Por Emannuel Arruda
Emannuel Arruda e Paulo Mariano
Antônio
Ignácio despertou cedo aquele dia
Pegou bizaco, uns merréis e sua peixeira
Rumo a cidade pra ir comprar o que podia
Apeou na rua e se meteu no meio da feira
Pegou bizaco, uns merréis e sua peixeira
Rumo a cidade pra ir comprar o que podia
Apeou na rua e se meteu no meio da feira
Chegou
soldado já gritando: ladrão de bode!
Sentou a mão, deu pancada, quebrou dente
Pare. Eu sou um cidadão! Como é que pode?
Apanhou mais, caiu no chão, todo dormente
Sentou a mão, deu pancada, quebrou dente
Pare. Eu sou um cidadão! Como é que pode?
Apanhou mais, caiu no chão, todo dormente
Essa
injustiça fez seu mole coração endurecer
E ali um homem ruim, desumano e arruaceiro
Mudou o seu caminho pra viver ou pra morrer
E ali um homem ruim, desumano e arruaceiro
Mudou o seu caminho pra viver ou pra morrer
Humilhado,
ele jurou com instinto carniceiro:
São eles que agora comigo tem que aprender
Vou procurar Lampião e vou ser um cangaceiro!
São eles que agora comigo tem que aprender
Vou procurar Lampião e vou ser um cangaceiro!
Emmanuel
Arruda
PS.
Poesia baseada na entrevista de Moreno no documentário " Os últimos
cangaceiros"
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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