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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

ENTREVISTA COM O FILHO DE LAMPIÃO | CNL | 827

 Por Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=9jzPnCqs7_U&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

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SAIBA POR QUE O CANGACEIRO ZÉ BAIANO FOI ELIMINADO POR ANTÔNIO DE CHIQUINHO

 Por Histórias da Vida Real

https://www.youtube.com/watch?v=qiFMDvTmWGc&ab_channel=Hist%C3%B3riasdaVidareal

Veja a historia, Saiba Porque o Cangaceiro Zé Baiano Foi Eliminado por Antônio de Chiquinho, de Lampião, o rei do cangaço, maria bonita, e seus cangaceiros, zé baiano, Volta seca, Corisco, Labareda, Zé sereno, Quinta-Feira, Candieiro, Mergulhão,Luís Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete, Juriti, Macela, Volante, zé rufino, O perigo de morte nos rodeia desde o dia que nascemos, então se previna para os PERIGOS de mortes evitáveis que são em média 80%. Com esse livro, você vai diminuir muito o risco de morte em várias situações... proteja a sua vida e a sua família, leia o livro e escape da morte... 

Clic no link Abaixo 

AGORA... https://hotm.art/siteoficial-metodo-c... #historiasdavidareal 

Contato: artehoraciomoura@gmail.com

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THIAGO MENEZES DO ODISSEIA DO CANGAÇO É GENTE QUE FAZ NO CARIRI CANGAÇO PERSONALIDADE AO VIVO NO INSTAGRAM

Temos ao longo deste pouco tempo de estreia de nosso Cariri Cangaço Personalidade; há exatos três meses, na plataforma do Instagram; tido a oportunidade de trazer grandes personalidade do universo da arte e da cultura popular de nosso nordeste, por lá passaram pesquisadores, escritores, poetas, sanfoneiros, músicos, interpretes, produtores culturais, fotógrafos, artesãos e até chef de cozinha , numa autêntica festa da integração cultural que é a marca do Cariri Cangaço.

Para o programa desta segunda-feira, o Cariri Cangaço Personalidade recebe o documentarista e Youtuber sergipano, Thiago Menezes, criador do canal Odisseia do Cangaço, onde periodicamente nos traz recortes da memoria e historia do cangaço em solo nordestino, com destaque para alguns dos principais cenários e personagens desta saga do sertão. 

Manoel Severo e Thiago Menezes

"Para nós do Cariri Cangaço é uma alegria receber no Personalidade; em nosso Instagram; o querido amigo Thiago Menezes do Odisseia do Cangaço, que desenvolve um trabalho espetacular na divulgação dessa saga tão forte e capilar que foi o cangaço, além de tratar-se de um ser humano espetacular, com um talento imenso e um coração gigante, é uma grande honra para nós, sem dúvidas teremos um bate papo super banaca" revela Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço.

https://cariricangaco.blogspot.com/2021/08/thiago-menezes-do-odisseia-do-cangaco-e.html

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SERRA GRANDE EM NOVO MOMENTO DO GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO

Os números são impressionantes até para aqueles que são afeitos ao estudo do fenômeno: 10 mortos, 14 feridos, quase 300 militares numa sanha desesperada em busca de dar fim a Virgulino com seus mais de 115 cangaceiros; foram cerca de 3 mil tiros em quase 10 horas de combate naquele longínquo 
26 de novembro de 1926.

Semana passada os Grandes Encontros Cariri Cangaço reuniu os amigos de todo o Brasil para debater um dos combates  mais emblemáticos de todo o ciclo do cangaço. Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço recebeu para o AO VIVO no canal do YouTube do Cariri Cangaço, os pesquisadores Luiz Ferraz Filho de Serra Talhada e Louro Teles de Calumbi; ambos profundos conhecedores do episodio que viria marcar a historia dos combates entre os cangaceiros e as forças volantes: o combate de Serra Grande.

O programa iniciou com Luiz Ferraz Filho nos trazendo um panorama geográfico e histórico de toda região da Serra Grande, que na época do combate; 1926; se estendia de Vila Bela (atual Serra Talhada) ate Flores, passando por Calumbi ; na época distrito de Flores e local exato onde aconteceu o famoso fogo. Em seguida o pesquisador e Conselheiro do Cariri Cangaço, Louro Teles trouxe os principais detalhes da ligação de Virgulino Ferreira Lampião com Calumbi, isso desde os tempos em que a família Ferreira dedicava-se ao oficio de almocreve e os "meninos" filhos de seu Zé Ferreira acompanhavam o pai no oficio mor da familia, passando pelos muitos episódios de conflitos e a própria invasão do bando a Calumbi, Louro Teles ainda apresentou a amizade do rei do cangaço com moradores do lugar, coiteiros, os amigos, os inimigos, e um surpreendente romance e até um suposto filho do rei cego com uma menina chamada Tatu, das roças velhas. 

Manoel Severo e Louro Teles em plena caatinga

O combate de Serra Grande vem situar-se entre duas das mais polêmicas passagens da saga do filho de seu Zé Ferreira, vulgo Lampião, a saber; em Março do mesmo ano o rei dos cangaceiros visita Juazeiro do Norte para se integrar às forças dos Batalhões Patrióticos e receber fardamento e armas na Meca de padre Cícero Romão Batista e logo em seguida ao combate que ocorreu em novembro, escreveria a ousada carta ao governador de Pernambuco, Júlio de Melo, sugerindo a divisão do território pernambucano entre os dois.

Outra polêmica acaba nos conduzindo ao grande combate; o que teria realmente acontecido em relação à morte do irmão do cangaceiro mais famoso da história? Antônio Ferreira; irmão de Virgulino e seu braço direito; teria tido sua vida ceifada a partir de um “sucesso” envolvendo Luiz Pedro na fazenda Poço do Ferro, de Ângelo da Gia, em meados de 1926 ou inicio de 1927, mas existem pesquisadores que defendem a hipótese que a morte estaria diretamente ligada a ferimentos recebidos pelo cangaceiro no sangrento combate de Serra Grande, onde está a verdade?




Imagens do primeiro episódio dos Grandes Encontros Cariri Cangaço: Lampião na Serra Grande.

https://cariricangaco.blogspot.com/2021/08/serra-grande-em-novo-momento-do-grandes.html

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VEJA O FIM DOS MAIORES INIMIGOS DE LAMPIÃO

 Por Histórias da Vida real

https://www.youtube.com/watch?v=frVdihAiC6g&ab_channel=Hist%C3%B3riasdaVidareal

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VOCÊ SABIA QUE:

 Por Jose Francisco Gomes de Lima

Um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar? Pois é meu amigos, na cidade de Belmonte-Pe, nasceram dois grandes Titãs combatentes do Cangaço.


JOSÉ ALENCAR DE CARVALHO PIRES (SINHOZINHO ALENCAR) EM 13/03/1892.

JOSÉ ALENCAR DE CARVALHO PIRES (SINHOZINHO ALENCAR) EM 13/03/1892.

https://www.facebook.com/groups/471177556686759/

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POÇO REDONDO O MAIOR COMBATE DE LAMPIÃO EM TERRAS SERGIPANAS.

 

https://www.youtube.com/watch?v=sJWlKLbkuyQ&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Uma visita a Fazenda Maranduba localizada no município de Poço Redondo no estado de Sergipe, onde no dia 09 de janeiro de 1932 foi travado um dos mais acirrados e sangrentos combates ocorridos em toda a história entre o bando de Lampião e Forças Militares. Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. 

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Forte abraço... Cabroeira! 

Atenciosamente: Geraldo Antônio de S. Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia e Arquivo Nordeste. 

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LAMPIÃO, REI DO CANGAÇO, FOI ASSOMBRO DO SERTÃO.

 Por José João de Souza

https://www.youtube.com/watch?v=gKnWFUo2vJM&ab_channel=Jos%C3%A9Jo%C3%A3odeSouzaSouza

Em 28 de julho de 1938, morreu o cangaceiro Virgolino Ferreira "Lampião". Após 78 anos do ocorrido, o mito continua vivo na memória do povo sertanejo. 

E viva as tradições nordestina!!!

Lampião o rei do cangaço - Ivanildo Vila-Nova e Geraldo Amâncio.

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Lampião, o Rei do Cangaço (Mote de Dez)

Artist

Ivanildo Vila Nova, Geraldo Amâncio.

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FATO ÚNICO - UMA CRIANÇA AO RELENTO EM PLENO SERTÃO

Uma das maiores dificuldades da mulher cangaceira ao parir, era sem dúvida decidir, como e com quem ficaria o 'rebento'.

Não era permitido que o recém-nascido ficasse com o grupo de cangaceiros e, ao ser exposta às intempéries da natureza (sol, chuva, falta de abrigo, alimentação, água etc..), falecia. Para evitar isso, logo que o bebê nascia, com poucos dias era doado, a um vaqueiro, padre, coronel ou alguma pessoa de confiança.

As vezes, acontecia de uma cangaceira parir e, sem tempo, ainda, de doar a criança a uma pessoa com as referências supracitadas, Acontecia um tiroteio e, o recém nascido ficava no meio da caatinga, entregue a sua própria sorte e a Deus.

Abaixo, temos uma foto rara, mostrando uma situação dessa do filho do cangaceiro Ângelo Roque, em que a criança foi recolhida da caatinga através do Tenente Noblat e, posteriormente, foi criada pela família do sargento. Edgar.

Fonte da Foto: Lampeão, Ranulfo Prata.

Créditos: Ivanildo Silveira (Grupo Lampião Grande Rei do Cangaço - Facebook)

Fonte da Foto: Lampeão, Ranulfo Prata.
Créditos: Ivanildo Silveira (Grupo Lampião Grande Rei do Cangaço - Facebook)

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/07/fato-unico.html

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JARARACA ATACA A VILA DE FLORES

 Por Caiçara do Rio dos Ventos

Cangaceiro Jararaca preso em Mossoró, junho de 1927

Em 3 de abril de 1927 Jararaca ataca a Vila de Carnaíba. Já se passaram 93 anos desde que a outrora bela e formosa Vila de Carnaíba de Flores, foi atacada pelo famigerado cangaceiro Jararaca. Nesta linda e aprazível cidade interiorana de Pernambuco, nasceu um dos poetas "mais grandes" da cultura nordestina. Compositor de temas vibrantes, poeta e folclorista, conhecido pelo nome de Zé Dantas.

José de Sousa Dantas Filho tinha apenas 6 anos de idade quando isso aconteceu. Vou aqui homenagear, aproveitando o espaço, o Grande Poeta: Zé Dantas, grande compositor sertanejo, conhecido por suas belas canções, como “O xote das meninas”, “Derramar o Gás”, “A Volta da Asa Branca”, “O Forró de Mané Vito”, “Vozes da Seca”, “Vem Morena”, “Algodão”, “Cintura Fina”, “Imbalança”, “Mané e Zabé”, “Minha Fulô”, “Noites Brasileiras”, “São João na Roça”, “Paulo Afonso”, “Riacho do Navio”, “Sabiá”, “Samarica parteira”, “Siri Jogando Bola” entre outras obras.  

Pois bem, voltemos ao ataque do cangaceiro Jararaca. Carnaíba das Flores, que está situada à margem direita do lendário Rio Pajeú. Foi assaltada pelo temível cangaceiro Jararaca e seu grupo de 13 cabras. Aqui esse artigo, iremos dissertar o histórico que o Padre Frederico Bezerra Maciel escreveu no seu livro CARNAÍBA, A PÉROLA DO PAJEÚ:  "Procedente das bandas de Sítio dos Nunes, ao chegar ele, alta madrugada, em Carnaíba velha,  espécie de subúrbio com casas separadas e esparçadas do outro lado do rio. Aprisionou o fogueteiro Faustino para que servisse de guia indicando as casas do telegrafista e dos comerciantes da vila. De 4 horas e 30 minutos para as 5 horas da manhã atravessou o denso e fofo areal do rio sêco com seu grupo e o prisioneiro guia entrando na rua principal pela passagem ao oitão esquerdo do vapor do descaroçador de algodão de manuel josé da silva. 

Frederico Bezerra Maciel

Em todo o percurso da longa, alinhada e bela rua, arborizada de cajaranas e findando na igreja do orago  Santo Antônio, foi o guia mostrando as casas comerciais e residenciais dos principais homens de dinheiro Manuel José, Zé Martins, Major Saturnino Bezerra, Zé Dantas (pai), enfim já perto da igreja do lado esquerdo de quem ia, a casa do telegrafista Emídio de Araújo conhecido por Emídio Grande. Na realidade não devia este ser chamado de telegrafista e sim de telefonista pois o que havia era um telefone na repartição pública federal para passar telegramas. Aproveitando-se ali de um descuido do grupo, conseguiu o fogueteiro fugir pela e cercas de pau a pique e avelós dos roçados das vazantes.

No largo patamar da igreja, os cabras, entre talagadas de cachaça, xaxavam,   batendo como coice das armas na calçada e cantando mulher rendeira, com isso despertando os habitantes do lugar, que logo compreenderam tratar-se de cangaceiros. Em seguida, o próprio Jararaca deu três tiros na porta da entrada da casa do telegrafista, o qual respondeu, de dentro, com um tiro. Isto fez o grupo temer entrar na casa. Então, após uns quatro tiros na porta da casa vizinha, residência de Zé Veríssimo, que logo fugiu com a esposa pelo portao do muro, rebentaram

a porta da frente e nela entraram. Abriram a mala, quebrando-lhe a fechadura estragaram as roupas encontradas, rasgando um vestido e queimando outro, nada roubando porque seus donos quase nada possuiam. Vivia o pobre Zé Verissimo do modesto emprego de caixeiro de balcao na loja do major Saturnino, Na outra casa, pegada à de Verissimo, morava o cabo Severino, comandante do destacamento, que saiu correndo por detrás, sem detonar um tiro. Os cinco soldados do destacamento, que moravam juntos, em acanhado casebre de António Conserva, guarda da linha, situado no mesmo correr da rua, porem mais em cima, bem no oitão direito da igreja e distante do patamar da igreja de apenas 4 metros, também correram pelos fundos. O soldado Zé Inácio que morava bem na frente do telegrafista e que estava doente de febre tifoide, temendo por sua sorte, enrolou-se num cobertor e saiu pela cerca do quintal para a residència de Joaquim Leandro da Silva, conhecido por Joaquim Borrego, atrás da lgreja, o qual estava ausente.

A familia deste, como todas as outras da vila, deitadas no chão, temendo as balas. Depois da casa de Veríssimo, entraram os cangaceiros, forçando porta e janela, na residéncia do major Saturnino, situada a 18 casas abaixo. O major estava fora. E sua esposa, D. Naninha Grande, ficou sozinha com a fuga de seu filho, Zé Bezerra, pelo quintal. Os cabras respeitaram a mulher, mas roubaran rifle e dinheiro. Daí seguiram para a residència de Manuel José,  no outro cordão de rua, bateram na porta.  A esposa Maria Brasileiro foi atender. Dois cangaceiros entraram e foram logo exigindo dinheiro. Manuel José apareceu e disse que o dinheiro estava guardado na loja. Enquanto um cangaceiro acompanhava Maria Brasileiro até a loja, o outro ficou mantendo o esposo como refém.  Na loja Maria teve a presença de espirito de não mostrar o cofre mas tão somente a gaveta do balcão com o apurado do dia e que na ânsia foi logo raspado pelo cangaceiro. Muito dinheiro miúdo em moedas e cédulas, importancia total pequena. O outro companheiro tão preocupado em manter o refém nem atinou mandar abrir o baú onde estavam guardadas as jóias, no qual se sentara de propósito Manuel José. Logo que o primeiro voltou e os dois iam começar contar o dinheiro, ouviram-se tiros do lado de fora. Os dois fugiram levando o dinheiro. 

Os carnaibanos começaram a se movimentar para a reação. Ora, cada comerciante mantinha cabras para defesa em casos como este. Por exemplo, Major Saturnino tinha os cabras João Mororó e João Teotônio; Zé Martins tinha Mané Quitola; Luís e Eliseu Cassiano tinham João Lessa; Zé Dantas tinha Zé Marques, Manuel José tinha seu cunhado Zé Vital... E muitos possuíam armas próprias. Uns 20 decididos carnaibanos pulavam de um muro para outro a fim de estabelecer os planos de resistência e tomavam posição nas entreabertas das janelas e em outros resguardos. Os soldados voltaram para o embate. Dois deles que estavam no quartel estabelecido numa casa quase em frente da de Manuel José não podendo fugir começaram a atirar para o ar a fim de intimidar, mais com isso gastando multa munição atoa. Nesse então, das janelas da rua começaram a partir tiros esparsos de ponto. Depois fechou-se o tempo.

Por trás do antigo cemitėrio morava um cidadão da Barra de São Serafim, chamado Manuel Florentino. Conseguiu ele entrar no beco formado pelo vapor de Zé Jordão e o chalé de Zé Martins e fazendo frente ao beco de Manuel José. Deitado, amparou-se nuns paus, ali colocados deitados, a modo de dique para as águas das enxurradas da rua nos tempos de chuva. Dali atirava de ponto na direção do beco de Manuel José, para onde havia corrido alguns cangaceiros por causa dos tiros disparados de vários pontos da rua. Nessa corrida um dos cangaceiros deixou cair seu fuzil no meio da rua. Parte dos cangaceiros, da porta e das janelas da morada de Manuel José, atirava para dentro da rua respondendo aos detensores. 

Outra parte, da esquina do fim do muro da mesma casa respostava ao beco. Pedro Orenuno ordenou a seu companheiro recém-chegado, Pedro Martins, a ir ver o Fuzil caido para com ele fazer boca de fogo, isto é, lhe dar cobertura sustentando o fogo. Arrastando-se, o xará apanhou o fuzil e permaneceu ali, no mesmo ponto, deitado, atirando. Quando o tiroteio já com quase 2 horas cessou um pouco, disse Pedro Florentino ao outro: só se tomar o portão do oitão. 

Quando atravessou a rua entrou no beco, recebeu Pedro Florentino as cargas de um rifle peiado e de um fuzil, utilizados por dois cangaceiros. Por sorte apenas um balaço de fuzil o atingiu na parte superior da coxa atravessando-a sem atingiu o osso. Colando-se na parede, revidou Pedro Florentino e de ponto no cangaceiro do rifle, acertando-lhe na mão, o qual deixou a arma no canto da parede e nesta imprimindo de sangue sua mão ferida. Pelo portão detrás do muro, ainda na mesma casa fugiram os restantes cangaceiros. Abrindo a porteira do curral, pularam a cerca que dá para a vazante e desta ganhararm o rio. Prenderam Manuel Torquato para mostrar o caminho do Sítio dos Nunes.

Pegaram dois cavalos para os baleados. Torquato safou-se, dizendo; - Lá vem a policia! Rumaram eles para o Serrote do Capim ou para a serrinha dos Eustórgios. Atrás deles, saíram alguns mascates de Carnaiba, como Zé Agostinho conhecido por Zé Boa Vista, Elpidio do Velho Brejeiro, os empregados de Zé Martins, além de João Mororó... não os encontrando, nem deles tendo noticia. Também não tinham rastejadores para tomarem a pista. Afora o rifle, peiado com um lenço grande, deixado no beco, foi encontrado, dentro da roça, um bornal com farinha, carne e rapadura, cuja correia partira, de certo, no momento de seu possuidor pular a cerca.

Os cangaceiros, como os militares da policia, não possuíam tática de guerra. Tipico o ataque de Jararaca a Carnaíba. Por isso, o que Ihes faltava em estratagema, sobrava em desmandos e perversidade. Somente Lampião, naquela época no Sertão, sabia usar de tática e que táticas geniais! Mais tarde surgiria seu irmão Ezequiel com pendores táticos, mas prematuramente morto."

Do livro CARNAÍBA, A PÉROLA DO PAJEÚ do escritor Padre Frederico Bezerra Maciel. Fonte:http://meneleu.blogspot.com/

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