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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

O ESCONDERIJO DO CANGACEIRO JOÃO CALANGO na serra da cana brava

 Por Lampião, Cangaço e Sertão

https://www.youtube.com/watch?v=BRDs-eLKjWY&ab_channel=Lampi%C3%A3o%2CCanga%C3%A7oesert%C3%A3o

João calango, foi considerado o maior cangaceiro da década de 1870 no cariri cearense. para quem acha que no ceara não tinha cangaço neste tempo, assista e se surpreenda

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DESCENDENTES A NETA DE CHICO PEREIRA

  Por Wanessa Campos

Ela nasceu no Recife, filha de mãe pernambucana e pai paraibano. Mora em Brasília desde criancinha. Optou para a área de comunicação há anos, o que faz com maestria. Deixou a TV aberta e migrou para Internet, onde tem 16,5 mil seguidores no Instagram somados a 115 mil no You Tube com assuntos diversos, indo de saúde a gastronomia. Brasília dos 60 é o seu projeto atual.

Seu nome: Mônica Nóbrega. E o que ela faz aqui, no meio das mulheres cangaceiras ? Ela é neta do cangaceiro Chico Pereira que fez história na Paraíba nos anos 20. Cresceu ouvindo histórias do Cangaço em casa. Pela avó, Jarda, viúva de Chico, pelo pai e, sobretudo pelo tio Francisco, que escreveu o livro Vingança Não! Ele foi a sua maior influência para agora se voltar para o assunto, pensando até em relançar o livro do tio que tanto sucesso fez anos atrás.

Chico Pereira


Recentemente, Mônica promoveu uma live com Vera Ferreira, neta de Maria Bonita e Lampião. As duas descendentes de cangaceiros famosos alcançaram sucesso total nessa empreitada. Duas mulheres bonitas, corajosas, talentosas e brabas. Têm a quem puxar….

Vamos aguardar então os novos desafios de Mônica que não tem jeito de valentona, mas é. Tal qual a Mônica da revista em quadrinhos….

 Pesquei em Mulheres do Cangaço

E eu pesquei no lampiAoaceso do KIKO MONTEIRO

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VOLANTES E FACÕES - Cabo Leonídio e a cabeça de Manoel Moreno

 Como combater os cangaceiros, gente nascida nas caatingas, acostumados a seus caminhos espinhentos, corpo e alma construídos de carências? Felipe Borges comandante do batalhão especial de repressão ao banditismo, concluiu que com soldados trazidos da capital, e vestidos com bota, perneiras, calças culote, dólman, talabartes e chapéus de massa é que não era. O tenente decide usar o próprio sertanejo, quase parentes dos cangaceiros, na busca de informações e combates.

 cel. Felipe Borges de Castro da PM baiana

É tempo de convocações, algumas forçadas, dos conhecedores das trilhas sertanejas. As volantes agora tem os mesmos adereços e equipamentos dos cangaceiros. A caatinga agora fica confusa: não se distingue mais amigo de perdição. E essa mesma indistinção é usada como estratégia de luta.

O cabo Leonídio, conhecido por sua habilidade de encontrar rastros em qualquer tipo de terreno e de, sobretudo, saber diferenciar um rastro de outro, foi convidado a integrar a força pelo seu talento ímpar.

Tal habilidade é puro aprendizado de artimanhas; segue-se o rastro na busca maluca pelo que se poderia chamar de o não rastro, isto é, a observação de uma folha verde no chão, (folha verde não cai, só se alguém mexeu no galho) Uma pedra fora do lugar, (a noite o orvalho lava a pedra e se ela sai do lugar logo se nota a marca dela no chão, a areia em volta, marcada pelo sereno), Chão varrido, (alguém passou, deixou marca e depois tentou apagar varrendo o chão com folhas), pedaços pequenos de roupa nos espinhos e lixo, restos de papel, palha de cigarro, restos de fumo picado que caiu da mão, coisas dificultosas para para os olhos urbanos, menos competentes.

O cabo Leonídio tinha aprendido estas coisas cuidando do gado alheio, desde criança acostumada a correr com boi bravo nos espinhos. E foi promovido a cabo por merecimento. É calado, sisudo e tem um olho torto que olha de lado.


