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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Beato José Lourenço O sepultamento

Por Renato Casimiro

José Lourenço Gomes da Silva era paraibano da cidade de Pilões de Dentro, nascido em 1870, filhos de escravos alforriados – Lourenço Gomes da Silva e Teresa Maria da Conceição. Muito jovem foi trabalhar na agricultura, afastado da família que migraria para Juazeiro. Aos vinte anos de idade, José Lourenço vem para Juazeiro, onde reencontra sua família e ser torna beato. Em 1894 José Lourenço e seus familiares foram morar no Sítio Baixa Dantas, arrendado do proprietário cratense João de Brito e arrendado anteriormente ao Padre Cícero. Aí em Baixa Dantas, Zé Lourenço constituiu a sua primeira comunidade, de cerca de duas mil pessoas que vivia da agricultura e da pecuária. Em 1921, o Pe. Cícero recebe de presente um exemplar bovino da raça zebu, oferecido pelo industrial Delmiro Gouveia.


O animal foi entregue para o zelo de Zé Lourenço que o levou para Baixa Dantas. O animal foi alcunhado de Boi Mansinho, pela docilidade de seu trato. As atenções com o animal, pela raça exemplar e pelo destino que se dava para melhorar o plantel da região, fizeram crescer as histórias de práticas fanáticas de adoração ao animal, do uso de sua urina como pretenso medicamento, etc. Desde junho de 1920, Floro Bartholomeu da Costa já tinha manifestado a sua intolerância com as chamadas Cortes Celestes, tendo inclusive determinado atos de violência para a dissolução de uma comunidade nos arredores do Horto, sendo alguns presos na cadeia local.

Floro, deputado estadual na época, foi por diversas vezes admoestado por críticas com respeito ao apoio que o Pe. Cícero dava ao beato Zé Lourenço. Não se contendo, determinou a captura do beato e a transferência do boi para Juazeiro, onde foi sacrificado. Zé Lourenço ficou preso em Juazeiro por cerca de 17 dias, segundo se diz, sem nenhuma alimentação. A intervenção do Pe. Cícero e amigos influentes levou o beato à soltura, que saiu da prisão nos braços de membros de sua comunidade. Zé Lourenço ainda permaneceu em Baixa Dantas até 1926, quando o Sítio foi vendido. Com a saída de José Lourenço e sua gente, Pe. Cícero os encaminhou para uma outra sua propriedade, o Sítio Caldeirão dos Jesuítas, no município de Crato.

No Caldeirão viveram 10 anos, até que em setembro de 1936 a comunidade foi tomada por uma ataque de forças policiais. Alguns foram presos e levados para Fortaleza, outros teriam sido vitimados por um discutido ataque aéreo. José Lourenço fugiu para nova propriedade, denominada Mata dos Cavalos. Em 1937 ainda teria acontecido alguns conflitos entre membros da comunidade e tropas militares.

Sobreviventes do massacre do Caldeirão

Falava-se com receios que o beato tivesse restaurando sua comunidade, como um novo Caldeirão. E a perseguição se tornou implacável. José Lourenço e remanescentes se refugiam em Pernambuco, no Sítio União, município de Exu, e aí tiveram algum sossego, pois não mais aconteceu qualquer perseguição por força policial. Entre 1938 e 1946, a comunidade experimentou ainda um período de reconstrução, até que em 12 de fevereiro de 1946 falece José Lourenço, aos setenta e seis anos de idade. A comunidade leva seu líder para ser sepultado em Juazeiro do Norte, a 70 quilômetros de Exu.

Cerca de trinta e cinco homens da comunidade trouxeram o caixão com os restos mortais do beato, em uma caminhada extenuante, onde gastaram doze horas pelas veredas. Pelas duas horas da manhã o cortejo chegou ao Juazeiro. Encontraram naquela manhã de 13 de fevereiro de 1946 a proibição da acolhida do corpo do beato para cerimônias de exéquias, imposta pelo então vigário de Juazeiro, Mons. Joviniano da Costa Barreto. Os homens do Sítio União levaram, então, o corpo de José Lourenço para a Capela de São Miguel, hoje inexistente, onde também se verificava a mesma proibição. A solução foi realizar o velório no lado de fora da capela. Depois das orações realizadas pelos presentes, o cortejo seguiu para o cemitério do Socorro, onde, finalmente o beato José Lourenço descansa em paz.   

