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quarta-feira, 22 de abril de 2020

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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HERÓI DA CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA, NÃO ESTEVE NA INAUGURAÇÃO A 21 DE ABRIL DE 1960


Por Luiz Serra

O Engenheiro carioca Bernardo Sayão já estava na região centro-oeste, em Anápolis, quando iniciou projeto de colonização desde Getúlio Vargas. Juscelino decidiu pela implantação de nova capital, contatou Sayão que chegou ao planalto deserto e fez limpar área de campo para aterrissar um avião. Dias após, desce neste descampado um bimotor da FAB, C-47, com a comitiva. JK ficou dentro do avião olhando pela porta aberta da aeronave a imensidão do cerrado. Um assessor alertou ao presidente: “Aí tem onça!!

Mas, se ouviu uma voz forte vinda do lado de fora. “Pode descer, presidente, eu garanto”.

Era Bernardo Sayão, que estava próximo de um pequeno Jeep Land Rover.

[Episódio me narrado, em 2002, por uma ilustre vizinha que tive na capital: Sra. Lea Sayão, filha e biógrafa do Dr. Sayão.

Capital iluminada .- drone CNN

Acabou que o engenheiro Sayão iniciou a planificação da futura cidade, limpeza e preparo para edificação de rodoviária, nova cidade de apoio (Núcleo Bandeirante), aeroporto, etc. Mas Brasília ficaria isolada do Norte do país, havia necessidade de ligação com os estados do Norte e Nordeste. Sayão foi incumbido de rasgar a floresta amazônica para abrir a Belém-Brasília. Quando a frente de dois mil trabalhadores estava próximo a Açailândia, Maranhão, despenca um enorme tronco de jatobá. Sayão ainda consegue empurrar seu topógrafo, mas foi atingido fatalmente.

Arquitetos Niemeyer e Lúcio Costa. - Memória JK

“Abrir uma estrada que cortasse o país inteiro de norte a sul era um sonho juvenil de Bernardo Sayão, ele era muito grato a JK pelo comando desse projeto”.

JK e Sayão, cafezinho com operários, na Cidade Livre -  Memoria JK

Ronaldo Costa Couto, jornalista e historiador

Bernardo Sayão não era empreiteiro particular à época da construção de Brasília, como informou uma revista semanal. Era vice-governador de Goiás e fazia obras de pontes e viadutos em lugares esquecidos pelos “civilizados” do Sudeste. Sacrificou a própria vida ao organizar e realizar a maior estrada em floresta densa do mundo, ligando Anápolis a Belém. 

No canteiro de obras, Sayão com pilotos da FAB - Memória JK

Para tal evento não se cogitava licitação, visto que até companhias americanas consideravam uma aventura perigosa para um objetivo quase impossível — os militares, idem. JK confiou e Sayão conseguiu o impraticável ao concretizar um sonho partilhado. Caso o centro do país continuasse sem a ligação com os estados do Norte, Brasília seria inviável aos olhos de todos. O dr. Sayão, avesso a escritórios políticos e salamaleques, embrenhou-se na mata durante dois anos (de 1957 a 1959), com 2 mil peões e alguns indígenas, e saiu de lá morto, vitimado pela queda de um enorme jatobá que tombara antes da hora. A rodovia foi concluída alguns dias depois.

SERRA.LA., Correio Braziliense, 13 de janeiro de 2006
Arquivo do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal


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OBRIGADO PELAS FELICITAÇÕES EM MEU ANIVERSÁRIO.


Por Valdir José Nogueira

Quero agradecer a todos os amigos e amigas que mandaram sua mensagem aqui, parabenizando-me pelo meu aniversário. Li carinhosamente cada felicitação e individualmente sintam o meu agradecimento e a reciprocidade verdadeira pelo carinho recebido.

“Isso vale um abraço companheiros
Dentro do meu coração!”


