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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

POÇO REDONDO E SEUS CAUSOS ANTIGOS

*Rangel Alves da Costa

Já disse e repito que eu tenho muito mais de cem anos e por isso mesmo sei e lembro-me de coisas do arco-da-velha ou desde quando boca de sino era calça da moda ou sapato cavalo de aço era a chiqueza maior do mundo. Estranho é que dos tempos mais modernos não recordo de quase nada e dos dias atuais quase nada acontece que mereça ser guardado na memória.
Conforta-me relembrar de causos antigos, de um tempo onde o sertão poço-redondense era mais humano e familiar, mais alegre e mais amigueiro. Tempos de grandes forrós e forrozeiros ilustres, de festas de agosto que davam gosto mesmo, de meninos brincando de pega-de-bois pelas noites escuras, de bordadeiras e rendeiras pelas calçadas, de velhos compadres proseando debaixo de pés de pau. Que lindeza as meninas rodando cirandas em noites de lua cheia.
Ai como é bom recordar Alzira, uma das matriarcas da família Vito e presença eterna na memória sertaneja. Jamais nasceu pelos sertões uma mulher mais festeira e alegre que nem Alzira. Esbelta, de rosto marcado de tempo, encovado, lenço na cabeça e saia rodada, era um milho de pipoca em pessoa. Pisava miudinho ao som do pífano, poeirava pelos salões em festa, dançava e cantava, parecia não haver tempo ruim para a saudosa sertaneja.
Famosos eram seus leilões, seus forrós e suas festanças. Quando se espalhava que ia haver leilão na casa de Alzira, então o povo se animava todo à espera do grande dia. Da boca da noite em diante e o caminho de chão pelos arredores da cidade - menos de um quilômetro do centro, na estrada que seguia ao Bonsucesso - ficava tomado de gente. Todos ao leilão de Alzira.
Nas proximidades já se ouvia os sons dos pífanos, do zabumba, da sanfona, os gritos do chamador do leilão: Bolo de milho, quem dá mais? Galinha gorda de capoeira, quem bota mais que dez contos? Uma garrafa de Pitu que não embebeda. Cinco mirréis ali, já ouvi sete, quem cobre, quem dá mais? Enquanto isso a sanfona comia no centro, o chinelado tomava conta do salão empoeirado, pelos arredores escurecidos, nas moitas ou tufos de matos, os namoros pra lá de sem-vergonhas.
Mesmo assim, até os namoros de antigamente eram muito mais sérios. Namoravam, o rapaz deixava a comprometida à sua espera enquanto ia tentar a sorte no sul do país objetivando juntar dinheiro para o futuro casamento. Por lá permanecia meses e até ano e ela o aguardava em pura fidelidade. Faça isso hoje! Já outros, querendo a todo custo antecipar os casamentos, simplesmente roubavam a mulher. Sim, com ela combinava a fuga e o encontro depois.
Enquanto os pais dormiam, a mocinha saía pelas portas do fundo com mala e cuia e ia ao lugar combinado. Depois o rapaz a colocava na casa de família importante do lugar, às escondidas, de modo que quando os pais descobrissem já fosse tarde demais e o casamento tivesse que ser realizado. Mas não dava muito certo não, pois muitas mocinhas foram devidamente puxadas pelas roupas e cabelos, levadas de volta pelos pais e ainda por cima tendo que tomar uma boa surra.
Tempos, fatos e situações muito diferentes de agora. No entrudo, por exemplo, a brincadeira de molhação só tinha mesmo graça se a pessoa fosse surpreendida enquanto tomava fresca na calçada, ao lado de amigas em conversê. Quanto mais a pessoa achasse ruim ser molhada, esbravejasse e esculhambasse, mais valia a pena o sacrifício de fazer rodeios pelos quintais e pular janelas até despejar o balde de água por cima.
Mas nada igual quando um incêndio fez com que centenas de preás corressem do fogo para a cidade e um deles, em tresloucada fuga, procurou abrigo logo por dentro da saia e entre as pernas de uma velha senhora bem sentada na Rua de Baixo. Foi um deus nos acuda! E dizem que desde então essa mesma velha senhora sentava com a mesma saia na calçada e perguntava, um tanto saudosa, se não havia nenhum incêndio pelos matos secos ao redor. Certamente com saudades do preá.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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CONEXÃO MUNICÍPIOS CELSO FILHO ENTREVISTA SOBRE LAMPIÃO 02/08/2017

https://www.youtube.com/watch?v=X2KxK72LyEo&feature=share

Publicado em 1 de ago de 2017
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CANGAÇO DE 30 NA PARAÍBA