Ao relembrar a trajetória e estes últimos momentos da vida de José Lourenço Gomes da Silva, reproduzimos algumas imagens da figura do beato e flagrantes do velório e cortejo fúnebre.


Foto 1 a 3: José Lourenço Lourenço Gomes da Silva;
Foto 4: Capela do Sítio Caldeirão;
Foto 5 e 6: Velório, à porta da antiga Capela de São Miguel;
Foto 7 e 10: Cortejo fúnebre pelas ruas de Juazeiro do Norte.

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br

Programação Cariri Cangaço Parayba!

 PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO PARAYBA
Sousa e Nazarezinho

Sousa – PB 

15 de junho de 2013 - Sábado 
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste
14:00h – Cerimônia de Abertura

  
14:20h - Mesa Redonda
Tema: Homem, terra, religiosidade, sertão e cangaço:
 A construção histórica da figura do cangaceiro.
Coordenador da Mesa: César Nóbrega – Sousa/PB
Debatedores: 
Lemuel Rodrigues – Mossoró/RN
Múcio Procópio – Natal/RN
Honório de Medeiros – Natal/RN

16:00h - Exibição do documentário:
 “A violência oficializada no tempo do cangaço” 
(Produção da Laser Filmes)
Debatedores: Aderbal Nogueira – Fortaleza/CE
Juliana Ischiara – Quixadá/CE


19:00h – Mesa Redonda
Tema: O cangaço na Parahyba
Coordenador da Mesa: Manoel Severo – Fortaleza/CE
Debatedores: Ângelo Osmiro – Fortaleza/CE
Bismark Martins – Campina Grande/PB
Wescley Rodrigues – Cajazeiras/PB

Nazarezinho - PB

16 de junho de 2013 - Domingo.
07:30h – Visita Técnica

A casa do Jacu e a casa de seu Abdias Pereira


08:30h – Cerimônia de Abertura 
Local: Centro Social

09:00h – Exibição do documentário:
 “Na cabeça do povo” 
Produção: Helena Maria Pereira


 
09:30h – Mesa de Debate

Tema: O cangaço como caracterizador da cultura sertaneja e a importância da cultura material como elemento formador da 
identidade de um povo.
-A memória do cangaceiro Chico Pereira
Debatedores: João de Sousa Lima – Paulo Afonso/BA
Paulo Gastão – Mossoró/RN


Exposição do Cangaço

...E em setembro: 
Cariri Cangaço 2013
Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha 
Barro, Aurora e Porteiras 

http://cariricangaco.blogspot.com

A Estrada de Ferro de Mossoró - 22 de Abril de 2013

 Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 26 de agosto de 1875 era dada a concessão, através da Lei nº 742, da Presidência da Província do Rio Grande do Norte, ao comerciante suiço Jonh Ulrich Graff, para a construção de uma estrada de ferro ligando Mossoró a Petrolina, na Bahia. Mas por falta de recursos, o projeto caducou. Graff chegou a criar uma empresa e oferecer cotas às pessoas de recursos, como se dizia naquela época, aqui residentes. Mas não conseguiu o suficiente para viabilizar o projeto. Entendia Graff que o progresso de Mossoró dependia da velocidade com que conseguisse importar e exportar os seus produtos. A tropa de burros, que até então transportava as mercadorias, já não era suficiente para atender a um mercado crescente como o de Mossoró, que naquela época era tida como empório comercial. Fazia-se mister a construção de uma ferrovia, que entre outros benefícios, baratearia os fretes e diminuiria o tempo de transporte.
               
