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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

POR ANTONIO CORRÊA SOBRINHO



AMIGOS,

TENHO COMIGO QUE SOMENTE UMA PROVA ROBUSTA E INSOFISMÁVEL É CAPAZ DE TORNAR NULA A DECLARAÇÃO DO SOLDADO HONORATO DA SILVA, DE TER SIDO ELE O AUTOR DO TIRO FATAL QUE MATOU O CANGACEIRO VIRGULINO LAMPIÃO, NÃO OBSTANTE O SEU COMANDANTE NA OPERAÇÃO, O TENENTE JOÃO BEZERRA,TER DITO NÃO SABER QUEM ESPECIFICAMENTE MATOU LAMPIÃO, VISTO QUE, SEGUNDO ELE, O BANDOLEIRO FOI ALVEJADO POR VÁRIOS TIROS.

MAS, COMO, INFELIZMENTE, AS VERSÕES, MAIS DO QUE OS FATOS, COMPÕEM MAIS A HISTÓRIA, NÃO SÓ A DO CANGAÇO, DIGA-SE, AS DECLARAÇÕES DO SOLDADO HONORATO, A MEU VER, POSSUEM A SEU FAVOR A FORÇA DA TRADIÇÃO, OU SEJA, A TRANSMISSÃO DA NOTÍCIA DE GERAÇÃO A GERAÇÃO, SEMPRE CONFIRMADA POR ESTE SOLDADO, E O FATO DE DURANTE TODOS ESTES ANOS ESTA INFORMAÇÃO JAMAIS TER SIDO CONTESTADA, COLOCADA EM DÚVIDA, POR QUEM QUER QUE SEJA, PRINCIPALMENTE PELO MILITAR SEBASTIÃO VIEIRA SANDES, QUANDO EM PLENO GOZO DA SUA SAÚDE. 

PORTANTO, AQUI ME PRONUNCIO, COMO SIMPLES LEITOR E COPIADOR DE TEXTOS JORNALÍSTICOS, MEMBRO DESTE E OUTROS RESPEITÁVEIS GRUPOS DE ESTUDO DO CANGAÇO, COM TODO O RESPEITO E A CONSIDERAÇÃO QUE TENHO AO DOUTOR FREDERICO PERNAMBUCANO, O FAMOSO SOCIÓLOGO, PESQUISADOR, HISTORIADOR E ERUDITO E ELOQUENTE ESCRITOR, MEMBRO ATIVO DA RESPEITADA FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO, DONO DE GRANDE ACERVO SOBRE O BANDITISMO SERTANEJO, FREDERICO PERNAMBUCANO CUJA OBRA SITUA-SE INDISCUTIVELMENTE ENTRE AS MAIS VALIOSAS DA HISTORIOGRAFIA DO CANGAÇO, PEÇO-LHE VÊNIA PARA DIZER QUE, DESTA VEZ, EMBORA NÃO TENHA LIDO O SEU NOVO TRABALHO SOBRE O FIM DE LAMPIÃO, MAS, MESMO SEM LÊ-LO, COMPREENDER SUAS RAZÕES, DEVO CONTINUAR PRESTIGIANDO A, POR SINAL, CORAJOSA AFIRMATIVA DO SOLDADO HONORATO DA SILVA, EM RESPEITO INCLUSIVE À SUA MEMÓRIA, DE TER SIDO ELE O AUTOR DO TIRO FULMINANTE QUE FEZ CAIR DEFINITIVAMENTE MORTO O REI DO CANGAÇO.

ABAIXO, TROUXE A DECLARAÇÃO DO SOLDADO HONORATO, PUBLICADA NO JORNAL "A NOITE" (RJ), NA EDIÇÃO DE 02/08/1938.

A NOITE – 02/08/1938  - O HOMEM QUE MATOU LAMPIÃO
Imagem extraída do Blog do Mendesemendes

MACEIÓ, 1 (Dos enviados especiais de A NOITE – Por via aérea) – Conforme a A NOITE noticiou, o homem que pôs termo à vida do rei do cangaço foi o soldado Antônio Honorato da Silva, que tem no 2º Batalhão de Polícia, aquartelado em Santana do Ipanema, o número 145. Conta 38 anos de vida, o herói do Regimento Policial Militar do Estado de Alagoas. Ao ser entrevistado pela A NOITE, declarou com a maior calma que se pode imaginar que atirou seguro em Lampião vendo-o tombar para sempre.