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OLHO d’ÁGUA DO AMARO

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de abril de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.297


Ao adquirir uma sesmaria de doze léguas na Ribeira do Panema, seu futuro desbravador assegurava no porvir, sítios, povoados, vilas e cidades na caatinga sertaneja. Da serra do Caracol à Ribeira do Riacho Grande, terras de norte/sul seriam conquistadas transformando a região selvagem em fazendas de criar e de produção agrícola. O burro, o cavalo, o carro de boi e a coragem dos descendentes portugueses, escreveram uma grande história de lutas e conquistas no semiárido alagoano quando a civilização estava tão distante. O imenso naco de uma família fomentou a multiplicação de novos núcleos que faziam surgir fazendas em lugares escolhidos e privilegiados. Foi assim que nasceram vários sítios pastoris, entre eles o que seria depois denominado Olho d’Água do Amaro.
Mais de 200 anos fornecendo água. Fonte do Amaro protegida por concreto.
(Foto em 2012. B. Chagas).
Certa feita em tempo de seca braba, caçadores descobriram uma fonte com alguém morando perto. No lugar investigado pelos donos das terras foi encontrado um negro fugitivo da Escravidão de nome Amaro que ali tinha se refugiado e descoberto a fonte. Daí para a frente o lugar passou a ser denominado Olho d’Água do Amaro. Até os dias atuais a fonte (olho d’água) existe e continua abastecendo de água a quem dela precisa. Este sítio estar localizado entre a cidade de Santana do Ipanema e Senador Rui Palmeira. É servido por estrada de barro e terra denominada rodagem. Hoje possui igreja e escola no centro do sítio e é referência em todos os acontecimentos daquelas redondezas. Apesar dos inúmeros outros sítios vizinhos, sempre é apontado como “na Região de Olho d’Água do Amaro”.
Dali saíram altos comerciantes, heróis de guerra, intelectuais diversos, escritores e abastados fazendeiros. Pode ser a região mais rica da zona rural e possui tradição no lazer de vaquejadas, embora o desmatamento acompanhe a tristeza dos períodos secos. É por ali que o santanense corta caminho para atingir as cidades de Carneiros e Senador Rui Palmeira. Tanto pode se chegar no Amaro pelo antigo Campo de Aviação quanto pelo sopé da serra Aguda. Pena não ter sido ainda asfaltado como liame entre as cidades citadas acima. Passear aos domingos pela região é lazer agradabilíssimo para quem ama os campos sertanejos.
Vários escritos já apontaram o lugar.
Muitas histórias e lendas foram contadas sobre o sítio.
Ah! Muito bem fez o negro Amaro no tempo do CATIVEIRO
                            

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O SERTÃO ENTRE CHUVISCOS E PINGOS D’ÁGUA

*Rangel Alves da Costa


De vez em quando, as noites se mostram chuvosas no sertão sergipano. Pouca chuva, mas alguma chuva, e fato sempre desejado pelo sertanejo. Qualquer pingo d’água é tido como dádiva sagrada.
Chuvas inconstantes, em verdade, mas caindo em pingos grossos de quando em vez. Também não de forma generalizada, mas apenas aqui e acolá, enchendo uma ou outra barragem. O alento, contudo, uma esperança boa no coração sertanejo.
Ao alvorecer tudo ainda está molhado, chuviscando de vez em quando. O tempo mais frio, mais preguiçoso, com pessoas recolhidas aos seus lares até um pouco mais tarde. Dormem um pouco mais, demoram-se mais para irem à luta.
Como costuma acontecer, chuvisco ao anoitecer e amanhecer são apenas ocasionais no sertão. O sol sempre bate à porta após o amanhecer. E chega volumoso, já aquecido, já ameaçador para o homem, mas principalmente para a terra e o bicho.
Dessa vez, contudo, a clareira não foi aberta. O dia amanheceu entre o chuvisco e o nublado. Quando o chuviscamento cessou o véu das nuvens continuou. Nada de sair o sol e de tempo aberto. Dessa vez, o sol esquecido de aparecer.
No sertão, o tempo nublado, como que nevoento, como que mais escurecido, acaba produzindo um retrato de mais singela poesia. Poesia escrita no ar, tracejada nas nuvens, versejante pelos arredores e horizontes. Nada parece existir de verdade, senão aquela plangência leve e lenta pelo ar.
Um tempo esmaecido, outonal, de cores ocres, ainda que não seja na estação da revoada das flores e folhas. Um retrato acinzentado, tingido na cor de uma leve melancolia. Sim, as cores do tempo chamam a outras visões sobre o instante.
Pelas estradas, onde as craibeiras já florescem seus reluzentes dourados, o esmaecimento do dia junto ao amarelado acaba produzindo paisagens saudades, ternas e entristecidas. Tudo muito belo, mas de uma beleza de versos tristes.
Os pássaros chegam em voo lento, sem cantigas ou madrigais. Os ninhos não piam como de costume. Os bichos do mato permanecem em suas tocas, os calangos sobem nas pedras tentando avistar uma nesga de sol. As estradas nuas, as ruas nuas, um quase silêncio.
No mundo acostumado pelo sol escaldante, pela luz encalorada por todo lugar, olhar para as distâncias e tudo avistar noutro semblante, certamente que causa estranheza na alma. E que se imagine o dia inteiro assim. Dia que se prolonga na sonolência e na pausa de tudo.
Como dito, desde a primeira alva do dia - e assim pelo dia inteiro - apenas o tempo nublado por todo o sertão. Os matos parecendo inertes, os bichos mais recolhidos, as pessoas mais silenciosas, tudo mais entorpecido.


