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sábado, 3 de maio de 2025

NA FURNA DA ONÇA

 Clerisvaldo B. Chagas, 29 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.233

FURNA SEMELHANTE A DA ONÇA (FOTO: STOCK).

Caverna, lapa, gruta, furna e sovaco, no Sertão representam a mesma coisa. Há muitos anos recebi um convite de uma professora, líder rural da Camoxinga dos Teodósio, para conhecer a Furna da Onça. Uma furna com cerca de 50 metros de interior, situada em uma das cabeças da serra do Poço – serra que divide os municípios de Santana do Ipanema e Poço das Trincheiras.  Na época não fui. Muito tempo depois, na mesma abordagem, já não dava para mim, enfrentar lugares de difíceis acessos. Porém, desta feita se formos mesmo percorrer todas as regiões do município, sei que um companheiro subirá até o local e mostrará para o mundo a Furna da Onça, tanto em foto quanto em vídeo.  E mais uma espécie de corredeiras onde a pesca é farta quando os peixes sobem nas cheias do riacho Camoxinga.

Mas aprendi muito e muito mais, entrevistando sobre esta região serrana. Por exemplo, que o antigo sítio onde o santanense ia buscar água boa e cara no tempo do abastecimento com jericos, não pertence ao nosso município. Marcela, sítio que ficou tão famoso pela sua água, pertence ao Poço das Trincheiras. Outra coisa para você em primeira mão: O rio Ipanema quando penetra no município de Santana do Ipanema, entra pelo sítio Água Fria, Banha os seguintes sítios, Água Fria, Mata Verde, Poço Grande, entra na cidade com barragem artificial na BR-316, prossegue banhando os sítios Barra do João Gomes, Poço da Areia e sai do município pelo sítio Jaqueira. São detalhes que, somente pessoas abnegadas aos estudos específicos descobrem e contam para os outros que abrem a boca admirados.

Ainda temos detalhes sobre nascimento, foz e sítios banhados pelo riacho Camoxinga, bem como a sua extensão total. E nessa entrevista prévia, para os nossos trabalhos de campo, descobrimos também o grotão de Arão. Grota profunda na aba da serra do Poço, dividida em dois braços, verdadeiro terror das enxurradas de invernos e trovoadas, funcionando como verdadeiros riachos de montanhas. É por isso que vale à pena uma boa entrevista, nem que seja no Zap, como fiz. O que vale é o amor à causa em ambos os lados, para que o mundo pulule de conhecimentos.



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LUGAR ONDE SE ENCONTRAVA CORISCO QUANDO LAMPIÃO FOI ASSASSINADO.

 Por Robério Santos

Olha o que encontramos! Este era o local que Corisco estava quando mataram Lampião. Sabia disso? Existem desenhos nas pedras. Sinto falta destas viagens!

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MORRE NANA CAYMMI, UMA DAS MAIORES VOZES DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA…

 Ricardo Pedro Cruz e Weslley NetoDe Splash, em São Paulo…

Morreu nesta quinta (1°) a cantora Nana Caymmi, aos 84 anos. Artista estava internada na Clínica São José, em Botafogo, zona sul do Rio, havia nove meses… 

O que aconteceu… 

A morte foi confirmada pela Casa de Saúde São José no início da noite. Segundo a unidade, ela faleceu em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos. Durante o período em que esteve internada, Nana sofreu uma "overdose de opioides", segundo o jornal O Globo. Ela também passou por cateterismo e traqueostomia após quadro de arritmia cardíaca. Danilo Caymmi, irmão da cantora, confirmou a morte nas redes sociais… - Veja mais em https://www.uol.com.br/splash/noticias/2025/05/01/morre-nana-caymmi-uma-das-maiores-vozes-da-mpb.htm?cmpid=copiaecola

https://www.uol.com.br/splash/noticias/2025/05/01/morre-nana-caymmi-uma-das-maiores-vozes-da-mpb.htm

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ERA UM CASAL ESTIMADO E RESPEITADO EM MOSSORÓ-RN.

