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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

LAMPIÃO E MARIA BONITA - FILME COMPLETO.

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PEÇA LOGO ESTES...

       Por José Mendes Pereira 

A primeira obra é "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" que já está na 5ª. edição, e aborda o fenômeno do cangaço e a vida do maior guerrilheiro das Américas. Um homem que não temeu às autoridades policiais  e muito menos aqueles que lutavam contra a sua pessoa, na intenção de desmoralizá-lo nas suas empreitadas vingativas, e eliminá-lo do solo nordestino. Realmente foi feito o extermínio do homem mais corajoso e mais admirado do Nordeste do Brasil, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, mas não em combate, e sim, através de uma emboscada muito bem organizada pelo alagoano tenente João Bezerra da Silva. 


O Segundo livro da trilogia do escritor e pesquisador do cangaço é: "FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE" com 332 páginas, e um grande acervo de fotos relacionado ao assunto. E para aqueles que gosta de ler e ver fotos em uma leitura irá se sentir realizado com todas as fotos.


O terceiro livro da trilogia também do escritor José Bezerra Lima Irmão é: "CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO NORDESTE" resgata fatos sobre os quais a história oficial silencia ou lhes dá uma versão edulcorada ou distorcida: o "desenvolvimento" do Brasil, o desumano progresso de colonização feito a ferro e fogo, Guerra dos Marcates, Cabanada, Balaiada, Revolução Praieira, Ronco da Abelha, Revolta dos Quebra-Quilos, Sabinada, Revolta de Princesa, as barbáries da Serra do Rodeador e da Pedra do Reino, Guerras de Canudos, Caldeirão e Pau-de-Colher, dando ênfase especial à saga de Zumbi dos Palmares, Invasões Holandesas, Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador e Guerras da Independência, incluindo o 2 de Julho, quando o Brasil se tornou de fato independente... São assuntos que dão gostos a gente lê-los.  

Adquira-os com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

ou com o autor através deste g-mail: 

josebezerralima369@gmail.com

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LIVRO DO RUBENS ANTONIO

 Por Edinardo Marques

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PEÇA LOGO ESTE LIVRO

     Por José Mendes Pereira

 

Recentemente o escritor e pesquisador do cangaço Guilherme Machado lançou o seu trabalho sobre o mundo dos cangaceiros com o título "LAMPIÃO E SEUS PRINCIPAIS ALIADOS". 

O livro está recheado com mais de 50 biografias de cangaceiros que atuaram juntamente com o capitão Lampião. 

Eu já recebi o meu e não só recebi, como já o li. Além das biografias, tem fotos de cangaceiros que eu nem imaginava que existiam. São 150 páginas. Excelente narração. Conheça a boa narração que fez o autor. 

Pesquisador Geraldo Júnior

Prefaciado pelo pesquisador do cangaço Geraldo Antônio de Souza Júnior. Tem também a participação do pesquisador Robério Santos escritor e jornalista. Duas feras no que diz respeito aos estudos cangaceiros.

Jornalista Robério Santos

Não deixa de adquiri-lo. Faça o seu pedido com urgência, porque, você sabe muito bem, livros escritos sobre cangaços, são arrebatados pelos leitores e pelos colecionadores. Então cuida logo de adquirir o seu! 

Pesquisador Guilherme Machado

Adquira-o através deste e-mail: 

guilhermemachado60@hotmail.com

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DESAPARECIDO

 


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" O DISTRITO MACAPÁ - ATUAL JATI-CE, CORREDOR DE VOLANTES E CANGACEIROS".

 Por Luís Bento

O Distrito Macapá, por localiza-se fronteira de Estado " Ceará, Pernambuco ", vivia conturbados dias com a presença de Cangaceiros e volantes por essa terra.

Três Jatiense, se destacaram em comprimento da lei e em defesa do seu povo, foram eles:

Cloves de Oliveira Neto - Soldado Cloves de Marinheiro. Engajado às fileiras da volante do Capitão Arlindo Rocha.

Da esquerda p/ direita. - Manoel Gomes da Rocha, Soldado Noia Gomes. - Pedro Carolino de Sousa - Sargento Pedro Carolino ( circulados ).

Manoel Gomes da Rocha - Soldado Noia Gomes.

