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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

INVASORES DA PAZ

*Rangel Alves da Costa

Tudo está calmo, sereno, na plangência da natureza divina. Sopra um sopro bom, uma brisa perfumada, uma leve aragem espiritualmente confortante. Os campos estão floridos, os cafezais esvoaçam sua brancura na flor, os trigais valseiam em canção de pujança e vida. O viver na proximidade de estado de perfeição.

“Ao longe, sem que aparente qualquer mudança, uma estranha formação ganha vida. Um, dois, centenas, milhares, milhões de insetos. E de repente começam a avançar pelos ares num zumbido aterrador. Uma verdadeira nuvem que avança rapidamente para logo espalhar a devastação...”.

Tudo está calmo, sereno, na plangência da paz que o ser humano tanto deseja a si. Está feliz, contente, sem motivo algum para pequenas ou grandes preocupações. Os sonhos são muitos, bons, perspectivas que trazem sorriso e à face. Abre a janela, canta uma canção, reencontra-se nesta aura de serenidade.

“Sem que ninguém perceba, silenciosamente uma turba invasora se prepara feroz, faminta, voraz. Parece que num só instante alguns milhões de formigas levantam de seus formigueiros e se preparam para devorar o que encontrar pela frente. As plantinhas que crescem, as flores que brotam, os frutos nascidos, nada poderia supor que dali em instantes sofreria atrocidades...”.

Depois de muito sofrimento com as estiagens, enfim chegaram as trovoadas e com elas a terra molhada. O homem a prepara para lançar a semente da vida, do alimento, da sobrevivência. Milho, feijão, melancia, abóbora. Com os chuviscos continuando a cair, logo tudo nasce e tudo vinga, tudo floresce e brota. Imagina-se, então, fartura na colheita, paz no campo, dias felizes.


“Ao sair na porta de casa e olhar para o alto, o homem logo se espanta com uma nuvem diferente que avança. Um enxame de cor indefinida, acinzentada ou amarelada, que toma o horizonte e vem em voo mais que apressado. De repente a estranha nuvem começa a baixar, a ficar mais próximo da terra e das plantações, e nesta altura faz seu pouso destruidor. Uma infinidade de gafanhotos famintos devasta toda a esperança semeada e já em dias de ser colhida...”.

Em meio ao mundo cada vez mais violento e cruel, difícil e dilacerado pelas arrogâncias e falsidades, o ser humano busca uma fuga a todo custo. Quer apenas viver, quer apenas encontrar um pouco de paz e felicidade, quer ter instantes despreocupados, quer silêncios e canções. No esforço, vai encontrando calmarias em tempestades, vai vencendo as tristezas e os desafios. Pode, enfim, sorrir, tomar uma taça de vinho, deitar sossegado na rede da varanda.

“Como num deserto calmo e traiçoeiro, a caminhada do homem vai, incansavelmente, em busca de sombras e oásis, de refúgios e sossegos. Parece avistar uma fonte cristalina adiante, um coqueiral logo ao lado, a esperança de salvação. Mas olha atrás e ao redor e logo é tomado de espanto. Uma nuvem de poeira avança cegando tudo. Tempestade tão forte de areia que dificilmente alguém poderia vencer sua fúria. E está muita próxima, veloz, aterradora. O que fazer?...”.

Na vida moderna, o ser humano vive cada vez mais distanciado daquilo que lhe é importante demais. Conhece o conceito de paz, de felicidade, de contentamento, mas se vê impossibilitado de usufruir de tais ânimos espirituais. Quer sorrir, cantar, bradar alegria e prazer, mas antes de qualquer tentativa é logo impedido pelas pragas que surgem para afligir a alma e os sentimentos.

Vive-se num mundo de pragas, em meio a proliferações de ataques ferozes e inesperados, à mercê de verdadeiros invasores da paz. Além das infestações que surgem do nada, causando tristeza e sofrimento, há ainda aquelas que vão se alastrando perante muitos: desemprego, carestia, falta de assistência hospitalar, educação de baixa qualidade, insegurança, violência, o medo em todos os sentidos.

