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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

ADOLFO MEIA NOITE, O CANGACEIRO DE SANGUE AZUL


Nos idos de 1877, nas quebradas do sertão pernambucano, no longo e vasto território do semi-árido, na época, pertencente ao município da cidade de Ingazeira, existiu um famoso cangaceiro descendente de ingleses chamado Adolfo Rosa Meia Noite.

O avó de Adolfo, Richard Breitt, o nobre Richad, tendo feito ‘arte’ na escola em que estudava, acerta um professor com um tinteiro, na Inglaterra, migra, escondido em um navio onde seu tio era Capitão, para o Brasil. Desembarcam na cidade do Recife. Outro europeu, suíço, tinha negócios pelo interior do Estado. Richard, mesmo com pouca idade, acompanha-o.

Algum tempo depois chegam ao Distrito de Varas, pertencente ao município de Ingazeira, assim como eram quase todos os Distritos circunvizinhos na época, inclusive nossa cidade, São José do Egito, na época chamada de São José da Ingazeira.

“(...) Veio da Inglaterra com apenas onze anos, escondido num navio comandado pelo tio, de onde havia fugido depois de jogar um tinteiro na cara de um professor na escola em que estudava. E aqui chegando, na primeira oportunidade embarcou para o sertão com um suiço que o abrigara, e foi parar precisamente no povoado de Varas, hoje Jabitacá (...).” (Zelito Nunes)

Hospedam-se na fazenda Volta. Naquele recanto de mundo, muito distante da sua terra, ele avista uma cabocla sertaneja, pura, bela, filha do dono da fazenda, da família Siqueira Cavalcanti. Voltam para Capital e a imagem da moça não sai da mente do Inglês. Pouco tempo depois, lasca os peitos de volta ao sertão e vai parar no local onde morava aquela perfeição de mulher. Termina por casar com ela e sua prole estende-se pelo Sertão, Moxotó e Agreste pernambucanos.

O sertanejo não pronunciava direito seu nome e sobrenome, Richad Breitt. Com a continuação, passam a chama-lo ‘Ricardo Brito’. Daí por diante, os Britos passam a fazerem história no interior do Estado. Não sabemos se por coincidência ou não, os ‘Britos’ passam a terem os melhores cavalos de prado, corridas, em toda região. Sua fama de valentes ainda hoje prevalece, eles nunca levaram desaforos para casa. Os traços dos descendentes eram bem claros, todos tinham a pele clara, olhos azuis e uma estatura não muito compatível com a normal dos filhos da terra. O bom é que, segundo historiadores/pesquisadores, Richard era um nobre, pois descendia do rei Ricardo Coração de Leão.

“(...) O sobrenome “Breitt” difícil de ser pronunciado pelos nativos, logo virou “Brito” e Richard Breitt, tornou-se Ricardo Brito. Assim surgiram os Britos, todos de pele clara e olhos azuis. Esses galegos herdaram a valentia de um ancestral lendário: Ricardo I, Ricardo Coração de Leão, o rei guerreiro da Inglaterra que se destacou nos campos de batalha na Terra Santa como cruzado. Talvez por isso, os Britos nunca gostaram de levar desaforo pra casa. Aliás, pra lugar nenhum(...)”. (Z. N.)


Havia, na época, um comissário de polícia que atuava como subdelegado no distrito de varas, alcunhado de “Padre Quaresma”. Esse cidadão cai de quatro por uma jovem. Só que a jovem só via em sua frente, dos lados e por trás, o jovem Adolfo Rosa, filho de Riqueta, filha de Ricardo Brito, e seu esposo Leandro. Não tendo como conquistar aquela cabocla, o subdelegado usa da sua autoridade e manda prender Adolfo, o acusando de ladrão. Acreditamos que com essa atitude, baixa e medíocre, com que muitas pessoas, ainda hoje, agem contra aqueles que não conseguem atingirem de outra forma, ele pensava deixar o ‘caminho’ livre para se achegar a moça. Após prender o rapaz inocente, “Padre Quaresma” o envia para a sede do município, na cidade de Ingazeira.

