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terça-feira, 26 de agosto de 2025

VEJA A CASA DE MARIA BONITA, a esposa de LAMPIÃO. Paulo Afonso, BAHIA #7.

 Por Vida de Mochila

https://www.youtube.com/watch?v=LNRm5xAVlv4&ab_channel=VidadeMochila

Você já ouviu falar na Malhada de Caiçara? No vídeo de hoje vamos viajar até o pequeno povoado perto de Paulo Afonso, na Bahia. Nessa zona rural existe o Museu casa de Maria Bonita, que foi restaurado para que os visitantes possam conhecer como era a casa onde foi criada a cangaceira mais famosa do Brasil, a Rainha do Cangaço e esposa de Lampião, Maria Bonita. #vidademochila #sertaoadentro #bahia Para assistir todos os episódios da websérie Sertão Adentro, entre no link abaixo:    • Sertão Adentro   Trilha sonora: ‪@RodrigoRegis‬ , Epidemic e Artlist Entre aqui pra assistir o documentário "Um mochileiro no Caminho dos Diamantes" a viagem de 540 Km a pé de Diamantina até Ouro Preto.    • UM MOCHILEIRO no CAMINHO DOS DIAMANTES, Es...   Entre aqui para assistir o documentário "Um Mochileiro na Estrada Real" a viagem de 726 Km a pé de Ouro Preto até Paraty.    • UM MOCHILEIRO na ESTRADA REAL. DOCUMENTÁRI...   MEU SEGURO DE VIAGEM - @Seguros Promo Reservando o o seu seguro de viagem no link abaixo, VOCÊ GANHA 5% de desconto usando o código ´VIDADEMOCHILA´ Pagando com boleto você ganha +5%, totalizando 10% de desconto. Reserve seu SEGURO AQUI - http://bit.ly/2HyektC

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ORIGINAL LAMPIÃO FILM IN 1936 | CNL | 1467.

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=7WXAQ6Q6sXk&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

LAMPEÃO (Assigned title) Categories Short Film / Sound / Non-fiction Original Material 35mm, BP, 24q Date and Place of Production Year: 1936 Country: BR City: Fortaleza State: CE Date and Place of Release Location: Cine Moderno Synopsis Scenes from the daily life of Virgulino Ferreira da Silva - the cangaceiro leader Lampião - and his group, captured by cinematographer Benjamin Abrahão. Their survival methods in the sertão landscape, their gestures, habits, clothing, and diet. Proud of their condition, some members of the group are shown displaying their weapons and combat skills in the caatinga. Maria Bonita and Lampião appear in moments of relaxation, highlighting the group's internal harmony. Genre Documentary Descriptive Terms Northeast Secondary Descriptors Cangaço Geographical Terms Northeast Production Production Company(ies): Aba Film Production: Albuquerque, Adhemar Bezerra Photography Cameraman: Abrahão, Benjamin Location: Bom Nome Farm - Alagoas Identities/Cast: Silva, Virgulino Ferreira da - bandit leader Bonita, Maria - bandit Verônica - bandit Fino, Ezequiel Ponto - bandit Abrahão, Benjamin Mergulhão - bandit Pancada - bandit Virgínio - bandit Durvinha - bandit Content Examined: N Sources Used: JHD/BA ABL/FEC, p.434 a 437 FCB/FF CFJN/85 EJ/CANGACEIROS ABL/FEC Sources consulted: ACPJ/I Notes: Ezequiel Ponto Fino is Lampião's brother. Maria Bonita's real name is "Déa, Maria." Without drawing a definitive conclusion, the ABL/FEC reports that the film was shown for "Cordeiro Neto, Captain" and local authorities on July 2, 1938. The EJ/CANGACEIROS source reports that filming took place between June and October 1936, while the ABL/FEC specifies the months of May and October. ABL/FEC reports: there was a "private screening at the Cine Moderno [Fortaleza], for the police chief, Captain Cordeiro Neto, and other authorities, of which a photographic record remained (...). The date of this screening is dubious, but we have a reference to July 2, 1938." JHD/BA believes this screening took place in 1937 and notes that "Benjamin, Abrão" filmed Lampião's gang in two long stays, which must have lasted until 1937. ABL/FEC provides a comprehensive account of these incursions. ABL/FEC transcribes the news item from Correio do Ceará, dated April 7, 1937, in which "Fontes, Lourival," director of the "National Propaganda Department," requests the seizure of the film. It also reports that "Gonzaga, Adhemar" "allegedly kept a copy clandestinely in his possession, which was sold in the 1950s (...) to São Paulo distributors." FCB/FF notes that the film was acquired in 1940 by Alexandre Wulfes and re-released with the film "COMENDO DE COLHER." The JHD/BA source reports that Alexandre Wulfes and Al Ghiu managed to recover the material, "(...) using, however, less than half of the original, making a fifteen-minute documentary."