Por Prof. Dr. José Octávio de Arruda Mello

Tempo-eixo de sua História, a chamada Revolução de 30 tem motivado múltiplas abordagens na Paraíba. Tais abordagens, constantes de ensaios, comunicações, artigos, filmes e peças de teatro, culminaram com as colocações do Centenário de João Pessoa, em 1978, e centenário do Levante de Outubro, em 1980. Deles resultaram duas coletâneas de altíssimo nível – João Pessoa, a Paraíba e a Revolução de 30 (1979), de Abguar Batista et alii, e Revolução de 30 – Discussão final (1984), coordenada pelo então deputado Marcondes Gadelha, Esta última incorporou-se à Historiografia do IV CENTENÁRIO DA Paraíba, também crítica e revisionista, em 1985.
          
A visão desses estudos consistiu em que, antecedida pela presidência João Pessoa, que arrebatou as funções públicas das mãos dos coronéis, para montagem de estado autoritário, modernizador e corporativista, a Revolução de 30 voltou-se contra o coronelismo devido ao centralismo que a inspirou. Influenciada  por segmentos estatizantes como as nascentes burguesia industrial e classe operária, estratos médios e Exército, a Revolução de 30, consagrando o monopólio da violência legal das Forças Armadas, procurou erradicar o cangaço, como braço armado do oligarquismo rural. Datou daí o empenho de eliminar bolsões dotados de milícias particulares, como as de Padre Cícero no Juazeiro, José Pereira, na Paraíba, Juvenal Lamartine, no Rio Grande do Norte; Horácio de Matos e Franklin do Pilão Areado, na Bahia. Nesse contexto, Lampião seria eliminado em 1938.

Prof. Dr. José Octávio de Arruda Mello

Depois de exaustivas pesquisas foi essa a conclusão a que também cheguei em A Revolução Estatizada – Um Estudo sobre a Formação do Centralismo em 30 (1984, 1994). O processo histórico de 30 colocou João Suassuna e José Pereira Lima frente a João Pessoa  e José Américo como categorias institucionais e históricas. Os primeiros representavam a força centrífuga do coronelismo, a que, através dos coiteiros, se ligava ao cangaço. Os últimos a dimensão centrípeta do Estado. Tanto é que, enquanto os primeiros fomentaram os chamados Batalhões Patrióticos, os últimos fortaleceram a Polícia Estadual.
          
Em História, todavia, é perigoso oferecer a última palavra. Quando enrijecida pelos preconceitos, essa conclusão final transforma-se em dogma e mito. Daí o moderno revisionismo histórico, mais apoiado em refazimento permanente que em certezas infalíveis.

Prof. Dr. José Octávio de Arruda Mello

Este livro constitui demonstração disto. Sessenta e seis anos depois da Revolução que consagrou movimento contrário ao coronelismo cangaceiral da dupla Suassuna/José Pereira, redescobre-se monografia contestatória da tese. Esses não teriam acoitado Lampião, mas o combatido energicamente.


Confesso, com toda lealdade, que os argumentos do jornalista Érico de Almeida não me convenceram. Mas entendo que a reedição de seu livro é oportuna, necessária.  A História é assim porque seu motor é a dúvida e a dialética. Palmas, pois, para o jovem geógrafo Romero de Araújo Cardoso , que redescobriu o livro, e para o não menos eficiente David Fernandes, que o reeditou.

*Historiador paraibano, professor aposentado da UFPB e visitante da UFPE. Autor de HISTÓRIA DA PARAÍBA – Lutas e Resistências.

FONTE: ALMEIDA, Érico de. Lampeão, sua história. João Pessoa: Editora Universitária, 1996. 128 p. Edição fac-similar de 1926.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CONVITE: LAMPIÃO E O CANGAÇO NA HISTORIOGRAFIA DE SERGIPE

Por Archimedes Marques




https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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RESSURREIÇÃO.

