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terça-feira, 14 de outubro de 2025

"A MORTE DO IRMÃO DE MARIA BONITA"

 Por Cangaço Eterno Oficial

José Gomes de Oliveira irmão de Maria Bonita

Na foto, vemos José Gomes de Oliveira, também conhecido como Zé de Déa, um dos irmãos da cangaceira Maria Bonita.

Esse homem, devido às perseguições que sua família sofria por conta do envolvimento de sua irmã com o cangaço, por pouco não se tornou cangaceiro. Chegou a andar com o bando, mas foi vetado pela própria Maria Bonita, que não queria vê-lo naquela sofrida vida.

Porém, mesmo com os cuidados da irmã, ela não pôde livrá-lo do destino trágico que lhe estava reservado.

Após a morte de Lampião e Maria Bonita, tempos depois Zé de Déa, seu pai e o irmão Isaías se desentenderam com o primo Gêncio e mais três familiares. Uma briga corriqueira que terminou em tiros e facadas. Zé de Déa foi ferido por tiros e facadas; seu pai também ficou ferido, e seu irmão Isaías acabou morrendo. Do outro lado, um irmão de Gêncio e outro primo foram mortos por Zé de Déa.

Logo depois, Zé de Déa foi para São Paulo, onde passou a morar nas imediações da Vila Guarani. Certa noite, enquanto ele e um amigo caminhavam pelo bairro, passou por eles um táxi. Zé de Déa jogou uma ponta de cigarro dentro do veículo. O motorista deu a volta e, ao se aproximar, apontou um revólver em sua direção. Zé de Déa tentou se abaixar, mas foi atingido na coluna. Ainda foi socorrido e levado a um hospital-asilo, mas não resistiu e faleceu.

Certamente, esse "amigo" era apenas um conhecido de bar, pois só soube informar seu nome de forma incorreta, além de dizer que Zé era operário. Não sabia seu endereço, filiação ou procedência.

Zé de Déa foi enterrado como indigente. É claro que, posteriormente, a família deve ter tomado conhecimento do fato e providenciado os devidos registros.

José Gomes de Oliveira, o Zé de Déa, faleceu em 24 de setembro de 1947, aos 32 anos de idade. Em sua certidão de óbito, a causa da morte foi registrada como hemorragia cerebral, com o acréscimo de paraplegia por ferimento de bala na coluna vertebral.

Gostou das informações? Conhecia o triste fim do irmão de Maria Bonita?
Créditos: Ivanildo Silveira/Sabino Bassetti (in memorian).

https://www.instagram.com/p/DKhq4duR9ba/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ADOLFO MEIA NOITE O CANGACEIRO DE SANGUE AZUL...

 Por Sálvio Siqueira


Nos idos de 1877, nas quebradas do sertão pernambucano, no longo e vasto território do semi-árido, na época, pertencente ao município da cidade de Ingazeira, existiu um famoso cangaceiro descendente de ingleses chamado Adolfo Rosa Meia Noite.

O avó de Adolfo, Richard Breitt, o nobre Richad, tendo feito ‘arte’ na escola em que estudava, acerta um professor com um tinteiro, na Inglaterra, migra, escondido em um navio onde seu tio era Capitão, para o Brasil. Desembarcam na cidade do Recife. Outro europeu, suíço, tinha negócios pelo interior do Estado. Richard, mesmo com pouca idade, acompanha-o.

Algum tempo depois chegam ao Distrito de Varas, pertencente ao município de Ingazeira, assim como eram quase todos os Distritos circunvizinhos na época, inclusive nossa cidade, São José do Egito, na época chamada de São José da Ingazeira.

“(...) Veio da Inglaterra com apenas onze anos, escondido num navio comandado pelo tio, de onde havia fugido depois de jogar um tinteiro na cara de um professor na escola em que estudava. E aqui chegando, na primeira oportunidade embarcou para o sertão com um suiço que o abrigara, e foi parar precisamente no povoado de Varas, hoje Jabitacá (...).” (Zelito Nunes)

Hospedam-se na fazenda Volta. Naquele recanto de mundo, muito distante da sua terra, ele avista uma cabocla sertaneja, pura, bela, filha do dono da fazenda, da família Siqueira Cavalcanti. Voltam para Capital e a imagem da moça não sai da mente do Inglês. Pouco tempo depois, lasca os peitos de volta ao sertão e vai parar no local onde morava aquela perfeição de mulher. Termina por casar com ela e sua prole estende-se pelo Sertão, Moxotó e Agreste pernambucanos.

