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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A LENDA DE JURATAÍ

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.791

“Muito tempo atrás, no fundo da floresta Amazônica, havia um pássaro chamado Jurutaí. Uma noite Jurutaí olhou para cima, através do ar quente, e viu a Lua. Ela estava completamente redonda. A luz prateada brilhou sobre a face de Jurutaí com se a Lua estivesse se esticando para tocá-lo. E Jurutaí se apaixonou.

RIO AMAZONAS. FOTO: (GEOGRAFIA SAAD).

Jurataí se apaixonou pela Lua e quis ir até onde ela estava. Assim voou até o topo da árvore mais alta que podia ver. Mas a Lua ainda estava longe. Ele voou até o cume de uma montanha. Mas a Lua ainda estava longe. Então ele voou até o céu. Jurutaí bateu as asas, subindo, subindo até o ar ficar rarefeito. Mas a lua estava muito longe.
O pássaro continuou voando para cima até as asas doerem, os olhos arderem e parecer que cada respiração só enchia seus pulmões de vazio. Queria prosseguir, mas era muito difícil. A força de suas asas chegou ao fim e de repente ele começou a cair. Rodopiava, através do ar negro, e batia asas céu abaixo. Ele caiu de volta nas folhas úmidas e perfumadas das árvores. E se empoleirou ali, piscando ofegante para a Lua. Ela estava distante demais para que ele a alcançasse. Assim, tudo o que Jurutaí podia fazer era cantar para ela.  Ele cantou a mais bela canção que pôde. Uma canção cheia de tristeza e amor, que se espalhou pela floresta.
A lua olhou para baixo, mas não respondeu. E lágrimas encheram os olhos de Jurutaí. Suas lágrimas rolaram pelo chão da floresta. Encheram vales e escorreram em direção ao mar. E dizem que foi assim que o rio Amazonas surgiu.
Ainda existe um pássaro que se chama Jurutaí que vive na floresta Amazônica, hoje em dia. Às vezes, na lua cheia, ele olha para o céu e canta. E ouvi falar de povos indígenas que acendem fogueiras quando a lua cheia brilha e cantam e dançam para fazer o Jurutaí cantar. Eles sabem que cantar a mais bela canção que se conhece é a melhor maneira de se livra da tristeza. E acreditam que deveríamos acender fogueiras no coração quando o jurutaí dentro de nós se cala”.
·         Recontada por Sean Taylor. Cobra-grande: história da Amazônia. Trad. Maria da Assunção Rodrigues. São Paulo: edições SM. 2008.p. 8-9.


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EVENTO NA UFPB

Por Medeiros Braga

Estive participando, recentemente, de um evento na UFPB, onde pude expor cerca de 118 títulos em cordel de minha autoria. Houve uma recepção muito boa por parte dos participantes. Professores que adquiriram para trabalhar alunos em sala de aula e universitários que vêm despertando para a leitura de cordéis na área educativa: história, ecologia, filosofia, cangaço, biografias em geral, movimentos afro, indígenas e de mulheres guerreiras, a exemplo da angolana Ginga, a francesa Olympe de Gouges, polonesa Rosa Luxemburgo e brasileiras: Margarida Maria Alves, Anita Garibaldi, as Heroínas de Tejucupapo.

Foi um momento muito bom, uma vez que tive a oportunidade de manter contato com universitários, dar respostas às questões, expor o cordel, a sua importância e o trabalho que desenvolvo nesse campo literário.

Na foto abaixo, eis do IFPE, um estudante e uma técnica que, não apenas prestigiaram o meu trabalho, bem como, trouxeram, posteriormente, uns dez alunos para fazerem a sua aquisição. Agradeço a todos que se fizeram presentes ali, seja adquirindo, conversando ou conhecendo a literatura de cordel.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NA BORDA DA MATA

Por Antonio Corrêa Sobrinho

A Inspeção do Trabalho me conduz aos quatro cantos do meu Sergipe. Ontem, a fim de verificar as condições de trabalho dos que fazem a limpeza pública do município de Canhoba, eu e o colega Antonio Neto resolvemos almoçar na beira do Velho do Chico, exatamente na antiga fazenda Borda da Mata, hoje pequeno povoado, nascedouro do, sem dúvida, mais conhecido governador de Sergipe, o doutor Eronides de Carvalho, filho do comerciante, fazendeiro e ex-prefeito de Canhoba, Antonio de Carvalho, mais conhecido como Antônio Caixeiro, este apontado pelos historiadores como um dos principais protetores de Virgulino Lampião. Borda da Mata que, nos idos de 1930, serviu de refúgio e ponto de apoio do imortal cangaceiro. 


