve ingressado nas Forças Policiais volantes, foi um soldado que se destacou devido a sua valentia e fúria descomunal. Autor de inúmeras mortes, incluindo as mortes de duas de suas mulheres (Cidália na Bahia e Maria Bosco da Silva em São Paulo), além de sua própria filha... Jovina Marques da Silva, morta juntamente com sua mãe (Maria Bosco da Silva) em emboscada praticada à mando de Mané Velho, tendo como autor do crime Josafá Marques da Silva, irmão-paterno de Mané Velho.

Em Angico, Mané Velho teve papel de destaque durante o combate e foi o autor da morte do cangaceiro Luiz Pedro, apontado como um dos cangaceiros mais ricos do bando e homem de extrema confiança de Lampião. Um fato curioso e de extrema selvageria aconteceu quando Mané Velho, após matar Luiz Pedro, para não perder tempo, decepou suas mãos e as levou em seu bornal para posteriormente retirar os anéis dos dedos do cangaceiro.

Um personagem que escreveu seu nome para sempre nas páginas da história cangaceira por conta de sua valentia, sede de vingança e fúria insaciável.

No documentário "MANÉ VELHO - A FERA DE ANGICO o escritor e pesquisador Luiz Ruben F. A. Bonfim falará um pouco a respeito da vida desse polêmico e ainda pouco explorado personagem histórico.

Logo mais no canal (YouTube)... CANGAÇOLOGIA.

Geraldo Antônio De Souza Júnior


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CONVERSANDO COM SUSI CAMPOS EX-NORA DOS CANGACEIROS SILA E ZÉ SERENO


Boa noite, meu caro amigo José Mendes Pereira!

É com imensa felicidade, que lhe escrevo.

Admiro muito seu Blog, que nos mantém sempre informados sobre a História do Brasil, do Nordeste e a importância do tema Cangaço.

Serei breve, gostaria de dizer apenas que sigo e continuo lendo sobre o tema, mas realmente decidi me afastar.

Sila é a primeira da direita. - https://www.youtube.com/watch?v=_1aJ0WcxEq8

Tenho em minha memória de infância, lembranças, principalmente de minha sogra Sila, que jamais poderiam ser expressadas através de fotos ou relatos. Como já lhe contei, conheci o ex-casal de cangaceiros Sila e Zé Sereno ainda em minha infância, em São Paulo. Minha família, inclusive minha avó materna se tornou amiga pessoal do casal e de seus filhos. Eu tive a oportunidade de conhecer e conviver com eles como família!

Susi Ribeiro e Wilson Ribeiro

Na época, como meu pai era protestante e minha mãe católica, ficou estabelecido por meu pai, que quando eu tivesse idade para decidir por mim mesma, escolheria minha religião.

Susi Campos e seu pia o coronel do exército Conrado Lima

Digo isto, pois não sei se cheguei a mencionar, mas após o falecimento de Zé Sereno, Sila e um grande amigo nosso, me batizaram na Igreja católica apostólica romana em São Paulo; portanto, ela foi muito mais do que uma sogra para mim, em toda minha vida, foi minha Madrinha e era dessa forma que eu a chamava.

Susi Campos e sua mãe Lea Ambrogini de Lima

Sila foi minha Madrinha de Batismo e posteriormente a única sogra que tive, visto que a mãe de meu segundo esposo não é viva.

Amigo, são muitas as razões pelas quais me afasto de comentar sobre o tema Cangaço. Não pretendo entrar em detalhes, nem declinar nomes, mas existe um comércio muito grande envolvido no tema, nos dias atuais. Se eu quisesse me beneficiar do status e fama de minha sogra poderia tê-lo feito, já que, várias vezes fui convidada a acompanhá-la em suas diversas entrevistas nos anos de 1994, 1995 e 1996, quando, já casada com seu filho Wilson, acompanhávamos de perto seus lançamentos e entrevistas gravadas originalmente por Wilson, como no Programa do Jô, Amaury Júnior, Silvia Poppovic, entre outros.

Sinto saudades imensas de meu falecido esposo Wilson, da forma como faleceu, repentinamente, jovem e forte. Eu tinha apenas 34 anos de idade quando fiquei viúva.

Nada lamento, pois a dor, nos torna mais fortes e experientes em muitos aspectos da vida, mas hoje, aos 51 anos de idade, procuro seguir em frente, estudando, com novos projetos profissionais e cuidando da única pessoa que realmente me amparou, após cinco anos, vivendo isolada de Tudo, de todos, em profunda tristeza devido á minha inesperada e súbita viuvez.