Pedro Carolino de Sousa - Sargento Pedro, Obs: Noia Gomes e Pedro Carolino, incorporados a volante do tenente Alfredo Dias.

JATI 25/08/21/.

https://www.facebook.com/luis.bento.39142/posts/1012608282837223

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LIVRO LANÇA UM OLHAR FEMININO SOBRE A HISTÓRIA DE MARIA BONITA

 Por Cairé Andrade

Escritora Nadja Claudino

Com novas percepções sobre a história de Maria Gomes de Oliveira (1910-1938), mais conhecida como Maria Bonita, a pesquisadora paraibana Nadja Claudino lança o livro Maria Bonita: entre o punhal e o afeto (Arribaçã Editora, 252 páginas, R$ 50,00), abordando discursos, histórias e movimentos sobre o cangaço, além de curiosidades sobre a famosa companheira de Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938), vulgo Lampião.

A obra é o resultado de um interesse que surgiu na pesquisadora durante sua adolescência. De acordo com Nadja, a própria mãe a chamou para assistir a um documentário sobre o cangaço quando mais jovem e, desde então, foi despertado o desejo em se aprofundar sobre o tema. “Quando fui cursar História, escolhi o tema para escrever meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e, dentro dele, escolhi falar sobre Maria Bonita, pois percebi que faltava algo que problematizasse esses muitos discursos”, lembra.

Escrito por pesquisadora paraibana, “Entre o punhal e o afeto” traz novas perspectivas sobre o cangaço

Para a pesquisadora, uma novidade acerca da imagem de Maria Bonita é perceber como ela era interpretada pelo olhar majoritariamente masculino e sobre o papel feminino na sociedade da época. “A partir de Maria Bonita podemos perceber como as mulheres foram – e são – representadas pelos discursos masculinos. Procuro fazer isso no meu livro, lançar esse olhar sobre a história que vem sendo contada há mais de 80 anos por jornais, cordéis e outros livros”

Segundo Nadja Claudino, as cangaceiras – apesar de passarem por conflitos através do contexto em que viviam – se portavam, na maioria dos aspectos, como as outras sertanejas, devendo obediência e fidelidade ao seu companheiro e sem tanto poder nas decisões de grupos. “As mulheres quando escolheram o cangaço ou quando foram levadas para essa vida involuntariamente, perceberam que seus papéis não eram mais os mesmos de quando viviam no seio da sociedade sertaneja”, analisa. “Essas mudanças não se deram apenas no âmbito social: o papel da mulher mudou nas questões ligadas à maternidade e também à feminilidade. As mulheres cangaceiras pariam, mas não maternavam seus filhos, pois o ambiente do cangaço já havia inserido as mulheres mas nunca foi espaço para crianças, frutos das relações amorosas dos cangaceiros. Deixar de ser mãe, no sentido do cuidado com seu filho, subverteu a lógica de uma feminilidade que só seria completa com a maternidade”.

As mulheres, como lembra a autora, não entravam nos bandos como um reforço armado, mas sim para servir como companhia aos cangaceiros. “Penso que Lampião e os outros não pretendiam deixar a vida do cangaço e procuraram formar uma sociedade em que houvesse espaço para a ‘vida doméstica’”.

Mesmo sendo reescrito e interpretado há mais de 80 anos na TV, no cinema e no teatro, nos folhetins de cordel, além de estar presente no imaginário popular, como reforça a pesquisadora, ainda há muitos questionamentos sobre o cangaço e isso só reforça a importância de se estudar o movimento mais profundamente. “O Sertão, as poucas informações e o isolamento geográfico do qual os cangaceiros se aproveitavam para burlar as leis, serviram também para que surgisse uma narrativa misteriosa, cheia de imprecisões e também cativante para o nordestino, em particular para os que vivem na região sertaneja”, enumera. “Principalmente pela forma como as histórias dos cangaceiros foram passadas através do verso popular que alcançava espaços e se fazia entender pelo povo, ao trazer elementos da vida do sertão para os textos”, comenta.