E em muitas pessoas a propensão às saudades, às melancias, às nostalgias, às saudades. Ora, sem dúvida que paisagens se mostram tão aflitivas que acabam escavando no mais profundo do baú das recordações. Abrir as janelas sem sol, sem queimores e esvoaçamento, é chamar para si as saudades.
E aquela brisa mansa chegando e passando. A leve ventania cantando e indo embora. As portas fechadas, as janelas fechadas, ruas de poucas pessoas que apenas passam, e quase sem alegria. Apenas o nublado em tudo. Mas um menino corre atrás de uma bola. Aquela falta de sol lhe anima.
Certamente que muitos ficam desejosos que as nuvens acima logo se transformem em chuvaradas. Templo nublado é sempre esperançoso, é sempre uma promessa de a qualquer instante a chuvarada cair. Olhares se voltam ao alto. De vez em quando uma mão lança mão de um rosário. A prece esperançosa de chuva.
Uma aflição terrível também. O sertanejo logo começa a sonhar, a planejar, a querer que a chuva logo aconteça. Na chuva sua vida, sua sobrevivência, sua existência. E não só o homem, pois a terra também se remexe em suas entranhas e pede. E implora que chova logo.
Pelos rincões mais adiante, nas vastidões sertanejas, o mesmo semblante esmaecido. Por onde os olhos avistam e os passos imaginam chegar, o mesmo quadro anuviado. Nem faz sol nem chove, não cai pingo d’água nem o braseiro toma logo conta de tudo. Apenas as promessas das nuvens em pêndulo agonizante.
Pelas estradas além, e até nas lonjuras, a mesma paisagem, a mesma cor, a mesma situação. Talvez o sertão inteiro assim, nublado, anuviado. Nos percursos, trilhando as margens com suas casinholas, suas matarias, seus bichos e seus habitantes, sempre a mesma poesia enternecida.
No sertão, um tempo assim não se pode definir de outra forma senão através do poético. Uma poesia mista de alegria e tristeza. Alegria sim, pois porta aberta para a chegada da chuva. Porém, de tristeza também.
Uma tristeza diferente, sem dor, sem agonia, sem aflição. Uma tristeza de saudade, apenas. Mas não saudade de pessoa, daqueles que deram adeus ou de qualquer outra situação de partida. Apenas a tristeza saudosa trazida pelo olhar perante a paisagem nublada.

Escritor
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EM MÃOS FIOS DO CABELO DE DONA LUZINETE "LUZIA" JOSÉ DOS SANTOS... SUPOSTA FILHA DE LAMPIÃO.


Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Nesses fios de cabelo pode ou não estar contida a genética de Lampião.

Estou na torcida para que familiares de Virgolino Ferreira da Silva "Lampião" cedam material genético para a realização de um exame de DNA, para que dona Luzia, que corre contra o tempo, tenha a oportunidade de saber a verdade sobre suas origens, independentemente do resultado.

Estamos acompanhando o desfecho dessa história.

Obs.: Comentários ofensivos serão excluídos. Usem o bom senso ao tecer seus comentários.

Grato!

Abaixo o link do vídeo realizado com dona Luzia.