Portanto meu amigo, continuarei seguindo o Cangaço através da História e reportagens publicadas em seu Blog e no canal que mais respeito e aprecio, devido á sua imparcialidade e respeito á História. Me refiro ao grupo e canal do YouTube Cangaçologia.

Com mais tempo e em outra oportunidade, voltarei a lhe escrever. Muito obrigada pela atenção e pela oportunidade.

Um grande abraço! 
Susi Ribeiro Campos.

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PARA CONHECIMENTO - OBSERVANDO A CENA URBANA!

Por Francisco de Assis Nascimento

O sapo de pedra de Fernando Pedroza vai ganhar um piscinão para lavar seus pés.

Pois bem, eu não sei quantos milhares de anos a natureza levou para esculpi-lo; mas vejo que o homem, num curto espaço de tempo; vai mudar essa paisagem.

Segundo me informaram, até uma pintura o velho sapo de pedra ganhará.

Hoje fui vê-lo de perto; do jeitinho que a natureza o criou; possa ser que sua nova roupagem tire a sua beleza natural.

Adendo: - José Mendes Pereira

Grande Assis Nascimento, nem deviam pintar o sapo. Só fica belo se continuar assim, natural. Depois de pintado as futuras gerações irão tentar quebrar pedaços do sapo para saberem de que é feito, se foi a natureza que o fez, se foi feito pelas mãos do homem usando cimento ou outra coisa semelhante. O bicho homem é um destruidor mesmo. A natureza faz e ele tenta destruir. A pintura não quer dizer que irá protegê-lo e sim, abrir espaço para a curiosidade. O bicho homem só faz besteiras.

Aqui em Mossoró na Praça dos Correis tiraram o realce do busto do médico Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro. Pintaram com tinta preta. Mesmo eu sendo filho de camponês e caipira por natureza nunca ouvi falar que busto, estátua, isso é monumentos podiam ser pintados. 

Médico Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro

LOUCO, BOBO OU SE FAZ?

Quem pintou de preto o busto do médico Francisco Pinheiro de Almeida Castro? 

Quem autorizou pintar de preto o busto do médico Francisco Pinheiro de Almeida Castro? 

Quem é que não sabe que estátua ou busto não se pinta, e sim, faz-se limpeza com líquidos apropriados para bronze, inclusive água, sabão e limão?

Quem sabe como se faz a remoção daquela tinta preta no monumento do Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro da Praça dos Correios?
Médico Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro

Pelo amor de Deus, não mandem desgraçar com tinta preta e nem com tinta de cor nenhuma, a estátua do ex-governador do Rio Grande do Norte Jerônimo Dix-sept Rosado Maia! A beleza da estátua é desse jeito que ela permanece!

Ex-governador do Rio Grande do Norte Jerônimo Dixsept Rosado Maia

Acho que quem mandou fazer a píntura no busto do médico Dr. Francisco de Almeida Castro não tem conhecimento que estátua, busto... são eternos (pode não ser, mas pensamos), feitos de bronze e jamais a ferrugem estragará.


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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

LAMPIÃO E O TORMENTO DA LEPRA.

Por João Filho de Paula Pessoa


Conta-se que por volta de 1926, quando Lampião andava pelo Ceará já como capitão, certa vez, após alguns combates nos sertões de Pernambuco e Paraíba, fugiu pelo sertão cearense e embrenhou-se na remota caatinga em busca de refúgio e ao longe, avistou uma precária casa de taipa no meio do nada e foi até lá em busca de água e comida, ao se aproximar percebeu que não havia rebanho, nem criações, mas havia pessoas na casa. Mandou um de seu cabras chamar o morador, que o fez, porém sem resposta, mandou então que batesse na porta, sem derrubar, pois estavam em terras de Pe. Cícero, este bateu várias vezes, mas não abriram. Lampião impacientou-se e foi até a porta e bateu fortemente com a coronha de seu rifle, ordenando que abrissem senão poria a porta à baixo. A parte superior da porta abriu-se pela metade e por esta brecha ouviu-se uma fraca voz perguntar o que queriam. Lampião anunciou-se dizendo que vinham em paz e precisavam de água. Disse a voz, que tinham água, mas que de sua água Lampião não poderia beber. Lampião irritou-se pela insolência e disse que abririam fogo contra a casa e pegariam a água de qualquer jeito e mandou o bando preparar as armas para abrirem fogo, momento em que a porta se abriu por completo e mostrou duas almas moribundas envoltas em trapos brancos encardidos por todo o corpo, inclusive nos rostos, mais parecendo umas múmias vivas com cheiro de morte. Lampião assustou-se pavorosamente, baixou a guarda e todos do bando também baixaram as guardas assustados. Uma destas criaturas desenrolou os panos da cabeça e mostrou seu rosto desfigurado pela lepra, que já tinha corroído parte de seus lábios e nariz, sua bochecha, deixando aparente e expostos seus dentes e mandíbula lateral até a orelha, também já corroída pela doença, e num ar desafiador e desesperançoso encarou Lampião e esperou por sua atitude, como se não temesse a morte. Lampião nesta hora escureceu a vista, a tontura tomou conta de seu corpo e atônito lutou par manter-se em pé, extremamente impressionado enfrentou o desmaio e o calafrio, o suficiente para fazer o sinal da cruz três vezes, beijar seu escapulário e retirar-se vexado dalí aos enjoos, levando consigo aquela perturbadora visão, que atrelada à suas inúmeras crenças e superstições, tornou-se um tormento em seus medos, presságios e pesadelos por muito tempo. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 26/02/2020.