Quase quarenta anos depois o sonho de Urich Graf começava a se realizar. Outros passaram a ter o mesmo sonho, e como diz o ditado, “sonho que se sonha só é apenas sonho, mas sonho que se sonha unido é realidade”. E esse novo sonho se concretizou com a Companhia Estrada de Ferro de Mossoró S. A, que foi iniciada pela firma Sabóia de Albuquerque & Cia. em 31 de agosto de 1912. Em 19 de março de 1915, numa Sexta-feira, era inaugurada oficialmente o seu primeiro trecho, entre Porto Franco, em Areia Branca e Mossoró. Esse sonho era compartilhado por toda Mossoró por isso, quando a locomotiva “Alberto Maranhão” chegou à Estação, foi recebida com aplauso. Na plataforma do carro-chefe da composição, viajavam: João Tomé de Sabóia, Cel. Vicente Sabóia de Albuquerque, Farmacêutico Jerônimo Rosado, Camilo Filgueira, Rodolfo Fernandes, Cel. Bento Praxedes, Vicente Carlos de Sabóia Filho, além do mais velho habitante da cidade, o Sr. Quintiniano Fraga, que ostentava o pavilhão nacional. Aquele 19 de março foi realmente uma data muito importante para Mossoró.
               
O trecho Porto Franco a Mossoró estava pronto e inaugurado, naquele 19 de março de 1915; mas era só o começo. A partir daquela data, estava aberta a luta pelo prolongamento da Estrada de Ferro, cujos trilhos levariam ainda outros longos 30 anos para fazerem ligação com a Rede Viação Cearense, na cidade de Souza, na Paraíba.
               
O tempo que Mossoró levou para concluir a sua Estrada de Ferro foi muito longo e quando finalmente ficou pronta, os objetivos dos primeiros tempos já não poderiam mais serem alcançados. O caminhão já havia invadido as estradas, e com ele o trem não podia competir, nem em velocidade nem em tempo.
               
Apesar de tudo, a ferrovia foi de muita utilidade para Mossoró, sendo, por longo tempo, o meio de transporte mais utilizado pela população, tanto para carga como para passageiros.
               
Hoje, ninguém fala mais daquele 19 de março de 1915, que tanto orgulho deu ao povo de Mossoró. A Estrada de Ferro que fora inaugurada naquela data, já não existe mais. A estação de embarque, transformou-se em Estação das Artes; seus trilhos foram arrancados em grandes trechos, suas oficinas estão em ruínas e das locomotivas, que antes cortavam a cidade, não se tem mais notícias. A velha \"Maria Fumaça” desapareceu para sempre nas nuvens do esquecimento. Apenas alguns quadros, pendurados nas paredes do museu, lembram da data que pela primeira vez o progresso chegava a Mossoró.

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

Programação Cariri Cangaço Parahyba

Por: Wescley Rodrigues

Caros(as) amigos(as),

Saudações cangaceiras!

É com enorme alegria que, através do presente email, divulgamos a programação do Cariri Cangaço Parahyba, que se realizará nas cidades de Sousa/PB e Nazarezinho/PB, entre os dias 15 e 16 de junho de 2013.
Desde já reiteramos o nosso convite.

PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO PARAHYBA
SOUSA E NAZAREZINHO

Sousa – PB,  15 de junho de 2013/Sábado (Local: Centro Cultural Banco do Nordeste)

14:00h – Cerimônia de Abertura
14:20h - Mesa Redonda
Tema: Homem, terra, religiosidade, sertão e cangaço: a construção histórica da figura do cangaceiro.
Coordenador da Mesa: César Nóbrega – Sousa/PB
Debatedores: Lemuel Rodrigues – Mossoró/RN
Múcio Procópio – Natal/RN
Honório de Medeiros – Natal/RN

16:00h -  Exibição do documentário: “A violência oficializada no tempo do cangaço” (Produção da Laser Filmes)
Debatedores: Aderbal Nogueira – Fortaleza/CE
Juliana Ischiara – Quixadá/CE

19:00h – Mesa Redonda
Tema: O cangaço na Parahyba
Coordenador da Mesa: Manoel Severo – Fortaleza/CE
Debatedores: Ângelo Osmiro – Fortaleza/CE
Bismark Martins – Campina Grande/PB
Wescley Rodrigues – Cajazeiras/PB


Nazarezinho - PB, 16 de junho de 2013/Domingo.