 O cabo Leonídio trabalhou com Zé Rufino,
mas passou a maior parte do tempo sob as ordens de Odilon Flor
e a este fez um grande favor: Cortar as cabeças dos cangaceiros mortos.
- Era dia de são João, às nove horas da noite. Nós demos um combate na fazenda Gararu, em Sergipe. Chovia bala, depois silêncio. Os bandidos tinham ido embora. Procuramos pelos cantos para ver se tinha ferido. O combate tinha sido tão cerrado que não tinha dado tempo de ninguém sair carregando baleado. Encontramos três cangaceiros mortos: Manoel Moreno, a mulher dele Áurea e Gorgulho. Quando foi de manhã, o sargento Odilon juntou a tropa e disse:
- Vamos cortar as cabeças dos defuntos.
Mas ninguém quis ir. Não quiseram ir porque, você já sabe, cortar o pescoço de uma pessoa é preciso que a pessoa também tenha a cara dura, porque se na for, não corta não.
Então ele virou-se para mim e disse: nego, vem cá, apanha aqui este facão e vá onde ta os cangaceiros, corte a cabeça e traga. Então eu fui e respondi pra ele: sargento, o senhor já mandou todo mundo; nenhum quis ir, só eu é que posso cortar? O senhor podia ir, porque o senhor tem mais costume do que eu. Ele então disse: eu quero é que você corte.
Aí eu apanhei o facão e fui. Quando eu peguei no cabelo do cabra, balancei, fechei a cara pro lado assim e sentei o facão, pá-pá, cortei, e joguei pra lá; peguei a mulher, cortei a cabeça da mulher. Peguei no outro cabra, cortei também a cabeça. Peguei todos os três, levei: Pronto, chefe, ta aqui.
 Manoel Moreno

As cabeças cortadas pelo cabo Leonídio.
Depois de uns dias, eu senti assim um remorso. De vez em quando, à noite quando eu dormia, sonhando com Manoel Moreno, um pouco assim de nervoso comigo, e coisa. E ele me apareceu um dia, me pegou dormindo. Pela abertura da rede e veio com um punhal em cima de mim; eu então pelejei, não pude fazer nada, gritei: cabra mata o homem, cabra, me dá as armas, cabra, até que dentro do quarto ( eu estava deitado perto da rede de uma criança, meu filho que hoje está em são Paulo), então eu tranquei os pés, a mulher levantou-se, tirou o menino da rede e ficou de lado quando eu ajuntei, pensando que o cabra estava me sangrando.
Levei a rede de uma vez só, agarrei-me nela, pensando que fosse o bandido, levei uma pancada na cabeça, (bati com a cabeça na parede) aí foi que me acordei, cansado, sufocado, sem fôlego, com o aperto que o cabra me deu. Bom, aí eu fiquei, coisa e tal e disse ao sargento Odilon: sargento, eu to me me vendo aperreado com Manoel moreno. Ele então disse: Você vai comigo daqui uns dias na casa de Pedrinho. Então eu fui. Cheguei lá, o Pedrinho fez lá um remédio pra mim e perguntou como era. Eu disse então os sintomas e depois de uns dias foi desaparecendo. Odilon me ensinou um defumador, umas coisas que o Pedrinho ensinou a ele e mandou eu tomar este defumador e com isto desapareceu. Não vieram mais me aperrear.
 Depois da noite na rede a alma de Manoel Moreno tornou a aparecer; e aparecia com os braços estendidos, as mão para cima, pedindo:
Leonídio, cadê minha cabeça que você cortou?

Referencial teórico: Soares, Paulo. Gil. Vida paixão e mortes de Corisco, o Diabo Louro.

Trancrito pelo confrade Ronnyeri Batista, síndico da comunidade do Orkut Cangaço, Discussão Técnica

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/cabo%20Leon%C3%ADdio

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REESCREVENDO NOVOS CAPÍTULOS NAS HISTÓRIAS DOS ANTEPASSADOS.

