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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

APAGANDO O LAMPIÃO...

 


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O TIÚ CARISMÁTICO

 Clerisvaldo B. Chagas, 19 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.401


O tiú, lagarto também conhecido como teiú e tejo, é tão apreciado no Sertão quanto o tatu. Ambos possuem carne saborosíssima e estão na linha de frente da caça sertaneja nordestina. Antes das leis rigorosas ambientais o teiú era caçado abertamente, vendida a pele e oferecida a carne para os farristas de sanfona, violão e cachaça sem restrição alguma. As mulheres tinham nojo do lagarto, porém muitas delas sabiam como ninguém fazer o preparo do prato cobiçado pelos “caneiros”. No preparo guisado, cheirava que era uma maravilha. Ao ser indagada às cozinheiras qual era o segredo da culinária, elas respondiam: “Você prepara do mesmo jeito de galinha, coloca todos os temperos, só isso”.  E assim o tiú fazia a alegria dos farristas nos bares da cidade.

(FOTO: DANIEL PASSOS)

Nos anos 60, 70, surgiu o personagem popular em Santana do Ipanema, de apelido Tiú. Ninguém sabia seu verdadeiro nome, talvez até ele mesmo já desacostumado com o original e ser insistentemente chamado pelo vulgo. Muito mal vestido, remendado, chapéu de couro velho, escuro e ensebado, longo bornal a tiracolo, Tíú era quase preto, tremendamente carismático e querido em Santana do Ipanema. Quase sempre era encontrado no Beco São Sebastião, onde fazia suas negociatas caçadoras. Por onde passava, todos tinham prazer em gritar seu apelido e lhes dirigir um aceno e ser notado pelo homem. “Tiú! Tiú! Era esta a saudação quando o caçador de lagartos surgia no Comércio da cidade. Tiú respondia acenando e rindo, igualmente a vereador em campanha.

O caçador Tiú virou coisa do passado, mas a perseguição aos animais selvagens, não. Não se mata mais onça porque já mataram todas; mata-se raposa porque ela ataca galinheiros; captura-se o tejo porque a fiscalização é fraca. Os passarinhos canoros não escapam da gaiola, da venda lucrativa, da sanha sem consciência dos destruidores da fauna. O tejo sempre aparece nos sítios, nas periferias... Toma sol nos lajeiros às manhãzinhas, caça, briga e derrota as cobras peçonhentas. Protege a sociedade, mas por ela é perseguido.

Deixemos o tejo em paz. Ele não faz falta à nossa mesa, mas a simpatia do homem Tiú, bem que faz a diferença para alegrar como ontem o Centro de Santana do Ipanema.


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PESQUISADOR CONTA DETALHES EXCLUSIVOS SOBRE TRAJETÓRIA DE LAMPIÃO EM PALESTRA NA ASLE

 Por 

Com uma memória privilegiada e domínio destacado sobre a história do cangaço no Brasil, o pesquisador e escritor José Sabino Bassetti, de 76 anos, encantou, na manhã deste sábado (6), membros da Academia Saltense de Letras (ASLe) e convidados com palestra sobre o tema.

Intitulada “Lampião e o Fenômeno do Cangaço no Brasil”, a exposição trouxe detalhes exclusivos sobre a trajetória de Virgulino Ferreira da Silva, conhecido popularmente pelo apelido de Lampião, que foi o principal e mais conhecido cangaceiro brasileiro.

É o caso, por exemplo, do fato de que Lampião nunca trabalhou na vida, embora tenha sido artesão até os 20 anos. Ao contrário da maioria dos cangaceiros também, ele era alfabetizado. “Lampião pode ter sido tudo nesta vida, mas burro ele não era”, disse o pesquisador.

Dispensando o microfone por ter voz forte, Bassetti falou por quase duas horas como se conversasse com amigos na varanda de casa e essa intimidade deu aos presentes a impressão de que tivessem presenciado as cenas, afirmou João Milioni, escritor responsável pela organização.

A palestra estava programada havia seis meses e foi proposta pelo escritor por ele ser um apaixonado pela vida de Lampião e o cangaço. “Eu sabia que Bassetti tem tantos conhecimentos a respeito que achei que seria interessante dividir isto com os colegas da ASLe”.

José Sabino Bassetti é um estudioso sobre o cangaço desde os anos 60 e é autor de “Lampião – O cangaço e seus segredos” (Nova Consciência, 2015) e “Lampião, sua morte passada a limpo” (Nova Consciência, 2011), esta última com Carlos Cesar de Miranda Mengale.