“(...) padre Quaresma (apelidado de padre, não se sabe por quê) - um comissário de polícia, subdelegado naquela época. A razão dessa animosidade: uma paixão amorosa. Adolfo era o galã da vila, disputado pelas garotas da localidade e, por inveja, o subdelegado traiçoeiramente o prendeu na localidade Varas, enviando-o à Ingazeira(...).” (Comunidade Orkut - Joao S.)

Estando no xilindró na cidade da Ingazeira, amarrado pelo pé por uma corrente em um tronco, um tenente, certo dia, vai à cela do prisioneiro e o inqueri se sabia quem era o “Padre Quaresma”, coisa que Adolfo responde positivamente. Devemos lembrar que com a ida para aquela localidade, distando do local da prisão, isso estrategicamente fora planejado pelo subdelegado, o jovem não sabia o porquê de estar preso, não sabia que crime havia cometido. Pagar pelo que se faz, por um crime que se comete, mesmo sendo ruim, é compreensivo, porém, ‘pagar’ pelo que não fez, é horrível, desumano e desesperador. Pois bem, o militar diz que trouxera um presente do comissário para ele, e determina por dar-lhe o presente.

“(...) Como não havia segurança nas cadeias daquela época, é colocado em um tronco. Quinze dias se passaram sem que seus familiares soubessem, porque o mesmo se achava incomunicável. Através de um conhecido foram informados que Adolfo tinha sido fichado como ladrão de cavalo e que, se não o libertassem, ele iria morrer (...)A essa altura Adolfo não sabia qual a razão de estar preso, até que o tenente responsável por sua prisão lhe disse:

- Você conhece Padre Quaresma?

- Sim, disse o preso.

- Pois ele mandou um presente.

Ele respondeu:

- Nada tenho a receber de um homem que me botou aqui sem eu merecer(...).” (C. O.)

Minino, o tenente tinha em mãos uma vara flexível, porém bastante resistente e com a mesma, desce o cacete no lombo do prisioneiro. Adolfo, a partir daquele momento, fica sabendo do por que estava preso e quem havia tramado tudo aquilo. A cada cipoada, a raiva aumentava e o desejo de vingança tomava conta de sua mente. Sua carne dilacera, no entanto, a dor maior estava em seu íntimo, e só passaria quando lavasse sua honra com sangue.

Há uma versão que deixa uma dúvida, principalmente por falta de registros, se o Padre Quaresma agiu por paixão e sozinho ou por ordem de um poderoso e rico fazendeiro, tio de Adolfo, e por o jovem ter se apaixonado por uma de suas filhas, ainda, no caso, sua parente. Adolfo, tendo a tez escura, fugindo do padrão dos descendentes de Ricardo Brito, é colocado em um tronco e açoitado, a mando do seu tio. Voltando para casa, seu pai, Leandro, “sabendo do ocorrido, recusou-lhe a bênção porque ele não havia lavado sua honra com o sangue do tio. Na mesma noite, Adolfo esgueirou-se para dentro da casa do tio e o matou, fugindo em seguida para o vale do Rio Pinheiro”.

Para formular o inquérito, é necessário terem-se testemunhas, e o subdelegado, com sua ‘influência’, consegue que uns da família Quicés sirvam de testemunhas de acusação, deponham contra Adolfo. O que irrita mais o jovem inocente, ficando aqueles, também, nas imagens da vingança em seu interior.

Conseguindo livrar-se das grades e do tronco, Adolfo Brito, transforma-se no chefe cangaceiro Adolfo Meia Noite, e começa a por em prática aquilo que imaginou quando estava preso. Juntando-se com dois irmãos, os cangaceiros Nobelino e Manoel, e a esses, alguns cabras de sangue no olho, os cangaceiros “Oiticica”, “Manoel do Gado”, “Almeida” e outros, dão início a vingança. O primeiro a tombar é o danado do mentiroso, levantador de falso, o Comissário de Polícia Padre Quaresma. Na sequência da trilha de sangue, dois da família que serviram como testemunhas de acusação, dos Quicés, tombam na senda da guerra, e o grupo tem sua primeira baixa fatal, o cangaceiro “Oiticica”.