Tudo isso invade a paz, a domina e torna o ser humano como refém das infestações sociais, políticas, governamentais. Se difícil é lidar com as tempestades íntimas, pessoais ou familiares, que se imagine viver sem que se possa ao menos abrir a porta. Tudo lá fora parece tomado de gafanhotos, areias tempestuosas, formigas vorazes, criaturas famintas de paz e sossego. O pior é que tais e terríveis redemoinhos querem destruir a própria vida.

Escritor
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BANDO DE LAMPIÃO EM FUGA


A história do cangaço é revivida hoje, em Limoeiro do Norte, após 80 anos da passagem do bando pelo município

Limoeiro do Norte. Poucos acontecimentos de apenas algumas horas perpetuam na história do Ceará, como a passagem de Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, por Limoeiro do Norte, há exatamente 80 anos. O cabra foi posto para correr de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde até hoje festejam a resistência ao cangaceiro. Depois de receber a “chuva de balas” dos potiguares, aceitou os cumprimentos “tensos” dos limoeirenses, no dia 15 de junho de 1927. O rebuliço foi consolado pela “visita em paz” do rei do cangaço nas terras de seu Padim Ciço. Nunca mais Limoeiro foi o mesmo.

“Prefeito de Limoeiro, Urgente. Lampião acaba atacar Mossoró. Depois forte resistência conseguimos rechaçá-los, ficando um morto outro prisioneiro. Saudação. Rodolfo Fernandes, Prefeito Municipal”. O recado do prefeito de Mossoró chegou em telegrama às mãos de Custódio Saraiva, Juiz de Paz em Limoeiro e responsável por defender o município, dada à ausência do prefeito. Naquela hora seu Custódio almoçava, não comeu mais. Telegrafou para a Secretaria de Polícia, em Fortaleza, que devolveu a batata quente para que “agisse como pudesse”. A cidade foi evacuada imediatamente.

Como era de seu feitio, Lampião entrou no Ceará guiando os fios do telégrafo. O “cabra” cavalgou com seus quarenta e tantos homens (o número é incerto) pela Estrada da Solidão, na Chapada do Apodi. Anísio Batista, morador da Lagoa do Rocha, teria sido o primeiro a ver Lampião e, inclusive, anunciado sua chegada. “Então disse Lampião/ vá até Limoeiro/ pergunte às autoridades/ se recebe um forasteiro/ desprovido de maldades/ como um nobre cavalheiro”, poetizou Irajá Pinheiro, memorialista local e também membro da Academia Limoeirense de Letras, sobre o encontro inusitado.

Lampião fugiu de Mossoró carregando dois reféns: Dona Maria José do Catolé do Rocha e o Coronel Gurgel, sogro do gerente do Banco do Brasil potiguar. O cangaceiro queria, telegrafando de Limoeiro, cobrar de Mossoró 80 contos de réis como pagamento do resgate dos reféns. “Passei o telegrama para Mossoró, em caráter de urgência, e dentro de poucas horas obtive a resposta: ‘prefeito de Limoeiro, urgente. Seguiu portador, montado a cavalo, conduzindo numerário resgate prisioneiros’”. A informação é do próprio Custódio Saraiva, juiz de Paz, em entrevista ao boletim “Campus”, da Universidade Estadual de Londrina, em 1979, 52 anos depois da visita “ilustre”.

O bando de cangaceiros famintos foi “presenteado” com jantar no Hotel Lucas, no Largo da Igreja Matriz. A Prefeitura mandou matar um boi e sinhá Arcanja, escrava de Custódio, ficou de servir a tropa. Lampião, que não era besta nem nada, mandou gente da cidade provar da comida, pois poderia estar envenenada. Até pensaram em colocar algum negócio no “vinho”, mas desistiram, que bandido é cabra esperto. Lampião, então, admirador que era de Napoleão Bonaparte, era “gato escaldado”.