O sertanejo não pronunciava direito seu nome e sobrenome, Richad Breitt. Com a continuação, passam a chama-lo ‘Ricardo Brito’. Daí por diante, os Britos passam a fazerem história no interior do Estado. Não sabemos se por coincidência ou não, os ‘Britos’ passam a terem os melhores cavalos de prado, corridas, em toda região. Sua fama de valentes ainda hoje prevalece, eles nunca levaram desaforos para casa. Os traços dos descendentes eram bem claros, todos tinham a pele clara, olhos azuis e uma estatura não muito compatível com a normal dos filhos da terra. O bom é que, segundo historiadores/pesquisadores, Richard era um nobre, pois descendia do rei Ricardo Coração de Leão.

“(...) O sobrenome “Breitt” difícil de ser pronunciado pelos nativos, logo virou “Brito” e Richard Breitt, tornou-se Ricardo Brito. Assim surgiram os Britos, todos de pele clara e olhos azuis. Esses galegos herdaram a valentia de um ancestral lendário: Ricardo I, Ricardo Coração de Leão, o rei guerreiro da Inglaterra que se destacou nos campos de batalha na Terra Santa como cruzado. Talvez por isso, os Britos nunca gostaram de levar desaforo pra casa. Aliás, pra lugar nenhum(...)”. (Z. N.)


Havia, na época, um comissário de polícia que atuava como subdelegado no distrito de varas, alcunhado de “Padre Quaresma”. Esse cidadão cai de quatro por uma jovem. Só que a jovem só via em sua frente, dos lados e por trás, o jovem Adolfo Rosa, filho de Riqueta, filha de Ricardo Brito, e seu esposo Leandro. Não tendo como conquistar aquela cabocla, o subdelegado usa da sua autoridade e manda prender Adolfo, o acusando de ladrão. Acreditamos que com essa atitude, baixa e medíocre, com que muitas pessoas, ainda hoje, agem contra aqueles que não conseguem atingirem de outra forma, ele pensava deixar o ‘caminho’ livre para se achegar a moça. Após prender o rapaz inocente, “Padre Quaresma” o envia para a sede do município, na cidade de Ingazeira.

“(...) padre Quaresma (apelidado de padre, não se sabe por quê) - um comissário de polícia, subdelegado naquela época. A razão dessa animosidade: uma paixão amorosa. Adolfo era o galã da vila, disputado pelas garotas da localidade e, por inveja, o subdelegado traiçoeiramente o prendeu na localidade Varas, enviando-o à Ingazeira(...).” (Comunidade Orkut - Joao S.)

Estando no xilindró na cidade da Ingazeira, amarrado pelo pé por uma corrente em um tronco, um tenente, certo dia, vai à cela do prisioneiro e o inqueri se sabia quem era o “Padre Quaresma”, coisa que Adolfo responde positivamente. Devemos lembrar que com a ida para aquela localidade, distando do local da prisão, isso estrategicamente fora planejado pelo subdelegado, o jovem não sabia o porquê de estar preso, não sabia que crime havia cometido. Pagar pelo que se faz, por um crime que se comete, mesmo sendo ruim, é compreensivo, porém, ‘pagar’ pelo que não fez, é horrível, desumano e desesperador. Pois bem, o militar diz que trouxera um presente do comissário para ele, e determina por dar-lhe o presente.

“(...) Como não havia segurança nas cadeias daquela época, é colocado em um tronco. Quinze dias se passaram sem que seus familiares soubessem, porque o mesmo se achava incomunicável. Através de um conhecido foram informados que Adolfo tinha sido fichado como ladrão de cavalo e que, se não o libertassem, ele iria morrer (...)A essa altura Adolfo não sabia qual a razão de estar preso, até que o tenente responsável por sua prisão lhe disse:

- Você conhece Padre Quaresma?