Os Quicés tinham um parente, um dos homens valentes que o sertão deu ‘cria’, Praxedes José Romeu, que após a morte de seus dois parentes, resolvem ir a fazenda Volta e vingarem suas mortes. Lá chegando, todos sob as ordens de Praxedes, cercam a casa grande, mas não encontram seu inimigo, apenas estando em casa um irmão de Adolfo, chamado Pacífico, que, além de retardado, não passava de uma criança, mesmo assim, o bando o assassina. Daí por diante a coisa vira uma carnificina total. As armas tomam o lugar das palavras e o sertão entra num rio de sangue.

Pouco podemos citar sobre os homens comandados por Adolfo Meia Noite. Um de seus ‘cabras’, o cangaceiro “Almeida”, natural da fazenda Colônia, do Distrito Ibitiranga, município de Carnaíba, PE, que tinha sua total confiança, assassina um primo por uma questão envolvendo uma rapadura. O chefe não gosta e o repreende. Pedindo para visitar seus parentes na fazenda Colônia, tem a permissão do chefe. Não se sabe o que ocorreu por lá, provavelmente uma ‘encomenda’ de algum dos inimigos, que quando da sua volta, ele vem para matar Adolfo Meia Noite, seu chefe. Na luta de vida ou morte, o cangaceiro “Almeida” é atingido e tomba sem vida nas áridas terras do sertão.

Adolfo Meia Noite torna-se o terror do sertão. Em sua saga, termina por assassinar pessoas influente e autoridades, terminando por ser uma das pessoas mais procuradas e perseguidas do Moxóto ao Sertão pernambucano. Evadisse dessa região e vai baixar suas tralhas no vizinho Estado da Paraíba. Na cidade de Malta, no Estado paraibano, uma volante com trinta homens o cerca e o fogo é intenso. Debaixo de trinta “bocas de fogo”, enfrentando, sozinho, trinta homens da polícia, tomba sem vida o chefe cangaceiro descendente dos nobres ingleses, Adolfo Rosa Meia Noite.

Fonte “O INGLÊS DA VOLTA E OS BRITOS DE PESQUEIRA” – NUNES, Zelito.
ComunidadoOrkut
Foto bLoG soL vERmeLHo

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SINOS QUE DIZEM AMÉM

*Rangel Alves da Costa

Os sinos bradam, os sinos badalam, os sinos dobram, os sinos chamam, os sinos dizem amém. Ao amanhecer ou anoitecer, nas capelinhas, nas pequenas igrejas interioranas, nos singelos templos do distante mundo, os sinos anunciam a fé, a devoção, a prece, a oração, a alegria e a tristeza.

Ao coração cristão, o dobrar dos sinos é como um relógio anunciando o instante da prece, da missa, do diálogo com Deus, mas também dos costumeiros afazeres do dia a dia. Ora, ao amanhecer, o toque do sino é sinal que o café já deve ser colocado à mesa. Assim também ao anoitecer.

Chegando lentamente, quase inaudível ou retumbante, a verdade é que o dobrar dos sinos despertam muito mais que o senso de fé e religiosidade. A cada dobrar e uma recordação chegando em dolorosa plangência. A cada tocar e uma saudade distante de alguém que não está presente. A cada toque uma canção singela vai invadindo o coração para dizer das coisas antigas.


Da sala ou da varanda da casa, no quintal ou na calçada, quando os olhos avistam a pequena torre da igreja em seu ecoar, é como se no alto os anjos ecoassem uma comovente prece. Tudo por instantes é esquecido. Ante a torre da igreja e o toque singelo dos sinos, tudo é momentaneamente esquecido. E o que resta é a certeza da proximidade daquilo que mais alimenta o espírito e a alma.

Maria procura seu oratório num canto de quarto, leva à mão uma vela, se dobra perante aquele céu de fé, ilumina sua noite e une as mãos para o ofício sagrado da devoção. Conversa com deus, com os anjos e os santos. Reza três Ave Maria, passa os dedos seguidamente pelo rosário de contas, e depois, enternecida, levanta abençoada.

Joana segue em direção à porta de trás e lá no quintal, quase num canto de cerca, cuidadosamente se benze, olha para o alto, como em lá em cima no céu já escurecido pudesse encontrar um altar cristão, e depois começa a orar. De mãos entrelaçadas junto ao peito, murmurando palavras sagradas, somente ela sabe o valor daquele gesto de todo dia. Depois pede pela saúde e a felicidade dos seus. Novamente olha para o alto antes de se benzer e retornar ao seu cuscuz de fogão de lenha.