Lenços vermelhos

Dizendo estar em paz, já que em terra de Padre Cícero mal algum ele faria, Lampião passeou pela pequena cidade, e, na bodega de Getúlio Chaves, até comprou lenços vermelhos – à época adornavam a indumentária cangaceira. O bandido também levou uma ruma de perfume Quinta-Feira – tinha esse nome por fazer parte da tradição casamenteira e os matrimônios aconteciam nesse dia especial da semana.

Conta dona Lirete Saraiva, filha viva de seu Custódio, que seu pai “foi um homem forte, de encarar Lampião sem arma nem nada, defendendo a cidade”. De outro modo, o jornal “O Ceará”, de Fortaleza, reclamava “humilhação” porque passou Limoeiro por não enfrentar Lampião, enquanto Mossoró havia botado o homem pra correr sob balas.

Soar das cornetas

Lampião era destemido e temido, mas o certo é que estava cercado pelos cearenses. Do telefone do Telegrafo, do qual se “apossou” para mandar seus avisos, ouviu o soar da corneta em Russas. Era a Polícia que já estava pronta para ir para Limoeiro. Não podendo mais esperar a chegada dos 80 contos de réis de resgate dos reféns, os cangaceiros fugiram pela banda dos Morros, onde havia umas pedras identificadas como “Gruta de Lampião”.

No município de Palhano, abandonaram os dois reféns, quando do embate contra os volantes da Paraíba e Rio Grande do Norte. Em seguida, Lampião deixava a região jaguaribana rumo ao Cariri de seu Padim Ciço, dado como o “salvador” do povo de Limoeiro.

Mais informações:
Exibição de filmes sobre o cangaço
Debate com Irajá Pinheiro e Cícero Reis, NIT, em Limoeiro
(88) 3423.6900

MELQUIADES JÚNIOR
Colaborador

HISTÓRIA DO CANGAÇO
Pesquisadores locais “garimpam” memória

Limoeiro do Norte. Herói ou Bandido? Se Lampião por si só já era um caso de se estudar, a fuga de Mossoró e a passagem por Limoeiro são fatos marcantes para os dois lados da Chapada do Apodi, que divide Ceará e Rio Grande do Norte. Embora nos registros mais oficiais a passagem do cangaceiro por Limoeiro não tenha constado em mais de uma página, historiadores locais garimpam nos arquivos da memória e das estantes empoeiradas para conhecer as três horas mais longas da história limoeirense – o bando chegou às 15h, saindo por volta de 18h. Curiosa com o fato e o mito, jovem historiadora resgata material histórico sobre o “Rei do Cangaço”.

O historiador Nunes Malveira lançou, em 2002, “Lampião em Limoeiro do Norte”. E também duas pérolas históricas saem do baú e chegam à reportagem do Diário do Nordeste: trata-se de duas entrevistas de Custódio Saraiva, então Juiz de Paz à época da visita de Lampião, publicadas em 1977, 50 anos feitos da visita do “cabra da peste”. O músico Eugênio Leandro e o escritor Jorge Alan conversaram com Custódio e publicaram relato no primeiro número da revista “Kuandu”, produzida pelo Colégio Diocesano Padre Anchieta.

Monografia na Fafidam

Ainda nos dias de hoje, o assunto desperta a curiosidade das novas gerações. A estudante do curso de História da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam), Angirlene Lima, pesquisa nos arquivos pelo Vale do Jaguaribe e até Mossoró sobre os dias de rebuliço da passagem de Lampião na fronteira dos dois Estados. “Não tinha idéia do que seria minha monografia de graduação, fiquei sabendo por minha mãe que Lampião tinha passado por Limoeiro. Hoje me apaixonei por essa pesquisa”, conta Angirlene.