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PEDRO II VISITA SANTOS PELA QUARTA VEZ EM 1886.

 O imperador D. Pedro II em foto de 1885. Acervo instituto Moreira Salles.

A cidade de Santos foi uma das poucas do país que tiveram o privilégio de ser visitada mais de uma vez pelo imperador do Brasil, D. Pedro II. Foram cinco passagens, ao todo. A primeira delas aconteceu em 1846, quando o então jovem monarca contava com pouco mais de vinte anos de idade. O soberano brasileiro voltaria em 1860, 1878, 1886 e 1888. Na passagem de 1886, o imperador estava para completar 61 anos de idade, mas ainda demonstrava um certo vigor, haja visto sua agenda de compromissos na cidade santista. Nas nove horas em que permaneceu em Santos, D. Pedro II e sua comitiva visitaram nada menos do que treze lugares, sem falar da sua ida à São Vicente e à Ponta da Praia, defronte à Fortaleza da Barra, excursionando pelas areias da orla, desde o José Menino.

O Memória Santista teve acesso a uma reportagem detalhada, produzida pelo periódico carioca “Jornal do Commercio”, edição do dia 17 de novembro de 1886, em que é relatada a passagem de D. Pedro II por Santos e São Vicente. E a partir dela, registra aqui este interessante episódio.

A vinda do imperador

O imperador partiu da capital pelo trem da São Paulo Railway (SPR) às sete horas da manhã do dia 13 de novembro de 1886. Ainda que não estivesse chovendo, a cerração era forte no alto da Serra do Mar, o que impossibilitou a comitiva vislumbrar a bela paisagem panorâmica da Baixada Santista. Por outro lado, o que o mau tempo não impediu foi o impulso juvenil do monarca em realizar o desejo de atirar pequenas pedras do alto do maior viaduto da estrada de ferro, na Grota Funda. Ele ordenara os maquinistas a pararem a composição no meio do viaduto para verificar, alegremente, quanto tempo era gasto pelas pedrinhas na breve queda até o fundo do precipício. Após alguns minutos dispendidos na brincadeira, a viagem prosseguiu até Santos, onde a comitiva imperial foi recebida às 10 horas.

Os santistas estavam em festa e lotavam todas as cercanias do Valongo para receber mais uma vez Sua Majestade Imperial e sua esposa, a imperatriz Tereza Cristina. D. Pedro II havia estado em Santos pela primeira vez em 1846, quando contava com vinte anos de idade. Na época promovia sua primeira viagem pelo Brasil. Depois esteve em 1860 e em 1878, ocasiões em que visitou diversas cidades de São Paulo.

Ao desembarcar do trem especial colocado à disposição pelos ingleses da SPR, o imperador foi recebido pelos membros da Câmara Municipal (ainda não existia a Prefeitura), pelo comandante superior da guarda nacional e pelo corpo consular sediado em Santos, além de oficiais da armada e do exército, empregados públicos diversos e cidadãos de todas as classes sociais.

Após assistirem à apresentação de duas bandas de música, que entoaram o hino nacional brasileiro, os imperadores e sua comitiva percorreram de carruagem as ruas da velha cidade até chegarem à residência do Visconde do Embaré (Antônio Ferreira da Silva), onde ficariam hospedados, como das duas outras vezes que estiveram em Santos. O anfitrião, apesar de bastante enfermo, foi recepcionar Sua Majestade com entusiasmo, servindo-lhe um suntuoso almoço.  Porém, acamado, não participou do banquete, pedindo à esposa, dona Josefina Vaz de Carvalhais Ferreira, e ao filho, Eduardo, que fizessem a corte aos soberanos do Brasil.