Bastiana nem espera o sino tocar e já se dirige à porta da igreja. Esteja com visita em casa ou não, tenha panela no fogo ou não, de qualquer modo nada a impede de seguir até a igreja antes das seis da noite, horário que noturnamente o sino é ecoado. Com a igreja a poucos passos de casa, segue calmamente até adentrar e se ajoelhar perante o Cristo na cruz. Ajoelhada, com face contrita, baixa a cabeça rente as mãos sem palavras nem preces. Entra e sai sem nada balbuciar. Contudo, nenhuma prece foi pronunciada em mais alta voz que aquela partida de dentro do coração.

Seja de que modo for, a verdade é que o instante sagrado do tocar do sino possui maior importância no mundo interiorano do que se possa imaginar. Basta um leve tocar e as mentes e corações já despertam para os sinais. Logo surge à mente a oração, a prece, a devoção, o sentido da religiosidade, a adoração beatista, o clamor sentimental. A cada dobrar vai surgindo na mente a face de Deus, vai recolocando o fiel no seu sentido de vida. E assim por que outros pensamentos vão dando lugar à necessidade de refazimento espiritual.

Alvorecer ainda de pouco sol e ao longe a canção que chega ao coração. Anoitecer sem noite fechada e o dobrar dos sinos entrando nos lares, invadindo corações, chamando aos ofícios sagrados. As velas passam a chamejar, as mãos se entrelaçam, as contas do rosário são passadas em devoção. E em tudo um despertar jamais imaginado em outra situação. Por que no dobrar do sino a proximidade de Deus, o abraço à fé, o amém de cada dia.

Escritor
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ASCRIM/PRESIDENCIA – PROJETO LETRA & MÚSICA – SESC/GORETTI ALVES - OF.Nº 015/2017.



MOSSORÓ-RN, 10 de FEVEREIRO de 2017,

   COMUNICAMOS A TODOS ASSOCIADOS, CONFRADES E CONFREIRAS, QUE A NOSSA DIRETORA DE ASSUNTOS ARTÍSTICOS GORETTI ALVES, APRESENTA-SE HOJE, AS 19HS, NO PROJETO SESC-70 LETRA & MÚSICA, NO SESC MOSSORÓ, LOCALIZADO NA RUA DR. JOÃO MARCELINO, SN/N, NOVA BETANIA, PRÓXIMO A CASA DO ESTUDANTE DE MOSSORÓ.
   A ENTRADA É GRATUITA.


  APROVEITE A OPORTUNIDADE IMPAR DE OUVIR UMA DAS MAIS BELAS VOZES DO CANCIONEIRO MOSSOROENSE: GORETTI ALVES.
   NA OPORTUNIDADE, DELEITEM-SE COM UM REPERTÓRIO ECLÉTICO DE SAMBA, BOSSA, MUSICA ROMANTICA E CARNAVAL NO FINAL DO SHOW.
   
   SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS,

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
   - PRESIDENTE DA ASCRIM - 

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO 
- PRESIDENTE DA ASCRIM -

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FILHOS DO CANGAÇO - INÁCIO CARVALHO OLIVEIRA "INACINHO" FILHO DO CASAL CANGACEIRO MORENO E DURVINHA

Por Geraldo Júnior
https://www.youtube.com/watch?v=S3yhzwWrO_E

Há algum tempo atrás tive a grata satisfação de conhecer e entrevistar Inácio "Inacinho" Carvalho Oliveira, primogênito do casal cangaceiro Moreno e Durvinha.

Inácio Carvalho Oliveira "Inacinho" é filho do casal cangaceiro Moreno e Durvinha, antigos integrantes do bando de Lampião. Nasceu no dia 03 de janeiro de 1938 nas mediações de Tacaratu/PE, enquanto seus pais ainda estavam no cangaço.

Devido a dura vida que levavam em meio à caatinga, Moreno e Durvinha tiveram que entregar o filho para adoção, escolhendo para essa tarefa o Padre Frederico Araújo da cidade pernambucana de Tacaratu.