“Lampião era uma verdadeira figura. A estratégia dele era o não-combate. Conseguia vencer no medo”, explica a historiadora. Pela contemporaneidade de sua pesquisa, tem a vantagem de pegar todo o material já publicado sobre o bandido (ou herói, tudo depende do ponto de vista) e confrontar as diferentes versões.

“Existem algumas informações que foram repassadas pela memória local e pouco discutidas, apenas aceitas. Diz-se que, quando chegou a Limoeiro, Lampião jogou moedas para as crianças no patamar da igreja. Também teria doado uma boa quantia para a reforma da Igreja Matriz. Mas se ele recebeu somente dois contos de réis do município, seria estranho ter gastado mais do que o que arrecadou”, questiona.

Angirlene conta que a cidade de Mossoró ficou armada por mais duas semanas após a resistência ao bando de Lampião, isso porque havia comentários de que ele poderia voltar. As tropas oficiais tinham comportamento de superioridade semelhante aos cangaceiros, até maltratando a população por onde passava. “As pessoas acabavam pensando que ainda era gente do bando de Lampião, daí ficavam com muito medo”.

Algumas das melhores fotos que se tem do bando de Lampião foi tirada em Limoeiro, na frente de uma farmácia, de frente para a igreja. Conforme o professor Irajá Pinheiro, quem fotografou foi um homem chamado Francisco Ribeiro. “Ele bateu a foto e pegou a bicicleta para revelar em Mossoró”. Nessa cidade potiguar, cada um da foto foi reconhecido pelo cangaceiro Jararaca, aprisionado pelos mossoroenses durante a batalha em Mossoró. Até os reféns do bando estão no registro fotográfico.

Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, teria sido morto em 1938 (há quem fale em 1939), 11 anos após sua passagem por Limoeiro. Em Anjicos, o cangaceiro foi pego de surpresa e decapitado, juntamente com o seu bando. O bandido ou herói virou, reconhecidamente, mito. “Costumo dizer que Lampião foi um homem que tomou a decisão de ser cangaceiro e arcou com todas as conseqüências até o fim sem meias palavras, sem meios gestos”, define Angirlene Lima.

 http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/bando-de-lampiao-em-fuga-1.742189

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LEIA A ENTREVISTA DE LAMPIÃO PUBLICADA NO JORNAL O POVO EM 1928

Para quem ainda não leu

Confira a matéria (acima) publicada no O POVO no dia 4 de julho de 1928, com Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. "Não sou cangaceiro por maldade minha, mas pela maldade dos outros", afirmou.

http://www.opovo.com.br/app/fortaleza/2015/07/25/noticiafortaleza,3474352/leia-a-entrevista-de-lampiao-publicada-no-jornal-o-povo-em-1928.shtml

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RESULTADOS DOS CONCURSOS – IX FESMUZA


RESULTADOS DOS CONCURSOS – IX FESMUZA

II PRÊMIO A CARTA
1º Colocado: José Roberto Celestino Pedrosa – Taquaritinga do Norte-PE
2º Lugar: José Romero Araújo Cardoso – Mossoró-RN
3º Lugar: Emiliano Pordeus Silva – Sousa-PB
4º Lugar: Ruth Hellmann Claudino – Dourados-MS
5º Lugar: Eriberto Henrique – Jaboatão dos Guararapes-PE

II CONCURSO LEMBRANÇA DO ÍDOLO
1º Lugar: José Romero Araújo Cardoso – Mossoró-RN
2º Lugar: Paola Cristina Ribeiro Marcellos – Gama-DF
3º Lugar: José David Emanoell Feitoza Braga – João Pessoa-PB
4º Lugar: Jory Jacques Barreto – Monteiro-PB

V CONPOZAGÃO
1º Lugar: José David Emanoell Feitoza Braga – João Pessoa-PB / Poesia: HERANÇA GONZAGUEANA.
2º Lugar: Gracieli Borges Ferreira – Santa Cruz da Conceição-SP / Poesia: SANFONEIRO HEREDITÁRIO.
3º Lugar: Jerismar Batista de Sousa (Jerismar Pintor) – São João do Rio do Peixe-PB / Poesia: JOQUINHA, O SOBRINHO DE GONZAGÃO.
4º Lugar: Jory Jacques Barreto – Monteiro-PB / Poesia: ANTES QUE NINGUÉM CONTE.
5º Lugar: Adriana Gusmão Antunes - São Mateus-ES / Poesia: JOQUINHA, MEMÓRIA CULTURAL DOS GONZAGAS.