Entre os vários livros onde deixou sua assinatura, em registro por sua passagem em 1886, está o da Associação Comercial de Santos.

Excursão pela cidade

Logo após a refeição, perto das 12 horas, D. Pedro II dirigiu-se à Matriz (a antiga, que ficava no local hoje ocupado pela Praça Antônio Telles), onde fez oração. Em seguida visitou a Igreja do Carmo, em cuja capela-mor ficava o túmulo de José Bonifácio de Andrada e Silva, seu primeiro tutor, quando contava apenas com apenas cinco anos de idade. Ali, demorou-se um tempo, ajoelhado junto à pedra que cobria a sepultura de uma das pessoas que mais admirava na vida. Assim que terminara sua oração, levantou-se e saiu dizendo que era só aquilo que tinha ido fazer ali.

Sua Majestade foi, na sequência, visitar as novas instalações da alfândega (que havia sido inaugurada em 1880), tendo sido recebido pelo inspetor Paula e Silva e por outros empregados. Ali, percorreu o salão do expediente, a tesouraria, os armazéns, as pontes de carga e descarga, indagando a todos, minuciosamente, a respeito do serviço. D. Pedro ficou feliz pelo extraordinário movimento verificado na repartição imperial e deu ordens para que o prédio fosse aumentado, assim que fosse possível.

De lá, o soberano brasileiro dirigiu-se à Capitania do Porto, onde conheceu de perto o trabalho dos aprendizes marinheiros, que ali estavam devidamente formados à espera do imperador. Acompanhado do comandante local, o capitão-tenente Palmeira, D. Pedro II examinou cuidadosamente os gêneros de alimentação das praças e percorreu todas as dependências do edifício. Em seguida, embarcou em um escaler que o levou até o rebocador “São Paulo”, navegando pelo canal do porto, com o objetivo de saber mais detalhes sobre as obras do novo cais, parando em alguns pontos e tomando informações circunstanciadas. Sua Majestade desembarcou em frente ao Mercado Municipal, mas não quis circular pelo local, por considera-lo indigno de uma cidade da importância de Santos.

Com uma agenda corrida, foi visitar o edifício da Câmara, Júri e Cadeia (atual cadeia velha), encontrando ali quatro indivíduos presos por distúrbios contra a ordem. D. Pedro verificou que o imóvel estava em boas condições, muito bem dividido e limpo. Em uma das salas locais, examinou uma planta da cidade, produzida pelo engenheiro Americano Freire. Antes de deixar o prédio, o anfitrião desta visita, o vice-presidente da Câmara, José Proost de Souza (que substituía o então presidente João Octávio de Souza, que se encontrava doente), solicitou ao imperador que concedesse doze cartas de liberdade a negros da cidade, ao que D. Pedro anuiu sem nenhum tipo de contestação. Ainda no edifício da Câmara, Sua Majestade deixou sua assinatura em um livro ricamente encadernado, no qual já estavam registradas duas passagens suas pela cidade, em 1860 e 1878.

Imagem da Santa Casa de Misericórdia em 1892. Quando D. Pedro II visitou o lugar, o segundo pavimento ainda estava em obras. A foto é atribuída aos fotógrafos Kowalsky e Hensler.

Da Câmara, foi o soberano visitar a Santa Casa de Misericórdia, sendo recebido pelo escrivão Francisco Emilio de Sá, na ausência do provedor, que estava enfermo, além do mordomo do mês, Alfaya Junior, e pelos médicos Drs. Matta e Silva e Pereira da Cunha. Sua Majestade percorreu todo o hospital e suas dependências, reputando-o como bem dividido. Na época, parte do pavimento superior ainda não estava concluído e, por isso, D. Pedro II acabou reclamando da falta de ventilação em alguns corredores e nas salas daquele andar. Quando da visita do imperador, a Santa Casa atendia 70 doentes (entre homens e mulheres), mas o lugar possuía bem mais leitos à disposição. Novamente, o visitante ilustre deixou sua assinatura, em livro com capa de veludo, como registro da visita história ao hospital mais antigo do país.