Em 1940... Moreno e Durvinha decidem abandonar o cangaço e partem em busca de outras terras, deixando para trás seu primogênito. Pais e filho permaneceram afastados e sem contato durante sessenta e cinco anos, até que novamente se reencontraram.

Um relato histórico e emocionante que vocês conhecerão ao assistirem essa entrevista.

Publicado em 20 de ago de 2015
Inácio Carvalho Oliveira "Inacinho" é filho do casal cangaceiro Moreno e Durvinha, antigos integrantes do bando do cangaceiro Lampião.

Inacinho nasceu no ano de 1938 enquanto seus pais ainda estavam no cangaço.

Moreno e Durvinha tiveram que entregar o filho para adoção, por causa da dura vida que levavam em meio a caatinga.

Em 1940... Moreno e Durvinha decidem abandonar o cangaço e partem em busca de outras terras, deixando para trás seu primogênito. Pais e filho permaneceram afastados e sem contato durante sessenta e seis anos, até que novamente se reencontraram.

Um relato histórico e emocionante que vocês conhecerão ao assistirem essa entrevista.

FILHOS DO CANGAÇO...

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"Boiadeiro" por Luiz Gonzaga ( • )

Geraldo Antônio de Souza Júnior

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A FORJA DE CANGACEIROS

Por Emannuel Arruda
Emannuel Arruda e Paulo Mariano

Antônio Ignácio despertou cedo aquele dia
Pegou bizaco, uns merréis e sua peixeira
Rumo a cidade pra ir comprar o que podia
Apeou na rua e se meteu no meio da feira

Chegou soldado já gritando: ladrão de bode!
Sentou a mão, deu pancada, quebrou dente
Pare. Eu sou um cidadão! Como é que pode?
Apanhou mais, caiu no chão, todo dormente

Essa injustiça fez seu mole coração endurecer
E ali um homem ruim, desumano e arruaceiro
Mudou o seu caminho pra viver ou pra morrer

Humilhado, ele jurou com instinto carniceiro:
São eles que agora comigo tem que aprender
Vou procurar Lampião e vou ser um cangaceiro!


Emmanuel Arruda
PS. Poesia baseada na entrevista de Moreno no documentário " Os últimos cangaceiros"

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FOTOS MARCANTES ERA CANGAÇO HISTÓRIA.

Por Emídio Roberto de Lisboa capital de Portugal
Dona Maria Marques

(1) Dona de Casa Maria Marques. Na época do Cangaço Lampião e seu bando Marcavam mulheres no rosto, seja para mostrar Propriedade ou como Punição "JB". José Baiano.


(02) Imagens Bizarras de Cangaceiros Mortos por Civis e Expostos ao Público.

(03) A Castração de Pedro "Batatinha".


Os dois bandidos começaram a surrá-lo com chicotes de três pernas, ambos ao mesmo tempo, sem nenhum motivo. Estava com tanto medo que não sentiu dores. 

Após a surra de chicote, eis que chega um terceiro Cangaceiro, de apelido “Cordão de Ouro”. Ordena-lhe que descesse as calças e, segurando-lhe os dois testículos, cortou-os de um só golpe, atirando-os fora, debaixo das gargalhadas e chacotas dos companheiros. Disse-lhe o facínora

(04) O Massacre de Angicos.

Não tenho o nome de quem coloriu esta foto

Em 28 de julho de 1938 uma Volante composta por 48 homens e liderada pelo Tenente PM João Bezerra da Silva, conseguiu acabar de vez com a saga de Lampião e seu bando.

(05) Tenente João Bezerra.


Filho de pais analfabetos (comum àquela época no sertão), tendo, porém, muita vontade de aprender a ler passou o rapaz a trazer sempre consigo uma “Cartilha do ABC” e um lápis.

(06) Um Corpo Sem Cabeça.


Foto tirada em 04 de agosto de 1938, dias depois do Massacre de Angicos quando Lampião e parte do seu bando foram mortos, o corpo na foto é do próprio Rei do Cangaço. Que foi deixado lá para ser comido pelos urubus, juntamente com os outros homens do bando.

Inacinha companheira de Gato após ser capturada.

(07) Inacinha, em vestido de batalha, mostra como a perneira casava com a alpercata, Piranhas, Alagoas, 1936.


