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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

PEÇA-OS COM URGÊNCIA PARA NÃO FICAR SEM ELES.






A primeira obra é "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" que já está na 5ª. edição, e aborda o fenômeno do cangaço e a vida do maior guerrilheiro das Américas. Um homem que não temeu às autoridades policiais  e muito menos aqueles que lutavam contra a sua pessoa, na intenção de desmoralizá-lo nas suas empreitadas vingativas, e eliminá-lo do solo nordestino. Realmente foi feito o extermínio do homem mais corajoso e mais admirado do Nordeste do Brasil, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, mas não em combate, e sim, através de uma emboscada muito bem organizada pelo alagoano tenente João Bezerra da Silva. 


O Segundo livro da trilogia do escritor e pesquisador do cangaço é: "FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE" com 332 páginas, e um grande acervo de fotos relacionado ao assunto. E para aqueles que gosta de ler e ver fotos em uma leitura irá se sentir realizado com todas as fotos.


O terceiro livro da trilogia também do escritor José Bezerra Lima Irmão é: "CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO NORDESTE" resgata fatos sobre os quais a história oficial silencia ou lhes dá uma versão edulcorada ou distorcida: o "desenvolvimento" do Brasil, o desumano progresso de colonização feito a ferro e fogo, Guerra dos Marcates, Cabanada, Balaiada, Revolução Praieira, Ronco da Abelha, Revolta dos Quebra-Quilos, Sabinada, Revolta de Princesa, as barbáries da Serra do Rodeador e da Pedra do Reino, Guerras de Canudos, Caldeirão e Pau-de-Colher, dando ênfase especial à saga de Zumbi dos Palmares, Invasões Holandesas, Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador e Guerras da Independência, incluindo o 2 de Julho, quando o Brasil se tornou de fato independente... São assunto que dá gosto a gente lê-los.  

Adquira-os com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

ou com o autor através deste g-mail: 

josebezerralima369@gmail.com

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LAMPIÃO: O INGRATO NA MATA GRANDE

 Clerisvaldo B. Chagas, 17/18 de dezembro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.437


Quando a família Ferreira veio para Alagoas, 1918, chegava aliviada das ações dos seus inimigos na região de Pernambuco, em que viviam. O próprio Virgolino Ferreira teve a chance de viver honestamente como empregado do coronel Juca, na Mata Grande. Mas, devido ao seu próprio instinto, resolveu fazer parte do bando de Antônio Maltilde e criar asas no bando dos Porcino. Seu espírito guerreiro não o deixou viver totalmente com o suor do rosto. Fez incursões armadas em seu estado e foi vivendo entre o certo e o errado no lugar que o acolheu, oferecendo oportunidade de viver do trabalho e longe dos rifles adversários do Pernambuco. Vivendo em Água Branca e Mata Grande, região serrana do estado, perdeu a oportunidade de paz porque bem quis.

Já famoso em 1925, achou que podia tudo. Tanto é que após a visita que fez ao cemitério do arruado Santa Cruz do Deserto para visitar os túmulos dos pais, resolveu dar uma festa na fazenda Tanque do seu velho camarada José Crispim. Pressionado pelos irmãos Antônio e Levino para que o bando assaltasse Mata Grande, respondeu fraco que não podia por dever favores àquela gente. Quer dizer, ele mesmo reconheceu que não podia ser ingrato com os que o acolheram na adversidade. Mesmo assim resolveu atacar Mata Grande. Os fanáticos dirão que ele foi obrigado pelos irmãos, mas o chefe era ele, a força de se impor era a sua, portanto, a responsabilidade total foi dele, sim. Cedendo mais à ambição do saque e menos à vaidade do poder da força, teve a desculpa do pressionamento da irmandade.