Por José Gonçalves do Nascimento

RESSURREIÇÃO

Nos escombros da história,
os heróis soterrados
injetam nas veias do tempo
o sangue novo da vida.

Nos escombros da história,
a agonia dos esmagados
se converte em deleite
no ágape da nova era.

Nos escombros da história,
esqueletos jazem ilesos,
servindo de plataforma
para a nova humanidade.

Nos escombros da história,
um escrito se resgata
e um menino meio tímido
o lê pausadamente: “nova sociedade”.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CARIRI CANGAÇO TRILOGIA...

Por Manoel Severo

Depois da espetacular edição do Cariri Cangaço Exu, a Alma Nordestina já tem novo compromisso: 7 a 10 de setembro de 2017 a bela Alagoas de Delmiro Gouveia, Piranhas e Água Branca se preparam para receber o Brasil de norte a sul em mais um grande encontro com a marca Cariri Cangaço.


CARIRI CANGAÇO TRILOGIA
Delmiro Gouveia - Piranhas - Água Branca
07 a 10 de Setembro de 2017 Programação em Breve...
NÃO FIQUE FORA...


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1531865716835281&set=a.229016400453559.56541.100000356025581&type=3&theater

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LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO LAMPEÃO EM 1926 DO ESCRITOR LUIZ RUBEN F. DE A. BONFIM

Autor Luiz Ruben
Introdução

Virgulino Ferreira da Silva de alcunha Lampião, foi o cangaceiro mais conhecido do Brasil, sendo a partir de 1926, oficialmente, capitão do batalhão patriótico, e ainda, segundo a imprensa “uma revivescência cabocla de Átila”, ou “Lampeão o Átila sertanejo”, ou ainda, “O Imperador dos Sertões. Esse ano foi sem dúvida muito especial para consolidação de sua fama. Era o seu sétimo ano de banditismo sendo o quinto como chefe de bando.


Apresento neste trabalho a transcrição de matérias dos jornais publicadas no ano de 1926, em que Lampião, com seus companheiros de armas, foi protagonista das notícias ligadas a sua atuação nos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Ceará.

Não faço afirmações nem análise, apenas coloco à disposição dos pesquisadores e estudiosos, os fatos como eles foram divulgados na época em que aconteceram. Faço somente a atualização dos nomes das cidades na época relacionada ao ano de 1926: Vila Bela, hoje Serra Talhada-PE, Paulo Afonso, atual Mata Grande-AL, Meirim, atual Ibimirim-PE, Leopoldina, atual Parnamirim-PE, povoado Nazaré ou Carqueja, atual Nazaré do Pico, Floresta-PE, Alagoa de Baixo, atual Sertania-PE.

A iconografia deste trabalho está restrita ao ano de 1926, com algumas exceções para enriquecer as transcrições que seguem em ordem cronológica, mas, os jornais não cumprem nenhuma prioridade geográfica, sendo o critério utilizado na pesquisa, o tratamento jornalístico por cada órgão noticioso, mês a mês. Observem que a imprensa apresenta o nome Lampeão sempre grafado com “e”, mas, em novembro de 1926 o Jornal Pequeno grafou com “i”, foi um fato isolado e mesmo depois vemos sempre a palavra escrita com “e”, Lampeão.

As matérias mostram a efervescência política do momento, com discussões e opiniões, cartas de leitores, com denúncias que retratam a genuína preocupação dos habitantes daquelas paragens, para que os jornais divulguem os tormentos passados, nas diversas localidades de ação dos cangaceiros, instigando o poder público, cobrando uma ação mais efetiva. Fica claro também a preocupação do estado na luta contra o banditismo, apresentando os telegramas trocados pelas autoridades, as justificativas pela demora em conter o bando de Lampeão ...

A imprensa oposicionista denuncia o governador de Pernambuco que proíbe a divulgação dos telegramas informando a atuação dos cangaceiros no interior do estado.