07:30h – Visita Técnica (A casa do Jacu e a casa de seu Abdias Pereira)
08:30h – Cerimônia de Abertura (Local: Centro Social)
09:00h – Exibição do documentário: “Na cabeça do povo” (Produção: Helena Maria Pereira)
09:30h – Mesa de Debate
Tema: O cangaço como caracterizador da cultura sertaneja e a importância da cultura material como elemento formador da identidade de um povo (A memória do cangaceiro Chico Pereira)
Debatedores: João de Sousa Lima – Paulo Afonso/BA
Paulo Gastão – Mossoró/RN

Exposição do Cangaço


Abraço fraterno!

Prof. Wescley Rodrigues

Enviado pelo pesquisador do cangaço: Wescley Rodrigues

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

O CANGACEIRO GALO BRANCO


Galo Branco pertenceu ao bando de cangaceiros de Antonio Silvino, e esteve preso na Ilha de Fernando de Noronha. Foto do acervo do pesquisador e colecionador do cangaço:  Ivanildo Alves da Silveira

http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?tid=5826682427713048764&cmm=624939&hl=pt-BR

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Cronologia do cangaceiro Antonio Silvino - 1875 - 1944 - Parte IV

Por: Frederico Pernambucano de Melo

Em 1899 (o cangaceiro Antonio Silvino), deixando Canhotinho, onde se achava com todo bando alistado na Guarda Municipal, deste até a mata sul do Estado para atender a convite do coronel e senhor de engenho Epaminondas de Melo Barreto, por mãos de quem vem a conhecer os irmãos Eduardo e José Tavares de Melo, do engenho Arandu de Cima, que o contratam por 6 contos de reis para atacar a casa-grande de Usina Santa Filonila, em Escada, e raptar D. Tereza Pontual dos Santos Dias Melo, esposa de José e deste afastada por desentendimentos graves. Tereza era filha do usineiro, coronel Manuel Antonio dos Santos Dias, dono da Empresa de Ferro Carril de Pernambuco e um dos pró-homens da açucarocracia da época.


Às seis horas da manhã de 10 de Outubro, a casa-grande está sob cerco, ferindo-se violento tiroteio. O usineiro com a filha Tereza e um outro filho, se achava num outro local da usina, de onde fogem de trole para o engenho Limoeirinho, do barão de Suassuna.

O ataque, além de inútil, provoca a morte de vários criados do coronel, inclusive duas auxiliares da cozinha, nesse rol sombrio vindo a se incluir uma filha menor do usineiro, Feliciana dos Santos Dias, de 13 anos de idade, que passa inesperadamente pela linha de fogo do próprio Antonio Silvino e é atingida. Em 18 anos de vida no cangaço, será este o único crime a merecer o arrependimento expresso do chefe cangaceiro.

Na fuga da usina, o grupo é cercado em Gravatá pelo subdelegado e jagunços do coronel Santos Dias. Silvino foge baleado no braço. \perde dois cangaceiros. \procura abrigo na Paraíba, zonas da caatinga-agreste, brejo e sertão do cariri.

CONTINUA...

Fonte:

Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano IX
Julho de 1995

Material cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

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O Xaxado no Contexto do Cangaço

Por: Alan Alves

Acontecerá neste próximo dia 22 de abril
às 14 horas, palestra sobre o
"Xaxado no Contexto do Cangaço".
O evento será na Secretaria de Educação do Cabo de Santo Agostinho (PE.).
O palestrante será o professor Alan Alves
pós-graduado em Literatura brasileira
e pesquisador do cangaço.
Na oportunidade será exibido documentário e haverá um espaço reservado para perguntas e respostas.

Coetesia do envio: ROSA BEZERRA

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O Tiro de Guerra de Mossoró - 21 de Abril de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 21 de abril de 1934 dava-se o Juramento à Bandeira e entrega de certificados de reservistas de 2ª categoria do Exército Nacional à primeira turma de atiradores do Tiro de Guerra 42. O solene acontecimento foi realizado no Cine-teatro Almeida Castro sob a presidência do Dr. Antônio Soares Júnior, Prefeito de Mossoró.
               