Aproveitei o ensejo para tirar estas fotografias: das ruínas da imponente casa que, em 1969, doutor Eronides construiu, moradia que por muito tempo foi de uma sua filha; foto da antiga capela e de um resto da antiga residência do coronel Antonio Caixeiro, que, segundo me informou o dono do restaurante que nos serviu a saborosa moqueca, Lampião e seus companheiros se arranchavam quando visitavam a fazenda. Não poderia deixar passar a oportunidade e não fotografar as belas imagens que as águas do baixo do São Francisco nos proporciona. 


O que Sergipe tem em abundância é lugar por onde o rei do cangaço passou, embora os sergipanos, de uma forma geral, façam de conta que essa história não lhes pertence. E a Borda da Mata, penso, é um dos mais significativos, porque, salvo melhor juízo, foi um dos locais de fomento do cangaço, onde Lampião e o coronel se encontravam, ou seja, onde o cangaço e o coronelismo se "alimentavam" - prova robusta e insofismável de que o cangaço foi (mal) nascido e (bem) provido pelo coronelismo. 


Mas já que estamos falando de história, que Sergipe se acorde e chame o Brasil e o mundo para estarem aonde Lampião esteve, e inclusive morreu, porque, de mostrar e ganhar dinheiro com a história vivem também os povos.

Clique no link abaixo para ver todas as fotos

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=736443679897912&notif_id=1511994030234928&notif_t=group_activity

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DONA DULCE MEDEIROS

Por Martha Anastácio Menezes (filha de Dulce)

Mãe com chapéu, 1938, sem chapéu, atual 2017. Um milagre de DEUS.
OBS: Ex-cangaceira DULCE, 93 anos de idade, única sobrevivente que se tem notícia do Combate de Angico em que morreram Lampião, Maria Bonita e mais 09 cangaceiros (adendo, por Volta Seca).

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=370688303308265&set=a.120631481647283.1073741828.100011012948750&type=3&theater

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CANGACEIROS “MÃO FOVEIRA” E “PASSO PRETO”

Por Sálvio Siqueira

Naquele tempo, tempo do cangaço lampiônico, as considerações entre aqueles que participaram dos bandos cangaceiros resumia-se em acordos e poderes. Não havia, de fato, uma determinação de alguém dar sua vida pela do outro. A confiança era somente entre quantias em dinheiro e favores recíprocos. Por isso que os líderes, ou mesmo o cangaceiro mor, sempre tinha, dentre seus algozes, aqueles que deveriam ser mais ‘chegados’, mesmo por que a traição e a covardia andam juntas e em todo lugar desde os primórdios da vida humana no planeta terra.

Quando Lampião consegue levar seus ‘meninos’ as terras dominadas pelo coronel Izaías Arruda, no reduto cearense, esse lhe apronta uma das maiores arapucas que já se tenha ouvido falar. Tudo estava certo para que a cabroeira fosse almoçar na casa sede da fazenda, no momento em que se dirigiam para ela, Virgolino resolve acampar debaixo de algumas árvores na beira da várzea, onde havia um canavial. O coronel, sabendo do fracassado ataque a Mossoró, RN, e tendo sido um dos mentores do plano, tinha que dar sumiço naquele que sabia de tudo... Em Lampião, o “Rei do Cangaço”.


Pois bem, o coronel, outrora grande coiteiro, ordena que se coloque veneno na comida da cabroeira. Em seguida, manda que se coloque fogo no canavial, formando assim uma barreira de fogo intransponível, por fim distribui seus jagunços, que não eram poucos, juntamente com o contingente de uma Força Volante cearense cercando o restante do local, para que aqueles que escapassem do veneno e do fogo fossem abatidos pelas balas dos homens dispostos em lugares estratégicos. Nessa emboscada o bando de Lampião sofre a maior de suas baixas. Morreram alguns envenenados, outros, com o veneno a lhes cortarem as entranhas caem sobre as chamas vigorosas do fogo na palha da cana e outros foram abatidos pelas armas. Dentre os mais distintos pesquisadores/historiadores não há uma narrativa ‘cristalina’ de como Lampião conseguiu escapar com vida de tamanha armadinha, além de salvar a vida de alguns de seus subordinados.


No longo e árduo caminho, com certeza tendo o “Rei do Cangaço” vinha queimando vários e vários milhares de neurônios procurando encontrar, ou tentando achar, respostas para o que aconteceu em território dominado pelo aliado cearense. Por que o coronel que o chamou e o incumbiu da missão sobre Mossoró estava a ponto de acabar com sua vida? Por que aquele que lhe fornecera abrigo, munição e armas acabara por lhe armar tamanha arapuca? Mais um, dentre os grandes ‘coronéis’ coiteiros caem fora do ‘negócio’ armando para ele. Primeiro havia sido o coronel José Pereira, de Princesa Isabel, PB, que vendo a maneira como os homens de Lampião haviam se portado na cidade de Souza, PB, enquanto Virgolino se restabelecia de um ferimento no pé direito, em território dominado pelo coronel, manda que um exército de jagunços seja lançado sobre a cabroeira para extermina-la. Com esse ato Zé Pereira consegue, ou pensava conseguir, eliminar dois coelhos com um só disparo: acabar com a suspeita de ser acoitador de Lampião e não saldar a dívida com ele, que, segundo o próprio Virgolino, não era pouca. Agora o grande coronel Izaias Arruda também o trai e quase acaba com a vida dele.


Já em terras pernambucanas, a horda perambula e avança aos solavancos rumo ao território onde encontrariam abrigo nos município de Triunfo, Vila Bela e Floresta. A cabroeira estava pra lá de desanimada, sobre tudo por ainda estarem com eles alguns companheiros feridos e/ou envenenados. Dentre os envenenados havia o ‘cabra’ “Mão Foveira”, sertanejo Domingos dos Anjos, que pede permissão ao chefe para ficar na estrada por estar sentindo muitas dores no abdome. Em vez de dar permissão, Virgolino manobra a alavanca do mosquetão e eleva a arma ao ombro dizendo que só o deixaria se fosse morto. Apesar de também ser cangaceiro, “Mão Foveira” pede pela vida, no que, naquele momento não parecia ser com o que Lampião concordava. Insistindo em não deixar com vida seu assecla, o cangaceiro mor é colocado à prova pelo restante dos homens. Todos tomam o partido do companheiro envenenado e falam em sua defesa. A pressão é alta e Lampião sabia que se matasse “Mão Foveira” naquele instante, seria morto pelos outros. Não tinha outra saída, tinha que deixa-lo na beira da estrada com suas dores a espera da morte.


As contrações dolorosas na altura do intestino delgado se intensificam e o cangaceiro, lá deixado no meio do nada, prossegue esperando sua hora chegar. Mais tarde, quando o sol já havia pendido para o poente um cidadão da família Pereira, o sertanejo Zuza Conrado vem viajando por aquela estrada e encontra o homem agonizante, o carrega par sua própria casa. Lá chagando, foi até a ‘panela’ onde estava o leite das vacas, e o faz beber bastante. “Mão Foveira” começa a sentir-se melhor. As dores quase que acabam por completo. Restabelecido e tendo feito um detalhado relato ao seu salvado, esse o leva até Vila Bela onde é colocado no xilindró. Naquela época os cangaceiros presos eram transferidos para os grandes presídios nas capitais dos Estados. Dentre outras coisas, para evitar um ataque do restante do bando e soltá-los.


Na região de Floresta do Navio havia uma família com cinco irmãos: Francisco Miguel do Nascimento, Pedro Miguel do Nascimento, Domingos Miguel do Nascimento, João Miguel do Nascimento e José Miguel do Nascimento. Todos dessa família viviam do trabalho nos roçados e vaquejando gado dentro das brenhas da caatinga. Eram conhecidos nas redondezas como “os Miguel”. O jovem Francisco Miguel do Nascimento, que era um dos bons vaqueiros daquela região, cai em desgraça e a saída para continuar vivendo foi entrar para o cangaço e ir viver da espingarda junto a Virgolino. Daí por diante seu nome passa a ser o cangaceiro “Passo Preto”.