Testemunha ocular

“Tive oportunidade de conhecer pessoas envolvidas com o cangaço, parentes de quem esteve lá também e outros que estiveram próximos das principais cenas desse movimento, além de ter ido aos locais de batalhas, principalmente onde Lampião morreu”, disse Bassetti.

Só na Grota do Angico, fazenda em Porto da Folha, sertão de Sergipe, palco da última batalha entre Lampião e as chamadas Volantes (grupos de policiais), que culminou com a morte do líder e da sua conhecida companheira Maria Bonita, em 1938, ele visitou nove vezes.


“Fui para lá com um dos policiais que participaram da emboscada ao bando e medi com uma trena a distância entre os locais onde membros do grupo estavam para definir detalhes que comporiam os meus livros sobre o tema e ouvi do policial tudo como aconteceu”, afirmou.

Em 27 de julho de 1938, Lampião e vários cangaceiros foram surpreendidos pela volante do tenente João Bezerra, auxiliada pelos militares aspirante Francisco Ferreira de Melo e o sargento Aniceto Rodrigues, e nove deles morreram com Lampião e Maria Bonita.

O pesquisador disse que não houve resistência à emboscada. “O que se pode chamar de resistência foi que os 23 que escaparam fugiram atirando, mas era correr, olhar trás e dar tiro só”. Curiosamente, após o episódio, nenhum dos que escaparam cometeram mais crimes.

Bassetti afirmou que vários deles ajudaram a polícia a desvendar detalhes sobre o bando em uma espécie de delação premiada. “No sertão, o ódio não tem pressa. Muitos deles se vingaram de desafetos dentro do próprio bando com as suas delações”, afirmou.

Os 11 mortos –além de Lampião e Maria Bonita, morreram Quinta-Feira, Luís Pedro, Mergulhão, Manoel Miguel (Elétrico), Caixa de Fósforo, Enedina, Cajarana, Moeda e Mangueira- tiveram as cabeças arrancadas e levadas para Alagoas como troféus.

Mitos desfeitos

“As cabeças foram conservadas em latas de querosene com sal, cal e aguardente”, disse o pesquisador. Para muita gente, Maria Bonita estaria viva quando fora decepada. “Mas isso não é verdade. É mito. Ela levou um tiro na barriga. Depois outro nas costas. Ninguém sobrevive”.

Outro mito que Bassetti desfez foi que Lampião teria escapado da emboscada e acabado morto depois, porque sua cabeça estava muito deformada. Na verdade, ela ficou assim após um dos policiais bater com a coronha do fuzil com força e com muita raiva.

Ele desfez o mito ainda de que os cangaceiros tivessem sido envenenados antes de morrer. “Não foram não. Os policiais colocaram creolina nos corpos para evitar disseminação de doenças”. A atitude levou alguns urubus a morrer intoxicados depois de comer a carne.

Uma das mais conhecidas lendas sobre Lampião, segundo Bassetti, é a que diz que seus companheiros de cangaço deram esse apelido a ele, porque atirava tão rápido (como se fosse uma metralhadora) que a ponta de seu fuzil ficava vermelha, parecendo um lampião.

Mas o pesquisador e escritor fez uma revelação que responde à questão que sempre vem à tona quando se fala de Lampião: ele foi herói ou bandido? Para Bassetti, é difícil dizer quem mais prejudicou o nordeste, se Lampião, padre Cícero ou Antônio Conselheiro.

A afirmação reflete uma vida dedicada a pesquisas sobre a trajetória e toda a repercussão dos atos de Lampião, passando pelos desses líderes, sobre a população sofrida do nordeste e sobre as esperanças e sonhos de um povo que não foi aquinhoado com muitas chances.

Legendas: Na foto 1, José Sabino Bassetti empolga-se na descrição das ações de Lampião. Na foto 2, responde a perguntas da plateia. Na foto 3, concede entrevista para a TV Taperá.

https://www.asle.net.br/pesquisador-conta-detalhes-exclusivos-sobre-trajetoria-de-lampiao-em-palestra-na-asle/

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RELANÇAMENTOS !

 Por Adauto Silva

Foi lançada a segunda edição de seis títulos da autoria do escritor e grande pesquisador recifense Luiz Ruben F. A. Bonfim, considerado uma das maiores autoridades no estudo e pesquisa do Cangaço.

Os interessados em adquirir exemplares do livros ora reeditados devem contatar o professor Francisco Pereira Lima, responsável pelas vendas.

Contatos: (83) 99911-8286.

Ou através do e-mail: fplima1956@gmail.com

Boas compras! Boa leitura! 