- Sim, disse o preso.

- Pois ele mandou um presente.

Ele respondeu:

- Nada tenho a receber de um homem que me botou aqui sem eu merecer(...).” (C. O.)

Minino, o tenente tinha em mãos uma vara flexível, porém bastante resistente e com a mesma, desce o cacete no lombo do prisioneiro. Adolfo, a partir daquele momento, fica sabendo do por que estava preso e quem havia tramado tudo aquilo. A cada cipoada, a raiva aumentava e o desejo de vingança tomava conta de sua mente. Sua carne dilacera, no entanto, a dor maior estava em seu íntimo, e só passaria quando lavasse sua honra com sangue.

Há uma versão que deixa uma dúvida, principalmente por falta de registros, se o Padre Quaresma agiu por paixão e sozinho ou por ordem de um poderoso e rico fazendeiro, tio de Adolfo, e por o jovem ter se apaixonado por uma de suas filhas, ainda, no caso, sua parente. Adolfo, tendo a tez escura, fugindo do padrão dos descendentes de Ricardo Brito, é colocado em um tronco e açoitado, a mando do seu tio. Voltando para casa, seu pai, Leandro, “sabendo do ocorrido, recusou-lhe a bênção porque ele não havia lavado sua honra com o sangue do tio. Na mesma noite, Adolfo esgueirou-se para dentro da casa do tio e o matou, fugindo em seguida para o vale do Rio Pinheiro”.

Para formular o inquérito, é necessário terem-se testemunhas, e o subdelegado, com sua ‘influência’, consegue que uns da família Quicés sirvam de testemunhas de acusação, deponham contra Adolfo. O que irrita mais o jovem inocente, ficando aqueles, também, nas imagens da vingança em seu interior.

Conseguindo livrar-se das grades e do tronco, Adolfo Brito, transforma-se no chefe cangaceiro Adolfo Meia Noite, e começa a por em prática aquilo que imaginou quando estava preso. Juntando-se com dois irmãos, os cangaceiros Nobelino e Manoel, e a esses, alguns cabras de sangue no olho, os cangaceiros “Oiticica”, “Manoel do Gado”, “Almeida” e outros, dão início a vingança. O primeiro a tombar é o danado do mentiroso, levantador de falso, o Comissário de Polícia Padre Quaresma. Na sequência da trilha de sangue, dois da família que serviram como testemunhas de acusação, dos Quicés, tombam na senda da guerra, e o grupo tem sua primeira baixa fatal, o cangaceiro “Oiticica”.

Os Quicés tinham um parente, um dos homens valentes que o sertão deu ‘cria’, Praxedes José Romeu, que após a morte de seus dois parentes, resolvem ir a fazenda Volta e vingarem suas mortes. Lá chegando, todos sob as ordens de Praxedes, cercam a casa grande, mas não encontram seu inimigo, apenas estando em casa um irmão de Adolfo, chamado Pacífico, que, além de retardado, não passava de uma criança, mesmo assim, o bando o assassina. Daí por diante a coisa vira uma carnificina total. As armas tomam o lugar das palavras e o sertão entra num rio de sangue.

Pouco podemos citar sobre os homens comandados por Adolfo Meia Noite. Um de seus ‘cabras’, o cangaceiro “Almeida”, natural da fazenda Colônia, do Distrito Ibitiranga, município de Carnaíba, PE, que tinha sua total confiança, assassina um primo por uma questão envolvendo uma rapadura. O chefe não gosta e o repreende. Pedindo para visitar seus parentes na fazenda Colônia, tem a permissão do chefe. Não se sabe o que ocorreu por lá, provavelmente uma ‘encomenda’ de algum dos inimigos, que quando da sua volta, ele vem para matar Adolfo Meia Noite, seu chefe. Na luta de vida ou morte, o cangaceiro “Almeida” é atingido e tomba sem vida nas áridas terras do sertão.