IX FESMUZA

1º Lugar – Ana Paula Nogueira da Silva, de Granitos-PE, mas que reside atualmente no Crato-CE, interpretando a música Vem Morena, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1949);
2º Lugar – Sarah Lorena Dantas de Freitas, de São João do Rio do Peixe-PB, com a música O cheiro da Carolina, de Amorim Roxo e Zé Gonzaga (1956);
3º Lugar – Chico de Teresa, do Cedro-CE, executando a música Pau de Arara, de Luiz Gonzaga e Guil Morais (1952);
4º Lugar – Ranier Oliveira Sousa, de Juazeiro do Norte-CE, com a música Légua Tirana, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (1949).
Postado por Blog do gonzagão às 10:34


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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CONVITE!

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Comunico aos amigos(as) que receberei a Comenda Mérito Cultural Deífilo Gurgel, indicação do Conselho Estadual de Cultura/ Secretaria de Cultura, no próximo dia 15 de setembro, às 19 horas, no Salão Nobre da Pinacoteca do Estado, em Natal.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano Benedito Vasconcelos Mendes

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UERN PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA LANÇA LIVRO NO DIA 14 DE SETEMBRO


O professor Dr. Jionaldo Pereira de Oliveira, do Departamento de Geografia, lança o livro "Mossoró: política urbana e habitação" no dia 14 de setembro, às 19h30, no Auditório da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC), Campus Central.

A publicação reflete a respeito da política urbana praticada em Mossoró na vigência do Estatuto da Cidade.

O autor explica que o livro leva o selo Edições UERN e é fruto de uma parte da tese de doutorado em Geografia cursado na Universidade Federal do Ceará. A pesquisa foi realizada entre 2011 e 2013.

"O foco da pesquisa foi a discussão do planejamento urbano em Mossoró, à luz do Estatuto da Cidade (EC), Lei. Nº 10.257- 01", ressalta Jionaldo Pereira.

O lançamento é aberto a toda a comunidade.

SERVIÇO:
Lançamento do livro "Mossoró: política urbana e habitação".
Data: 14/09/2016
Local: Auditório da FAFIC – Campus Central
Horário: 19h30


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ZÉ BAIANO - A SAGA DO CANGACEIRO FERRADOR - SUA MORTE EM ALAGADIÇO

Por José Bezerra Lima Irmão

Zé Baiano - José Aleixo Ribeiro da Silva - foi um dos cangaceiros mais famosos, mas também um dos menos estudados. As histórias e referências a seu respeito são repetidas por muitos autores sem a devida reflexão e sem preocupação com a verdade.

Nasci a uma légua do local onde Zé Baiano morreu. Ouvi dezenas de vezes o relato desse episódio da boca de meus pais e tios. Minha mãe era comadre de Pedro Guedes, um dos matadores de Zé Baiano. Meu tio Raimundo Bezerra era concunhado de Antônio de Chiquinho, o homem que liderou o ataque.

Fiz várias viagens a Macururé e Chorrochó, no norte da Bahia, em busca de informações sobre esse estranho personagem, sobrinho dos cangaceiros Cirilo e Antônio de Engrácia.

Transcrevo, a seguir, o capítulo 198 do meu livro Lampião - a Raposa das Caatingas, em que conto a aventura e desventura do chamado Carrasco Ferrador. Faço essa transcrição com o propósito de assim contribuir para o registro desses fatos da história do cangaço, porém lembrando que é proibida a sua reprodução integral ou parcial sem a autorização prévia do autor.
 