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DE 11 A 13 DE JUNHO DE 2020...


Por Geraldo Júnior

... a cidade baiana de Paulo Afonso, terra natal de Maria Bonita, sediará o "Cariri Cangaço" o maior evento existente relacionado ao tema.

A cidade de Paulo Afonso (Bahia) e Poço Redondo (Sergipe), são consideradas as duas cidades que mais forneceram membros para as hostes de Lampião e por essa razão a cidade baiana tem fundamental importância dentro do contexto da história cangaceira e consequentemente Nordestina.

Não percam.
De 11 a 13 de junho.


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LAMPIÃO O CANGAÇO

Por José Mendes Pereira
Escritor Júnior Almeida

O escritor Júnior Almeida lançou o seu mais novo trabalho sobre cangaço com o título "LAMPIÃO, O CANGAÇO E OUTROS FATOS NO AGRESTE PERNAMBUCANO".


O jornalista Roberto Almeida escreveu o seguinte sobre o autor e sobre o livro:

"Com poucos mais de 40 anos de idade Júnior Almeida lançou seu primeiro livro, “A Volta do Rei do Cangaço”, uma ficção com um toque de Quentin Tarantino, pois mostra Virgulino vivo nos tempos atuais, como vítima de uma espécie de maldição que o torna imortal e não o deixa envelhecer.

“Tarantino mudou a história matando Hitler num atentado, por que não posso ressuscitar Lampião? ”, explicou Júnior, ao comentar o romance, que teve boa acolhida na região e em outras partes do país, principalmente pelos intelectuais apaixonados pelo inesgotável tema do cangaço. Agora, o escritor volta ao tema, mas desta vez deixa de lado a ficção e nos apresenta um trabalho de uma minuciosa pesquisa de campo, livros, jornais antigos e documentários, mostrando como o cangaço esteve presente em algumas cidades do Agreste Meridional, na primeira metade do Século XX.

O livro registra as ligações de coiteiros, volantes e cangaceiros com o Agreste Meridional, nas cidades de Águas Belas, Garanhuns, Angelim, Capoeiras, São Bento do Una, Caetés, Canhotinho e Paranatama, e a passagem de Lampião e outros bandoleiros por algumas delas. Na sua pesquisa, Júnior descobriu fatos relacionados com os “fora da lei do Sertão”, nunca antes revelados e o que são agora, neste livro que representa uma contribuição para a História do Cangaço, do Agreste, de Pernambuco e do Brasil.

Um dos personagens que chama a atenção, no trabalho, é José Caetano, um dos maiores nomes no combate ao cangaço, militar que lutou contra as forças de Antônio Silvino, Sinhô Pereira e Lampião. O destemido volante morou em várias cidades de Pernambuco e terminou a vida em Angelim, a pouco mais de 20 km de Garanhuns, onde está sepultado. Dona Branca, de Paranatama, que viveu até os 103 anos de idade, foi entrevistada mais de uma vez pelo autor do livro e passou informações bem interessantes da passagem de Lampião por Paranatama, alguns anos antes do bandido ser assassinado pelas forças volantes, em 1938.