Arrogante e azougado partiu para o ataque após receber como resposta do comércio mata-grandense ao seu bilhete, um desafio de macho: “Olha, aqui, vá dizer àquele moleque que o receberei à bala”. Como pensava que não haveria resistência, o bandido Lampião tentou invadir à cidade, mas as balas prometidas não deixaram o bando ir além das Rua Nova e Repitete. Lampião “botou o rabinho entre às pernas, bateu em retirada e foi se refugiar na fazenda Serrote Preto. É certo que ali atuou com êxito, mas isso foge ao foco da cidade Mata Grande. Sua ingratidão, truculência e ambição, não o impediram de comer bala.

Só muito depois, Mossoró repetia o feito da Mata Grande.

 


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INACINHA, ARISTÉIA; SUAS IRMÃS E OUTRAS MULHERES

Às mulheres do cangaço pode-se atribuir a base do arquétipo da mulher sertaneja por terem sido elas responsáveis pela mudança do paradigma feminino numa região de poucos recursos naturais, fanatismo religioso, violência extrema e padrões medievais de moral; elas não se fizeram de vitimas.

Mais das incríveis mulheres do cangaço, sem pieguices, casos pinçados de livros dedicados ao cangaço (na descrição).

Comecemos pela famosa trajetória da baiana Durvalina Gomes, a Durvinha, que se apaixonou e fugiu de casa com Virgínio, um cangaceiro bonitão e viúvo, cunhado de Lampião. Após a morte do amado não deixou o cangaço, tornando-se companheira de Moreno até o fim da vida, vivendo na mais absoluta clandestinidade – nem os filhos sabiam do seu passado – pense numa mulher de muitos segredos!

E o cangaço também era coisa de índio. Quem conhece a saga de Inacinha, a mulher do cangaceiro Gato? Morenaço, de poucos sorrisos, dizem que descendente da tribo Pankararé/Pankararu, aldeias do Raso da Catarina. Num determinado tiroteio, Inacinha, grávida e sem muita agilidade, levou um tiro nas nádegas que a bala saiu pelo abdômen, sem atingir o bebê ainda na barriga.

O que fez Gato? Colocou-a nas costas e a carregou o quanto pode. Mas Inacinha acabou ficando para trás e capturada. Gato voltou para resgatar a amada. Ao lado de Corisco, Português, Virgílio e Pancada invadiram Piranhas; o tiroteio foi dos maiores e Gato baleado, inutilmente, pois a mulher amada nem estava lá. Gato morreu e Inacinha, na cadeia, conheceu um novo amor.

- Um soldado de volante com quem foi viver após conseguir a liberdade.

O pós-Angico foi trágico para Delmira, de Calais, a segunda mulher do cangaceiro João Calais. O casal caiu numa emboscada urdida pelo coiteiro Totonho Preá. Calais levou um tiro na mão e se escafedeu, Delmira foi ferida no abdome, recebeu socorro, mas não resistiu ao ferimento.

No massacre de Angico, em 38, estava por lá uma cangaceira chamada Dinda, que escapou, desapareceu sem deixar rastro ou mandar notícia; Houve uma Dinha, mulher do cangaceiro Delicado eDoninha, de Boa Vista, casal que se entregou e sobreviveu.

Ninguém sabe que fim levou Dória, de Arvoredo, assim como Dulce, de Criança, que também esteve em Angico; Teve a jovem Maria do Santo, chamada de Dussanto, que viveu com Alecrim,cangaceiro que gostava de banhar-se em perfume e que por isso mereceu o apelido de erva aromática

Chocante foi a trajetória das irmãs Eleonora e Aristéia. A primeira, casada com Serra Branca encerrou sua vida fuzilada e decapitada; Aristéia sobreviveu para contar história, falecendo aos 98 anos.

Depois do cangaço as más línguas falavam, mas não há registro sobre uma cangaceira, “amiga próxima” de Virgulino Ferreira, chamada de Eneida. Ninguém sabe se gostou ou viveu com alguém, mas sua amizade com Lampião teve cangaceiro que não esqueceu.