Adendo - blogdomendesemendes

Dona Expedita deve ceder fios de cabelo para que esta senhora mande fazer o exame de DNA e saber se é filha ou não de Lampião. Dona Expedita não irá gastar nada, por que negar?


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CONTINUANDO SOBRE NENÉM DO OURO


Por Ademar Bezerra


OLÁ PARA TODOS QUE GOSTAM DE HISTÓRIAS DO CANGAÇO:

CONFORME HAVIA PROMETIDO ANTERIORMENTE PARA OS SEGUIDORES DO TEMA CANGAÇO, VAMOS À SEGUNDA PARTE DA HISTÓRIA DA PASSAGEM DE NENÉM DO OURO, NO CANGAÇO: ESTE RELATO FOI EXTRAIDO DO ORIGINAL DE AUTORIA DO ESCRITOR E PESQUIZADOR SANDRO LEE INTITULADO:

PAULO AFONSO HISTÓRIAS E ROTEIROS DO CANGAÇO. PARA OS SEGUIDORES INTERESSADOS EM ADQUIRIR ESSA SIMPLES E DIRETA, OBRA, SEM RODEIOS MIRABOLANTE, BEM OBJETIVA, ENTRAR EM CONTATO COM O PROPRIO ESCRITOR. E VOCÊ RECEBER,A EM SUA CASA, ESTA OBRA MUITO BOA . RECOMENDO.
DANDO SEQUÊCIA À O RELATO ANTERIOR CONTINUAREMOS COM A SEGUNDA PARTE DE NENÉM, A MULHER DO CANGACEIRO LUIZ PEDRO E SUA TRAGETÓRIA NO CANGAÇO:
E ASSIM COMEÇAMOS A ESCREVER SOBRE ELEONOR, OU NENÉM DO OURO. O POVOADO SALGADINHO FOI LOCAL DE NASCIMENTO DE TRÊS CANFACEIRAS, A LIDIA DE ZÉ BAIANO, A NENÉM DE LUIZ PEDRO, E A NANINHA, DE GAVIÃO. ALGUNS PESQUISADORES AFIRMAM QUE, BANDOS DE CANGACEIROS BATERAM NA PORTA DE ANTONIO BUNDINHA, QUE NA OCASIÃO ESTAVA SEM DINHEIRO PARA PAGAR UMA QUANTIA ESTIPULADA PARA ATENDER OS BANDOLEIROS. OS CANGACEIROS HAVIA RECEBIDO INFORMAÇÕES QUE ANTONIO BUNDINHA ERA CORONELE COGITARAM LEVAR NENÉM PELA FALTA DO PAGAMENTO. E LUIZ PEDRO VENDO OS CANGACEIROS QUERENDO LEVAR NENÉM SEQUESTRADA, ANTECEDE POR ELA E À TORNA SUA MULHER. NOS VARIOS DEPOIMENTOS DE TESTEMUNHAS QUE AFIRMAM AS ANDANÇAS DE LUIZ PEDRO PELO SALGADINHO, FATOS REAIS, COMPROVAM QUE ANTONIO BUNDINHA, PAI DE NENÉM ERA PEQUENO AGRICULTOR QUE VIVIA SOMENTE DAS SUAS PEQUENAS TAREFAS DE TERRA.

QUANDO LAMPIÃO ADENTROU NO POVOADO SALGADINHO EM 1928, VINDO A LOMBO DE BURRO DO RASO DA CATARINA, EM MONTARIAS DOADAS PELOS INDIOS PANKARARÉS, TEVE SEU PRIMEIRO CONTATO COM O ANFITRIÃO O ANTIGO PEREIRA VELHO O PATRIARCA DA FAMILIA PEREIRA, HOJE SÓ EXISTEM ESCOMBROS DA CASA DOS PEREIRA, ATRÁS DE UM ANTIGO TAMARINEIRO. ONDE HOJE É UMA PRAÇA NO CENTRO DO POVOADO DE SALGADINHO. AO LADO DO COLÉGIO. CONTINUA:


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O BRAVO TENENTE MANÉ NETO:



Antônio Mendes de Sá morava na beira do rio São Francisco quando, em 1865, viu-se envolvido na intriga que se chamou de questão do Sabiucá (Gomes de Sá,). Acabou sangrado, depois que foi arrancado para fora da prisão, pelos inimigos. Dos seus filhos, Ana (Aninha “Braba”) casou-se com Cazuzinha “do Roque” (MOM, B 9) e lhe deu a neta Maria.

