Seguidores

terça-feira, 2 de abril de 2013

Aldenor Nogueira-familia camboa

Por: Grismarim

É a segunda postagem que escrevo neste blog  a respeito de Aldenor.


Conheci Aldedor muito bem durante os anos que vivi em Mossoró. Era primo do meu pai, Manuel Nogueira de Lucena. Foi radialista, professor primário, vendedor de jornal e vereador. Um dos seus mais brilhantes programas na rádio Difusora de Mossoró era: Crepúsculo  Sertanejo às seis horas da manhã.

Foram  estes os antepassas de Aldenor Evangelista Nogueira, em linhagem familiar:

1 - Alferes Manuel Nogueira de Lucena, comandante da ribeira de Mossoró, casado com Firmiana Rosa dos prazeres.

2 - José de Góis Nogueira, casado com Quitéria Francisca de Oliveira, comandante das praias da ribeira de Mossoró. 

3 - Jerônimo da Rocha Nogueira, casado com Joaquina Guilherme de Melo.

4 - Francisco de Góis Nogueira, casado com Maria Querubina da Soledade. 

5 - João Evangelista Nogueira (caneca+-), casado com Martinha Evangelista, de quem nasceu Aldenor Nogueira, que se casou em primeiro matrimônio com Luzia Filgueira do Couto, e em segundo matrimônio com Luitgard Pereira, nascendo dos dois matrimonio vários filhos de ambos os sexos. Alguns dos quais com grandes destocas em meio da sociedade Mossoroense, no campo militar e magistratura.., -.  ;

Extraído do blog: Família Camboa, do pesquisador Grismarim.

http://familiacamboa.blogspot.com.br/2013/04/aldenor-nogueira-família-camboa.html

Evento Cangaço Sousa

Por: Wescley Rodrigues

Nobres amigos(as),

Saudações cangaceiras!

É com enorme alegria que comunicamos a todos(as) que estamos articulando uma versão do Cariri Cangaço na cidade de Sousa – PB e Nazarezinho – PB, a realizar-se no mês de junho. O evento, que intitulamos “Parahyba Cangaço”, é uma parceria que estamos travando entre o Cariri Cangaço e o Centro Cultural Banco do Nordeste, localizado na cidade de Sousa – PB.

Dessa feita, convidamos todos(as) para participar de mais um evento cultural que, antes de tudo, além de promover um debate profícuo sobre o nosso Nordeste e sertão, possibilita um reforço das nossas raízes e tradições culturais.

Por questões práticas estamos pensando em dois dias, um sábado e domingo, sendo que o evento iniciaria na tarde do sábado e se estenderia até o domingo pela manhã. Ainda não temos a data fixa, só confirmamos o mês de junho.

O evento envolverá duas cidades, a cidade de Sousa – PB e Nazarezinho – PB, terra do cangaceiro Chico Pereira. Na oportunidade, além de voltarmos os debates para o cangaço na Paraíba, é pretensão encabeçarmos um manifesto na cidade de Nazarezinho, para o restauro e preservação pelo poder público, da casa de Chico Pereira, que está deteriorando-se devido à ação do tempo. Sendo que, assim como foi feito em Paulo Afonso e Serra Talhada com a criação do museu na casa que pertenceu a família de 


Maria Bonita e Lampião, tal seria feito também na antiga propriedade da família de Chico Pereira. 


Isso é uma forma de protegermos o patrimônio material e cultural do cangaço, haja vista que um povo sem história e sem símbolos ou monumentos que sinalizem para o seu passado, é uma povo com identidade fluída.

Além do mais, o encontro possibilitará um aprofundamento sobre a emblemática figura de Chico Pereira, cangaceiro de grande relevância para o cangaço na Paraíba e tão pouco conhecido e explorado pelos estudiosos do cangaço.

A priori gostaríamos de agradecer ao Centro Cultural Banco do Nordeste por acolher a iniciativa, a direção e funcionários, e de forma especial aos Srs. César Nóbrega, Sérgio Silveira e Irís que juntamente conosco estão encabeçando o evento.