Adquira-os com Francisco Pereira Lima através deste e-mail:

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A HISTÓRIA DE LUIZ GONZAGA

 

O INÍCIO

Gonzaga nasceu em 13 de Dezembro de 1912, na Fazenda Caiçara, em Exu, distante 603 Km da Capital Pernambucana. Segundo dos nove filhos da união do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus(Santana), veio ao mundo dividido entre a enxada e a sanfona. Foi observando seu pai animando bailes e consertando velhas sanfonas, que lhe desperta a curiosidade por tal instrumento. Certa vez seu pai encontrava-se na roça e sua mãe na beira do rio, o mesmo pegou uma velha sanfona e começou a tocar. Santana, que não queria que o filho trilhasse o mesmo caminho do pai, dava-lhe puxões de orelha que nada adiantavam. Luiz seguia em frente, acompanhando seu pai em diversos forrós, revezando-se com ele na sanfona e ganhando seus primeiros trocados. Um belo dia Januário foi pego de surpresa quando o Srº Miguelzinho, dono de um forró, pediu para que Gonzaga tocasse, este havia acordado com um outro tocador que não apareceu. A salvação foi convidar o então menino Gonzaga que já mostrara suas habilidades no mesmo terreiro, sem a anuência de seus pais. Fez muito sucesso. E por aquelas "bandas" era conhecido por Luiz de Januário. 

Santana e seu Januário

Assim o Forró rolou solto ao longo da noite, Gonzaga sentia-se feliz, empolgado, era a primeira vez que tocava com o consentimento da mãe. Com o passar da noite, começou a sentir seus olhos arderem, a cabeça pesar, foi então que pediu para deitar na rede e de tão menino que era, ainda fez xixi enquanto dormia. Daí então passou a acompanhar Januário em festas de mais responsabilidades, revezavam-se entre toques e cochilos. Santana a princípio relutava, mas deixou-se levar pelos dois mil réis que o principiante tocador ganhava em suas "empreitadas". Assim cresceu Gonzaga: ajudando o pai na roça e na sanfona, acompanhando Santana às feiras do Exu, fazendo pequenos serviços para os fazendeiros da região, sendo protegido pelo Cel. Manuel Aires de Alencar, homem bondoso e respeitado até por seus inimigos. Gonzaga era bem tratado pelos Aires de Alencar, tanto que suas primeiras escritas e leituras foram ensinamentos das filhas do Coronel.

A PRIMEIRA SANFONA

Januário e Gonzagão

Foi o próprio Coronel Aires quem realizou o grande sonho de Gonzaga: possuir sua primeira sanfona. Tal instrumento custava a importância de cento e vinte mil réis, Gonzaga tinha só a metade, a outra o próprio Coronel adiantou, quantia esta paga mais tarde com o fruto do seu trabalho de sanfoneiro. O primeiro dinheiro ganho com a nova sanfona foi no casamento de Seu Dezinho, na Ipueira, onde ganhou vinte mil réis. Tal convite viera aumentar sua fama, começa ali a ser um respeitado sanfoneiro na região.

O PRIMEIRO AMOR

Casamento? Gonzaga só pensava nisso. Comprou até aliança. Queria casar com Nazinha, filha do Seu Raimundo Milfont, um importante da cidade. O pai da moça ao tomar conhecimento das intenções do aprendiz de sanfoneiro, não permitiu o namoro. "Um diabo que não trabalha, não tem roça, não tem nada, só vive puxando fole". Gonzaga não hesitou, indignado, comprou uma peixeira, tomou umas truacas (cachaça), quis brigar, quis matar, mas acabou levando outra surra de Santana. Dessa vez fugiu triste para o mato, mas com uma idéia fixa na cabeça: entrar para o Exército.

GONZAGÃO GANHA O MUNDO


Dizendo que ia a uma festa deixou a terra natal rumo ao Crato, no Ceará, cidade maior e mais próspera, onde vendeu a sanfona e pegou o trem para Fortaleza, alistando-se em seguida. Com a Revolução de 1930, o batalhão de Gonzaga percorreu muitos Estados até chegar à cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ali, conheceu outro sanfoneiro, Domingos Ambrósio, o grande amigo que lhe ensinara os ritmos mais populares do Sul: valsas, fados, tangos, sambas. Gonzaga tirou de letra. Em 1939 deu baixa no Exército e seguiu para São Paulo e em seguida para o Rio de Janeiro. Passou então, a apresentar-se em bares da zona do meretrício carioca, nos cabarés da Lapa e em programas de calouros, sempre tocando músicas estrangeiras. Em uma dessas apresentações, um grupo de estudantes cearenses chamou-lhe a atenção para o erro que estava cometendo: por que não tocava músicas de sua terra, as que Januário lhe ensinara? Luiz seguiu o conselho e passou a tocar e compor músicas do Sertão Nordestino. Foi no programa do Ary Barroso que Gonzaga recebera calorosos aplausos pela execução do Vira e Mexe, música de sua autoria, proporcionando ao até então desconhecido Gonzaga o seu primeiro contrato pela Rádio Nacional, no Rio de Janeiro.