 Relembrando Mossoró

EM 03 DE MAIO DE 2008 – Falecia a viúva do jornalista Dorian Jorge Freire de Andrade, dona Maria Cândida Paula de Medeiros Freire de Andrade, em decorrência de falência múltipla de órgãos, no Hospital Wilson Rosado, onde estava internada há 20 dias. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São Sebastião, nesta cidade de Mossoró.

Ela era natural de Areia Branca-RN, tendo nascida no dia 09 de novembro de 1933; filha do ex-prefeito daquele município, Luís Fausto de Medeiros e Nair Paula Fausto de Medeiros. Realizou seus estudos em sua cidade natal, no Grupo Escolar Conselheiro Brito guerra, posteriormente veio passou a estudar na Escola Normal de Mossoró, em 1953, recebeu o diploma de professora primária e de técnica em Contabilidade. Era funcionária aposentada do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Era casada com o jornalista Dorian Jorge Freire de Andrade, por 51 anos e desse enlace nasceram cinco filhos, 14 netos e 2 bisneto.

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A CASTRAÇÃO DE MANOEL BEZERRA EM BUÍQUE | CNL | 1700.

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=x06rOrre02M

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ÁGUA BRANCA E ENTREMONTES

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=jobicKXxRX0

Nossa Expedição chegou a Água Branca, onde Lampião invadiu o casarão da baronesa. Depois nos dirigimos a Entremontes, onde Lampião queimou o cartório. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacoaderbalnogueira   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com

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JOÃO TORQUATO X CORISCO ENCONTRO DE GIGANTES.

 Autor Saudoso Alcino Alves Costa

Outrora, Poço Redondo era um arruado pertencente ao vasto município de Porto da Folha. Com sua emancipação em 25 de novembro de 1953 quase todas as fazendas nascidas nos escondidos daquelas brenhas caatingueiras passaram a pertencer ao novo município. Dentre elas uma fazenda chamada Pia Nova. Nos idos do cangaço o proprietário da Pia Nova era um caboclo de “boa cepa”, “raiz de braúna”, verdadeira “madeira de lei”, “homem atutanado”, sertanejo de “peso e medida”, chamado Torquato José dos Santos.


João Torquato

Já caindo para a idade seu Torquato cuidava com esmerado carinho e zelo de sua terrinha, de sua família, especialmente de sua numerosa filharada. No meio dela um rapazinho saindo da puberdade, chamado João. Este jovem caboclo carregava orgulhosamente o nome de seu pai junto ao seu nome de batismo. Vindo, com o passar dos anos, a se tornar no célebre João Torquato, o homem que derrotou Corisco, o “Diabo Louro”, na famosa medição de força acontecida na fazenda Queimada de Luís.

O sofrimento, dores e provações de João Torquato começaram acontecer naquele entardecer do triste dia 02 de maio de 1937, quando chegou a sua casa um bando de malvados cangaceiros comandados por Zé Sereno e Mané Moreno.Numa atitude injusta e perversa, os cruéis cangaceiros assassinam o velho Torquato e seu genro Firmino. Medonha tragédia que destroçou a vida de João e todos da família.

Desatinado com tamanha injustiça, João Torquato só pensava em vingar a morte do papai amado e de seu cunhado Firmino. Só lhe restava uma alternativa. Mesmo sabendo que sua mãe iria acrescentar ainda mais as suas dores e sofrimentos se decidiu por procurar uma das “forças do governo” que combatiam Lampião e nela se engajar. Só assim teria oportunidade de caçar e se vingar dos monstros que tiraram a vida de seu pai.

Foi o que fez. Procurou a volante comandada pelo famoso Zé Rufino e nela deu início a uma nova e inesperada etapa de sua vida; a vida de caçar cangaceiro. Pouco se demora sob o comando de Zé Rufino. O seu destino é a volante do temido Antônio Recruta, onde perseguiu cangaceiro por longo tempo. Nesta volante, João Torquato participou de vários confrontos com os cangaceiros.

Um deles, no entanto, se tornou célebre. Aquele em que sozinho enfrentou a cabroeira de Corisco, baleando-o e tirando a vida dos cangaceiros Guerreiro e Roxinho.