A MORTE DE ZÉ BAIANO, EM ALAGADIÇO


Clique no link e siga lendo Zé Baiano

http://cangaceirozebaianoalagadicolampiao.blogspot.com.br/2014/06/a-saga-do-cangaceiro-ze-baiano-ze.html?spref=fb

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SÃO FRANCISCO, SEDE DA COMARCA DE BELMONTE


Vila histórica, secular, antigo distrito de Serra Talhada, possui ligação muito forte com o município de Belmonte por ter sido sede de sua Comarca em 1890, e por ter sido sede também do 2º Distrito de São José de Belmonte no ano de 1895, durante a gestão do Prefeito, o Cel. José Pereira de Aguiar.


Bem antes de surgir o povoado, existiu no local uma fazenda que segundo a tradição pertencia ao Alferes Martins Feitosa, proveniente de Portugal, donde emigrou para o sertão dos Inhamuns, no Ceará, e de lá para essa margem do Rio Pajeú.

Frederico Bezerra Maciel, no seu livro “Lampião Seu Tempo e Seu Reinado”, relata que era impossível conceber-se indivíduo tão orgulhoso e avarento como esse alferes. Não falava com pobre, não dava mão a “preto” e gabava-se dizendo que isto era “legítimo brio português”. Os moradores de sua fazenda, que morriam, tinham que se enterrar em Vila Bela, porque ele não dava de seu latifúndio, nenhuma braça de terra para construir um minúsculo cemitério sequer. Quando morreu, ninguém apareceu. Morreu sozinho, sem reza nem vela, feito bicho, que cristão não era. Três dias fazia o defunto abandonado, podre dentro de casa. O odor insuportável do estado acelerado de decomposição do cadáver levou alguns vizinhos, depois de bem encachaçarem para suportá-lo, a tirar e arrastar tudo às pressas o corpo largando os pedaços e acompanhados de urubus esvoaçando, e o enterraram sem cruz, em lugar propositadamente indemarcado da caatinga, para não se ter memória dele.

O coronel Francisco Pereira da Silva, filho do patriarca José Pereira da Silva e Jacinta Océria de Santo Antônio, adquiriu a propriedade por compra e deu-lhe o nome de fazenda “São Francisco”. Logo depois construiu a capela. Era o coronel proprietário de muitas léguas naquela faixa do Pajeú, desde a Vila de Santa Maria à fazenda Escadinha. Possuía inúmeros escravos e dizem que guardava em muita segurança baús de couro cheio de moedas de ouro. Segundo registrou Pereira da Costa, nos Anais Pernambucanos, vol. X, que depois da morte de Francisco Pereira, sua esposa Ana, doou cerca de um quilômetro de terras, como patrimônio da Capela, no ano 1883.

Um dos principais baluartes do povoado foi sem dúvidas o Sr. Manoel Pereira da Silva Jacobina, mais conhecido como Padre Pereira, que era filho de Francisco Pereira da Silva e Ana. Padre Pereira foi casado com Francisca (dona Chiquinha), filha do Barão do Pajeú, sendo assassinado em 1907 durante a desavença entre os Carvalhos e os Pereiras.

Na época em que esteve como primeiro Juiz da Comarca de Belmonte, com sede na povoação de São Francisco, o Dr. Augusto Abel Peixoto de Miranda Henriques conheceu a Srta. Teodora, filha de Antônio Nunes de Barros, do Açude Novo (município de Belmonte) com quem se casou. Enviuvando, casou com uma irmã desta de nome Veneranda.

Palco de tantas lutas entre Pereiras e Carvalhos, diziam os mais velhos que sobre a Vila de São Francisco pesava a lenda da “maldição do alferes”. Várias vezes a desgraça desabou sobre a Vila. No seu memorável “Vila Bela, os Pereiras e outras histórias”, na pág. 99 Luiz Wilson citou que uma octogenária, Nhá Clemência, previra a destruição da vilazinha avisando a todos:

- Isto aqui é terra de Pereira. Aqui Carvalho não toma pé.