- “Estou satisfeito por ter cumprido o meu dever – disse jovialmente o velho soldado – pois matei um bandido que era o terror do nosso povo, o flagelo do meu sertão querido.

Diz Antônio Honorato que o primeiro tiro disparado na fazenda Angicos foi o do fuzil do soldado Abdon Cosmo de Andrade e que em seguida àquele disparo, a fuzilaria irrompeu de modo infernal, não tendo o fogo durado mais de quinze minutos, terminando com a morte dos onze bandidos e a fuga dos demais que se encontravam no acampamento infernal.

- E depois do tiroteio?

- Depois – exclamou Antônio Honorato – fomos cortar as cabeças dos bandidos.

- Qual foi a primeira cabeça cortada?

- A de Lampião – disse Antônio Honorato. Cortou-a, o soldado Santos com um facão marca Jacaré. A seguir vi o tenente Ferreira com a cabeça de outro bandido, tendo as restantes sido mandadas cortar pelo tenente João Bezerra. Depois do “brinquedo”, contei onze cabeças, ficando satisfeito pelo trabalho que meus companheiros e eu fizemos num espaço tão diminuto.

- Lampião disse alguma coisa antes de você apontar-lhe o fuzil?

- Não, pois não lhe dei tempo. Se ele teve vontade de dizer alguma coisa, ficou só na vontade... E, dizendo isso, o bravo soldado alagoano nos mostrou o seu fuzil que tem o número B 7.419 dizendo: - Este aqui nunca falhou e seria uma tristeza se ele me tivesse negado fogo naquele momento. Estou habituado a atirar e em certas ocasiões minha pontaria ainda é mais segura.

Antônio Honorato é praça da Polícia alagoana há 13 anos, tendo começado sua vida atual no governo Costa Rego.

- Que tal o acampamento dos bandidos? – perguntamos.

- Nem queira saber que armadilha – disse o soldado – Eram várias barracas de pano, armadas sobre tocas de pedras em lugar por demais esquisito, onde dificilmente se podia chegar.

- E como puderam se aproximar de tão perigosa armadilha?

- Isso já eu não sei – diz Antônio Honorato. O que sei é que o nosso comandante traçou um plano tão bem feito que ali chegamos sem ser pressentidos e “abafamos a banca”...

Como o heroico soldado se mostrasse cansado, demo-nos por satisfeito da sua sensacional narrativa e fomos ouvir outros dos seus companheiros.

Entre os soldados que tomaram parte no ataque ao bando de Lampião, na fazenda Angicos, destaca-se um jovem de 22 anos de idade, natural da Paraíba e que tem o número 947 no 2º Batalhão da Polícia Alagoana, José Tertuliano que, segundo seus próprios companheiros, é um soldado dos mais valentes que possui o seu batalhão não obstante a pouca idade.

Foi quem matou um dos bandidos que é dado até agora como desconhecido.

José Tertuliano declarou à NOITE que estava muito satisfeito por ter tomado parte eficiente no combate da fazenda Angicos, onde teve ocasião de observar mais uma vez a bravura dos seus companheiros.

- Fizemos um “serviço” em boas condições – disse – e agora estamos mais descansados um pouco, porque já não existe o mais famoso cangaceiro do sertão.

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QUEM 'APAGOU' LAMPIÃO? HISTORIADOR REVELA VERDADEIRO ASSASSINO DO CANGACEIRO

por Ana Clara Brant jornalismo@uai.com.br
por Estado de Minas politica.pe@dabr.com.br

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, morreu aos 40 anos, numa emboscada na Grota de Angico, em Sergipe, em julho de 1938. Apesar de, na época, o fato ter estampado as capas das principais revistas e jornais brasileiros e ter virado notícia até fora do país, algumas lacunas permaneceram. A principal delas: quem apertou o gatilho que deu fim à vida de uma das figuras mais temidas e admiradas da história brasileira?.


A versão oficial aponta como assassino o oficial Antonio Honorato da Silva, guarda-costas do aspirante Francisco Ferreira. Mas a história não é bem essa. Após quatro décadas de pesquisa, o historiador Frederico Pernambucano de Mello, biógrafo de Lampião e considerado o maior especialista em cangaço no Brasil, revela que a identidade do carrasco do cangaceiro é outra em 'Apagando o Lampião – Vida e morte do Rei do Cangaço'. O livro acaba de sair pela Global Editora.