SEUS AMORES


Na solidão da cidade grande, distante de sua família e do seu pé-de-serra, Gonzaga não dispunha de ninguém que dele cuidasse. Apesar de estar morando com seu irmão Zé, demonstrava vontade em construir seu próprio lugar, sua própria família. Teve diversos amores o mais conhecido foi com a corista carioca Odaléia Guedes, em meados do ano de 1945, tendo-a conhecida já grávida, assumindo e registrando como seu filho Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior - Gonzaguinha. Apesar de ser bastante exigente Gonzaga finalmente encontra o que procurava, Em 1948 conhece a pernambucana Helena Cavalcanti, tornando-a sua secretária particular e mais tarde sua companheira. Tal união estendeu-se até perto de sua morte. Não tiveram filhos, pois era estéril.

O SUCESSO

O apogeu do Baião perpassou a segunda metade da década de 40 até a primeira metade da década de 50, época na qual Gonzaga consolida-se como um dos artistas mais populares em todo território nacional. Tal sucesso é devido principalmente à genialidade musical da "Asa Branca" (composição dele com Humberto Teixeira), um hino que narra toda trajetória do sofrido imigrante nordestino.

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação.
Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira

A partir de 1953 Gonzaga passou a apresentar-se trajado com roupas típicas do Sertão Nordestino: chapéu (inspirado no famoso cangaceiro Virgulino Ferreira, O Lampião, de quem era admirador), gibão e outras peças características da indumentária do vaqueiro nordestino. Alia-se a esta imagem a presença de sua inconfundível Sanfona Branca - A Sanfona do Povo. Com o surgimento de novos padrões na música popular brasileira, o apogeu do Baião começa a apresentar sinais de declínio, apesar disso, Gonzaga não cai no esquecimento, pelo menos para o público do interior, principalmente no Nordeste. Todavia, foi o próprio movimento musical juvenil da Década de 60 - notadamente Gilberto Gil e Caetano Veloso, este último e depois Gonzaguinha regravando ambos o sucesso Asa Branca, responsáveis pelo ressurgimento do nome Gonzaga no cenário musical do país. Em março de 1972 em show realizado no Teatro Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, marca o reaparecimento de Gonzaga para as plateias urbanas. Nessa época retorna às paradas de sucesso como "Ovo de Codorna" cuja autoria é do nordestino Severino Ramos.

A VOLTA PRA CASA


Após longo período de atividade profissional, cerca de 35 anos, é chegada a hora de retornar a sua terra natal. Em Exu dá início à construção do tão sonhado Museu do Gonzagão, localizado às margens da BR-122, dentro do Parque Aza Branca (escrevia desta forma por pura superstição, embora soubesse do erro ortográfico). 


Lá se encontra o maior acervo de peças pertencentes ao Rei do Baião: suas principais sanfonas, inclusive a que tocou para o Papa em Fortaleza; suas vestimentas; seus discos de ouro; troféus; diplomas; títulos; fotos e presentes a ele ofertados ao longo de sua brilhante carreira. Além do Museu, o Parque abriga também o Mausoléu da família, lanchonete, grande palco de shows, várias suítes para acolhimento de visitantes, a casa de Vovô Januário, lojinha de souvenir e a casa grande de onde Gonzaga observava a sua pequena Exu.

http://www.gonzagao.com/historia_de_luiz_gonzaga.php

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A BITUCA E OS TRAJES DO CANGAÇO! ENTRE MILTON NASCIMENTO E LUIZ GONZAGA.

Por Valter Abdon Oliveira

Com afeto e com carinho no ano de 1981 Luiz Gonzaga tira a sua indumentària de couro e passa para talentosíssìmo cantor Mineiro Milton Nascimento, este foi convidado por seu Luiz para fazer a primeira voz na faixa Luar do Sertão, uma composição de época e vanguarda do compsitor Cearense Catulo da Paixão Cearense. 

Luiz Gonzaga ao ouvir da boca da cantora Gaúcha Elis Regina, a seguinte frase:

"Certamente se Deus cantasse seria com a voz do Milton".