Esperamos entusiasmados a presença de todos(as), e em junho nos encontramos em Sousa.

Abraço fraterno.

Prof. Wescley Rodrigues
Sousa - PB

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Wescley Rodrigues

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Pais e irmãos de Manoel Duarte Ferriera

Por: José Mendes Pereira

Manoel Duarte Ferreira era filho de Francisco Duarte  e de Maria Vicência Duarte.

Francisco Duarte e Maria Vicência Duarte

Seus irmão eram:

Emanuel Duarte Ferreira,
José Duarte Ferreira,
Francisco Duarte Filho,
Luzia Duarte Ferreira,
Cristina Duarte Ferreira,
Maria Duarte Ferreira, 
Raimunda Duarte Ferreira,
Luiz Duarte Ferreira,]
Casimiro Duarte Ferreira, Raimundo Duarte Ferreira e
Tentora Duarte Ferreira.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Pau-de-Arara, A Música.

Por: Kydelmir Dantas (*)

Pesquisando a obra fantástica de Luiz Gonzaga, o nosso eterno Rei do Baião, encontramos a música título deste artigo. 


Costumeiramente encontramos na internet e até em revistas de âmbito nacional, com publicações direcionadas a um público específico, - que as pessoas confundem com o título de outra composição - que não foi gravada pelo Gonzagão: “Último Pau-de-Arara”. Esta “Pau-de-Arara”, autoria do Luiz Gonzaga e Guio de Moraes, disco de 78 RPM gravado no ano de 1952 (www.luizluagonzaga.com.br), cuja letra é a seguinte:

Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matolão.

Porém, gostaria de informar que a canção “Último Pau-de-Arara” não é do grande mestre da sanfona e rei do Baião Luiz Gonzaga. 


A composição dessa música é de Venâncio, Corumbá (dois dos mais conhecidos compositores e cantores da tradicional música sertaneja) e José Palmeira Guimarães, este último mais conhecido por seus amigos por Palmeirinha e, ainda hoje, desconhecido do grande público. Foi gravada no LP do Fagner em 1973.

Parte da poesia foi censurada, à época e, posteriormente gravada num CD do Coral da Petrobrás, no ano 1996, sob a regência do Padre Pedro Ferreira da Costa, em Natal (RN). Nesta versão, foi colocada a parte censurada, conforme abaixo:

ÚLTIMO PAU-DE-ARARA - Composição: Venâncio/Corumbá/J. Guimarães.
Intérprete: Coral da PETROBRÁS – Natal – RN - CD VOZ & ALMA – 1996.
“NÃO ADIANTA IR EMBORA,
PRA SÃO PAULO OU GUANABARA,
O PATRÃO QUE AQUI ME EXPLORA
ME ARRANCA OS OLHOS DA CARA
É O MESMO PATRÃO DE LÁ
E O DEUS DE LÁ É O DAQUI
SÓ DEIXO MEU CARIRI
NO ÚLTIMO PAU-DE-ARARA.”

Outra gravação, apresentando outra versão, segundo o poeta, cantor e compositor paraibano, um legítimo seguidor de Jacson do Pandeiro, Biliu de Campina; a música de Venâncio e Corumbá e letra original de JOSÉ PALMEIRA GUIMARÃES, foi gravada no CD - Forró Pé & Cabeça de Serra – 2005, do próprio Biliu de Campina, cuja capa encabeça este artigo.


(*) Escritor, cordelista, escritor, pesquisador e sócio da  
SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço

http://lentescangaceiras.blogspot.com.br/search/label/Pau-de-Arara%20-%20A%20M%C3%BAsica%20%28Kydelmir%20Dantas%29

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

JOHN, UM NEGRO DA TERRA

José Ribamar Bessa Freire - 31/03/2013 - Diário do Amazonas


Ele nasceu, em 1956, nos Estados Unidos. Era americano. Portanto tinha, inapelavelmente, que se chamar William ou John. Ficou John. Mas por ser filho de português, seu destino era ser registrado como Manuel ou Joaquim. Acabou herdando o Manuel do pai. E foi com esse nome composto - John Manuel - que veio de mala, cuia e Machado para o Brasil, onde criou raízes, filhos, livros e deixou marcas.