O cangaceiro Cobra Viva também tinha mulher e se chamava Estrelinha, e Elétrico vivia com Eufrozina e Veado Branco casou Idalina; teve Jacaré que casou Joana Gomese esta, depois de ficar viúva, foi viver com cangaceiro Antônio de Engrácia.

Era uma sina: a moça saia de casa, seguia o cangaceiro amado, ficava viúva, mas não podia deixar o cangaço e voltar pra casa de mainha, pois isso significava morte certa. O melhor mesmo era se arranjar com um novo amor.

O famoso cangaceiro Sabonete, guarda-costa de Maria Bonita, tinha a sua Josefina Maria e Relâmpago que gostava e vivia com uma tal Josefa Maria.

O bando de Lampião também teve uma Julinha, mulher de sangue quente e de ascendência indígena também da tribo Pankararé; não andava só e ingressou no cangaço ao lado das irmãs Catarina, Joaquina, Joana, uma Chamada Rosa e a mais nova que se chamava de Sabrina.

Dizem que faziam o tipo “eram de todos e não pertenciam a ninguém”. Logo, não podiam criar raízes porque não havia vaga para solteiras no bando.

Como eram estas irmãs? Se amavam ou seguiam alguém, não há relatos, como também nada se sabe sobre uma bela cangaceira chamada Luazinha, tratada assim no diminutivo por ser mignon, biotipo de mulher pequena, bundinha empinada, seios modestos e rosto angelical.

João Costa. Acesse: blogdojoaocosta.com.br e @joaosousacosta - Instagram.

Imagem: Inacinha, mulher do cangaceiro Gato.

Fonte: Lampião, as Mulheres e o Cangaço”, de Antônio Amaury

“Amantes e Guerreiras”, de Geraldo Maia do Nascimento

https://www.facebook.com/groups/471177556686759

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PESQUISADOR MISHERLANY GOUTHIER É ELEITO NOVO IMORTAL DA ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS (AMOL)

Juíza Welma Menezes também foi conduzida à uma cadeira na instituição.

Em uma votação apertada o pesquisador, Misherlany Gomes Araújo, mais conhecido no meio cultural mossoroense como Misherlany Gouthier desbancou o editor da Coleção e também escritor Eriberto Monteiro por 14 votos a 11 e se tornou o novo ocupante da cadeira nº 16 da Academia Mossoroense de Letras (AMOL), deixada pelo estudioso do cangaço Paulo de Medeiros Gastão, falecido em março do ano passado e que tem como patrono o poeta Cosme Corsino Lemos.

Misherlany é atuante no movimento cultural e literário de Mossoró e do Oeste potiguar, principalmente em estudos de genealogia de famílias tradicionais da região, como os Alves de Mello, conhecida na região pelas histórias ligadas ao cangaceiro Jesuíno Brilhante e ao Álvares Affonso, família oriunda dos Açores, que imigrou para o Brasil por volta de 1790, espalhando-se pela Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte e da qual descendem Almino Álvares Affonso (o abolicionista), o desembargador Manoel Onofre Júnior e o pesquisador Melquíades Pinto Paiva.

“A disputa foi muito acirrada, mas com um trabalho bem feito e contando com a palavra empenhada por alguns amigos tivemos êxito, cujo mérito está na minha produção literária”, comentou Misherlany.

O pesquisador também organizou biografias de figuras importantes do Estado, como Rafael Negreiros e sobre sua cidade, Almino Afonso. O gosto pelo estudo histórico ele adquiriu após trabalhar durante alguns anos como assessor de pesquisa de Raimundo Soares de Brito (o Raibrito), uma referência nos estudos gerais sobre a história do RN.

Welma Menezes ocupará vaga deixada por Dalva Stela na AMOL

Também hoje foi conduzida à cadeira nº 15, sem concorrência, a juíza de Direito Welma Menezes. O assento foi ocupado anteriormente pela musicista Dalva Stela Nogueira e tem como patrono Joaquim Ribeiro Freire.