Adolfo Meia Noite torna-se o terror do sertão. Em sua saga, termina por assassinar pessoas influente e autoridades, terminando por ser uma das pessoas mais procuradas e perseguidas do Moxóto ao Sertão pernambucano. Evadisse dessa região e vai baixar suas tralhas no vizinho Estado da Paraíba. Na cidade de Malta, no Estado paraibano, uma volante com trinta homens o cerca e o fogo é intenso. Debaixo de trinta “bocas de fogo”, enfrentando, sozinho, trinta homens da polícia, tomba sem vida o chefe cangaceiro descendente dos nobres ingleses, Adolfo Rosa Meia Noite.

Fonte “O INGLÊS DA VOLTA E OS BRITOS DE PESQUEIRA” – NUNES, Zelito.
ComunidadoOrkut
Foto bLoG soL vERmeLHo

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AH, SE EU ME ENCONTRASSE COM A MINHA FAMÍLIA EM MALHADA DA CAIÇARA!

  Por Jose Mendes Pereira

Maria Bonita

Em minha humilde opinião, Maria Bonita não só estava cansada da vida que levava, como já havia adquirido o medo de viver embrenhada às matas, sabendo que a qualquer hora, poderia ser morta pelas volantes policiais.

Maria Bonita quando se embrenhou às matas, estava dominada pelo cupido, e depois de tantos sofrimentos, descobriu que havia se enganado, pois a sua loucura pelo o movimento na "Empresa de Cangaceiros Lampiônica" & Cia., do afamado e sanguinário capitão Lampião era uma simples ilusão. Por esta razão, exigia do seu companheiro a desistência com urgência, daquela amaldiçoada vida.

Bando de cangaceiros de Lampião

Foram oito anos vividos e perdidos entre os serrados. A vida do cangaço era um verdadeiro inferno, sofrendo naquelas matas como se fosse um animal, e como saldo, apenas ganhara o sol forte, poeiras, chuvas, dormindo no chão, desprovida de um acomodado teto, distante das festas decentes que aconteciam na sua querida terra Malhada do Caiçara, os banhos de rio com as suas colegas que lá foram criadas no tempo de adolescente e juventude, e o mais que lhe incomodava, simplesmente a solidão presente a todo instante, falta de banho que mais parecia um animal, suja, a pele queimada, muita fome, fome e muita fome, enfim... 

Só como ilustração - https://www.pulsarimagens.com.br/foto/Ind%C3%ADgenas-da-etnia-kaingang-tomando-banho-de-rio---terra-ind%C3%ADgena-Borboleta?assunto=Ind%C3%ADgenas-da-etnia-kaingang-tomando-banho-de-rio---terra-ind%C3%ADgena-Borboleta&procurar=banho%20de%20rio&codigo-imagem=16GG718&codigo=581831&pagina=1&posicao=40&ordenar=1&tipo=&direito-imagem=&autorizacao-imagem=&depois-ano=&anterior-ano=&orientacao=&tipo-video=&autor=&pais=&estado=&cidade=&regiao=

Saudade daquelas pessoas que lhe viram nascer e crescer no meio delas, frequentando uma escolinha para, pelo menos, alfabetizá-la. Saudade das missas aos domingos, quando ela e outras amigas da mesma idade, caminhavam para receberam a bênção do padre da pequena paróquia. Saudade dos pais, irmãos, familiares, amigos, parentes e aderentes.

Só como ilustração - https://www.pulsarimagens.com.br/foto/Ind%C3%ADgenas-da-etnia-kaingang-tomando-banho-de-rio---terra-ind%C3%ADgena-Borboleta?assunto=Ind%C3%ADgenas-da-etnia-kaingang-tomando-banho-de-rio---terra-ind%C3%ADgena-Borboleta&procurar=banho%20de%20rio&codigo-imagem=16GG718&codigo=581831&pagina=1&posicao=40&ordenar=1&tipo=&direito-imagem=&autorizacao-imagem=&depois-ano=&anterior-ano=&orientacao=&tipo-video=&autor=&pais=&estado=&cidade=&regiao=

Maria Bonita viveu o inferno que ela mesma o desejou. Queria voltar ao seu amado chão, abraçar os velhos e sofridos pais, irmãos, e lhes dizer que: a partir daquele dia, passaria a ser a nova Maria de Déia, a Maria de antes, a Maria que participava dos divertimentos que a população da comunidade frequentava, e por favor, não mais falassem em Maria Bonita, a Maria do cangaço, a Maria marginal do capitão Lampião, a Maria que roubava e odiava os que traiam o seu grupo. A partir daquele dia, queria ser uma outra Maria. Maria desejada pela aquela rapaziada lá de Malhada do Caiçara.