As primeiras medidas tomadas pelo governador Estácio Coimbra ao assumir o governo de Pernambuco, conjuntamente com o governador de Alagoas, senhor Costa Rego, foi ordenar a prisão dos proprietários sertanejos que protegiam o bando de Lampião, isto em dezembro de 1926.

Um ano em que o próprio congresso nacional sediado na época, no Rio de Janeiro, que era a capital do Brasil, através de seu representante se dedicou nas sessões legislativas para tratar do legalismo em que Lampião foi levado, através das articulações do padre Cícero, prefeito de Juazeiro do Norte, e Floro Bartolomeu deputado federal pelo Ceará, na luta do governo de Artur Bernardes contra o movimento tenentista e sua coluna denominada de Prestes e Miguel Costa.

A imprensa fala sempre das correrias do bando de Lampião e que ele não enfrenta a polícia. Veja o que o Dr. Atualpa Barbosa Lima, então um conhecido político cearense, que esteve na região do Cariri responde ao redator do Correio do Ceará, sobre essa questão. Segundo o Dr. o irmão de Lampeão teria lhe dito “primeiro porque não tem interesse em matar soldados, pois o governo tem muitos para substituir os que morrem, segundo porque gastam inutilmente a sua munição, terceiro porque se desviam dos seus fins, que é para matar e roubar a quem tem dinheiro e joias, quarto porque arrisca a pele sem proveito. Brigamos, em último caso, quando não há meio de escapulir, aliás, o segredo de nossa vitória está em que sabemos brigar e fugir na ocasião precisa. Achamos sempre melhor correr, do que brigar, e quem sabe correr raramente morre”. Nessa entrevista o Dr. Atualpa faz declarações de fatos que ainda não foram confirmados.

Para aqueles que duvidam da liderança de Lampião com seus cabras, leiam neste trabalho o trecho do jornal quando o caixeiro da Standard Oil Company fez o pedido para que o cabra de Lampião devolvesse a sua aliança de casamento.

Em outubro de 1926 aparece a notícia de “Lampeão, o Bonelli Brasileiro”, talvez a primeira tentativa de publicação de um livro sobre Lampião. Ao que parece não foi publicado.

Interessante também a entrevista do professor Lourenço Filho, importante figura nacional, sobre o lançamento de seu livro “Juazeiro do Padre Cícero”, onde ele aborda as relações do padre com o cangaço.

Acrescentei uma matéria de setembro de 1933, para enriquecer um fato relevante acontecido em 1926. Trata-se da entrevista feita com Pedro de Albuquerque Uchoa, “ajudante de inspetor agrícola no Juazeiro”, sobre sua participação no episódio da lavratura da patente de capitão do batalhão patriótico do Juazeiro a Lampião e de tenente ao seu irmão Antônio Ferreira.

Estive na capital de São Paulo cerca de 10 vezes, tendo sido hóspede do mestre Antonio Amaury. Nas nossas longas conversas sobre o cangaço, fiz-lhe inúmeras perguntas e ele me respondeu todas. Certa vez perguntei ao mestre quem estava com o padre Cícero e Lampião quando este recebeu a patente de capitão do batalhão patriótico do Juazeiro do Norte. Eis a resposta: - eu entrevistei João Ferreira, irmão de Lampião testemunha ocular do fato, que estava acompanhado de sua esposa Joaninha, ele já um homem feito, com 22 anos de idade. Sobre os presentes no local ele me falou que recordava que estavam presentes no recinto no momento em que Pedro de Albuquerque Uchôa escrevia as patentes: ‘além de Lampião e Padre Cícero, Benjamim Abrahão, meu irmão Antônio Ferreira, Sabino, Luiz Pedro’, e lembrou-se que João Ferreira pouco depois cita Zabelê, além de uma quantidade não contada de outros cangaceiros no recinto.

A data da morte de Antônio Ferreira, sempre me causou dúvidas, pois pesquisadores escreviam que foi em janeiro de 1927, mas, nas minhas pesquisas a imprensa informava que o fato ocorreu entre 10 e 15 de dezembro de 1926. Vejam na matéria do Jornal do Recife de quinta-feira, 16 de dezembro de 1926: “Corre com insistência, aliás, com algum fundamento, pelo sertão, que o célebre bandoleiro Antônio Ferreira, irmão e ‘lugar tenente’ do bando chefiado por Lampião foi morto em dia da semana passada, nas imediações do lugar Poço do Ferro, do município de Tacaratú.” Esse jornal publicou com detalhes, inclusive o acidente com Luiz Pedro. Já o Diário de Pernambuco do dia 18 de dezembro publica que foi uma luta travada com a polícia no município de Floresta, dias depois, essa mesmo jornal repete a versão do Jornal de Recife.