(08) Lampião Vestido Com a Farda do "Batalhão Patriótico " (Juazeiro 1926, Foto de Lauro Cabral)

(9) As cangaceiras Adília e Sila.


Cangaceiro"Bananeira".


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LAMPIÃO, CORISCO E OS NAZARENOS


No ano de 1931 Lampião já usava sua mais contundente forma de estratégia para deixar seus inimigos em confusão, a divisão do bando, comandados por homens traquejados na luta de guerrilha e que eram a nata do cangaço junto com ele; Corisco, Mariano, Zé Baiano e Labareda.

Subgrupo de Corisco

Lampião está cada vez mais belicoso e destrói em vingança muitas fazendas do coronel Petronilo de Alcântara Reis, - aquele que recebera o cangaceiro em suas terras, de ‘olho interesseiro’ no dinheiro que trazia - por conta da traição que este lhe fizera, quando para justificar-se do coito que dera aos cangaceiros perante as autoridades baianas, sugeriu que o governo da Bahia voltasse a permitir as volantes nazarenas - que o mesmo tinha proibido de entrar em território baiano, por causa da forma de agir quando agredia e torturava os sertanejos procurando pistas de Lampião.

Diante desses ataques e mortes, os grandes fazendeiros fazem pressão e o governo baiano atende o pleito e permite a volta das tropas do Estado de Pernambuco. A primeira volante a entrar em território baiano é comandada pelo tenente Manoel de Souza Neto com seu sargento David Jurubeba, e formada por jovens guerreiros; inicia-se a caçada ao Rei dos Cangaceiros, desta feita, por homens comprometidos em juramentos de vingança pelos malfeitos praticados por Lampião, às famílias nazarenas, aliados ao espírito de justiça.

 Nazareno, Manoel Neto

Ávidos para encontrar e destruir Lampião, a volante cruza o rio São Francisco e inicia sua missão penetrando nas terras devolutas do Raso da Catarina, onde até os mais calejados sertanejos tinham receio de entrar, e no dia seis de setembro de 1931, a pequena força já dá combate aos grupos de Lampião e Corisco na fazenda Aroeira, não muito distante da atual cidade de Paulo Afonso.

Em seu livro CORISCO A Sombra de Lampião*, o autor Sérgio Augusto de S. Dantas conta que entrevistou um dos participantes desse embate, João Gomes de Lira, que recordava bem esse dia, quando em entrevista lhe disse:

João Gomes de Lira


"A tropa da qual eu fazia parte estava arranchada na Aroeira, descansando da longa viagem. Ninguém percebeu quando lampião se aproximou e ficou com alguns homens por trás de uma cerca da fazenda. Em dado momento, David Jurubeba se dirigiu a umas fruteiras que tinha ali por perto. Quando David chegou perto das árvores, e começou a olhar se tinha frutos, Lampião já estava deitado no chão, preparado para atirar".

Inicia-se o embate, e só mesmo a sorte do sargento David Jurubeba faz que o tiro não o atinja, pois, Lampião era exímio de pontaria. Não deve ter sido um combate prolongado, Lampião estava apenas com o subgrupo de Corisco e como era de costume, quando notava que estava em desvantagem, sumia e deixavam seus combatentes atirando a esmo. Nisso Corisco em sua fuga, aproxima-se de onde o tenente Manoel Neto encontrava-se, mais abaixo do local do embate e não percebe de imediato sua presença. Um soldado ver e logo atrás atira e dá início a um segundo combate. Após os primeiros disparos, as provocações de costume:

- Estou brigando com quem? Grita Corisco.

- Com a volante do tenente Manoel Neto. E quem é você, cabra de peia? - Indaga o oficial.

- Sou Corisco, bando de macaco safado. Se prepare para correr, tenente filho de uma puta!

Por certo a resposta a esse impropério não ficou de graça.

Identificados os contendores, a briga continua. O tenente atira e avança, enquanto o cangaceiro responde aos disparos, a curta distância. 

Corisco como era de seu feitio, grita, insulta, com agilidade dá pulos para os lados e gira em torno de si mesmo. Era mesmo um demônio que assustava aqueles que não estavam preparados para a luta. Em pouco o silêncio se instala. A tropa pernambucana fica brigando sozinha. Corisco, como do nada, desaparece em meio à caatinga.