Capitão Virgulino Ferreira passou uma das maiores humilhações de sua vida no ataque a Paranatama, que à época se chamava Serrinha: sua companheira, Maria Bonita, levou um tiro na bunda e os cangaceiros tiveram de fugir pressas, levando a mulher nos braços. Lampião saiu cheio de ódio a Serrinha e prometeu voltar um dia para incendiar a vila e matar todo mundo que morava no lugar. Tudo isso e muito mais, num estilo seco, objetivo, você vai encontrar em “Lampião, o Cangaço e Outros Fatos no Agreste Pernambucano”. Vale a pena a leitura pelas informações inéditas, por esse novo olhar no fenômeno do cangaço e pela identificação do autor com a realidade de uma parte do Agreste de Pernambuco.

Júnior se interessou por História e está fazendo História, com seus livros que falam de bandoleiros conhecidos, que retratam a luta das forças do governo contra os pistoleiros da primeira metade do século passado, com violências praticadas pelos dois lados e o povo pobre sofrendo, vítima dos cangaceiros, dos coronéis do Agreste e Sertão, do próprio Governo, que ontem, como hoje, tende a servir aos poderosos. Roberto Almeida"

Eu já recebi o meu e agradeço de coração ao escritor pela dedicatória e pelo excelente trabalho que acabou de nos entregar. 

PARA ADQUIRI-LO ENTRE EM CONTATO COM O AUTOR ATRAVÉS DO FACEBOOK OU ZAP 

879 9824 4582

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JUNIOR ALMEIDA: A VOLTA DO REI DO CANGAÇO NO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS



Entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail:  

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LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
franpelima@bol.com.br
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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TEMPORADA DE CARA DE PAU

*Rangel Alves da Costa

As eleições se aproximam. Muitos já estão em pré-campanha. É coisa de se imaginar – e até de não acreditar – como grande parte dos políticos enfrentam os eleitores depois de um vergonhoso mandato e em busca de reeleição. Tem de ter muita cara de pau mesmo. Tem de ser desavergonhado mesmo, cínico, descarado sem ter medida. Olhar no olho do votante, que muitas vezes sabe de cor e salteado toda a vida política do postulante, e ainda assim estender a mão santificada, é mesmo levar óleo de peroba na cara. Cara de pau sem igual.
Mas sempre acontece assim. Do contrário, como se apresentaria novamente como candidato aquele que nas alturas do mandato é negado e aviltado pela população, e que logo sentencia: “Esse aí não ganha mais de jeito nenhum”, “Esse aí tinha era que ter vergonha na cara antes de pensar em ser candidato novamente”, “Esse aí deu pior que abóbora de chiqueiro”. Pelos naufrágios conceituais, logo se tem que o político nem adianta mais se meter em disputa eleitoral. Mas nada. De repente já estará desfazendo todo o enlameamento com o seu nome. E como consegue?
Consegue. Sempre consegue. E consegue por que a desonra sempre possui correspondência no mau-caratismo. Político assim, negado pela população, criticado até por suas bases, enlameado até dizer chega, não busca outro caminho senão suprir pelo dinheiro, pela compra de voto ou pelo deslavado assistencialismo, seu desfalque no caráter e no respeito. Tendo com o que comprar e encontrando quem aceite vender o voto, então o cara de pau logo se transforma – ao menos para o eleitor – no candidato mais virtuoso do mundo. E haja óleo de peroba pra todo mundo.
Um tostão que transforma o ladrão em salvador. Uma cesta de alimentos que cala de vez toda a infestação de palavras ruins. Uma promessa que vai sendo engolida com o cuspe da cumplicidade. Um abraço que acaba selando a conivência com o imprestável. Um aperto de mão que firma o compromisso com o quanto pior melhor. Que tempos, que costumes, diria o outro. Mas é este o tempo do vale-tudo, do não vale nada valendo tudo, dos acertos e conchavos que redundam na desonra pessoal presente e na desgraceira futura. Acaba-se criando um círculo tão vicioso quanto destrutivo.
E já está em plena efervescência a estação dos caras de pau. Os cupinzentos já deflagram investidas devastadoras. Mas uns santos, uns verdadeiros santificados ao chegarem às comunidades, nas povoações, na casa de cada um. Perecem mais amigos de velhas datas ou parentes que andaram distantes. E logo aquele sorriso imenso, as cinco ou seis mãos estendidas, abraços tão apertados como afetuosos. Tudo no engodo, na trama da enganação. Alguns até sabem os nomes dos eleitores e não raro que vão até a cozinha, abram panelas, metam a mão no pedaço de carne e depois lambam os beiços. Assim o metiê do desavergonhamento. Mas tem muito mais.
 Depois os particulares, as conversas pelos cantos, as mãos nos bolsos, a sem-vergonhice. Acaso se trate de liderança política, os acertos são sempre mais formais, porém não menos vergonhosos. Retratos abraçados com o povo, verdadeiros álbuns que mais tarde serão de tristes recordações. Depois do voto comprado, a partida. E a certeza que somente dali a quatro anos o cara de pau estará de retorno. Acaso não seja eleito, nunca mais sequer recordará que aquele povo existiu.
Contudo, há um mistério por trás do cinismo e descaramento político-eleitoral. A falta de vergonha na cara ainda não foi cientificamente conceituada. Talvez pela enormidade de tipos e espécies, com cada uma de mais óleo de peroba que a outra. Há indivíduo que já perdeu sua aparência e sua feição tornou-se apenas numa máscara que é trocada de momento a momento, dependendo da situação e perante o tipo de leitor. Mas todas as máscaras sobressaindo um sorriso largo, bondoso, bonachão. É através da máscara que faz a política, pois a verdadeira face sempre é imprestável a qualquer apresentação pública. Já se deteriorou nos lamaçais.
O problema é que o cara de pau sequer está aí para o seu futuro político, pois sempre com a certeza de que terá sua eleição garantida. Culpa dele não, mas do povo, do eleitor, este tão esquecido, vendável e consumível eleitor. Como dizia o Velho Titó, “o homem que vende o voto vende tomem a muié, os fio, toda a vergonha se argum dia teve”. Não muito diferente a assertiva difundida por Totoinho Bonome: “Acerto político, como compra e venda de voto, deveria ser feito em cabaré, dentro dos quartos imundos. Depois ninguém se conhece nem se cumprimenta mais. Já tá tudo pago, sem ninguém reclamar mais um do outro”.
Tristes tempos, mas apenas uma repetição do historicamente costumeiro. Agora, por exemplo, já batem de porta em porta candidatos cujo mandato foi todo contra o povo e a classe trabalhadora. E pousando de bons moços, fazendo doações e fechando ruas para festanças. Ainda outro que lá em cima é algoz e cúmplice de toda a situação de miséria do povo, mas que aqui se diz até postulante à governança. Só mesmo tendo muita cara de pau. Mas o pior é que tem de sobra.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