Maria casou-se com Gregório Nogueira do Nascimento, conhecido por Gregório Flor por ser filho de Florência Filismina de Sá (Flor) e de Manoel de Souza Ferraz (Manezinho). O casal deixou oito filhos: Auta, Amerina e Filomena; Alonso, Afonso, Ancilon, Arconso de Souza Ferraz e Manuel de Souza Neto.


Manuel de Souza Neto nasceu nas terras da antiga fazenda Algodões, município de Floresta, no dia 1º de novembro de 1901. Cresceu ao lado dos parentes, os “nazarezistas”. Ao lado deles, se engajaria numa luta ingrata, dura, heróica. Virgulino Ferreira da Silva - o futuro Lampião - ali chegara muito cedo, instalando-se com a família na fazenda Poço do Negro, nas imediações de Nazaré, e logo se indispôs com os filhos da terra, fazendo uma história já conhecida e que levou luto a muita gente da região.

Em 1921, o primeiro filho de Nazaré seguiu com destino ao Recife para ingressar na polícia: Arconso de Souza Ferraz deixou seu emprego em loja para se tornar militar. Outros seguiriam seus passos.

Diz Marilourdes Ferraz (O Canto do Acauã, p. 141) que, em 1922, “Manuel de Souza Neto partiu da casa do seu tio João Flor, ao lado do comerciante Adão Feitosa, para Rio Branco (atual Arcoverde), a fim de comercializar peles de bode. A viagem foi extenuante, feita a pé e parte a cavalo mas, ainda assim, por iniciativa própria, prolongou seu itinerário até a capital para efetuar alistamento, seguindo o exemplo do seu irmão Arconso.”

Estava destinado a ser um dos mais valorosos combatentes do cangaço. Com 21 anos de idade incompletos, engajava-se com coragem numa luta que duraria pelo menos 16 anos. E logo se destacaria por sua bravura.

Em janeiro de 1924, Manuel Neto foi um dos soldados que mais se fizeram notar, sob o comando do sargento Higino José Belarmino, nas lutas travadas contra o grupo de Lampião e em defesa de Clementino Quelé, que vira seu distrito de Santa Cruz, em Triunfo, ser atacado violentamente. No dia 5, o jovem soldado avançou correndo de Triunfo até aquele local, onde Virgulino procurava liquidar o antigo companheiro Quelé. Seis dias depois (dia 11), entrava novamente em choque com o grupo de bandidos, forçando-os a deixar o Estado de Pernambuco e fugir para a Paraíba.

Um ano depois (fevereiro), ao lado de uma força volante composta de civis, procurava descobrir o paradeiro de Lampião. Tomara conhecimento da presença do bando na região de Betânia. Encontrou a força sob o comando do sargento José Leal, seguindo todos na direção da Cachoeira dos Galdinos. Ali estavam os cangaceiros. A força se compunha de pouco mais de vinte homens; os bandidos, trinta e tantos. Avistados os cangaceiros, foram descobertos, iniciando-se o tiroteio. Batalha duríssima, com resistência tenaz. No auge da luta, o sargento José Leal e o soldado João Preto abandonaram o campo da luta. Manuel Neto assumiu, nessa ocasião, pela primeira vez - segundo João Gomes de Lira -, um comando na campanha contra o banditismo.

Ao seu lado, secundando-o, os primos Euclides e Manoel Flor. A luta durou cerca de três horas, terminando com a fuga dos bandidos que levaram um morto e três feridos. A força nada sofreu. Foi nesse ano de 1925 que Manuel Neto foi promovido a anspeçada. Junto com Manoel Teotônio, no lugar Malhada do Boi - entre Betânia e São Caetano (Navio) -, eliminara o cangaceiro Luiz Cazuza.