Ao sair da Santa Casa, D. Pedro II dirigiu-se ao belíssimo teatro Guarany, obra do engenheiro Garcia Redondo, cuja construção, iniciada em 1881, terminara no ano seguinte. O imperador verificou que se tratava de uma casa elegante, com uma só ordem de camarotes, varandas, galerias e plateia para 200 pessoas. Ele percorreu todo o edifício e ficou encantado com a pintura no teto.

Incansável, o imperador ainda visitou uma grande casa onde os srs. Visconde de Vergueiro e Embaré mandaram instalar duas escolas. Uma para meninos e outra para meninas. A primeira era dirigida pelo professor Agripino Macedo, onde foram inscritas 124 crianças, com uma frequência média de 70 a 80 alunos por dia. A segunda escola estava a cargo da professora Januária Macedo, com 90 meninas matriculadas, e frequência média de 60. Em ambas as escolas, D. Pedro II participou de animada conversa com os alunos, interrogando-os sobre conhecimentos gerais, ficando bastante satisfeito com os níveis de respostas. Nesta visita, acompanhava o soberano o inspetor literário de Santos, dr. Joaquim Domingues Lopes.

Na sequência, a comitiva imperial partiu para os lados do Paquetá, onde iriam visitar as dependências da Beneficência Portuguesa. No caminho, observaram o pujante movimento local e visitaram a Associação Comercial de Santos, instalado em prédio de boas dimensões, cujas salas, tanto as do pavimento inferior quanto às do superior, eram extensas e bem preparadas. D. Pedro II percorreu todo o imóvel acompanhado dos membros da associação e ainda teve tempo de ler alguns jornais locais.

Clube Germânia recebeu a visita do imperador.

De volta ao destino, no Paquetá, o soberano ainda teve tempo de dar uma paradinha no Clube Germânia, sediado em grande e bonito edifício, dono de um extenso jardim frontal. Ali, Sua Majestade conheceu a biblioteca, a sala de leitura, a sala de bilhar, de jantar e outras dependências, todas caprichosamente adornadas. O clube havia sido fundado vinte anos antes e era um ponto de reunião importante na cidade. Todos os meses, o Germânia promovia um dos mais concorridos bailes da cidade santista. Em uma das salas, via-se o retrato de Backeuser, o mais antigo negociante de Santos, falecido havia pouco tempo.

Dali, D. Pedro II finalmente chegava até as dependências do Hospital Beneficência Portuguesa, sendo recebido pelo presidente da entidade, o comendador Manoel Pereira da Rocha Soares. O edifício, grande e de bonito aspecto, era cercado de um bem cuidado jardim, mantido na mais absoluto asseio e ordem. A edificação dispunha de muitos quartos e salas bem preparadas para receber toda sorte de enfermos, além de excelente farmácia, gabinete cirúrgico e todas as dependências de casas da mesma natureza, tudo muito bem organizado. O hospital abrigava naquele momento quatorze doentes, mas poderia abrigar cinquenta no total. Acompanhado do médico responsável, dr. Julio Furtado, D. Pedro II percorreu todo o edifício e também assinou a lista de visitantes.

Eram quase quatro horas da tarde, quando Sua Majestade voltava para o local em que estava hospedado, a residência do Visconde de Embaré, onde recebeu diversas personalidades da cidade, entre eles o cônsul de Espanha, que falou em nome de todo o corpo consular da cidade. Também lá estavam diversos vereadores da Câmara Municipal e outras personalidades santistas.

A casa de pedra que D. Pedro II visitou em São Vicente, o qual alguns moradores reputarem como sendo a moradia de Martim Afonso de Sousa. Na imagem, o registro original.

Viagem de trem a São Vicente

Após breve conferência e já devidamente reposto da primeira parte da excursão pela cidade santista, D. Pedro II e seus acompanhantes tomaram um trem, elegantemente adornado, que os conduziu até a vizinha cidade de São Vicente. Outras três pequenas composições acompanhavam a comitiva, um deles levando uma banda de música. O tráfego até a cidade vicentina era feito por tração a vapor, com máquinas suíças, as primeiras introduzidas no Brasil. Estas máquinas possuíam caldeira mista, isto é, uma vertical e uma horizontal. A viagem ocorreu sem o menor incidente, chegando os imperadores (Tereza Christina fora consigo) rapidamente ao destino. Desembarcando, foram logo conduzidos à Casa de Câmara e Cadeia, que data de 1729. Os acompanhantes do soberano disseram que algumas edificações locais, examinando os pesos e as medidas, disseram que, sem dúvida, tratavam-se de prédios dos tempos e Braz Cubas.