Como se sabe Corisco, após a morte de Lampião, ficou “atuleimado” e “atarantado” da cabeça, sem tino e sem razão. Ensandecido, cometeu diversas atrocidades, dentre elas as monstruosas execuções e degolamento de Domingos Ventura e mais cinco pessoas da família do vaqueiro da fazenda Patos, nas Alagoas, e como requinte final, após cortar as cabeças de suas desventuradas vítimas, as enviou para a cidade de Piranhas, aonde foram entregues ao prefeito João Correia Britto. O mesmo acontecendo, já em Sergipe, na fazenda Chafardona, em Monte Alegre de Sergipe, quando em mais um ato brutal assassinou Sinhozinho de Néu Militão, cortou a sua cabeça colocando-a em uma gamela e a enviando para o então povoado de Monte Alegre, por um rapaz chamado Santo e entregá-la ao cabo Nicolau que ali destacava.

Foi logo após esse crime que Corisco se deslocou até as caatingas da linha divisória entre Sergipe e Bahia. Existem duas versões sobre o local em que aconteceu o extraordinário combate travado por João Torquato e Corisco.

O notável historiador Antônio Amaury, em seu livro “Gente de Lampião: Dadá e Corisco”, no capítulo “Agonia do cangaço”, páginas 113, 114 e 115, seguindo as acreditáveis informações de Dadá, diz que este confronto entre Corisco e João Torquato, aconteceu na fazenda “Lagoa da Serra”, residência do coiteiro Geraldo. Ocorre que João Torquato afirmava convicto que o seu embate com Corisco se deu em uma fazendinha abandonada chamada “Queimada de Luís”. Está em muitos livros a história deste confronto. Como se sabe o cangaceiro Guerreiro foi morto pelas balas do fuzil de João Torquato quando caminhava ao lado de Dadá e Roxinho pela malhada da fazendinha.

Imaginando que Guerreiro fosse Corisco, João Torquato faz pontaria em seu corpanzil e dispara a sua mortífera arma. O bandido tomba gravemente ferido. Não é Corisco é o cangaceiro Guerreiro. Corisco e os que lhe acompanhavam pensaram ser uma volante. A cabroeira corre e se ampara no paredão de um tanque. Prepara-se para enfrentar os agressores. Assim pensando, Corisco grita raivoso:

“- Macacos covardes! Venham! Vamo brigar. Vocês tão pegados é com Corisco” 

Jamais poderia imaginar que estava sendo atacado apenas por um soldado. João se surpreendeu ao ouvir aquela possante voz. Pensava que o bandido que havia derrubado na malhada da fazenda fosse justamente Corisco, mas estava enganado. Os cangaceiros estão amparados no paredão do tanque. No outro lado do paredão está João Torquato que os enfrenta como desmedida coragem. Troca tiros com os bandidos. De repente divisa um cangaceiro que como se fosse uma cobra – e cobra ele era – se arrasta cautelosamente a sua procura. Sem perda de tempo o “contratado” dispara seu fuzil e o assecla despenca, rolando em sua direção. O “cabra” é muito jovem. Mais parece um menino. É Roxinho, o mesmo que estava ao lado de Guerreiro e Dadá na malhada da fazenda.

Grupo de Zé Rufino, primeiro a esquerda.

O menino é valente. Tenta pegar a sua arma que havia escapado de suas mãos. Não consegue. João Torquato com o coice de seu fuzil esbagaça a sua cabeça.Temendo o cerco da volante, assim imaginava Corisco, o mesmo e sua Dadá deixam o paredão do tanque e procuram a proteção da caatinga. João Torquato grita para o “Diabo Louro”:

“- Tá correndo covarde? Num diz que é valente, cabra frouxo. Num corra! Vamo brigar”.  

O famoso alagoano escuta as palavras desafiadoras do soldado. É um valente. Vira-se para enfrentar a volante. Surpreso se depara apenas com um inimigo. Cadê os outros? Fica a se indagar por segundos. É a sua perdição. João Torquato aproveita aquela momentânea indecisão e dispara a sua arma. Naquele dia o filho de seu Torquato estava totalmente protegido pela sorte. Uma bala atingiu justamente os dois braços de Corisco deixando-o fora de combate.