Seus irmãos em vez de seguirem essa ‘trilha escura’, tomam outra, totalmente oposta. Entram na Força Pública e vão dar combate ao banditismo rural que assolava o Sertão do Pajeú das Flores.

Segundo o pesquisador/historiador/ex volante, tenente João Gomes de Lira, no seu “Lampião – Memórias de um Soldado de Volante” – 1ª edição, pg 389, de 1990, nos combates em que os irmãos estavam a se digladiarem, o cangaceiro “Passo Preto”, dono de poderosa voz, começava a chamar pelo nome dos irmãos começando uma prosa, mesmo naquelas condições, tentando relembrarem passagem de suas vidas quando jovens. O saudoso tenente da Briosa pernambucana nos diz ainda que: antes de partir para dentro da Mata Branca, em busca de abrigo, “Passo Preto” soltava um longo e penoso aboio se despedindo dos irmãos.

Pedro e Domingos foram promovidos a cabo da PMPE por merecimento. Já o irmão Francisco, o cangaceiro “Passo Preto”, depois de uma vida sangrenta no cangaço, se entrega e vai cumprir sua pena na Detenção de Fernando de Noronha. Liberto, Francisco Miguel, depois de perambular por vários lugares, pega o rumo do distrito de Nazaré do Pico, município de Floresta, PE, onde procura o capitão da PM Euclides Flor e lhe solicita trabalho. O capitão Euclides Flor lhe dar emprego e ele passa a conviver e trabalhar junto as pessoas de quem tanto fugiu e o perseguiu. Porém, se sentia seguro e protegido... Nas quebradas do Pajeú das Flores.

Fonte “Lampião – Memórias de um Soldado de Volante” – LIRA, João Gomes de. 1ª edição. Recife, 1990
Foto TOK de HISTÓRIA

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/

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LAMPIÃO - OS TABUS CONTRA AS MULHERES DENTRO DO CANGAÇO


https://www.youtube.com/watch?v=uinZAkjEqmk&feature=share

Publicado em 23 de jun de 2017

Lampião e os tabus contra as mulheres explica o preconceito do cangaceiro, afastando-as de seus grupos, por mais de 32 anos. Ao admitir a entrada da Maria de Déia (Maria Bonita) no cangaço, Lampião mudará seus costumes aceitando sua vocação para os trabalhos feminis. O estudo mostra um caso de 'inversão' entre cangaceiros; explicado à luz da psicanálise.
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POR UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA. SAGA I - O PALÁCIO QUE VIROU TAPERA.

Por ‎Taniamá Barreto‎

AS PESSOAS SÃO ADMIRADAS PELOS SEUS ATOS, PALAVRAS E ATITUDES: ENTRE RELATOS, LÁGRIMAS E DECEPÇÕES

Foram vários anos de economia e determinação para construir a casa dos meus sonhos. Uma casa que fosse acolhedora, aconchegante, prática e confortável pra minha família: eu, esposo e três filhos: com amplos espaços de trabalho (lavanderia, copa, cozinha, estudo etc), alimentação, lazer, inclusive, com confortáveis espaços para domésticos. 

Sonhamos junto, eu e Danilo, planejamos, organizamos e construímos até o acesso quando tivéssemos bem velhinhos! Isto, sem nos endividar. Foram quase 05 anos de muito trabalho e economia. 

UFAAAA! Saímos do aluguel e entramos em nossa casa dos sonhos! Tudo estava em seu lugar. 

Só que o destino quis que o convívio durasse pouco. Adoeci de asma. Eram crises em cima de crises! Reincididas crises de falta de ar.

Impõe esclarecer que sou professora aposentada, tendo iniciado minhas atividades em 1968, quando apenas o quadro, a esponja e o giz eram os únicos instrumentos de trabalho para auxiliar os livros e nossas mentes, para trabalhar, com criatividade os conteúdos veiculados em sala de aula.

As intensas crises eram agravadas pela presença de uma padaria nas imediações da nossa residência, tendo eu chegado a ter uma parada respiratória que, por felicidade foi no pronto socorro do Hospital do Wilson Rosado. Por uma questão de sobrevivência aluguei uma casa perto do hospital e me mudei. Foi quando soube que a prefeitura estava procurando imóvel, com espaço adequado, para funcionar o CRAS Independência II. Assim é que, considerando a qualidade da infraestrutura, minha casa não passou nenhum mês desocupada. Bem porque eu queria um aluguel que desse apenas para pagar o da casa que eu estava morando.