Aqui deu aulas, palestras e conferências, organizou eventos, iniciou estudantes na pesquisa, formou mestres e doutores, fez discípulos, vasculhou arquivos, pesquisou, escreveu, publicou, amou e foi amado, apaixonou-se pela história indígena e abrasileirou-se tanto que se transfigurou em negro da terra, termo consagrado em um de seus livros sobre índios e bandeirantes.

Foi ironicamente na Rodovia Bandeirantes, em Campinas, na terça-feira, que um táxi desgovernado chocou o carro dirigido por John, eliminando um dos expoentes da história indígena. Ele morreu no local, aos 56 anos, no auge de sua vida intelectual, vítima da guerra absurda do trânsito, que no Brasil mata anualmente mais do que qualquer guerra civil. Na última quinta-feira, 28 de março, depois de velado no salão da biblioteca, na Unicamp, foi levado para o Crematório na Vila Alpina, em São Paulo.

Índios e bandeirantes

O historiador John Manuel Monteiro era paulista, mas paulista de Saint Paul, Minnesota, onde nasceu. Lá, muitos moradores descendem de alemães e escandinavos, que migraram para os Estados Unidos no final do século XIX, encurralando a população nativa em reservas indígenas, que hoje sediam cassinos. Quando os portugueses e hispânicos chegaram, os índios já eram minoria discreta, mas capazes ainda de despertar o interesse de um pesquisador sensível e generoso como John, um paulistano de coração.

Desde a graduação em história, no Colorado College (1974-78), ele vinha buscando entender o processo de colonização portuguesa nos trópicos, inicialmente em Goa, na Índia, e depois no Brasil. No mestrado (1979-1980), focou seu interesse sobre o Brasil Império, no século XIX, e finalmente no Doutorado (1980-1985) na mesma Universidade de Chicago, debruçou-se sobre a escravidão indígena, os bandeirantes e os guarani de São Paulo.

Quando o conheci, em 1992, apresentado por Manuela Carneiro da Cunha, ele trabalhava com ela num grande projeto interdisciplinar, de âmbito nacional, que procurava localizar, mapear e avaliar a documentação manuscrita sobre índios existente nos arquivos de todo o Brasil. Fui convocado para coordenar a equipe do Rio de Janeiro. Com John, entramos em cada um dos 25 grandes arquivos sediados no Rio. No final, ele organizou a publicação do Guia de Fontes para a História Indígena e do Indigenismo em Arquivos Brasileiros.

O objetivo do projeto era criar uma ferramenta para combater a cumplicidade da historiografia brasileira que "erradicou os índios da narrativa histórica" ou tentou "torná-los invisíveis". O Guia foi elaborado por equipes que reuniu mais de cem pesquisadores em todas as capitais do país, coordenados por John Monteiro. Localizou muitos documentos desconhecidos e até então inexplorados, criando as condições para "repensar, de forma crítica, tanto o passado quanto o futuro dos povos indígenas neste país".

John Monteiro trazia considerável experiência em pesquisa documental nos arquivos das Américas, da Europa e da Índia. Publicou, em 1994, o livro seminal Negros da Terra: Índios e Bandeirantes nas Origens de São Paulo. Lá, apoiado em farta documentação, redimensiona o papel dos índios na história de São Paulo e desconstrói a baboseira de que o bandeirante paulista contribuiu para alargar e povoar o território brasileiro. Recoloca na história do Brasil, como sujeito, o negro da terra ou gentio da terra, expressão usada para designar o índio escravizado.

ACESSE O TEXTO NA ÍNTEGRA: 
http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=1026

Extraído do blog Pesquisando a História do pesquisador Urano Andrade

http://uranohistoria.blogspot.com.br