 Por Ane Ranzan

Paulo Britto, Ane Ranzan e Ryan Britto no Cariri Cangaço Piranhas 2022

Percorrer as ruas de Piranhas é sempre uma sensação gostosa que nos reporta a muitas histórias felizes, são muitas as idas àquela cidade, mas todas as vezes traz um gostinho diferente, alegrias que se complementam, elos que se fecham e outros que se abrem para, na próxima ida, formar o círculo para emendar e aumentar a corrente de amor que sentimos por Piranhas.

Mas, só que desta vez além de estar com tantas pessoas que amamos, os que ali moram e vivem, amigos e parentes (que herdei), na chegada recebidos, especialmente, pelos queridos Jaqueline e Celsinho, representando a cidade de Piranhas e a Família Britto, o aconchego de Sônia Britto (hoje sem o amigo Celso) e o abraço apertado de Dione, ainda tivemos as boas-vindas desse grande amigo Manoel Severo através da Comenda à Dona Cyra, in memoriam, de “Personagem Histórica do Sertão” e os gestos afetuosos de todos do Cariri Cangaço.


A energia que emanou de cada um, nos acariciou de forma muito especial, tanto dos já conhecidos, como dos que vão chegando e se somando na irmandade, que se transforma  numa grande família chamada Cariri Cangaço. A egrégora das auras, permitem que sintamos e venham a se somar à energia e o encantamento do Velho Chico que parece nos receber com a placidez de uma imensa paz.

 

Outro ponto marcante inserido na programação do CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2022, tendo como Presidente da Comissão Organizadora Celsinho Rodrigues, juntamente com o Curador Manoel Severo, foi  a excelente ideia, abraçada pelo Conselho de Turismo e, tão sabiamente, acampada pelo Prefeito Thiago Freitas que encaminhou decreto à Câmara Municipal, instituindo o dia 28 de setembro como o “DIA DA RESISTENCIA PIRANHENSE”, foi o Lançamento do Tour Histórico - Projeto "Caminhos da Resistência – pelas ruas de Piranhas" e apresentação dos episódios da prisão de Inacinha, invasão e morte de Gato, com a explanação de Jacqueline Rodrigues, Celsinho Rodrigues, Miguel Alencar, Paulo Britto, João  de Sousa Lima e Padre Luciano Britto.


Paulo Britto e o lançamento dos Caminhos da Resistência - Pelas Ruas de Piranhas

Esse lançamento do “Caminhos da Resistências” será um resgate do marco histórico que conta a invasão de Gato, Corisco e outros cangaceiros na cidade, em 1936, deixando em seu rastro 11 mortos e da defesa dos bravos moradores que empunharam suas armas e defenderam a cidade e seu povo e que agora irá enriquecer ainda mais a história contada pelas áreas de turismo do município.

 

Enfim, momentos e dias inesquecíveis, mais uma viagem muito especial...Palavras de agradecimento serão pouco para definir o que sentimos, como Paulo bem colocou: - Difícil traduzir a intensa emoção. OBRIGADA por tudo. Abraço apertado em cada um.


Ane Ranzan, Recife-Pernambuco
O Cariri Cangaço Piranhas aconteceu entre os dias 28 e 30 de julho de 2022 na cidade ribeirinha de Piranhas, baixo São Francisco, no estado de Alagoas, nordeste do Brasil.

https://cariricangaco.blogspot.com/2022/08/reescrevendo-novos-capitulos-nas.html

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VÍDEO DE JADILSON FERRAZ

 Por José Mendes Pereira


Hoje, 29 de agosto de 2022, ao chegar em minha casinhola, minha filha Adryann Karla Paiva Pereira me entregou um presente que recebera das mãos do cantor e pesquisador do cangaço, o petrolandense-PE Jadilson Ferraz, enviado pelo professor, escritor, fundador do Museu e diretor do Sertão de Mossoró, e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes.  

Cabeça do professor Benedito Vasconcelos Mendes - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2021/08/cabeca-do-fundador-do-museu-do-sertao.html

Foi um prazer a sua visita à minha casa, só que eu não estava em casa. Mas um dia dará certo de me encontrar em casa e conhecê-lo pessoalmenteObrigado, foi um grande prazer e orgulho, grande pesquisador do cangaço Jadilson Ferraz!

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