- Ah! Nhá Clemência está é caducando – diziam em couro as mulheres da vila. Boatos, boatos...O povoado era agourento.

A Vila de São Francisco, hoje extinta, existiu como um dos distritos mais prósperos da Capital do Xaxado, com grande tino para o comércio. A vila chegou a ter uma feira por semana, onde boa parte dos moradores da região convergia para o lugar para fazer compras e comercializar seus produtos. A foto mostra a Capela do povoado de São Francisco, local de batismo do garoto Virgulino Ferreira da Silva, o famoso cangaceiro Lampião.

Hoje, a vila e a capela estão debaixo de vários metros cúbicos de água, submersas pela barragem de Serrinha construída na década de 90.

Valdir José Nogueira de Moura - Escritor /pesquisador

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(REITORIA) CONVITE - 48 ANOS DA UERN


Senhores (as) Dirigentes,

Encaminhamos-lhes o Convite com os atos comemorativos do 48º aniversário de fundação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, a serem realizados no corrente mês.

Solicitamos-lhe a ampla divulgação, para que nossos servidores possam participar.

Atenciosamente,

Prof. Tarcísio da Silveira Barra,
Chefe de Gabinete da Reitoria/UERN.

UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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VOLANTES E CANGACEIROS EM ANGICO


Naqueles dias, na grota do riacho Tamanduá, na fazenda Forquilha, lugar historicamente conhecido como “Grota do Angico”, lugar onde tombou o “Rei dos Cangaceiros”, esse nome é usado, talvez, por nas redondezas existirem, na época, a planta, árvore, Angico, em quantidade grande, fazem acampamento determinada quantidade de cangaceiros tendo em seu meio o chefe maior, Virgolino Ferreira da Silva, o Capitão Lampião.

Esse tipo de árvore, o Angico, hoje é menos visto e conhecido, muito menos mesmo devido a degradação da flora da caatinga, em quantidade, por naquela época, ser usada, sua casca, ou entre casca, a parte que fica entre a casca e o ‘miolo’, nos tanques dos curtumes, para curtirem as peles dos animais, seus caules, troncos, serem feito estacas para as cercas dos currais, cercas dos cercados, lugares com extensões maiores, com uma ‘divisória’ de soltas para animais e limites de imóveis rurais.

Não se sabe, e acredito que jamais saberemos a quantidade exata dos cangaceiros que ali se encontravam acampados, ou acoitados, junto a seu chefe mor. Pelo simples fato de não haver, em lugar algum, nenhum arquivo que nos sirva de fonte.


O pesquisador/historiador José Sabino Bassetti, um dos maiores especialistas no fator histórico “Grota do Angico”, morte de Lampião e mais dez cangaceiros e um soldado da Força Pública, Adrião Pedro de Sousa. 


Em seu livro, “Lampião – Sua morte passada a limpo”, o qual teve a parceria de Carlos César de Miranda Megale, Carlos Megale, em sua primeira edição, janeiro de 2011, na página 44, nos mostra uma lista com 37 nomes, alcunhas, de cangaceiros, que são:

“Lampião, Luiz Pedro, Vila Nova, Quinta Feira, Amoroso, Moeda, Cajarana, Elétrico, Diferente, Vinte Cinco, Alecrim, Colchete, Delicado, Balão, Mergulhão, Cajazeira, Criança, Candeeiro, Zé Sereno, Marinheiro, Cobra Verde, Peitica, Santa Cruz, Mané Pernambuco, Novo Tempo, Juriti, Chá Preto, Marcela, Pitombeira, Zabelê, Relâmpago, Maria Bonita, Maria de Juriti, Enedina, Sila, Dulce e Dinda.”