Em 7 de novembro de 1909, num belo dia de domingo, era criado o Tiro de Guerra de Mossoró, como forma de prover a cidade de um grupo de atiradores treinados para defender a cidade quando necessário. Os Tiros de Guerra são uma experiência brasileira vigente desde o século XIX, quando Antônio Carlos Lopes (1870 - 1931), fundou na cidade de Rio Grande - RS, uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares.
               
Antônio Carlos, com cerca de 20 anos, foi testemunha dos sangrentos episódios em Rio Grande-RS, decorrentes da Guerra Civil de 1893-95, combinados com a Revolta da Armada (1893-94).Possuidor do curso de Farmacêutico Químico, realizado em Ouro Preto-MG, foi até a Suíça a fim de estagiar em seus famosos laboratórios. Lá teve a sua atenção despertada pelo sistema de defesa daquele país, onde cada cidadão recebia instrução de tiro e uma arma, que guardava em casa, ficando em condições de atender à convocação militar quando fosse necessário. De volta à terra natal, onde se estabeleceu como comerciante, foi que concebeu sua ideia de defesa do Brasil com poucos recursos e com potencial de mobilizar em emergências grande número de reservistas atiradores, habilitados no uso das armas de fogo.
               
Em Mossoró, tudo começou quando às 16h00min daquele domingo, no salão nobre do antigo Colégio Diocesano Santa Luzia, se reunia uma boa parcela da sociedade mossoroense, com o objetivo de organizar um clube com fins militares, que se denominaria \"Sociedade Brasileira do Tiro Mossoroense\". Essa reunião era dirigida por uma alta patente da Guarda Nacional, que convidou tão logo se concretizou o ato, a comparecer todos os cidadãos que dela desejassem fazer parte. Estava criado assim o Tiro de Guerra de Mossoró, tendo a data de 7 de novembro de 1909 como marco na história de sua criação.


A ideia da criação do Tiro de Guerra de Mossoró foi bem aceita pela sociedade, tanto assim que os jornais da época se ocuparam de ressaltar a sua importância. \"Na sua edição de 14 de novembro de 1909 o jornal \"Comércio de Mossoró\" trazia um artigo onde dizia: \"Sob os melhores auspícios e com numerosa assistência foi fundada a Sociedade Brasileira do Tiro Mossoroense, que será instalada no dia 15 do corrente, sendo eleita e empossada a diretoria que tem de geri-la no primeiro ano social.\"
               
A \"Sociedade Brasileira do Tiro Mossoroense\" começou com 81 sócios, sendo a sua primeira diretoria constituída, de acordo com a matéria publicada no jornal \"Comércio de Mossoró\" - edição de 21/11/1909, da seguinte forma: Presidente - Bento Praxedes; Vice-Presidente - Ten. Cel. Antônio Filgueira Filho; Tesoureira - Alfredo Fernandes; Secretário - Antônio Quintino; Diretor de Tiro - Major Romão Filgueira; Membros - João Capistrano, Major Vicente Couto (da Guarda Nacional), José Pedro do Monte, Tenente Vicente Ferreira Cunha da Mota e Genuíno Alves de Souza. Comissão de Contas: Francisco Borges de Andrade, João Nogueira da Costa e Raymundo Jovino de Oliveira.
               
No dia 23 de novembro de 1910 houve a incorporação da Sociedade Brasileira do Tiro Mossoroense à Confederação do Tiro Brasileiro, sob o número 42, na terceira categoria, passando a ser conhecido como \"Tiro de Guerra 42\". Com a promulgação da nova Lei do Serviço Militar em 1946 (Dec. Lei nº 9500, de 23 de julho de 1946), que implantou o recrutamento na forma de convocação geral por classe, os Tiros de Guerra passaram a ter uma posição de destaque na formação da reserva do Exército Brasileiro, pois se situavam em cidades que possuíam um número de jovens aptos para o Serviço Militar. Houve renumeração nos TGs, passando o antigo TG 42 a ter o nº 188 (TG-188), passando depois para TG-07-010, o que significa dizer que é o Tiro de Guerra 010 da 7ª Região Militar.

Todos os direitos reservados


É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com