ADERBAL NOGUEIRA AGRADECE A TODOS AQUELES QUE SEMPRE O RECEBERAM E CONTINUAM O REREBENDO BEM.

Por Aderbal Nogueira
Voltaseca Volta disse: UMA FOTO HISTÓRICA...E, que transmite toda a alegria e 
espontaneidade dos personagens...FANTÁSTICA ESSA FOTOGRAFIA ..!

Poder trafegar em paz por todas as nuances da história é uma gratificação que não tem preço. Serei eternamente grato a todas as pessoas que sempre me receberam e recebem tão bem, amizade não se compra, amizade se conquista.

Aderbal e Lourdinha Linhares


Dona Expedita Ferreira filha de Lampião e Maria Bonita. Ao seu lado o cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira
Lili Neli filha dos ex-cangaceiros Moreno e Dirvalina. Ao seu lado o cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira.
Aderbal Nogueira...,...
Aderbal, Dona Francisca da Silva Tavares e José Mendes Pereira
Aderbal Nogueira, dona Francisca da Silva Tavares e o professor, poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano Kydelmir Dasntas.
Maristela, seu esposo Aderbal e a ex-cangaceira Aristeia.
Aderbal Nogueira e...
Candeeiro, Aderbal e o ex-cangaceiro Vinte e Cinco.
Acho que éLuiz de Cazuza, Aderbal nogueira e...
João gomes de Lira e Aderbal Nogueira

Candeeiro, Aderbal e a esposa do Candeeiro.


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UMA FOTO HISTÓRICA

Por Aderbal Nogueira

UMA FOTO HISTÓRICA... E, que transmite toda a alegria e espontaneidade dos personagens... FANTÁSTICA ESSA FOTOGRAFIA ...!

OBS: Da esquerda p/ direita: Dr. Paulo Britto (filho do Ten. João Bezerra, cuja volante matou em Angico, Lampião, Maria e mais 09 cangaceiros; Vera Ferreira (neta de Lampião, filha de Expedita Ferreira); Aderbal Nogueira e sua esposa, Maristela...

Local: cidade de Piranhas-AL
Data : ( ? )


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