https://www.claudioandreopoeta.com.br/2018/12/malhada-da-caicaraba-o-berco-de.html

Dizia Maria que o erro fazia parte da vida. O que não podia, era ela continuar no erro, simplesmente, porque, apaixonara por um homem sanguinário, e que amava o mundo do crime. Mas ela estava ciente que os seus familiares e amigos, de toda comunidade, iriam recebê-la com muito carinho, e perdoá-la de tudo que havia praticado de ruim.

Mas Maria Bonita, apenas imaginava a desistência do cangaço, e não tinha coragem de fugir da presença do seu companheiro. Não queria tomar esta atitude, pois a Rosinha do cangaceiro Mariano Laurindo Granja (entre outras), fora assassinada a mando de Lampião, e ela mesma, sabia que sendo a verdadeira companheira do chefe do cangaço, e se fugisse em busca dos seus familiares, com certeza, seria seguida e morta pelos cangaceiros, assassinada  pelo capitão Lampião.

https://www.facebook.com/OCangacoNaLiteratura/posts/a-cangaceira-rosinha-ladeada-de-cangaceiros-a-noite-illustrada-1938/990783319714732/

A CAATINGA É BEM MELHOR DO QUE A PRISÃO. 

Mas Lampião lá na sua central administrativa, como chefe de bando, para ele, liberdade, somente entre os serrados, apenas livrando-se de estilhaços de balas, jamais sairia da caatinga, pois se assinasse a desistência do cangaço, com certeza, iria passar pelas mãos vingativas de policiais. Não desistiria e nem autorizaria a saída de sua rainha do cangaço. Lampião bateu o martelo com toda força do seu braço:

" - Não aceito a desistência de Maria do cangaço! Maria Permanecerá comigo até que um dia alguém nos mate! Não quero passar por covarde, assinando a desistência do cangaço. Esta é a vida que eu escolhi". 

Material cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

Se a sociedade nordestina me fez marginal, serei marginal até o fim de minha vida. Não tenho coragem para fazer o que fez o cangaceiro rifle de ouro Antônio Silvino, que se entregou às autoridades policiais do governo, só porque estava baleado. Jamais serei covarde. Se eu entrei para o mundo do crime, criminoso serei. 

FOTOS DOS FAMILIARES DE MARIA BONITA.

D. Maria Joaquina Conceição Oliveira - Dona Déa Mãe de Maria Bonita e José Gomes de Oliveira pai.

Na confusão que houve entre Zé de Déia, Isaías e seu pai José Gomes contra Gêncio e seu irmão, José Felipe ficou ferido. - https://www.instagram.com/p/DKhq4duR9ba/ 

Seu Zé Felipe faleceu em 5 de março de 1965, com 85 anos de idade, e dona Maria Joaquina Conceição de Oliveira, sofreu uma picada de cobra, não resistindo ao envenenamento, veio a falecer no ano de 1964, um ano antes da morte de José Felipe.

Sobre a morte de José Felipe a informação é do site do historiador e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros -  http://tokdehistoria.com.br/tag/ze-de-nenem.

E sobre o dia e mês da morte de dona Maria Joaquina Conceição de Oliveira, não encontrei informação, somente o ano que foi em 1964, isto você poderá encontrar em sites conhecidos como sinceros, ou dê um pulinho até o livro "Lampião a Raposa das Caatingas", que você encontrará o que quiser sobre o casal, tendo como autor, José Bezerra Lima Irmão.

Oséas irmão de Maria Bonita

Joana irmã de Maria Bonita  

Arlindo irmão de Maria Bonita 

Benedita - irmã mais velha de Maria Gomes

Amália irmã de Maria Bonita

José Gomes irmão de Maria Bonita 

ABAIXO, UM POUCO SOBRE JOSÉ GOMES DE OLIVEIRA:

 Por Cangaço Eterno Oficial

Na foto, vemos José Gomes de Oliveira, também conhecido como Zé de Déa, um dos irmãos da cangaceira Maria Bonita.