Hoje se pode perceber, como aponta na obra, que Maria Bonita passou por pré-julgamentos a partir do próprio nome pelo qual se tornou conhecida, que são vistos na atualidade como posicionamentos estereotipados. “O olhar lançado sobre ela atende muito às discussões do momento que estamos vivendo de empoderamento das mulheres e de questionamentos sobre os papéis que nos foram impostos pela sociedade”, reforça a escritora. “Eu discuto o nome Maria Bonita, que era usado por jornalistas, mas não era usado dentro do grupo. É um nome que adjetiva apontando para a sua beleza, de como ela foi alvo de uma escrita libidinal, e de como a beleza é cobrada de nós, mulheres, e foi cobrada dela, até mesmo depois de morta”.

A “rainha sertaneja e mulher guerreira”, termos apontados por Nadja Claudino, são problemáticos por reduzir a imagem da mulher. “’Guerreira’ é um adjetivo utilizado incontáveis vezes para designar mulheres que sofrem, que mantém duplas jornadas de trabalho, ganham salários menores e se mantêm ‘belas’, suaves, amorosas, ‘maternais’ e ‘femininas’. Somos muitas Marias Bonitas e precisamos vencer grandes barreiras e julgamentos para escrevermos o nosso destino”, diz Claudino, que ressalta: “ A história de Maria Bonita é atualíssima”.


As histórias da mais famosa mulher do cangaço – como conta a pesquisadora Nadja Claudino, na obra Maria Bonita: entre o punhal e o afeto – não podem ser comprovadas, já que ela não sobreviveu para se lembrar do próprio passado.

“Ao contrário de Sila ou Dadá, que sobreviveram ao fim do cangaço, tudo o que se tem sobre Maria Bonita foi dito por pessoas que conviveram com ela ou saiu da imaginação dos escritores. Não encontrei nada que Maria Bonita tenha dito em entrevistas ou relatos próprios, e esse silêncio foi propício para que os outros falassem por ela”, julga.

A pesquisadora revela encontrar diversas representações da companheira de Lampião nas artes. “No cordel, por exemplo, Maria Bonita aparece como uma mulher capaz de derrotar um grupo de volantes, de comandar homens, de ser de fato uma guerreira. Numa minissérie televisiva da Rede Globo, ela aparecia cortando as orelhas das rivais. Surge também como uma mulher que intercedia junto à Lampião pela vida de algum sertanejo que ela julgasse inocente. Em matérias de jornais como o Diário de Pernambuco, ainda na época do cangaço, aparecia como mulher que dava chicotadas na cara das vítimas do banco”.

A pesquisa da paraibana, portanto, baseia-se também nessas possibilidades retratadas da companheira de Lampião. “É justamente sobre essas histórias que pode construir meu trabalho, não querendo trazer à tona uma verdade impossível de ser apreendida, mas sim os discursos criados sobre Maria Bonita. O que se sabe de fato é que ela pagou com a vida sua ousadia, teve que romper com o seu mundo para viver um amor radical com um fora da lei e foi e continua sendo alvo de julgamentos”.

Há, ainda, por outro lado, muito a ser descoberto sobre a figura histórica tão relevante para o Nordeste sertanejo. Partindo do que resultou em Maria Bonita: entre o punhal e o afeto, Nadja Claudino pretende explorar outros temas que conversam com o que ela aborda em seu livro. “Pretendo partir para outro tema que, de certa forma, dialoga muito com esse. Por enquanto, não penso em escrever outro livro sobre cangaço, mas tenho muito interesse que essa produção cresça e que a história das cangaceiras seja repensada”, finaliza.

Cairé Andrade

caireandrade@gmail.com

(Matéria publicada no jornal A União, em 26 de abril de 2020)


https://cariricangaco.blogspot.com/2021/08/livro-lanca-um-olhar-feminino-sobre.html

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LAMPIÃO NO INFERNO, POR CHICO FAUSTINO

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=CjfjtLgOl0k&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Meu compadre Chico Faustino. Com meu amigo já cavalguei muito nas quebradas do Sertão.

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DUQUE DE CAXIAS

 

Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 25 agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquaru, Vila de Porto da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro, quando o Brasil era Vice-Reino de Portugal. Hoje, é o local do Parque Histórico Duque de Caxias, no município de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro.