Na cidade vicentina, D. Pedro II visitou o prédio da Casa de Câmara e Cadeia local. Foto de Marque Pereira, de cerca de 1900.

Foi em seguida à fonte do Morro dos Barbosas (a famosa Biquinha de Anchieta) e depois à Igreja Matriz a ao Rink (local onde aconteciam atividades esportivas e até touradas). Teve Sua Majestade ocasião de ver em São Vicente uma pequena casa antiquíssima, sobre cujos primitivos moradores corriam diversas versões. Diziam uns que fora habitada por Martim Afonso, outros por Anchieta, e outros por Braz Cubas. De volta à cidade vicentina, D. Pedro II tomou um bonde tracionado por muares, com destino às praias da Barra (na época, todas as praias de Santos e São Vicente tinham essa denominação). Na altura do José Menino, a comitiva tomou carruagens para prosseguir na excursão pela areia da praia, até chegarem defronte à velha Fortaleza da Barra Grande.

O retorno à capital

Já cansado da longa jornada, o soberano ordenou que regressassem à casa do Visconde do Embaré, onde chegaram por volta das 19 horas. O anfitrião mandou servir um soberbo jantar e, quase uma hora depois, todos já estavam de volta à estação da São Paulo Railway, no Valongo, para o regresso à capital bandeirante.

A noite santista apresentava, com a sua brilhante iluminação, o mais belo aspecto. Ao retirarem-se da cidade, D. Pedro II e sua esposa agradeceram a recepção calorosa dos santistas, saudando entusiasticamente a massa de gente que foi despedir-se do grande monarca brasileiro. Antes de partir, D. Pedro II falaria: “Nada tenho que dizer sobre a cidade de Santos a não ser que progride constantemente”.

ADENDO:

Quem não gosta de ouvir histórias sobre Dom Pedro II, o nosso conterrâneo?

 O homem político que foi mais honesto do Brasil?

José Mendes Pereira.

https://memoriasantista.com.br/pedro-ii-visita-santos-pela-quarta-vez-em-1886/

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O EXÍLIO DE PEDRO II: A NOITE DO GOLPE.

  (*) Magali Nogueira Halamadh é professora.

Quando altas figuras da República são execradas pela opinião pública, por conta da Operação Lava Jato, oportuno é recordar como Dom Pedro II foi alijado do Poder, sem nenhuma culpa, sem nenhuma ação feita para ser castigado.

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Madrugada de 15 de Novembro de 1889.

Paço de São Cristóvão ao longe se escutava o choro desesperador da Imperatriz Teresa Cristina e de sua filha Isabel, a princesa imperial, que gritava: 

"Sem meus filhos não parto do país!" (as crianças encontravam-se em Petrópolis).

O único que se mantinha calmo e tranquilo era Sua majestade Dom Pedro, que parecia esperar por este desfecho há muito tempo! Falava a todo instante: 

"Isso não é nada, tudo passará!"

Mas em seu íntimo sabia que ali repousava o final de seu martírio, sua carta de alforria, seria livre finalmente!

O Conde D'EU mais centrado, já sabe o que os espera; o EXÍLIO! Não haverá acordo, terá que deixar o país; tentará então um acordo com os militares; acordo esse que conseguirá, mas será veementemente rejeitado pelo imperador. Não irá aceitar uma moeda do solo brasileiro.

Na madrugada chuvosa, deixam o Paço, nesse momento Dom Pedro parece dar-se conta da gravidade da situação:

"NÃO SOU UM CRIMNOSO  FUJÃO PARA SAIR AS ESCONDIDAS!!!"

São acompanhados por poucos amigos... A esse degredo que durará até 1921, com a anistia do Banimento à Família Imperial.

No navio a tristeza é profunda, mas o assunto política nunca é abordado, apenas os literários, grandes serões à noite liderados por Sua Majestade. No entanto, a aflição se instala quando Pedro Augusto, neto mais velho do imperador (filho de sua caçula, a princesa Leopoldina), começa a surtar e delirar ao ponto de tentar assassinar o comandante do navio; trancam na cabine, só o avô o acalma, senta-se ao chão com o neto ao colo, e com ele chora... Sente-se culpado, alimentar a expectativas várias nesse rapaz de que ele ocuparia o trono brasileiro!! Uma cena extremamente triste, como relata a Baronesa de Loreto em suas memórias.