Esse homem, devido às perseguições que sua família sofria por conta do envolvimento de sua irmã com o cangaço, por pouco não se tornou cangaceiro. Chegou a andar com o bando, mas foi vetado pela própria Maria Bonita, que não queria vê-lo naquela sofrida vida.

Porém, mesmo com os cuidados da irmã, ela não pôde livrá-lo do destino trágico que lhe estava reservado.

Após a morte de Lampião e Maria Bonita, tempos depois Zé de Déa, seu pai e o irmão Isaías se desentenderam com o primo Gêncio e mais três familiares. Uma briga corriqueira que terminou em tiros e facadas. Zé de Déa foi ferido por tiros e facadas; seu pai também ficou ferido, e seu irmão Isaías acabou morrendo. Do outro lado, um irmão de Gêncio e outro primo foram mortos por Zé de Déa.

Logo depois, Zé de Déa foi para São Paulo, onde passou a morar nas imediações da Vila Guarani. Certa noite, enquanto ele e um amigo caminhavam pelo bairro, passou por eles um táxi. Zé de Déa jogou uma ponta de cigarro dentro do veículo. O motorista deu a volta e, ao se aproximar, apontou um revólver em sua direção. Zé de Déa tentou se abaixar, mas foi atingido na coluna. Ainda foi socorrido e levado a um hospital-asilo, mas não resistiu e faleceu.

Certamente, esse "amigo" era apenas um conhecido de bar, pois só soube informar seu nome de forma incorreta, além de dizer que Zé era operário. Não sabia seu endereço, filiação ou procedência.

Zé de Déa foi enterrado como indigente. É claro que, posteriormente, a família deve ter tomado conhecimento do fato e providenciado os devidos registros.

José Gomes de Oliveira, o Zé de Déa, faleceu em 24 de setembro de 1947, aos 32 anos de idade. Em sua certidão de óbito, a causa da morte foi registrada como hemorragia cerebral, com o acréscimo de paraplegia por ferimento de bala na coluna vertebral.

Gostou das informações? Conhecia o triste fim do irmão de Maria Bonita?
Créditos: Ivanildo Silveira/Sabino Bassetti (in memorian).

https://www.instagram.com/p/DKhq4duR9ba/

Ananias irmão de Maria Bonita

LEIA UM POUCO SOBRE ANANIAS GOMES DE OLIVEIRA (1929-2009)

Morreu sem saber se era filho de Lampião e Maria Bonita

TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ananias era um homem moreno, baixinho e sem pescoço -o que ajudava a encurtar ainda mais o seu 1,65 metro. Em meio a características físicas tão peculiares, os filhos achavam estranho o fato de ele ter um irmão gêmeo tão diferente: Arlindo era bem mais branco e tinha pescoço.

Causava ainda mais estranheza a história que eles costumavam contar: Ananias havia nascido três dias depois. O mistério ganhou ainda mais força em 2005, quando ele foi à Bahia, de onde saíra em um pau-de-arara na década de 1950 para trabalhar como pedreiro em São Paulo.

Um burburinho na família dava conta de que ele podia ser filho de Lampião com Maria Bonita, de quem, até então, ele achava que fosse irmão. Ananias teria sido entregue à mãe dela para que o casal pudesse continuar no cangaço - hipótese também estudada por historiadores.

Desde então, o pedreiro, que se orgulhava de ter construído grande parte dos prédios de Moema (região nobre da zona sul da capital paulista), travou uma luta para buscar sua verdadeira identidade. Entrou com um processo na Justiça e fez dois exames de DNA -que, de acordo com a filha Deuza, tiveram resultados inconclusivos.

Passou a dizer que queria morrer antes de chegar aos 80, pois já tinha "cumprido sua missão". Queria perguntar a Lampião se era realmente seu filho. Na terça teve um infarto e morreu, aos 79 anos, sem saber o resultado do processo. Deixou quatro filhos, 13 netos e oito bisnetos.