Nesses anos todos de pesquisa em jornais e outros documentos, observei que nunca foi consenso a quantidade de cangaceiros divulgada pela imprensa ao longo do ano de1926, que variava entre 49 e 200 homens.

Surpreendeu-me a diferença dada a fatos como a batalha de Serra Grande, e o sequestro praticado por Lampião, do representante da Souza Cruz e Standard Oil Company, ocorridos na mesma semana. A batalha foi pouco explorada e divulgada, no entanto, o sequestro foi muito bem documentado, com entrevistas e matérias de vários jornais.
Alguns fatos que foram publicados no período proposto por esse trabalho não foram destacados, embora tenham a mesma importância dos que foram aqui lembrados.

Boa leitura
Luiz Ruben F. de A. Bonfim

Economista e Turismólogo - Pesquisador de Cangaço e Ferrovia

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CULTO EM AÇÃO DE GRAÇAS MARCA COMEMORAÇÕES ALUSIVAS AO ANIVERSÁRIO DE POMBAL

Por Marcelino Neto

Um culto em ação de graças foi realizado na noite de quarta-feira (19 de julho), para celebrar os 155 da cidade de Pombal.

O evento aconteceu no largo da Praça do Centenário, sendo presidido pelo pastor Marcone de Carvalho, da Igreja Congregacional.


O momento também contou com representantes de diversas denominações evangélicas de Pombal e região a exemplo do reverendo Samuel Dionísio de Verás, da cidade de Campina Grande, orador do evento.

“Só temos que agradecer ao Senhor por tudo o que ele tem feito em nossas vidas e pela a cidade, e pedir ao Pai sabedoria aos gestores do nosso município, para que continuem no caminho certo”, pontuou Samuel.


O ato evangélico foi enaltecido pela devoção e agradecimento, contando também com a participação especial do grupo musical “Geração Viva”.

Um expressivo número de pessoas prestigiou a realização atendendo ao convite da Associação dos Pastores de Pombal.

Marcelino Neto
Imagens: Clemildo Brunet


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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OS DIAS QUE VIRÃO...

Por Manoel Severo
Caravana de Poço Redondo no Cariri Cangaço Exu

O terceiro dia de Cariri Cangaço Exu reuniu pesquisadores de todo o Brasil no Parque Aza Branca, berço do rei do baião em Exu. No cenário que abriga o Museu do Gonzagão e que foi erguido para perpetuar a memória de um dos maiores sertanejos de todos os tempos,  a programação do Cariri Cangaço ainda reservava muitas surpresas.

Célia Maria e Quirino Silva

A programação teve inicio com as apresentações espetaculares de um dos casais mais queridos do Cariri Cangaço: A arte e o talento da representação artística ao som e passos do xaxado dos grandes Quirino Silva e Célia Maria; direto de João Pessoa, para logo em seguida o publico presente entrar em contato mais uma vez com a arte e o talento do baião, desta vez com a mais nova aquisição do Cariri Cangaço; direto de Redenção no Ceará, mais uma vez a pequena Cecília do Acordeon, do alto de seus 9 anos, encantava a todos.

 Cecília do Acordeon por Jorge Remígio

A manha deste dia 22 de julho de 2017 teria ainda uma reunião extraordinária do Conselho Curador Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço, convocada e aberta pelo curador Manoel Severo Barbosa para a apresentação aos presentes da Agenda do Cariri Cangaço para os próximos meses. "Aproveitamos a grande presença de nossos ilustres convidados em Exu, para apresentarmos nossa agenda mais próxima, sem dúvidas uma agenda espetacular em que teremos novamente a oportunidade de consolidar essa paixão por nossas raízes e nossa historia, em setembro teremos o esperado "TRILOGIA" , em outubro "FLORESTA E NAZARÉ" e em 2018 o aguardado e festejado "POÇO REDONDO" , será sensacional" revela Manoel Severo. 