Welma Menezes ocupará vaga deixada por Dalva Stela na AMOL

 https://www.omossoroense.com.br/pesquisador-misherlany-gouthier-e-eleito-novo-imortal-da-academia-mossoroense-de-letras-amol/?fbclid=IwAR1n_uiGGXZCIPPT67zxaNw87HVb8J-b77XlJwWXj8cEsqLztm5br7EUvA8

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O NINAR DE DADÁ.

Por João Filho de Paula Pessoa

Contou Silvio Bulhões, filho de Corisco e Dadá, que foi entregue ao Pe. Bulhões aos nove dias de vida para ser criado por ele, e somente conheceu sua mãe, Dadá, aos dezoito anos de idade, quando já tinha se extinguido o cangaço e viajou à Salvador para encontrar sua mãe sem avisar, chegou de surpresa à casa de Dadá. Foi recebido por um senhor que lá morava, Sr. Bruno, a quem se apresentou como filho de Dadá e disse-lhe que estava ali para conhecê-la. Este senhor o recebeu, mandou-lhe entrar, sentar e gritou no rumo da cozinha, onde estava Dadá, chamando-a e dizendo que tinha um rapaz ali para lhe vender algumas joias. Dadá, lá de dentro, gritou de volta que não ia querer comprar nenhuma joia naquele dia, grito este que emocionou Silvio ao ouvir, pela primeira vez, a voz de sua mãe. Sr. Bruno então insistiu para ela vir até a sala que lhe compraria alguma daquelas joias e Dadá então disse que já iria. Após alguns instantes, Silvio ouviu uma pisada diferente se aproximar e apareceu uma mulher bonita e forte, com uma única perna e um par de muletas de madeira, que ao vê-lo, imediatamente soltou as muletas e o abraçou falando emocionadamente “Meu Filho”, sentou numa cadeira, deitou a cabeça de Silvio em sua única perna e o ninou como se nina uma criança, que o fez fechar os olhos e sentir uma imensa sensação de paz, passou a abraça-lo e a beijá-lo, num emocionante e maravilhoso encanto da vida. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 07/02/2020.

Assista o filme deste Conto - https://youtu.be/kHJm2AJq6_k

https://www.facebook.com/photo/?fbid=3543044772451766&set=gm.755051085098850

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UM POUCO SOBRE A BIOGRAFIA DESTES CANGACEIROS. DA ESQUERDA PARA A DIREITA.

 Por José Mendes Pereira

Colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

1 - Virgulino Ferreira da Silva, “o Lampião”, ou ainda o patenteado “capitão”. Nasceu em 1898, no Estado de Pernambuco. Era filho de José Ferreira da Silva e Maria Sulena da Purificação. Depois de quase vinte anos como chefe de cangaceiros, foi abatido juntamente com a sua rainha Maria Bonita e mais nove cangaceiros, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, lá no Estado de Sergipe. Um dos maiores líderes de cangaceiros.

2 - Ezequiel Ferreira da Silva o Ponto Fino (irmão de Lampião); Nasceu no ano de 1908, no Estado de Pernambuco. Foi abatido no dia 23 de abril de 1931 – no tiroteio da Fazenda Touro, povoado Baixa do Boi, no Estado da Bahia, ponto conhecido como Lagoa do Mel.

3 - Virgínio Fortunato da Silva o Moderno. Ex-cunhado de Lampião. Nasceu em 1903 e faleceu em 1936, aos 33 anos de idade. 

Segundo o escritor e pesquisador do cangaço de nome Franklin Jorge, há suspeita, não comprovada, que Virgínio era da cidade de Alexandria, no Estado do Rio Grande do Norte.

No cangaço ele era companheiro de Durvalina, que com a sua morte ela amasiou-se com Moreno.  Durvalina faleceu no dia 30 de junho de 2008. Moreno faleceu no dia 06 de setembro de 2010.               