Filho do Marechal de Campo Francisco de Lima e Silva e de D. Mariana Cândida de Oliveira Belo. Ao seu pai, veador da Imperatriz Leopoldina, coube a honra de apresentar em seus braços à Corte, no dia 2 de dezembro de 1825, no Paço de São Cristóvão, o recém-nascido que, mais tarde, viria a ser o Imperador D. Pedro II.

Em 22 de maio de 1808, época em que a Família Real portuguesa transfere-se para o Brasil, Luiz Alves é titulado Cadete de 1ª Classe, aos 5 anos de idade.

Pouco se sabe da infância de Caxias. Pelos almanaques do Rio de Janeiro da época e publicados pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que davam o nome das ruas em que moravam as autoridades governamentais, sabe-se que seu pai, desde capitão, em 1811, residia na rua das Violas, atual rua Teófilo Otoni. Esta rua das Violas, onde existiam fabricantes de violas e violões e onde se reuniam trovadores e compositores, foi o cenário principal da infância de Caxias.

Sabe-se que estudou no Convento São Joaquim, onde hoje se localiza o Colégio D.Pedro II, e próximo do Quartel do Campo de Santana, que ele viu ser construído e que hoje é o Palácio Duque de Caxias, onde está instalado o Comando Militar do Leste.

Em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na Academia Real Militar, de onde egressou promovido a Tenente, em 1821, para servir no 1º Batalhão de Fuzileiros, Unidade de elite do Exército do Rei.

O retorno da Família Real e as consequências que daí advieram concorreram para a almejada emancipação do país. D. Pedro proclamou a independência do Brasil e organizou, ele próprio, em outubro de 1822, no Campo de Santana, a Imperial Guarda de Honra e o Batalhão do Imperador, integrado por 800 guapos militares, tipos atléticos e oficiais de valor excepcional, escolhidos da tropa estendida a sua frente. Coube ao Tenente Luiz Alves de Lima e Silva receber das mãos do Imperador D. Pedro I a bandeira do Império recém-criada, na Capela Imperial, em 10 de novembro de 1822.

No dia 3 de junho de 1823, o jovem militar tem seu batismo de fogo, quando o Batalhão do Imperador foi destacado para a Bahia, onde pacificaria um movimento contra a independência comandado pelo General Madeira de Melo. No retorno dessa campanha, recebeu o título que mais prezou durante a sua vida – o de Veterano da Independência.

Em 1825, iniciou-se a Campanha da Cisplatina e o então Capitão Luiz Alves desloca-se para os pampas, junto com o Batalhão do Imperador. Sua bravura e competência como comandante e líder o fazem merecedor de condecorações e comandos sucessivos, retornando da campanha no posto de major.

A 6 de janeiro de 1833, no Rio de Janeiro, o Major Luiz Alves casava-se com a senhorita Ana Luiza de Loreto Carneiro Viana, que contava, na época, com dezesseis anos de idade.

Em 1837, já promovido a Tenente-Coronel, Caxias é escolhido, por seus descortino administrativo e elevado espírito disciplinador, para pacificar a província do Maranhão, onde havia iniciado o movimento da Balaiada.

Em 2 de dezembro de 1839, é promovido a Coronel e, por Carta Imperial, nomeado presidente da província do Maranhão e Comandante-Geral das Forças em operações, para que as providências civis e militares emanassem de uma única autoridade.

Em agosto de 1840, mercê de seus magníficos feitos em pleno campo de batalha, Caxias foi nomeado Veador de Suas Altezas Imperiais.

Em 18 de julho de 1841, em atenção aos serviços prestados na pacificação do Maranhão, foi-lhe conferido o título nobiliárquico de Barão de Caxias. Por quê Caxias? "Caxias simbolizava a revolução subjugada. Essa princesa do Itapicuru havia sido mais que outra algema afligida dos horrores de uma guerra de bandidos; tomada e retomada pelas forças imperiais, e dos rebeldes várias vezes, foi quase ali que a insurreição começou, ali que se encarniçou tremenda; ali que o Coronel Luiz Alves de Lima e Silva entrou, expedindo a última intimação aos sediciosos para que depusessem as armas; ali que libertou a província da horda de assassinos. O título de Caxias significava, portanto: – disciplina, administração, vitória, justiça, igualdade e glória", explica o seu biógrafo Padre Joaquim Pinto de Campos.