Antonio Honorato da Silva suposto matador de Lampião

Lampião foi morto com apenas um tiro, às 5h de 28 de julho de 1938. Desde os primórdios de suas pesquisas sobre o cangaço, e, principalmente, após ler uma entrevista concedida por Antonio Honorato da Silva, o suposto assassino, ao jornalista Melchiades Rocha, Frederico Pernambucano de Mello tinha uma pulga atrás da orelha. “Nesse relato de Honorato, encontrei algumas inconsistências. Ele afirmava que Lampião tinha um pavor enorme no rosto quando atirou, que deu o primeiro tiro e acompanhou a queda. Coisas que não faziam muito sentido”, diz.

Coronel Audálio Tenório de Albuquerque - Acervo João de Sousa Lima

Foi a partir de 1970 que o mistério começou a se esclarecer. O historiador recebeu uma informação do coronel Audálio Tenório de Albuquerque dizendo que ouviu seu parente e amigo próximo, o coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão (o responsável intelectual pela morte do Rei do Cangaço, já que comandava o batalhão encarregado da caça a Lampião em Angicos), que o verdadeiro assassino era um dos guarda-costas do aspirante Francisco Ferreira de Mello, mas não Honorato, como a imprensa havia divulgado.

Coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão

“Eu achava que ele tinha uns oito, dez guarda-costas, por isso desanimei. Mas, em 1978, ao ter contato com uma das irmãs do aspirante, ela me disse que ele tinha apenas dois. Um era velho, o Honorato, e o outro era mais novo e ficou conhecido como Santo”, diz o historiador.

Frederico conseguiu encontrar o cabo que se chamava Sebastião Vieira Sandes. Durante muito tempo, tentou, em vão, arrancar alguma informação. Só no fim de 2003, quando se descobriu portador de uma doença terminal, Sandes procurou o biógrafo. Decidiu que havia segredos que ele não queria levar para o túmulo. “Fiquei até emocionado. Fazia mais de 20 anos que estava atrás dele. Minha mulher achou, na ocasião, que era uma emboscada. Ele me deu um relato precioso, que gravei durante quatro dias. Morreu um mês depois”, lembra o historiador.

Historiador Frederico Pernambucano de Melo

Segundo Sebastião Sandes, Lampião morreu com um tiro só de fuzil, disparado a oito metros e que não estava em combate. A bala bateu na lâmina do punhal do cangaceiro e atingiu sua região umbilical esquerda. “Lampião foi surpreendido, pois esperava ser atacado por terra e não pelo rio, como aconteceu. Sandes me disse que o silêncio era de uma catedral, porque era começo da manhã. Havia chovido e até os animais estavam recolhidos. A maneira como atirou, de cima para baixo, ao contrário do que afirmava Honorato, foi comprovada pela perícia feita recentemente pelo perito criminal federal Eduardo Makoto Sato, do Instituto Nacional de Criminalística. O punhal de Lampião, que foi atingido, nunca havia sido analisado”, afirma.


O mais curioso é que, no passado, Sandes chegou a ser amigo e querido por Lampião e Maria Bonita. Eles o chamavam de Galeguinho, por ser bem claro. “Sandes foi coiteiro (pessoas que ajudavam os cangaceiros, dando-lhes abrigo, comida e informações) de Lampião na região de Alagoas e companheiro de costura dele. Lampião era um exímio costureiro de couro, de pano, bordava. Quando Sandes me deu o depoimento, ele estava, inclusive, com o olhar baixo, até um pouco emotivo, porque eles foram próximos”, diz.

Ele não quis assumir a autoria do crime para evitar represálias. Quando matou Lampião, Sandes estava com apenas 22 anos. “Internamente, sabiam que foi ele, que chegou a ser promovido. Porém, ele foi aconselhado a não se revelar, porque Lampião era muito poderoso. Tanto que Honorato apareceu morto, em 1968, logo após estampar uma edição da revista Fatos & Fotos gabando-se de seu feito. Era a chamada vingança de Lampião.”

MINAS 

Além da revelação sobre o assassino de Lampião, o livro de Pernambucano traz também um fato pouco conhecido sobre o Rei do Cangaço. Lampião tomaria o rumo de Minas Gerais, caso não tivesse sido surpreendido em Sergipe. “Nós vamos roubar no estado de Minas Gerais. O negócio lá vai ser pesado. Quem quiser ir, vai. Quem não quiser, fica. Estou fechando minhas contas por aqui e cuidando de ajuntar cem homens.” Foram essas as palavras de Lampião a Manoel Félix, um dos seus coiteiros.