4 - Luiz Pedro do Retiro companheiro de Neném do Ouro. Ele foi abatido juntamente com Lampião, Maria Bonita e mais oito cangaceiros, na madrugada de 28 de julho de 1938, na grota do Angico, no Estado de Sergipe. Dizem que quem o assassinou foi o policial Mané Véio. Mas na minha opinião Mané Véio já encontrou o cangaceiro Luiz Pedro morto. Se interessar, leia sobre a minha sustentação que ele não matou Luiz Pedro: http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2020/11/o-cangaceiro-balao-nao-usou-firmeza-nas.html

5 - Mariano Laurindo Granja companheiro de Rosinha.  Entrou para o cangaço em 1924. Foi um dos poucos que em agosto de 1928, cruzou o Rio São Francisco, em companhia de Lampião em direção à Bahia. Foi morto no dia 10 de outubro de 1936. Segundo Alcino Alves Costa em seu livro: Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angico, o ataque foi entre os municípios de Porto da Folha e Garuru, região conhecida como o Cangaleixo. 

A pesquisadora do cangaço, Juliana Pereira afirma que Rosinha foi morta a mando de Lampião. Era filha de Lé Soares e irmã de Adelaide, esta última sendo companheira de Criança, e parenta próxima de Áurea, companheira de Mané Moreno.  Sendo Áurea filha de Antonio Nicárcio, que era primo/ irmão de Lé Soares.

6 - Cristino Gomes da Silva Cleto o Corisco, companheiro da cangaceira Dadá. Ele foi abatido no dia 25 de maio de 1940, pelo tenente Zé Rufino, na fazenda Cavaco, em Brotas de Macaúbas, no Estado da Bahia. Dadá foi ferida e presa. Ela faleceu em 1994. Com a morte de Corisco, finalmente o cangaço foi enterrado com ele, porque ele foi o último cangaceiro a morrer.

7 – Mergulhão foi abatido juntamente com Lampião e mais nove cangaceiros, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe. (Não tenho maiores informações sobre este cangaceiro).

8 - Hortêncio Gomes da Silva, o Arvoredo. – Desligou-se do bando no momento do ataque a Jaguarari, no Estado da Bahia. Fez dois meninos como reféns. Mas eles conseguiram o dominar, desarmando-o. Em seguida mataram-no a facadas. Achando que o serviço ainda não tinha sido concluído, degolaram-no e cortaram as suas mãos. Após o trabalho concluído acionaram a polícia. (Não tenho maiores informações sobre este cangaceiro).

Segundo o professor Rubens Antonio, "Arvoredo", o cangaceiro. Alguns subsídios para sua história.

Cangaceiro Arvoredo que a população local e os demais cangaceiros chamavam "Alvoredo", tinha por nome Hortêncio Gomes da Costa. Também ficou conhecido, por assim se identificar, como Hortêncio Gomes da Silva, Hortêncio Gomes de Lima, José Lima e José Lima de Sá.

Depoimento de "Arvoredo", quando preso. 1927, copiado em extrato em inquérito policial de 1929:

José Lima, (que é o mesmo Hortencio Gomes de Lima ou José Lima de Sá, vulgo “Arvoredo”) estava;em Juazeiro, onde foi preso a pedido da autoridade policial de Jaguarary, alli;chegou a 5 sendo ouvido em auto de perguntas. Declarou “ser filho de Faustino Gomes, vulgo “Banzé” e Maria de Jesus, natural de “Salgado do Melão”; que dalli partiu;com destino a São Paulo, encontrando–se em Varzea da Ema com João de Souza,;(Cicero Vieira Noia) seu conhecido e João Baptista (que é o mesmo Christino ou “Curisco”); que em caminho se encontraram com Manuel Francellino, vindo em sua;companhia para Jaguarary, pernoitado em casa delle os tres; que moraram cerca de oito dias em casa de Antonio Piahy, até que alugaram uma casa a Demosthenes Barboza, por intermedio de João Baptista, seguindo na terça feira, 30 de Agosto para Juazeiro, a negocios, sendo alli preso na sexta feira ultima, dois do corrente; que antes de chegar á “Santa Rosa” com seus companheiros de viagem, o de nome João Baptista propoz para todos mudar de nome, ficando o depoente com o de Jose Lima, lembrando–se tambem que depois de se acharem nesta Villa, com João Baptista e João de Souza ou Cicero, foram á cidade de Bomfim, alli se hospedando na pensão de Piroca, por indicação do cel. Alfredo Barboza; que pretende não se juntar mais com João Baptista e João de Souza, caso se encontre ainda com os mesmos, pretende se retirar desta Villa depois de pagar o que deve ao senhor coronel Alfredo Barbosa”. (fls.208–210).