Em 1841, Caxias é promovido a Brigadeiro e, em seguida, eleito unanimemente deputado à Assembléia Legislativa pela província do Maranhão e, já em março de 1842, é investido no cargo de Comandante das Armas da Corte.

Em maio de 1842, iniciava-se um levante na província de São Paulo, suscitado pelo Partido Liberal. D. Pedro II, com receio de que esse movimento, alastrando-se, viesse fundir-se com a revolta farroupilha, que se desenvolvia no sul do Império, resolve chamar Caxias para pacificar a região. Assim, o Brigadeiro Lima e Silva é nomeado Comandante-Chefe das Forças em operações da província de São Paulo e, ainda, Vice-Presidente dessa província.

Cumprida a missão em pouco mais de um mês, o Governo, temeroso que a revolta envolvesse a província das Minas Gerais, nomeia Caxias Comandante do Exército pacificador naquela região, ainda no ano de 1842. Já no início do mês de setembro, a revolta estava abafada e a província, pacificada.

No dia 30 de julho de 1842, "pelos relevantes serviços prestados nas províncias de São Paulo e Minas", é promovido ao posto de Marechal de Campo graduado, quando não contava sequer quarenta anos de idade.

Ainda grassava no sul a revolta dos farrapos. Mais de dez presidentes de província e generais se haviam sucedido desde o início da luta, sempre sem êxito. Mister da capacidade administrativa, técnico-militar e pacificadora de Caxias, o Governo Imperial nomeou-o, em 1842, Comandante-Chefe do Exército em operações e Presidente da província do Rio Grande do Sul.

Logo ao chegar a Porto Alegre, Caxias fez apelo aos sentimentos patrióticos dos insurretos através de um manifesto cívico. A certo passo, dizia: "Lembrai-vos que a poucos passos de vós está o inimigo de todos nós – o inimigo de nossa raça e de tradição. Não pode tardar que nos meçamos com os soldados de Oribes e Rosas; guardemos para então as nossas espadas e o nosso sangue. Abracemo-nos para marcharmos, não peito a peito, mas ombro a ombro, em defesa da Pátria, que é a nossa mãe comum".

Mesmo com carta branca para agir contra os revoltosos, marcou sua presença pela simplicidade, humanidade e altruísmo com que conduzia suas ações. Assim ocorreu quando da captura de dez chefes rebeldes aprisionados no combate de Santa Luzia, quando, sem arrogância, com urbanidade e nobreza, dirigiu-se a eles dizendo: "Meus senhores, isso são conseqüências do movimento, mas podem contar comigo para quanto estiver em meu alcance, exceto para soltá-los".

Se no honroso campo da luta, a firmeza de seus lances militares lhe granjeava o rosário de triunfos que viria despertar nos rebeldes a ideia de pacificação, paralelamente, seu descortino administrativo, seus atos de bravura, de magnanimidade e de respeito à vida humana, conquistaram a estima e o reconhecimento dos adversários. Por essas razões é que os chefes revolucionários passaram a entender-se com o Marechal Barão de Caxias, em busca da ambicionada paz. E, em 1º de março de 1845, é assinada a paz de Ponche Verde, dando fim à revolta farroupilha.

É, pois, com justa razão que o proclamam não só Conselheiro da Paz, senão também o Pacificador do Brasil – epíteto perpetuado em venera nobilitante.

Em 1845, Caxias é efetivado no posto de Marechal de Campo e é elevado a Conde. Em seguida, mesmo sem ter se apresentado como candidato, teve a satisfação de ter seu nome indicado para Senador do Império pela província que pacificara há pouco. Em 1847, assume efetivamente a cadeira de Senador pela província do Rio Grande do Sul.

A aproximação das chamas de uma nova guerra na fronteira sul do Império acabaram por exigir novamente a presença de Caxias no Rio Grande do Sul e, em junho de 1851, foi nomeado presidente da província e Comandante-Chefe do Exército do Sul, ainda não organizado. Essa era a sua principal missão: preparar o Império para uma luta nas fronteiras dos pampas gaúchos.

Assim, em 5 de setembro de 1851, Caxias adentra o Uruguai, batendo as tropas de Manoel Oribe, diminuindo as tensões que existiam naquela parte da fronteira.