 Manoel Severo e apresentação da agenda Cariri Cangaço

Setembro: Trilogia...
Celsinho Rodrigues, Conselheiro Cariri Cangaço, representando na ocasião o prefeito de Delmiro Gouveia, Padre Eraldo, como também o grupo organizador em Piranhas, ressaltou:"Trago o abraço e o compromisso do prefeito padre Eraldo, que manda dizer que Delmiro Gouveia esta de braços e coração aberto para acolher em setembro o grande Cariri Cangaço Trilogia, e diz mais, que realizará uma das maiores festas da marca Cariri Cangaço entre os dias 7 e 10 de setembro, dessa forma já estamos trabalhando com a Comissão Organizadora, comigo, com os Conselheiros João de Sousa Lima e Edvaldo Feitosa;  a secretária de cultura de Delmiro, Patrícia Brasil Rodrigues e o Vice-prefeito de Água Branca, também presente hoje em Exu o querido amigo Maciel Silva".

 Manoel Severo e Celsinho Rodrigues
 Edvaldo Feitosa, Maciel Silva, Manoel Severo, Celsinho Rodrigues e João de Sousa Lima

O Conselheiro Edvaldo Feitosa, representante de Água Branca ao revelar parte da programação reservada para o "Cariri Cangaço Trilogia" ressaltou o forte e firme compromisso dos gestores, prefeito Zé Carlos e vice, Maciel em realizar um Cariri Cangaço inesquecível, e conclui: "Estamos aguardando a todos entre os dias 7 a 10 de setembro e como Severo sempre diz, o Cariri Cangaço reúne a alma nordestina e Água Branca se sente honrada em fazer parte dessa festa, até lá !" 

Já o vice-prefeito de Água Branca, Maciel Silva "não vejo a hora de receber em nossa Água Branca a imensa família Cariri Cangaço de todo o Brasil, faremos uma grande festa sertaneja e vocês serão muito bem recebidos em nossa terra, temos orgulho de fazer parte dessa família Cariri Cangaço" e se dirigindo ao curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, arrematou: "E fazemos questão de levar a Cecília do Acordeon e o nosso amigo Joquinha Gonzaga, para nosso Cariri Cangaço Trilogia em Água Branca".

 Cariri Cangaço Trilogia lançado em Exu...
 Maciel Silva, Edvaldo Feitosa e Manoel Severo
 Vice prefeito de Água Branca, Maciel Silva 

E prossegue Manoel Severo: "Termos um empreendimento reunindo dois dos municípios mais bonitos e ricos em historia do nordeste; a serrana e exuberante Água Branca e a “Lapinha do Sertão”, a encantadora Piranhas; já seria algo fantástico, e dai, conseguirmos trazer a emblemática e tradicional Delmiro Gouveia para consolidar o Cariri Cangaço nesta TRILOGIA que se mostra a mais forte do Baixo São Francisco será excepcional, os amigos de todo o Brasil não perdem por esperar".

 Água Branca, Delmiro Gouveia e Piranhas fazem o Trilogia em Setembro...

Outubro: Floresta e Nazaré...
Logo após a apresentação do "Trilogia" o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo convidou a Comissão Organizadora do "Cariri Cangaço Floresta - Centenário de Nazaré", que se realiza entre os dias 12 a 15 de outubro de 2017; o Conselheiro Manoel Serafim e a Presidente da Autarquia Belenense, professora Ana Gleide Souza Leal para a apresentação do evento.

Manoel Serafim falou em nome de toda Comissão: "Estamos realmente comprometidos com a realização de nosso segundo Cariri Cangaço Floresta, em outubro vamos nos esforçar para produzir um evento ainda muito melhor e muito mais qualificado que o do ano passado. Para isso toda a equipe; eu, Ana Gleide, Amélia, Marcos de Carmelita, Betinho, Cristiano, Mabel, Rubelvan, Leo Gominho, Dilma Marques, enfim, todos; estamos nos preparando para um grande momento em nossa cidade e será uma honra receber a todos em outubro."