Em junho ou julho de 1925, o anspeçada, ao lado, entre outros, dos parentes David Gomes Jurubeba, Hercílio de Souza Nogueira, Antônio Capistrano de Souza e João Domingos Ferraz, sob o comando do tenente Higino, partiu em reforço à força paraibana que lutava, quase sem munição, contra o grupo de Lampião no lugar Tenório. Já se brigava havia várias horas. Com os tiros disparados pelos pernambucanos, os bandidos correram.

Diz Marilourdes Ferraz que aí tombou morto Levino Ferreira. Frederico Maciel (Lampião, seu tempo e seu reinado, v. II, p. 171), entretanto, diz que o irmão de Lampião morreu num tiroteio da véspera, na Baixa do Juá, atingido por um tiro do soldado José Inácio Morais.

O bravo nazareno parecia desconhecer o significado da palavra medo. Parecia, apenas, pois poucos tinham, como ele, tanto medo... de alma! Tinha verdadeiro pavor pelas coisas do outro mundo.

Deixando, em 1940, o Comando do Esquadrão de Cavalaria, o capitão Manuel Neto voltou a comandar a 1ª Companhia, assumindo depois o cargo de Subcomandante Interino do 2º Batalhão, onde foi elogiado pelo comandante que realçou a “dedicação ao trabalho, o empenho em serviço, o amor à disciplina, traduzidos nas diversas modalidades e ainda mais no acatamento ao chefe; o dom da iniciativa e o espírito de corporação”.

A 19 de fevereiro de 1943, foi nomeado Delegado Regional da 11ª Zona Policial, com sede em Ouricuri. Ali permaneceu até o mês de setembro do mesmo ano. Voltou à capital e assumiu o Comando da 2ª Companhia e, no ano seguinte, novamente o Esquadrão de Cavalaria.

Aos 14 de dezembro de 1944, foi nomeado Delegado Regional da 8ª Região Policial, com sede em Sertânia, onde permaneceria até fevereiro de 1946. Nesse cargo, em março de 1945, recebeu elogio do C.el José Arnaldo: “Oficial de muito boa vontade. Rigoroso no cumprimento do dever”.

Em Sertânia, levaria um grande susto: no dia 5 ou 6 de junho de 1945, ao se dirigir a um preso, foi por ele alvejado no abdômen, tendo sido levado em estado grave para a cidade de Pesqueira, onde foi operado e passou a receber todos os cuidados médicos, restabelecendo-se, finalmente. Sete meses depois, foi promovido a major, por merecimento. Mas, em ato posterior, o Interventor Federal considerou sua promoção “por antigüidade.

Em agosto de 1946, assumiu a Chefia da Assistência do Material e, mais uma vez, recebeu referências elogiosas: “Também é de justiça elogiar o major Manuel de Souza Neto, que vem de ser designado para a Chefia da Assistência do Material, pela dedicação em que se houve no exercício do comando do 3º B.C.. É o que faço com satisfação.”

E logo em setembro do mesmo ano, foi “louvado pelo esforço, dedicação e amor à Corporação, manifestado por ocasião dos treinamentos para a parada de 7 de setembro, concorrendo para o brilhantismo alcançado pela Força Policial de Pernambuco, pelo garbo, marcialidade e disciplina com que se apresentaram seus elementos em público.”

Ao final de 1947, entrou numa fase difícil de sua vida, afastando-se do trabalho por um ano, para tratamento de saúde. Em novembro de 1948, foi operado e desligado do serviço por mais um ano. Finalmente, aos 27 de outubro de 1949, foi transferido, a pedido, para o Quadro Suplementar.

Na década de 1950, com o apoio do líder político João Inocêncio, o coronel Manuel Neto foi eleito prefeito de Ibimirim, passando a fazer uma administração responsável. Deixando a prefeitura, passou a viver exclusivamente de sua aposentadoria. Nasceu pobre e morreu pobre, nada deixando para a família.

Calado, introspectivo, não deixava transparecer o homem valente que era. Dificilmente falava sobre suas lutas contra o banditismo. Achava que isso poderia influenciar ou estimular negativamente os jovens.

Com a avançada idade de 78 anos, faleceu às 7 horas e 45 minutos do dia 3 de novembro de 1979, no Hospital da Polícia Militar, no Derby (Recife). Seu corpo foi levado para sua terra natal, sendo sepultado no cemitério de Nazaré:


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A CARTA DE LAMPIÃO AO GOVERNADOR DE PERNAMBUCO...!