Em 1852, é promovido ao posto de Tenente-General e recebe a elevação ao título Marquês de Caxias.

Em 1853, uma Carta Imperial lhe confere a Carta de Conselho, dando-lhe o direito de tomar parte direta na elevada administração do Estado e, em 1855, é investido no cargo de Ministro da Guerra.

Em 1857, por moléstia do Marquês de Paraná, assume a presidência do Conselho de Ministros do Império, cargo que voltaria a ocupar em 1861, cumulativamente com o de Ministro da Guerra.

Em 1862, foi graduado Marechal do Exército, assumindo novamente a função de Senador no ano de 1863.

Em 1865, inicia-se a Campanha da Tríplice Aliança, reunindo Brasil, Argentina e Uruguai contra as Forças paraguaias de Solano Lopez.

Em 1866, Caxias é nomeado Comandante-Chefe das Forças do Império em operações contra o Paraguai, mesma época em que é efetivado Marechal do Exército. Cabe destacar que, comprovando o seu elevado descortínio de chefe militar, Caxias utiliza, pela primeira vez no continente americano, a aeroestação (balão) em operações militares, para fazer a vigilância e obter informações sobre a área de operações.

O tino militar de Caxias atinge seu ápice nas batalhas dessa Campanha. Sua determinação ao Marechal Alexandre Gomes Argolo Ferrão para que fosse construída a famosa estrada do Grão-Chaco, permitindo que as Forças brasileiras executassem a célebre marcha de flanco através do chaco paraguaio, imortalizou seu nome na literatura militar. Da mesma forma, sua liderança atinge a plenitude no seu esforço para concitar seus homens à luta na travessia da ponte sobre o arroio Itororó – "Sigam-me os que forem brasileiros".

Caxias só deu por finda sua gloriosa jornada ao ser tomada a cidade de Assunção, capital do Paraguai, em 1º de janeiro de 1869.

Em 1869, Caxias tem seu título nobiliárquico elevado a Duque, mercê de seus relevantes serviços prestados na Campanha contra o Paraguai.

Em 1875, pela terceira vez, é nomeado Ministro da Guerra e presidente do Conselho de Ministros.

Caxias ainda participaria de fatos marcantes da história do Brasil, como a Questão Religiosa, o afastamento de D. Pedro II e a Regência da Princesa Isabel. Já com idade avançada, Caxias resolve retirar-se para sua terra natal, a província do Rio de Janeiro, na Fazenda Santa Mônica, na estação ferroviária do "Desengano", hoje Juparaná, próximo a Vassouras.

No dia 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos, fechava os olhos para sempre aquele bravo militar e cidadão que vivera no seio do Exército para glória do próprio Exército.

No dia seguinte, em trem especial, chegava na Estação do Campo de Santana o seu corpo, vestido com o seu mais modesto uniforme de Marechal de Exército, trazendo ao peito apenas duas das suas numerosas coondecoraçõoes, as únicas de bronze: a do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai, tudo consoante suas derradeiras vontades expressas.

Outros desejos testamentários são respeitados: enterro sem pompa; dispensa de honras militares; o féretro conduzido por seis soldados da Guarnição da Corte, dos mais antigos e de bom comportamento, aos quais deveria ser dada a quantia de trinta cruzeiros (cujos nomes foram imortalizados no pedestal de seu busto, no passadiço do Conjunto Principal antigo da Academia Militar das Agulhas Negras); o enterro custeado pela Irmandade da Santa Cruz dos Militares; e seu corpo não embalsamado.

Quantas vezes o caixão foi transportado, suas alças foram seguras por seis Praças de Pré do 1º e do 10º Batalhão de Infantaria.

No ato do sepultamento, o grande literato Visconde de Taunay, então Major do Exército, proferiu alocução assim concluída: "Carregaram o seu féretro seis soldados rasos; mas, senhores, esses soldados que circundam a gloriosa cova e a voz que se levanta para falar em nome deles, são o corpo e o espírito de todo o Exército Brasileiro. Representam o preito derradeiro de um reconhecimento inextinguível que nós militares, de norte a sul deste vasto Império, vimos render ao nosso velho Marechal, que nos guiou como General, como protetor, quase como pai, durante 40 anos; soldados e orador, humilde todos em sua esfera, muito pequenos pela valia própria, mas grandes pela elevada homenagem e pela sinceridade da dor".