Maria Bonita e Lampião - Arte colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

“Minas foi um sonho perdido de Lampião e Maria Bonita. Não tenho dúvidas. Antes dele, outros cangaceiros, que já não tinham mais espaço no Nordeste, pois levavam bala em todo canto, tinham encontrado no território mineiro a solução”, explica o historiador.


Um deles foi Sinhô Pereira, o mais reconhecido professor de cangaço do jovem Virgulino. Após rodar por vários lugares, como Goiás, ele acabou aportando no município de Santo Antônio de Patos, hoje Patos de Minas, no Noroeste do estado. Por aqui, o forasteiro adotou vários nomes e acabou tendo como protetor um dos chefes políticos mais poderosos da região, Farnese Dias Maciel, irmão do governador Olegário Maciel.

“Aproveitando a vastidão do Oeste mineiro e as dificuldades de comunicação na região, que não só prejudicavam o desenvolvimento econômico, como facilitavam se manter escondido, Sinhô manda uma carta para Lampião, chamando-o para vir a Minas. Não dá para precisar quando foi, mas, provavelmente, pelos idos de 1928”, afirma o historiador, que teve como uma de suas principais fontes a escritora Risoleta Maciel Brandão, filha de Farnese e já falecida.

O interesse de Farnese em receber Lampião e seu bando tinha relação com a briga política que os Maciel travavam com outro clã importante da região, os Borges. Segundo Frederico Pernambucano, a carta animou Lampião, apesar de ele não ter respondido. Como boa parte do sertão nordestino estava se fechando para ele, a solução temporária foi se embrenhar pela Bahia e Sergipe. “Ele conseguiu ficar ali mais uns 10 anos. Mas, como o cerco foi apertando, ele vislumbrava Minas Gerais. Tanto que começou a juntar um montante absurdo de dinheiro, a cobrar e a resgatar o que estavam lhe devendo. Tinha um arsenal de munição gigantesca e estava atrás até de uma metralhadora de mão, que provavelmente levaria para Minas. Ele estava indo para a guerra”, afirma.

O pesquisador diz que Virgulino Ferreira chegou a comentar com vários cangaceiros e coiteiros sobre seu  desejo de seguir para Minas Gerais. Tanto é que, após a sua morte, alguns vieram para cá, como Moreno e a mulher, Durvalina, a Durvinha. “Moreno morreu em Contagem, em 2010, com 101 anos. Assim como Sinhô, ele é a prova de que o sonho mineiro de Lampião não passou de miragem. Não tenho a pretensão de esgotar o assunto. Longe disso. Quem sabe essa história do cangaço com Minas não renda e seja aprimorada e aprofundada por historiadores locais?”, diz.

Frederico Pernambucano de Mello acha que os avanços de seu livro são um incentivo para jovens pesquisadores. “Uma pesquisa bem conduzida e concluída proporciona todos os tipos de sentimento. Emoção, apreensão, recompensa. Mais do que empenho e entrega, tem que ter fé.”

Apagando o Lampião – Vida e morte do Rei do Cangaço
Frederico Pernambucano de Mello
Global Editora 
336 págs. 
sugerido: R$ 55

Adquira com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

Enviado pelo professor Aluísio Barros Oliveira


http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2019/01/16/internas_viver,773944/amp.html?__twitter_impression=true&fbclid=IwAR1QYC8Mg_BEhBmPLhsTBqO1OokCyhrEeUCnUlmCCRVnkB4IBuIKJ1XEKpA

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NOSSAS FAMÍLIAS GALDINO, MACHADO, NÉO E XAXÁ ESTÃO DE LUTO!


As nossas  famílias Galdino, Machado, Néo e  Xaxá estão de luto. Faleceu nosso primo Edinor Galdino da Costa. 

Toda família agradece a quem comparecer ao seu velório como também ao sepultamento.

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ZÉ GONZAGA IRMÃO DE LUIZ GONZAGA


José Januário Gonzaga do Nascimento conhecido por Zé Gonzaga era irmão de Luiz Gonzaga o rei do baião e nasceu no dia 15 de janeiro de 1921 em Exu no Estado de Pernambuco. 

https://www.youtube.com/watch?v=uPTCY2wWXLo

Zé Gonzaga, nome artístico faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de abril de 2002). Foi um cantorcompositor e acordeonista brasileiro. (Wikipédia).

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