Por Emídio Roberto de Lisboa capital de Portugal
Biografia:
Nascido no interior do Ceará, era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina
Vicência Romana, conhecida como dona Quinô. Ainda aos 6 anos, começou a estudar
com o professor Rufino de Alcântara Montezuma.
Um fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade
feito aos 12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.
Em 1860, foi matriculado no Colégio do renomado Padre Inácio
de Sousa Rolim, em Cajazeiras, na Paraíba. Aí pouco demorou, pois a inesperada
Morte de seu Pai, vítima de cólera em 1862, obrigou-o a interromper os Estudos
e voltar para junto da mãe e das irmãs solteiras. A morte do pai, que era
Pequeno Comerciante no Crato, trouxe sérias Dificuldades Financeiras à família
de tal Sorte que, mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou
ingressar no Seminário da Prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu
padrinho de Crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno.
Durante o período em que esteve no seminário, Cícero era
considerado um aluno mediano e, apesar de anos depois arrebatar multidões com
seus sermões, apresentou notas baixas nas disciplinas relacionadas à oratória e
eloquência.
Suposto milagre:
No ano de 1889, durante uma missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia
ministrada pelo sacerdote à religiosa Maria de Araújo se transformou em sangue
na boca da religiosa. Segundo relatos, tal fenômeno se repetiu diversas vezes
durante cerca de dois anos. Rapidamente espalhou-se a notícia de que acontecera
um milagre em Juazeiro.
Ligação com o Cangaço:
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre
Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma
única vez, em Juazeiro do Norte, em 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes,
liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o
Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões
Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam
cangaceiros.
Existem duas versões para o encontro. Na primeira, difundida
por Billy Jaynes Chandler, o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar
ao Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus crimes
e a patente de Capitão.[9] Na outra versão, defendida por Lira Neto e Anildomá
Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu sem que padre Cícero
soubesse.
O certo é que ao chegarem em Juazeiro, Lampião e os 49
cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar
o cangaço. Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro
de Albuquerque Uchôa, único funcionário público federal no município, escreveu
em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e
receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a
Coluna Prestes.
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