Na primeira parada em Portugal são ovacionados!!!Palácios e dinheiro são colocados à disposição da família, o imperador agradece, mas recusa gentilmente. A Imperatriz adoece, morre de tristeza... Suas últimas palavras...:

"Brasil terra abençoada!!!"

A família parte para a França, Dom Pedro passa a viver em um hotel três estrelas e a fazer o que sempre sonhou; LECIONAR!!!! Na Biblioteca de Paris; História; Geografia, Mineralogia; universitários se aglomeram para escutá-lo, aquele doce erudito de fala pausada e mansa, que tanto tem a oferecer a eles.

Seus companheiros, além dos universitários, são seus livros e nada mais; queixa-se do abandono... Adoece, pneumonia e em 5 de dezembro fecha para sempre seus lindos olhos azuis como os de sua mãe, Leopoldina. Findando-se assim uma vida doada à uma nação desde sua infância, foi-se com sua missão cumprida e alforriado dos grilhões que por meio século o prenderam à responsabilidade de tornar O Brasil uma das nações mais prósperas de sua época e vendo que esta mesma não agora estava amarrada a grilhões de uma REPUBLIQUETA FEITA às avessas em uma noite úmida com seu povo a dormir passivamente...

http://blogdosanharol.blogspot.com/2017/04/o-exilio-de-pedro-ii-noite-do-golpe-por.html

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O MAIS ANTIGO TEMPLO CATÓLICO DO BRASIL

 Por: Rostand Medeiros

Photo

Destacamos, neste trabalho, a Igreja mais antiga que se tem conhecimento, e que se encontra em pleno funcionamento: ela encontra-se no município de Igarassu no Pernambuco.
Após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés, nativos daquela região, no ano 1535, por ordem do Capitão Afonso Gonçalves, foi mandado erigir, no local da vitória, uma capela votiva consagrada aos Santos Cosme e Damião. Seu estilo é simples e tende para o maneirista.
Durante o período da invasão holandesa a  Igreja de São Cosme e Damião foi depredada, mas reconstruída em 1654. Em 1950, passou por uma restauração que a deixou mais próxima das características iniciais.  O monumento foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 25 de maio de 1951.
Igarassu (na língua Tupi: IGA = Canoa +  AÇU = Grande), é  considerado o primeiro núcleo de povoamento do país e  fica a  30km do Recife, no litoral norte da Região Metropolitana, às margens da foz de um rio ao lado da ilha de Itamaracá.
Sendo praticamente um porto natural, o local foi muito requisitado pelos portugueses  à época do descobrimento. Suas caravelas ficavam às margens da área onde posteriormente surgiu a vila, que, segundo a tradição, teria sido fundada em 27 de setembro de 1535.
Ao contrário do que muitos imaginam, foi em Igarassu, e não em Olinda, que os portugueses inicialmente se estabeleceram. A localidade de Sítio dos Marcos já contava em 1516 com um dos principais ancoradouros do litoral brasileiro.
Convém destacar que, desde o descobrimento oficial, em 21 de Abril de 1500, até a década de 1530 não houve uma colonização efetiva do território brasileiro. Essa colonização só ocorreu diante da ameaça de outros países europeus “roubarem” da coroa portuguesa o território recém-descoberto. Como é sabido por todos, Pernambuco tornou-se a base para a exploração do norte da colônia.
Aos Santos Cosme e Damião é atribuído  o  milagre  ocorrido no ano 1685, quando as cidades de Recife, Olinda, Itamaracá e Goiana foram assoladas pela febre amarela e Igarassu escapou ilesa da praga.
Outro fato curioso: Igarassu tem um vereador perpétuo: Santo Antônio! O Santo recebe um salário mínimo por mês, que gentilmente é doado por “ele” à manutenção de um orfanato na cidade.
Todo dia 27 de setembro celebra-se o dia dos padroeiros de Igarassu em uma das mais antigas e tradicionais festas populares do País.
FOTOS – ROSTAND MEDEIROS
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Extraído do blog do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros