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sábado, 4 de abril de 2015

IRMÃ DE LAMPIÃO..!... O QUE ELA ACHOU DA MORTE DO MESMO...!


IRMÃ DE LAMPIÃO..!..O QUE ELA ACHOU DA MORTE DO MESMO...!

Fonte: 
A NOITE ILUSTRADA - 16 DE AGOSTO DE 1938

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WILLAM PINHEIRO - HISTORIADOR WILLIAM PINHEIRO RESGATOU CARTA ROGATÓRIA QUE CITA JUVENAL LAMARTINE NA MORTE DO CANGACEIRO CHICO PEREIRA

Carta rogatória
                    
Neste dia 03 de abril de 2015, o historiador William Pinheiro apresentou ao pesquisador social Epitácio Andrade um conjunto de documentos que fundamentam a  justificativa para formulação de um projeto de lei estadual que objetiva garantir a conservação do acervo notarial do Rio Grande do Norte.

Epitácio Andrade e Historiador William Pinheiro
                    
Entre os documentos apresentados está uma cópia da carta rogatória que cita o ex-governador Juvenal Lamartine de Faria para se manifestar sobre a morte do cangaceiro  Chico Pereira, ocorrida em 28 de outubro de 1928 , na zona rural de Currais Novos, no Seridó oriental potiguar. A carta rogatória é um procedimento jurídico entre países para possibilitar a realização de diligências processuais. 


Em 1931, o então presidente de estado Juvenal Lamartine se encontrava exilado em Paris, capital da França, quando foi citado por meio de carta rogatória expedida  pelo juiz da jurisdição criminal de Currais Novos, Brasil, ao juiz da jurisdição criminal de Paris, capital da França, onde  foi ouvido na embaixada brasileira, naquele país.

Termo de declarações
                    
A oitiva de Juvenal Lamartine, réu em um processo que apurava a morte de Chico Pereira foi motivada pelo termo de declarações prestadas pelo  capitão da Polícia Militar Joaquim Teixeira de Moura, anexado à carta rogatória. O capitão Joaquim Teixeira de Moura declarou, textualmente, que Juvenal Lamartine ordenou a morte de  Chico Pereira.

Juvenal Lamartine

 http://epitacioandradefilho.blogspot.com.br/2015/04/willam-pinheiro.html

Enviado pelo médico e pesquisador do cangaço Dr. Epitácio Andrade.

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INFORMAÇÃO AOS NOSSOS LEITORES


ESTAMOS COM PROBLEMAS. NÃO ESTAMOS CONSEGUIMOS POSTAR ARTIGOS MAIORES.

A Volta Do Rei Do Cangaço


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O LIVRO: São 312 páginas produzido de maneira independente pelo autor.

Rodado na Gráfica Impressione de Garanhuns, Pernambuco.

O romance ?A Volta do Rei do Cangaço,? de Junior Almeida, mantém vivo o mito de Lampião.

Neste livro de sabor regional o mais famoso cangaceiro nordestino não foi morto pela polícia em Sergipe, em 1938. Alguém foi assassinado em seu lugar mas prevaleceu a versão das ?volantes? e do governo.

Lampião, na verdade, foi atingido por uma espécie de maldição e ainda está vivo, sem nem ao menos envelhecer. Já morou em vários lugares do Nordeste e usou diversos nomes. Atualmente usa o nome de Luiz Ribeiro, é coronel da Polícia Militar de Pernambuco e mora num recanto escondido no município de Capoeiras, no Agreste do Estado.

O romance faz uma viagem ao passado, relembrando os tempos do cangaço e da violência, tanto por parte dos bandoleiros como da polícia. No presente, Virgulino Ferreira, com outro nome interage com militares de alta patente e até com o governador do Estado.

Um historiador,  obcecado pela vida misteriosa dos cangaceiros, desconfia que Lampião não morreu em Angicos  e começa a fazer investigações por conta própria, enfrentando a descrença de muitos e os perigos dessa busca pela verdade.

?A Volta do Rei do Cangaço? retrata o interior das pequenas cidades do Nordeste, mostra as ligações de Lampião com o padre Cícero Romão e nos apresenta o cangaceiro como uma espécie de justiceiro, capaz ainda hoje de recorrer a violência quando é preciso enfrentar uma desfeita ou punir algum bandido.

Um livro que vai dar o que falar.

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NAVEGANDO PELAS PÁGINAS DE “LAMPIÃO, A RAPOSA DAS CAATINGAS”

Por Antonio Corrêa Sobrinho

Navegando pelas páginas de “Lampião, a Raposa das Caatingas”, obra compêndia do sergipano José Bezerra Lima Irmão, na parte que trata da viagem de Lampião a Mossoró, no Rio Grande do Norte, ao ler: “No início da tarde, em Canto do Feijão (Santa Helena), Massilon matou o delegado Raimundo Luís do Nascimento, para vingar a morte de um primo”, lembrei-me imediatamente de um recorte de jornal que guardo há um tempo, que até hoje não sei como chegou em minhas mãos, talvez dentro de um livro a mim emprestado, por sinal, sem data de publicação e sem o nome jornal; trazendo um artigo assinado pelo filho do sobredito delegado, Raimundo Santa Helena, que o faço, a seguir, transcrito, para apreciação e consideração dos amigos.

ESTÁTUA DE LAMPIÃO

Lampião matou meu pai, delegado e fundador do município de Santa Helena, Paraíba, em 9 de junho de 1927, com um tiro num olho e outro na nuca, dado por seu irmão Ezequiel.


Depois que a imprensa divulgou sobre a estátua de Lampião, que o prefeito de Serra Talhada (PE) quer construir em homenagem ao assassino, tenho recebido telefonemas, dia e noite, especialmente de professores e pesquisadores, indagando se tenho documentos a respeito. Tenho sim. De dois prefeitos, do presidente da Câmara Municipal de Santa Helena e de 32 habitantes, todos autenticados, que comprovam tudo o que já foi divulgado. E tem mais: só agora estou revelando o pior que Virgulino fez contra a honra de minha mãe, quando, logo após ter matado meu pai, ergueu um punhal de meio metro e levantou o vestido de mamãe, grávida de cinco meses, e disse: “vou abrir o bucho desta égua pra ver a cara do macaquinho!” Foi impedido de fazê-lo pelo cangaceiro Jararaca, que conhecia nossa família. Lampião, enfurecido, foi à cozinha, esquentou seu ferro de marcar animais e marcou minha mãe, Rosinha Ferreira, conforme pode testemunhar seu médico no Rio, Dr. Miguel Morone. O facínora Virgulino Ferreira ainda estuprou minha madrinha, a cega Isabel, marcou-a também com o ferro em brasa e a deixou nua, desmaiada no chão do quintal, com terra e cinza nos órgãos genitais.


Os 66 cangaceiros mataram meu pai e seu ajudante, Eliziário, tocaram fogo na cidadezinha, mataram os animais e saquearam tudo que puderam levar em mais de 70 cavalos, burros e jumentos. Algum tempo depois, os “coronéis” roubaram nossas terras, seta casas e um açude. Mamãe, com três filhos órfãos, passou a lavar roupa para os habitantes da cidade que meu pai, Raimundo Luiz, fundara e por ela morrera. Fomos morar de aluguel num pequeno quarto do Sr. Antônio Rolim, e eu, com meus irmãos Toinho e Cândido, passamos a vender cocada e tapioca nos trens de passageiros que cruzavam o município duas vezes por semana. Todos diziam: “Seu pai foi um herói”.

Foi por isso que aos 11 anos fugi de casa, pulando de um jumento num trem a carvão, descalço e só com a roupa do corpo, com um canivete, para vingar a morte de meu pai. Mas depois que fui torturado, quando era menino de rua em Fortaleza, por um policial de chapéu vermelho, descobri que o Lampião que eu procurava poderia ser encontrado em qualquer esquina do mundo. E agora, com a morte trágica de minha mãe – que se suicidou em 23 de fevereiro do ano passado, pulando numa cachoeira, pelo desgosto de ter sido abandonada pelas autoridades – e por causa da estátua a Lampião, o desejo de vingança invadiu o pensamento do meu irmão Toinho e reativou a minha luta para que se faça justiça, isto é: que o meu pai seja lembrado como herói, que os crimes cometidos contra a minha família e contra centenas de outras famílias nordestinas não sejam esquecidos pela sociedade e que, principalmente, jamais se pense em erguer um monumento a bandido neste país, para que as futuras gerações não se envergonhem dos seus antepassados.

Tem mais: meu irmão, viúvo, sem filhos, jurou que vai explodir a estátua, nem que seja a última coisa que faça na vida. Prefiro os caminhos da Justiça, ou abandonar o Brasil que defendi na segunda guerra Mundial, tendo recebido duas condecorações da presidência da República. Democracia, que defendi com riscos de vida e sacrifício de minha mocidade, não é isso não. Realizar um plebiscito para decidir se um assassino cruel, estuprador, torturador e sequestrador merece uma estátua pública é o mesmo que realizar outro para saber se os monumentos em homenagem a Tiradentes devem ser demolidos. Os leitores que me conhecem há 46 anos na Literatura de Cordel, sabem que não estou mentindo: definitivamente, não posso conviver com a estátua de Lampião, cartões postais respectivos, etc., como se ele fosse um segundo Padim Ciço. Juro que não posso. Raimundo Santa Helena – cordelista – Rio de Janeiro.

Deste conhecido cordelista, assisti, agora, a um pequeno vídeo seu, intitulado “Assim Castrava Lampião”, onde ele confirma o que disse acima, e, no final, para minha surpresa, vir com esta: “Lampião era perverso, matava, castrava, violentava, era pedófilo. Agora, Lampião é meu maior inimigo, mas não concordo com essa história de que ele era homossexual. Ele era um tarado”.

Fonte: facebook

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A Lendária Poço do Negro no Cariri Cangaço Princesa 2015http://cariricangaco.blogspot.com.br/


Nossa segunda visita em terras dos Nazarenos por ocasião do Cariri Cangaço Princesa 2015 foi à lendária fazenda Poço do Negro, segunda morada de seu Zé Ferreira e os "meninos" Antonio, Virgulino, Levino e etc...logo após as primeiras refregas entre os filhos de Zé Ferreira e Zé Saturnino, quando não mais era possível à família Ferreira permanecer morando em Vila Bela; na Passagem das Pedras, acabaram mudando para o Poço do Negro, a cerca de 2 km do centro da vila de Nazaré. Ao se estabelecerem ali começaria um dos mais violentos e sangrentos conflitos que se tem notícia na historiografia do cangaço: Lampião contra os Nazarenos, Nazarenos contra Virgulino.

 Gilson Nazaré e Manoel Severo
 Narciso Dias e Ulisses Nogueira
Alcides Carneiro, Manoel Severo e Lívio Ferraz

A visita ciceronizada pelas famílias Nogueira, Sousa, Ferraz e Lira, autênticos representantes dos Nazarenos "da gema" , tendo a frente Ulisses Nogueira; filho do grande Euclides Flor e seu sobrinho, Netinho Flor, neto de outro destacado combatente nazareno: Hildebrando Flor, e muitos outros nazarenos como Luciano Lira, Gilson Nazaré, Julio César, Zezinho, Mabel e Moabe Nogueira. 

O caminho entre a entrada da fazenda em um assentamento, até o local exato onde outrora existia a casa original é de cerca de 400 metros, seguido em fila indiana pela caravana Cariri Cangaço. No cenário da segunda morada do cangaceiro mais famoso da história, só restavam escombros, restos de tijolo e telha, pedras e o "velho pé de umbu cajá", plantado ainda pelos filhos de Zé Ferreira ao chegar ao Poço do Negro.

Caravana Cariri Cangaço, passo a passo, Poço do Negro
Casa original do Poço do Negro (Livro Frederico Maciel)
Casa ao lado das ruínas do Poço do Negro: Telhas usadas 
 Wescley Rodrigues e Pedro Bruno
 Ingrid Rebouças
 Todos os pés que pisam esse sertão... Jorge Remígio
Famoso Pé de Umbu Cajá plantado pelos irmãos Ferreira

"Zé Ferreira e os filhos vieram aqui para a fazenda Poço do Nêgo acho pelos idos de 1919, casa da velha Chica Jacoza e dali pra frente só aumentou a briga com as família de Nazaré", assevera Ulisses Nogueira "Flor". Netinho Flor completa, "da casa original só resta o que vocês estão vendo nos escombros e inclusive as telhas foram reaproveitadas naquela casa de taipa logo ali a frente".


Wescley Rodrigues, Manoel Severo, Aguiar Caçula e Ivanildo Silveira
Sousa Neto, Narciso Dias e Jorge Remígio
Lamartine Lima, José Cícero e Ulisses Nogueira
Sousa Neto e Rostand Medeiros

"Enquanto houver oxigênio não nos
 cansaremos de preservar a história..."
Narciso Dias

"Visitar e revisitar todos esses cenários que fizeram parte do ciclo cangaceiro, notadamente de Virgulino Ferreira, nos permite in loco, aprofundar ainda mais nossa busca por fragmentos da verdade histórica, hoje o Cariri Cangaço dá um passo enorme na direção de pagar uma dívida de gratidão e respeito a Nazaré do Pico, colocando essa valorosa vila em seu devido lugar dentro do turismo sertanejo e de conhecimento. Espetacular !" ressalta a pesquisadora Juliana Pereira.

Cariri Cangaço Princesa
Dia 21 de Março de 2015
Fazenda Poço do Negro, Nazaré do Pico - Floresta, Pernambuco

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