Mesmo após nos mostrar essa lista, o próprio autor, dando sequência nas suas pesquisas, o pesquisador/historiador José Sabino Bassetti, em outro livro de sua autoria, “LAMPIÃO – O cangaço e seus segredos”, primeira edição, em 2015, na página 85, vem acrescentá-la com o nome de José Ferreira dos Santos Marinho, conhecido por “José Ferreira”, o qual era sobrinho de Lampião e, chegando no dia 26 de julho de 1938, numa terça-feira, também já estava, no coito na manhã do dia 28 de julho de 1938, numa quinta-feira, junto aos outros cangaceiros, elevando o número das pessoas acoitadas, quando deu-se o ataque e a morte de onze deles.

Para os amigos, colocarei o nome de alguns dos soldados que fizeram parte da tropa que atacou o coito da fazenda Forquilha, também sob a ‘batuta’ do grande mestre José Sabino Bassetti,( Ob. Ct.), no romper do dia 28 de julho de 1938, matando o “Rei dos Cangaceiros”, sua “Rainha” e mais nove companheiros.

“1 – João Bezerra; 2 – Aspirante Francisco Ferreira de Melo; 3 – Sargento Aniceto; 4 – Gerônimo; 5 – Agostinho; 6 – Abdom; 7 – Inácio; 8 - Bertoldo; 9 – Antônio Ferro; 10 – Amaro Preto; 11 – Pedro Barbosa; 12 – Antônio Vieira; 13 – Manoel; 14 – Guilherme; 15 – Elias; 16 – Antônio Jacó; 17 – Bida; 18 – Adriano; 19 – Juvêncio; 20 – Santo; 21 – Honorato; 22 – Zé Panta...”

Estimado por alguns pesquisadores a quantidade de 50 Praças terem participado daquele ataque. Eu, por mais que conte os soldados e oficiais, só consigo encontrar 47 pessoas armadas na famosa fotografia registrada em Piranhas por um fotógrafo desconhecido, o que, no caso, leva-me a crer que fizeram parte 48 militares, pois a Força Pública teve uma baixa, o soldado Adrião Pedro de Sousa, que fazia parte da volante do Aspirante Francisco Ferreira de Melo. Acreditamos que nos arquivos militares, entre Pedra de Delmiro (Delmiro Gouveia), Piranhas e Santana do Ipanema, todas no Estado das Alagoas, deva ter o nome de todos os militares que fizeram parte daquele ataque em algum registro.

Fonte/foto “Lampião – Sua morte passada a limpo” – BASSETTI, José Sabino e MEGALE, Carlos César de Miranda. 1ª edição. 2011.

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EU DISCORDO COM O TJPB, E VOU LUTAR PARA OS PROCESSOS FICAREM EM POMBAL.

Por Jerdivan  Nóbrega de Araújo

Eu discordo com o TJPB, e vou lutar para os processos ficarem em Pombal. Tira-los da cidade é um atentado a nossa memória.

Os professores de história da nossa cidade precisam se movimentar contra esse atentado.

Conhecer a história é o primeiro passo para preservar um patrimônio histórico. Os arquivos que se encontram no fórum da nossa cidade precisam urgentemente ser acessados e estudados pelos professores e alunos de Pombal, para que estes aprendam a gostar de trabalhar a história, ao sentirem-se parte dela.

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APELO PARA A NECESSIDADE URGENTE DE SE ESTUDAR AQUELES DOCUMENTOS, PARA QUE ESTES PERMANEÇAM EM POMBAL E NÃO SEJAM ENVIADOS PARA OUTROS CENTROS, RETIRANDO DE NÓS O QUE POR DIREITO É NOSSO


Com o livro O CRIME DA RUA DA CRUZ, espero ter contribuído com esta consciência resgatando-os e, principalmente, tornando-os acessíveis aos professores e alunos do curso de história. É esta geração de adultos, possuidores de uma nova visão sobre aquilo que é necessário ser preservado que vai ser o fator determinante para a exposição e estudo completo daqueles valiosos arquivos.

Jerdivan  Nóbrega de Araújo

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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