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2709200911.htm

Francisca irmã de Maria Bonita

Isaías irmão de Maria Bonita

Antonia irmã de Maria Bonita

BEM POUQUINHO SOBRE ELA. NADA MAIS ENCONTREI NAS MINHAS PESQUISAS.

Antônia, irmã de Maria Gomes de Oliveira, teve um relacionamento com José Mutti de Almeida e o casal teve um filho de nome João Mutti de Almeida, que chegou a brigadeiro, na Aeronáutica.

Quer saber mais um pouco sobre o seu companheiro, clique no link abaixo:

https://blogdomendesemendes.blogspot.com/2022/01/jose-mutti-de-almeida-ex-companheiro-de.html

Olindina irmã de Maria Bonita

 Corrigindo o meu equívoco:

Em outra postagem eu coloquei que estas fotos são do acervo do escritor Gilmar Teixeira. Mas, todas as fotos da família de Maria Bonita, aqui no texto, pertencem ao acervo do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima.

Alerta ao leitor: Não use o que eu escrevi (as fotos são reais mesmas), como material pertencente à literatura lampiônica. É apenas um pouco do meu pensamento, e na finalidade de publicar as fotos dos pais e irmãos de Maria Bonita. E de forma alguma prejudicará o que os escritores, pesquisadores e cineastas escreveram e gravaram. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2016/03/a-homenagem-do-grupo-oficio-das.html 

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DEZ MIL PESSOAS FORAM VER A CABEÇA DE LAMPIÃO, QUE ESTEVE EXPOSTA, DOMINGO, EM MACEIÓ.

Por Robério Santos 

Querem que eu leia a matéria completa? Fonte: Diário da Manhã, 2 de agosto de 1938.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=10163327554692840&set=a.486697157839

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JOSÉ FELIPE DE OLIVEIRA O PAI DE MARIA BONITA, NÃO SE AFINAVA COM O SEU GENRO CAPITÃO LAMPIÃO.

  Por José Mendes Pereira


Parece que o que dizem sobre Virgolino Ferreira da Silva. o capitão Lampião, que era bem recebido na casa do José Felipe de Oliveira, seu sogro, não bate com o que muitos pensam, que o pai da sua companheira Maria Bonita o acatava em seu lar com muito afeto. 

Aqui eu apresento aos amigos o link abaixo, o trabalho do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros. O natalense fala claramente sobre a recusa de José Felipe de Oliveira com o seu novo genro, que era o capitão Lampião, companheiro da sua filha Maria Gomes de Oliveira, a famosa cangaceira Maria Bonita. 

Se você quiser saber tudo sobre o que disse o pai da Maria Bonita ao repórter A. C. Rangel do periódico carioca “O Jornal”, que era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, e tinha como poderoso chefão o paraibano de Umbuzeiro o jornalista, empresário e político brasileiro Francisco Assis Chateaubriand, clique no link abaixo e faça uma boa leitura. A história é bem redigida pelo o Rostand Medeiros. Gostosa e prazerosa leitura.

Vamos ouvir em segredo o que o historiógrafo diz sobre eles: 

Historiógrafo Rostand Medeiros

(...) Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”.

Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dos profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita o José Gomes de Oliveira mais conhecido como Zé Felipe.

O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.

"Se ele passou oito anos fora de casa possivelmente não estava nem um pouco satisfeito com aquela união".

Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.

(...) O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho. Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação. 

Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2] Em outra parte da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante Lampião. (...)

Seu Zé Felipe faleceu em 5 de março de 1965, com 85 anos de idade, e dona Maria Joaquina Conceição de Oliveira, sofreu uma picada de cobra, não resistindo ao envenenamento, veio a falecer no ano de 1964, um ano antes de José Felipe.

Sobre a morte de José Felipe a informação é do site do historiador e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros -  http://tokdehistoria.com.br/tag/ze-de-nenem.

E sobre o dia e mês da morte de dona Maria Joaquina Conceição de Oliveira, não encontrei informação, somente o ano que foi em 1964, isto você poderá encontrar em sites conhecido como sinceros.

Não deixa de fazer uma visitinha ao Rostand Medeiros. Basta clicar no link abaixo. Seus trabalhos são excelentes, tanto faz cangaço como aviação e outros.

https://tokdehistoria.com.br/

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