 Manoel Severo e Manoel Serafim
 Manoel Severo, Manoel Serafim e Ana Gleide
Ana Gleide Souza Leal

Para a professora Ana Gleide realizar mais uma vez o Cariri Cangaço em Floresta "é motivo de muita alegria e muita honra, estamos com a programação quase toda formatada e em breve vamos divulgar, sem dúvidas teremos mais um grande encontro da marca Cariri Cangaço". "Olhem um dos pontos altos de nosso Cariri Cangaço Floresta 2017 será sem sombra de dúvidas nossa homenagem ao Centenário de Nazaré, que ocorre agora em agosto, dessa forma, em outubro será a vez do Cariri Cangaço reder mais uma vez suas homenagens aos bravos nazarenos" lembra a Conselheira Juliana Pereira.

2018: Poço Redondo...
A última apresentação da manhã ficou reservada para uma das mais esperadas iniciativas da marca Cariri Cangaço: O berço do eterno caipira, patrono do Conselho do Cariri Cangaço, Alcino Alves Costa; Poço Redondo, será palco de uma das edições no ano de 2018. "A imensa caravana de Poço Redondo, presente hoje em Exu, demostram o enorme interesse e o grande compromisso com a realização do Cariri Cangaço em nossa cidade, de todos nós" revela Maria Eliene Costa, sobrinha e companheira de jornada, de Alcino Alves Costa.

Rangel Alves Costa, pesquisador, poeta e escritor; filho de Alcino Alves Costa; ao lado do pesquisador Manoel Belarmino, representaram a Caravana de Poço Redondo na reunião do Conselho, ao mesmo tempo em que asseveraram o compromisso do município de Poço Redondo em realizar uma inesquecível edição do Cariri Cangaço nessa que é uma das mais emblemáticas cidades dentro da historiografia do cangaço. Em Poço Redondo a Comissão Organizadora terá ainda o Conselheiro Cariri Cangaço Archimedes Marques e a pesquisadora e escritora Elane Marques.

 Cecília do Acordeon, Manoel Belarmino, Manoel Severo e Rangel Alves Costa

"Todos que pesquisam o tema Cangaço estão acostumados a identificar diversos e diversos municípios e localidades que possuem estreita ligação com a época de Lampião. Poço Redondo no estado de Sergipe, certamente é um daqueles que mais se destacam. Foi ali, na segunda metade do reinado do líder mais famoso do cangaço, que viu inúmeros de seus filhos e filhas trilhar o caminho errante das caatingas bravas do sertão. Ali, em um dos cenários mais emblemáticos desta saga, nasceu também um dos mais festejados pesquisadores e escritores da temática: Alcino Alves Costa."

Rangel Alves Costa comandou a Caravana de Poço Redondo

Um dos pontos altos da programação do Cariri Cangaço em Poço Redondo, além dos debates e visitas técnicas imperdíveis, será a visita ao Memorial Alcino Alves Costa; mantido pelo filho do escritor; pesquisador e escritor Rangel Alves Costa; e que guarda o maior acervo da memória do grande Caipira de Poço Redondo.

"Severo foi grande e fiel amigo de meu pai Alcino Alves Costa, Severo também é amigo do filho de Alcino, da família de Alcino, de Poço Redondo, de todo o sertão sergipano. Cada vez que o ouço citando o Conselho Consultivo Alcino Alves Costa e relembro que seu peito brilhou uma comenda de nome Alcino Alves Costa - esta outorgada pela SBEC -, é como se a permanência e valorização de Alcino também fosse também um atributo seu. Obrigado, Severo!"
Rangel Alves Costa

"Orgulha-me ser seu amigo, Severo. E em nome de Alcino, de seus familiares e de todo o Poço Redondo, e também de toda a comitiva que presente esteve no Cariri Cangaço Exu/Serrita 2017, dizer do agradecimento à acolhida de todos nas terras gonzaguianas e jacozeiras. E dizer ainda: Poço Redondo é seu. De braços abertos! Que venha o Cariri Cangaço Poço Redondo 2018."
Rangel Alves Costa

Cariri Cangaço Exu
Parque Aza Branca, Reunião Conselho Cariri Cangaço
22 de Julho de 2017