Era mesmo a sombra de Lampião.

Raul Meneleu Mascarenhas, pesquisador e escritor
Conselheiro Cariri Cangaço - 
Fonte:http://meneleu.blogspot.com.br/
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2017/02/lampiao-corisco-e-os-nazarenos-porraul.html

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INFORMANDES ONLINE de N° 458


SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
INFORMANDES ONLINE de N° 458
Brasília-DF, 9 de Fevereiro de 2017


Nacional

Reunião ampliada dos servidores define calendário de lutas para barrar ataques

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) realizaram reunião ampliada nessa quinta-feira (9), em Brasília (DF), para discutir estratégias para barrar as contrarreformas Previdência e Trabalhista, propostas que tramitam no Congresso Nacional, e definir a pauta da Campanha Unificada dos servidores públicos federais (SPF) para 2017. Ainda, na reunião, foi apontado um calendário de lutas para as próximas semanas.


Câmara instala comissões das contrarreformas da Previdência e Trabalhista

Nessa quinta-feira (9), as comissões especiais, que analisarão as contrarreformas da Previdência e Trabalhista, serão instaladas na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa Legislativa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou os atos de criação dos colegiados na terça-feira (7). A partir da próxima semana, as comissões discutirão o mérito da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 287/16 e do Projeto de Lei (PL) 6.787/16, respectivamente, enviados em dezembro do ano passado pelo governo Temer.


ANDES-SN realiza mesa redonda sobre a assédio e opressões de gênero
Após os casos de denúncias de assédio sexual durante o 36° Congresso do ANDES-SN, que ocorreu entre 23 a 28 de janeiro de 2017 na cidade de Cuiabá (MT), o Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN realizará na sua próxima reunião, nos dias 17 e 18 de março, na sede do Sindicato Nacional em Brasília (DF), uma mesa redonda com o tema “Assédio e opressões de gênero na Universidade: como combater, como denunciar”.


Coordenação da CSP-Conlutas se reúne em São Paulo

A Coordenação Nacional da CSP-Conlutas se reuniu no último final de semana (3 a 5) em São Paulo (SP). A reunião reafirmou a necessidade da construção imediata de uma Greve Geral para derrotar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista do governo Temer. Houve, ainda, um seminário sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16.


Docentes realizam ato nacional em defesa das universidades estaduais no Rio dia 9

Docentes de todo o país, em unidade com diversas entidades da educação e demais categorias do serviço público estadual, realizam na próxima quinta-feira (9) um ato nacional em defesa das Universidades Estaduais e contra o “pacote de maldades” do governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que precariza e privatiza os serviços públicos, na tentativa de gerar superávit primário e seguir pagando juros e amortizações da dívida pública. Os servidores públicos do Rio de Janeiro também lutam contra o atraso no pagamento dos salários e do 13º salário dos servidores.


Seções Sindicais

Previdência: Campanha do governo baiano tenta enganar servidores sobre Prevbahia

O governo estadual da Bahia iniciou o ano de 2017 com uma campanha publicitária para os servidores públicos do estado aderirem ao Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (PrevBahia PB Civil). O fundo é vinculado a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (PrevBahia), que foi aprovada em 2015 na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).


Justiça absolve jornalistas da Adusp-SSind de processo por difamação.

A juíza Fabíola Oliveira Silva, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Pinheiros (São Paulo), absolveu os jornalistas da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp – Seção Sindical do ANDES-SN) Pedro Estevam da Rocha Pomar, Tatiana Merlino e Débora Prado na ação criminal ajuizada por Giovanni Guido Cerri - professor da Faculdade de Medicina da USP e ex-secretário estadual da Saúde - que os acusava de "difamação" em matérias publicadas na Revista Adusp 54, de maio de 2013.


Teto de campus da Ueap desaba

O teto de parte do Campus II – Graziela da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) desabou na quarta-feira (1), gerando preocupação na comunidade acadêmica e suspendendo as atividades no local. O campus funciona provisoriamente na Escola Graziela Reis de Souza, por conta de problemas de falta de pagamento de aluguel na sede anterior.