Em 1926, em pleno auge do cangaço Lampião endereçou uma carta ao Sr. Júlio de Melo, então governo do Estado de PE, propondo dividir, territorialmente, o respectivo Estado, conforme escrita, abaixo. 

Na análise do respectivo doc. você conclui, que se tratou de uma brincadeira, gozação, ou Lampião falou de modo sério? Dê a sua opinião.

Fonte: Livro, Lampião seu tempo e seu reinado, do autor, Frederico Bezerra Maciel....compilado por Guerhasberger Taylow.




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LEVE TUDO QUE QUISER, MAS O MEU JUMENTO NÃO.


Por Ritinha Oliveira

Você pode até levar
Os dez ovos de galinha
O sutiã da vizinha
Que é grande pra danar
Cada bojo vai guardar
Ovo arroz carne e feijão
A farinha pro pirão
Pra comer com a mulher
Leve tudo que quiser
Mas o meu jumento não

Leve até o meu anzol
Que é "deu" pegar piaba
Leve meu chapéu sem aba
Que me protege do sol
Leve meu colesterol
Que entope meu coração
Leve até o camburão
Da polícia se vier
Leve tudo que quiser
Mas o meu jumento não!

Glosas: Ritinha Oliveira
Mote: Jacó Oliveira



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AS PIRÂMIDES DO EGITO


No Egito, existem 83 Pirâmides, mas as mais famosas são as 3 de Gizé. Essas últimas desafiam a engenharia e arquitetura moderna e é um verdadeiro mistério para todos.
     
Pirâmides do Egito Antigo: Quéops, Quéfren e Miquerinos - Site dessa imagem - expressoeducacional-jps.blogspot.com

Até hoje não se tem certeza o que as Pirâmides escondem dentro delas Site dessa imagem intrometendo.com

Segundo a mitologia, no principio o mundo era coberto por águas negras. Dessas águas, surgiu um monte de areia e nesse ''nasce'' o primeiro Deus, que cria o mundo e outros deuses. No Egito muito antigo, arcaico, os egípcios se baseavam nesse ''monte'' onde surgiu o primeiro Deus. Os primeiros governantes eram então enterrados em ''covas'' no meio do deserto e coberta com um monte de areia, simbolizando o ''Monte dos Deuses''. Essa técnica não era segura. Com o vento do deserto as covas eram abertas e o corpo ficava exposto ao ar livre. Logo, os egípcios passaram a enterrar os Faraós em túmulos chamados Mastabas. Essas eram feitas normalmente de tijolos e tinham uma forma ''retangular'', porém com uma pequena inclinação nos lados. Seu ''teto'' era achatado.

Um Faraó chamado Djoser, em aproximadamente 3000 a.C, mandou construir sua Mastaba ricamente. Um muro foi construído em volta do túmulo. Quando ficou pronta, a Mastaba ficava ''escondida'' devido ao muro. Não dava para vê-la. Assim, um dos homens mais sábios e inteligentes do Egito Antigo, Imhotep teve uma ideia: construir uma mastaba em cima da outra. Assim surgiu a primeira Pirâmide do mundo: a Pirâmide de Degraus em Saqqara. 

 Pirâmide no Egito

Posteriormente faraó Khufu (Queóps) mandou construir a primeira pirâmide de lado liso. Assim fez seu filho e seu neto. Foram essas 3 pirâmides as mais maravilhosas de todas as pirâmides do Egito. São as pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos. Porém esses nomes são em grego. Em egípcio antigo, são Khufu, Khafre e Menkaure.

Site dessa imagem blogportraits.blogspot.com

Quando foram construídas, as pirâmides de Gizé eram cobertas por um calcário muito brilhante e polido, que quando recebia a luz do Sol, refletia uma luz linda. Há relatos que o topo da pirâmide de Khufu era revestido de ouro puro. Infelizmente, o calcário e o ouro foram roubados com a invasão dos árabes, em aproximadamente 550 d.C (depois de Cristo).


As Pirâmides do Egito

Pirâmides do Egito

As Esfinges, as Pirâmides

Fonte: "BlogdoMendeseMendes"