O balaço fez com que o fuzil do companheiro de Dadá caísse por terra. Sem forças para segurá-lo o cangaceiro se desespera e procura se proteger na mataria. Percebendo a situação do famoso bandoleiro, João Torquato grita desafiador:

“- Não corra covarde. Espere pra morrer”.

Mesmo com os braços destroçados Corisco pára. Mostra o quanto é valente. Sabe que irá morrer, mas morrerá como um verdadeiro homem. João Torquato aponta-lhe a sua mortífera arma. Será o fim de um dos mais famosos companheiros de Lampião.

Dadá e Corisco

É neste instante tão decisivo que entra em cena a figura de Dadá. Sem temer o inimigo o enfrenta com inusitada coragem. Nele atira, fazendo-o desviar a sua atenção em Corisco e ter que trocar tiros com ela. Dadá não pára de atirar. Atira no feroz inimigo e empurra Corisco na direção de uma baixada protetora ali nas proximidades. As balas de sua arma se acabam. Eis que numa atitude gigantesca e inesperada, a companheira de Corisco o defende jogando pedras em João Torquato, o homem dos olhos grandes e “abotecados” como ela dizia.

Continua empurrando o companheiro. Escorrega e cai. O vingador da morte do pai sorriu. Apontou-lhe o seu fuzil. Iria matá-la sem piedade. Errou o alvo. Com raiva se prepara para o segundo tiro. Percebe então que a sua arma estava sem munição. Enfia uma das mãos no bornal. Tem que recarregar rapidamente o seu fuzil. Ao retirar a mão do bornal com as balas o nunca esperado aconteceu. Seus companheiros vinham chegando e sem medir as consequências atiraram justamente em João Torquato ferindo-o na mão que ele segurava as balas. Os pedidos que naquela agonia Dadá rogava a Nossa Senhora foram atendidos. Na confusão que reinou no meio dos da volante, Corisco e sua valente companheira conseguiram se salvar.

Como se sabe, Corisco deixou esse mundo no dia 25 de maio de 1940, assassinado pelas armas de Zé Rufino. Baleada, Dadá teve a sua perna amputada.

João Torquato deixou à volante e retornou a sua amada Pia Nova, onde viveu até o final de seus dias. Em 1958 vamos encontrá-lo ao lado de Zé de Julião. (Foto à direita) Havia se tornado um de seus fiéis aliados, naquela famosa disputa política entre o antigo cangaceiro Cajazeira e o seu oponente Artur Moreira de Sá, quando os dois eram candidatos a prefeito de Poço Redondo.

Zé de Julião

Desesperado com a monstruosa perseguição que lhe movia o governador do Estado, Zé de Julião roubou a urna no dia da eleição, ou seja, em 03 de outubro de 1958, e João Torquato ali estava de arma em punho, pronto para matar ou morrer defendendo um dos antigos “cabras” de Lampião, cangaceiros que ele tanto odiava.

Para conhecer mais detalhes sobre essa história de sofrimento do povo sertanejo de Poço Redondo, em especial da família Torquato, leia-se os capítulos “Combate da Arara – morte de Zepelim”, página 249; “Os cangaceiros se vingam e matam Torquato e Firmino”, página 259; “A traição se consuma”, página 261; “Um milagre salva a volante”, página 265; e “A vingança de João Torquato, o filho de Torquato e o tiroteio com Corisco”, página 273, da terceira edição do livro “Lampião além da versão – Mentiras e mistérios de Angico”, que se encontra a venda com professor Pereira, em Cajazeira, na Paraíba. através do E-mail fplima1956@gmail.com
Ou pelos tels. (83) 99911 8286 (TIM) - 98706 2819 (OI).

Ou ainda:

franpelima@bol.com.br

Alcino Alves Costa
Caipira de Poço Redondo
Sócio da SBEC, Conselheiro Cariri Cangaço

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