Aqui está o link para você seguir: http://cangaconabahia.blogspot.com/2012/11/arvoredo-o-cangaceiro-alguns-subsidios_26.html

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MUSEU CASA DE MARIA BONITA....QUER CONHECER???

 Por João De Sousa Lima. Então ligue: 75-988074138

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A PRACINHA DO AMOR

Por Clerisvaldo B. Chagas, 16 de dezembro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.436

Para a sensibilidade sertaneja

Em Santana do Ipanema, quem passa pela comprida Rua Joel Marques, na parte baixa do Bairro Floresta, encontra uma história digna dos contos de fada. Tudo começou quando a Garota Emília, com apenas 8 anos, ficou órfã e foi morar com sua tia, Dona Maria José Lírio, à rua citada acima. Passaram a viver somente as duas naquela casa, cujos fundo dá para o riacho Salgadinho. Ali, Emília conheceu o vizinho Seu Manoel e se dava muito bem com ele. Seu Manoel plantou uma árvore no lado oposto da rua e depois plantou mais outra árvore. Quando os vegetais cresceram, Emília e outras crianças do lugar passaram a brincar na sombra das duas árvores, com suas coleguinhas: Cicinha, Jaça, Maninha, Ciel, Julinha... Sempre vista de perto por Seu Manoel e Dona Maria José. Certa feita passou uma retroescavadeira da prefeitura raspando os barrancos e o manobrista quis derrubar as duas árvores. As crianças reunidas pediram por tudo que não derrubasse as duas árvores. O homem terminou cedendo e foi embora. Ficaram algumas pedras na rua que as crianças e Seu Manoel levaram-nas até as árvores para servirem de assentos.

 As crianças foram crescendo e arranjando namorados ali mesmo sob aquela sombra. O motorista conhecido como Adeildo Transportes, doou a poltrona da sua van para servir de banco na pracinha. Seu Manoel e Emília batizaram a pracinha como “Pracinha do Amor”. Esse nome ficou escrito em uma das pedras, juntamente como os nomes das outras crianças que após os namoros, vieram os casamentos e todas são felizes com seus respectivos maridos.

O tempo passou e a rapaziada da rua, começou a brincar na praça com música e uma bebidinha que nunca perturbou a ninguém.

Atualmente, nos conta Dona Maria José Lírio que também é zeladora da Igrejinha das Tocaias, a pracinha está servindo para os idosos que passam por ali para a feira, para os sítios... Para o posto de Saúde. Param sob as árvores, descansam da caminhada e sempre encontram no lugar uma garrafa térmica com água fria, colocada na pracinha, diariamente, por mãos abençoadas, para aliviar os seus ais de transeuntes e da idade.

Essa história bateu forte no meu peito e desejei conhecer todas aquelas crianças que hoje são felizes donas de casa e também a Seu Manoel que ficou cego e voltou a enxergar após tratamento.

O bairro Floresta em Santana do Ipanema, balançou meu coração com a história quase irreal da Pracinha do Amor. Deus derrame bênçãos e mais bênçãos nesses personagens de ouro da minha terra.

PRACINHA DO AMOR (CRÉDITO: MARIA JOSÉ LÍRIO).

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2020/12/a-pracinha-do-amor-clerisvaldo-b.html

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