Reitoria da Unirio quer sede do sindicato docente longe das unidades acadêmicas.

A diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Adunirio SSind.) foi informada oficialmente pela reitoria da instituição, no dia 31 de janeiro, que deverá deixar a sede que já ocupa há mais de 30 anos no Centro de Ciências Jurídicas e Políticas (CCJP). A notícia foi dada como resposta à solicitação de renovação do termo de permissão do uso do espaço feita pelo sindicato no dia 25 de novembro de 2016.


Entrevista

ANDES-SN entrevista Sara Granemann sobre a Contrarreforma da Previdência.

Como forma de instrumentalizar os docentes, o ANDES-SN promoveu, durante o Congresso, debates sobre os ataques à previdência social. Uma das palestrantes, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sara Granemann, concedeu entrevista coletiva aos jornalistas do Sindicato Nacional e das Seções Sindicais presentes no 36º Congresso. Confira:


Agenda

Fevereiro

10 e 11 - Reunião do Setor das Ifes, em Brasília (DF).
17 a 19 – Reunião do Grupo de Trabalho de Política Educacional – GTPE, na sede do ANDES-SN, em Brasília (DF).
17 a 19 – Reunião do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria - GTSSA, em Brasília (DF).
17 e 18 - 92º Encontro da Regional Leste do ANDES-SN. Debate: Contrarreforma da Previdência: A destruição do direito à aposentadoria, no Anfiteatro do Departamento de Biologia – campus UFLA, em Lavras (MG).

Março

08 - Dia Nacional de Luta em defesa da Mulher Trabalhadora.
15 - Indicativo de Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações.
17 e 18 – Reunião do Grupo de Trabalho Ciência e Tecnologia – GTC&T do ANDES-SN, na sede do ANDES-SN, em Brasília (DF).
17 e 18 – Reunião do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual – GTPCEGDS, na sede do ANDES-SN, em Brasília (DF), com mesa redonda “Assédio e opressões de gênero na Universidade: como combater, como denunciar”, no dia 17.

Para receber este informativo escreva para suporte@andes.org.br

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo cardoso

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CÍCERO ROMÃO BATISTA »» PADRE CÍCERO OU PADIM CIÇO.CARISMÁTICO, OBTEVE GRANDE PRESTÍGIO E INFLUÊNCIA SOBRE A VIDA SOCIAL, POLÍTICA E RELIGIOSA DO CEARÁ BEM COMO DO NORDESTE.

Por Emídio Roberto de Lisboa capital de Portugal
 
Biografia:

Nascido no interior do Ceará, era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana, conhecida como dona Quinô. Ainda aos 6 anos, começou a estudar com o professor Rufino de Alcântara Montezuma.


Um fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade feito aos 12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.

Em 1860, foi matriculado no Colégio do renomado Padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras, na Paraíba. Aí pouco demorou, pois a inesperada Morte de seu Pai, vítima de cólera em 1862, obrigou-o a interromper os Estudos e voltar para junto da mãe e das irmãs solteiras. A morte do pai, que era Pequeno Comerciante no Crato, trouxe sérias Dificuldades Financeiras à família de tal Sorte que, mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da Prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de Crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno.

Durante o período em que esteve no seminário, Cícero era considerado um aluno mediano e, apesar de anos depois arrebatar multidões com seus sermões, apresentou notas baixas nas disciplinas relacionadas à oratória e eloquência.

Suposto milagre:

No ano de 1889, durante uma missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia ministrada pelo sacerdote à religiosa Maria de Araújo se transformou em sangue na boca da religiosa. Segundo relatos, tal fenômeno se repetiu diversas vezes durante cerca de dois anos. Rapidamente espalhou-se a notícia de que acontecera um milagre em Juazeiro.


Ligação com o Cangaço:


Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, em 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros.

Existem duas versões para o encontro. Na primeira, difundida por Billy Jaynes Chandler, o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar ao Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus crimes e a patente de Capitão.[9] Na outra versão, defendida por Lira Neto e Anildomá Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu sem que padre Cícero soubesse.


O certo é que ao chegarem em Juazeiro, Lampião e os 49 cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço. Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchôa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.
Obrigado/a Administradores do Grupo.

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