Em 25 de agosto de 1923, a data de seu aniversário natalício passou a ser considerada como o Dia do Soldado do Exército Brasileiro, Instituição que o forjou e de cujo seio emergiu como um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Ele prestou ao Brasil mais de 60 anos de excepcionais e relevantes serviços como político e administrador público de contingência e, inigualados, como soldado de vocação e de tradição familiar, a serviço da unidade, da paz social, da integridade e da soberania do Brasil Império.

Em mais uma justa homenagem ao maior dos soldados do Brasil, desde 1931, os Cadetes do Exército, da Academia Militar das Agulhas Negras, portam como arma privativa, o Espadim de Caxias, cópia fiel, em escala, do glorioso e invicto sabre de campanha de Caxias, que desde 1925 é guardado como relíquia pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que o Duque de Caxias integrou como sócio honorário a partir de 11 de maio 1847.

O Decreto do Governo Federal de 13 de março de 1962 imortalizou o nome do invicto Duque de Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro.

Atualmente, os restos mortais do Duque de Caxias, de sua esposa e de seu filho, repousam no Panteon a Caxias, construído em frente ao Palácio Duque de Caxias, na cidade do Rio de Janeiro. 

 https://www.eb.mil.br/patronos/-/asset_publisher/DJfoSfZcKPxu/content/biografia-resumida-do-duque-de-caxias

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PRINI LOREZ FALECEU NO DIA 23 DE SETEMBRO DE 2020

 Por José Mendes Pereirs


Pouca gente brasileira sabe que o cantor Prini Lorez nome artístico de José Gagliardi Jr., faleceu no dia 23 de setembro de 2020. Ele é do tempo da jovem guarda e aparece na música "Festa de Arromba" feita pelos cantores e compositores Roberto Carlos Braga e Erasmo Carlos.

Vídeos do Erasmo Carlos homenageando Prini Lorez na jovem guarda.
https://www.youtube.com/watch?v=K_z6im3rOm4&ab_channel=erasmocarlosbr

Conheça um pouco da carreira artística de Prini Lorez.

Morreu no dia 23 de setembro o cantor brasileiro Prini Lorez, que ficou famoso no Brasil no começo da década de 60 como uma espécie de cover do cantor Trini Lopez. Lorez foi um dos astros da música feita para juventude pré Jovem Guarda. Ele tinha 78 anos de idade, e não resistiu após sofrer duas paradas cardíacas.

https://www.youtube.com/watch?v=ACP8FN_BWAk&ab_channel=EduardoHouston

Prini Lorez, nome artístico de José Gagliardi Jr. faleceu poucos meses depois de Trini Lopez, o dono dos Hits originais gravados por Lorez, que nos deixou em agosto de 2020.

https://www.youtube.com/watch?v=lzaSzJVtkgQ&ab_channel=RafaParga

José Gagliardi Jr. nasceu em São Paulo, em 08 de maio de 1942. Ele iniciou a carreira como jogador de futebol, defendendo o Palmeiras nos times juvenil-júnior. Em 1960 formou o conjunto The Rebels, na gravadora Young. Creditado na época como Zezinho, também fez parte do conjunto The Avalons, que chegou a abrir o show de Paul Anka, na TV Record.

Em 1960 a Young fechou as portas, e o cantor assinou com a RGE, usando o nome de Galli Jr. Nesta época também passou a cantar na badalada boate Lancaster, em São Paulo. José Scatena, o dono da RGE resolveu lançar Prini Lorez, na trilha do sucesso de Trini Lopez. Numa espécie de golpe publicitário, o rosto de Lorez inicialmente não aparecia, criando um mistério em quem seria o novo contratado da gravadora.

Lorez chegou a cantar diversas vezes no programa Jovem Guarda, principalmente devido a admiração que Roberto Carlos nutria pelo artista. Mas acabou abandonando a carreira na segunda metade da década de 60.

Após morar por alguns anos nos Estados Unidos, eventualmente passou a fazer alguns shows para os fãs nostálgicos nos anos seguintes.

Fonte: https://www.memoriascinematograficas.com.br/2020/09/morreu-o-cantor-prini-lorenz-sucesso.html

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