Então, naquele fatídico ano de 2007 aluguei o meu único imóvel (único bem físico) à Prefeitura Municipal de Mossoró, para funcionar o CRAS. 

Por que fatídico? 

Porque, com a ATUAL ADMINISTRAÇÃO de Mossoró, aqui estou eu, desde o mês de agosto, sem a chave da minha casa (meu único bem imóvel), sem contrato de renovação do aluguel, quando pago aluguel para minha família morar no valor total de R$1.980,00.

Pasme! Hum mil novecentos e oitenta reais, quando a Prefeitura mantém na minha casa famílias desabrigadas.

Por onde anda o aluguel social, que poderia estar sendo usado para abrigar aqueles desvalidos?

Que INCOMPETÊNCIA! 

Como diz Miguel Monteiro, “se acha que a competência custa caro, experimente a incompetência”. Mossoró está experimentando a incompetência dos seus administradores na maioria dos níveis da sua gestão executiva, assolando quase todas as áreas das políticas públicas. Aliás, o primeiro atestado de incompetência foi dado no momento da transição de governo, quando a equipe de Rosalba Ciarlini não foi hábil o suficiente para levantar dados que retratassem o diagnóstico condutivista da realidade, para deslanchar a gestão do município, logo no início de janeiro / 2017. 

E daí? Um caos estabelecido, dando continuidade ao governo da gestão passada; mas, de forma diferente. A equipe do governo antecessor era COMPETENTE em encontrar alternativas as mais variadas (!); sendo que a do governo atual é INCOMPETENTE em nível de gestão. 

São quase 11 meses de incompetência escudada na crise e na alegação de que a culpa é do governo que lhe antecedeu. 

É o predomínio do Paradigma da Culpabilidade, permeando as ações das políticas púbicas em Mossoró!

Impõe aqui resgatar uma tese que defendo: o caos estabelecido no Brasil decorre de dois paradigmas adotados por quem deveria fazer as “coisas direito”, na administração pública, considerando os eixos basilares da sustentabilidade humanossocial: Paradigma da Penúria – quero fazer. Não o faço, com excelência, porque não tenho condições objetivas e subjetivas para tal; e, Paradigma estatizante, sustentado no discurso de que minhas ações não estão resolutivas porque o governo não favorece, incluindo quem me antecedeu. Mero refúgio do Incompetente!

Que INJUSTIÇA! 

Não é de hoje que percebemos a prática da injustiça, embora saibamos que a realização desse procedimento não é salutar para quem o executa nem para quem o experimenta. O que vemos são pessoas incoerentes nas suas ações e atitudes desastrosas, menosprezando princípios morais, atropelando questões éticas da vida e da dignidade humana. Determinadas atitudes de pessoas que considerávamos confiáveis nos surpreendem; tanto pela falta de respeito pelo ser humano, como pela desconsideração para com o pacto firmado, ética, política e socialmente; como pela injustiça. É um comportamento que machuca, gerando a indignação, por sermos vítimas do ato cometido. No entanto, é possível sim, escolher as nossas atitudes, porque tudo o mais que acontece ou acontecerá em nossas vidas, que são e serão em virtude delas.

Deixo aqui meu grito: INJUSTIÇAAAAAA! 

Que INDIGNAÇÃO!

A indignação chega quando analisamos o posicionamento das pessoas e vemos de fato a injustiça cometida. Quando observamos tanta gente brincando com a vida dos outros. 

Demonstro aqui minha indignação, que em decorrência do comportamento de total desrespeito da gestão municipal de Mossoró, para com a situação do meu imóvel.

Enquanto não houver uma iniciativa de mudança nesse processo injusto, mesmo sabendo que a falta de ética e do bom senso está se tornando cada vez mais comum, continuo declarando minha decepção e indignação. 

Infelizmente, alteração de valores, especificamente no caso de apropriação indébita, excedeu os extremos do compreensível! Cada vez mais desconhecemos as pessoas, nem mesmo aquelas que acreditamos conhecer bem.

Contudo, lembrando o pensamento de Platão de que “quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado”, sigo em frente tentando ser feliz, mesmo estando extremamente INDIGNADA! REVOLTADA! Mas sem perder a SABEDORIA de estar convicta de que a minha INDIGNAÇÃO não será uma mosca sem asas e a JUSTIÇA prevalecerá, para que minha DIGNIDADE seja restabelecida, deixo aqui meu grito: INDIGNAÇÃOÃÃÃÃÃOOOOOO!

Mossoró-RN, 29 de novembro de 2017.

A saga continua em: O SONHO QUE VIROU PESADELO.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FUNDAÇÃO VINGT-UN ROSADO PARABENIZA A POSSE DA NOVA DIRETORIA DO ICOP


O auditório da OAB esteve em festa este final de semana. Tomou posse na última sexta-feira, dia 24, a nova diretoria do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP). Para presidente, o empossado foi o escritor cearense e editor da Sarau das Letras, Antonio Clauder Alves Arcanjo, tendo como vice, a escritora e poetisa, Ângela Maria Rodrigues de Oliveira Pereira Gurgel.

Durante o evento, foi lançado o livro “Stigma, a saga por um novo mundo”, da escritora Valdívia Beauchamp, seguido de noite de autógrafo da obra, além do lançamento da 18ª edição da revista Oeste, editada pelo próprio ICOP.

A Fundação Vingt-un Rosado / Coleção Mossoroense parabeniza pela nova diretoria e torce para que novos rumos sejam tomados para instituição de tão grande importância para o nosso Estado.

Segue abaixo, a composição da nova diretoria do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) biênio 2017/2019:

Presidente: Antonio Clauder Alves Arcanjo
Vice-presidente: Ângela Maria Rodrigues de Oliveira Pereira Gurgel
Primeiro secretário: Vanda Maria Jacinto
Segundo secretário: Joana D’Arc Fernandes Coelho
Primeiro tesoureiro: José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo
Segundo tesoureiro: Sebastião Almeida de Medeiros
Presidente perpétuo: João Batista Cascudo Rodrigues (in memorian)
Presidente de honra: Wilson Bezerra de Moura


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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TG 07-010 - 108 ANOS DO TIRO DE GUERRA DE MOSSORÓ

Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 07 de novembro de 1909, num belo dia de domingo, era criado o Tiro de Guerra de Mossoró, como forma de prover a cidade de um grupo de atiradores treinados para defender a cidade quando necessário. 


Os Tiros de Guerra são uma experiência brasileira vigente desde o século XIX, quando Antônio Carlos Lopes (1870 – 1931), fundou na cidade de Rio Grande – RS, uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares. Antônio Carlos, com cerca de 20 anos, foi testemunha dos sangrentos episódios em Rio Grande-RS, decorrentes da Guerra Civil de 1893-95, combinados com a Revolta da Armada (1893-94). Possuidor do curso de Farmacêutico Químico, realizado em Ouro Preto-MG, foi até a Suíça a fim de estagiar em seus famosos laboratórios. Lá teve a sua atenção despertada pelo sistema de defesa daquele país, onde cada cidadão recebia instrução de tiro e uma arma, que guardava em casa, ficando em condições de atender à convocação militar, quando fosse necessário. De volta à terra natal, onde se estabeleceu como comerciante, foi que concebeu sua idéia de defesa do Brasil com poucos recursos e com potencial de mobilizar em emergências grande número de reservistas atiradores, habilitados no uso das armas de fogo. Em Mossoró, tudo começou quando às 16h00min daquele domingo, no salão nobre do antigo Colégio Diocesano Santa Luzia, se reunia uma boa parcela da sociedade mossoroense, com o objetivo de organizar um clube com fins militares, que se denominaria “Sociedade Brasileira do Tiro Mossoroense”. Essa reunião era dirigida por uma alta patente da Guarda Nacional, que convidou, tão logo se concretizou o ato, a comparecer todos os cidadãos que dela desejassem fazer parte. Estava criado assim o Tiro de Guerra de Mossoró, tendo a data de 7 de novembro de 1909 como marco na história de sua criação. A idéia da criação do Tiro de Guerra de Mossoró foi bem aceita pela sociedade, tanto assim que os jornais da época se ocuparam de ressaltar a sua importância. “Na sua edição de 14 de novembro de 1909 o jornal “Comércio de Mossoró” trazia um artigo onde dizia: “Sob os melhores auspícios e com numerosa assistência foi fundada a Sociedade Brasileira do Tiro Mossoroense, que será instalada no dia 15 do corrente, sendo eleita e empossada a diretoria que tem de tem de geri-la no  primeiro ano social.”  A “Sociedade Brasileira do Tiro Mossoroense” começou com 81 sócios, sendo a sua primeira diretoria constituída, de acordo com a matéria publicada no jornal “Comércio de Mossoró” – edição de 21/11/1909, da seguinte forma: Presidente – Bento Praxedes; Vice Presidente – Tem Cel. Antônio Filgueira Filho; Tesoureira – Alfredo Fernandes; Secretário – Antônio Quintino; Diretor de Tiro – Major Romão Filgueira; Membros – João Capistrano, Major Vicente Couto (da Guarda Nacional), José Pedro do Monte, Tenente Vicente Ferreira Cunha da Mota e Genuíno Alves de Souza. Comissão de Contas: Francisco Borges de Andrade, João Nogueira da Costa e Raymundo Jovino de Oliveira. No dia 23 de novembro de 1910 houve a incorporação da Sociedade Brasileira do Tiro Mossoroense à Confederação do Tiro Brasileiro, sob o número 42, na terceira categoria, passando a ser conhecido como “Tiro de Guerra 42”. Com a promulgação da nova Lei do Serviço Militar em 1946 (Dec. Lei nº 9500, de 23 de julho de 1946), que implantou o recrutamento na forma de convocação geral por classe, os Tiros de Guerra passaram a ter uma posição de destaque na formação da reserva do Exército Brasileiro, pois situavam-se em cidades que possuíam um número de jovens aptos para o Serviço Militar. Houve renumeração nos TG’s, passando o antigo TG 42 a ter o nº 188 (TG-188), passando depois para TG-07-010, o que significa dizer que é o Tiro de Guerra 010 da 7ª Região Militar. A história do Tiro de Guerra de Mossoró foi contada por um de seus instrutores, o hoje tenente da reserva Rinaldo Difforene Schultz, que o comandou no período de 2001 a 2005, no livro “O Tiro de Guerra de Mossoró”, editado pela Coleção Mossoroense, com o patrocínio da Petrobras através da Lei de Incentivo à Cultura “Câmara Cascudo”.

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GUERRA DE CANUDOS - FILME COMPLETO


https://www.youtube.com/watch?v=P4OYhj7Io0E

Publicado em 26 de abr de 2013

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CINCO ANOS SEM O MESTRE RAIMUNDO SOARES DE BRITO


Cinco anos atrás, o Rio Grande do Norte perdia um dos maiores escritores e “Guardião da Cultura Potiguar”, Raimundo Soares de Brito, mais conhecido como Raibrito.

Ele, que nasceu em Caraúbas, a 23 de abril de 1920, notabilizou em terras mossoroenses escrevendo e publicando mais de quarenta títulos pela Coleção Mossoroense, sobre temas de Mossoró e o Oeste Potiguar.
Raibrito tinha 92 anos de idade e ficou internado em Natal (RN) desde o dia 3 de setembro de 2012, devido problema de saúde, teve sua situação agravada que o levou a morte.

A causa da morte foi falência múltiplas dos órgãos devido à fragilidade de sua saúde.

O velório aconteceu na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte, exatamente onde hoje está sediada a Fundação Vingt-un Rosado / Coleção Mossoroense.

Alguns títulos de Raimundo Soares de Brito publicados pela Coleção Mossoroense:

Caraúbas Centenária;
Eu, Ego e os Outros;
Diário do Cel. Gurgel;
AMOL – Seus Patronos e Acadêmicos;
Câmara Cascudo e a batalha da Cultura;
Alferes Olegário de Brito Guerra – Um memorialista Esquecido;
Legislativo e executivo de Mossoró – Numa Viagem mas que Centenária;
Mossoró, 1905 a 1916;
Uma Viagem pelo Arquivo Epistolar de Adauto Câmara;
Indústria e Comércio do Oeste Potiguar – Um pouco de História;
Estudos de História do Oeste Potiguar;
Ruas e Patronos de Mossoró;
Páginas Arrancadas.

Mais detalhes sobre a vida de Raibrito, acessem 




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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TRIBUNAL DA HISTÓRIA

https://www.youtube.com/watch?v=e1Ldm7GFYmc

Publicado em 29 de mar de 2014

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