O Rei que não era bobo imediatamente convidou o Bituca para ir aos estúdios da Rca Victor. E disse lhes que queria que ele cantasse com a roupa e a coroa de um rei, no caso, a coroa vinha a ser o chapéu de couro com abas viradas para cima, ao estilo cangaceiro, e eu vou cantar com a Bituca no quengo disse seu Luiz. 

Bituca é o boné de maquinista de Milton Nascimento, e se tornado o seu apelido.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/

NOTA DE PESAR!

O Relembrando Mossoró vem comunicar o falecimento do amigo bancário RAIMUNDO VIEIRA DE SOUSA, que faleceu hoje em Mossoró, vítima de um câncer. Seu corpo vai ser velado na Central de Velório SEMPRE e será sepultado à tarde na cidade de Apodi-RN. Nossos sentimentos aos familiares e amigos.

ADENDO: 

Raimundo Vieira de Sousa foi meu professor na FURRN - Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte no curso de Letras.

José Mendes Pereira

https://www.facebook.com/photo/?fbid=3232630340196082&set=a.1372379176221217

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O CACHIMBINHO DA MINHA AVÓ HERCULANA MARIA DA CONCEIÇÃO. Só para arquivar no blog.

Por José Mendes Pereira

Noutros tempos, geralmente, quando uma pessoa que era fumante e passava dos 50 anos nada melhor do que fumar num cachimbinho, porque muitas delas (homens ou mulheres) achavam que ficava mais legal o uso do cachimbo, vez que era muito mais prático colocar fumo nele e acendê-lo apenas com uma brasa, em vez de ficar riscando fósforos e o vento os apagando. Claro que não era em todo lugar que tinha brasa, mas se estivesse em casa era muito mais prático acender o seu cachimbinho com ela.

Minha avó Herculana Maria da Conceição da gema Xaxá e Galdino

Como a minha avó Mamãenana (Herculana Maria da Conceição) era uma viciada no uso do seu cachimbinho e eu ainda criança, com menos de 12 anos, e ninguém tem ideia o mal que faz o fumo, seja cigarro, cachimbo ou charuto, e morava bem pertinho dela, e quando eu me encontrava lá, sempre ela solicitava que eu abastecesse o seu cachimbinho com fumo, e posteriormente o acendesse. E assim eu fazia. Findei me viciando no maldito vício. Cada vez que eu chegava lá, já perguntava a ela:

- Mamãenana, era assim que nós netos a chamávamos, quer que eu ponha fumo no seu cachimbinho?

E ela que geralmente estava sentada usando os bilros fazendo algumas rendas, alegremente me respondia:

- Prepare meu filho, ele com o fumo e depois acenda...

Rendeira

E assim eu fazia. Colocava o fumo no cachimbinho e em seguida, eu ia até ao fogão feito de forquilhas, mais tijolos comuns e acabamento com barro de várzea, e lá eu iniciava a acendida.

Fogão que queima lenha

Minha mãe nunca fumou, mas o meu pai era fumante, e felizmente aos 40 anos de idade resolveu abandonar o vício. Mesmo ele sendo fumante, jamais admitiu que nós, filhos, pegássemos numa lata que ele guardava seu fumo e papel para a fabricação de cigarros.

Lata para guardar fumo

Mas todos sabem que avó é avó, e faz tudo para agradar os seus netos, e muita vezes nem sabe o que poderá acontecer com aquele tipo de ajuda que fez para um neto. E como não era diferente, assim também fazia a minha avó.

Geralmente quando eu começava a preparar o seu cachimbinho o meu medo era que o meu pai aparecesse por ali, e se ele me visse com fumo nas mãos e cachimbo, com certeza, iria me dá uma bronca das maiores.

Aconteceu que em uma tarde já passando das 4:00 horas eu fui até a casa da minha avó, e era coisa de rotina mesmo, mas o meu maior interesse era dá umas baforadas no cachimbinho. Ao chegar lá, ela estava cuidando de um milho para ser passado no moinho. E eu já um pouco viciado perguntei se ela queria que eu preparasse o seu cachimbinho. Ordenou o preparo do fumo e acendesse. Só que, quando eu tentava acendê-lo com uma brasa que tirei do fogão, e forçando ela ficar sobre ele, mas a brasa não me obedecia. Então a minha avó me disse:

- Pega aqui a minha chinela e com ela, leve a brasa para o final do fogão e com a ajuda dela, coloque-a no cachimbo e em seguida, pressione a brasa para que ela fique sobre todo o fumo. Dê uma puxadinha de fumaça no cachimbo, que aos poucos, o fumo pegará fogo.

Meu pai Pedro Nél Pereira

E assim fiz. Mas quando eu me preparava para puxar a fumaça do cachimbo ouvi a voz do meu pai já quase dentro da cozinha. Minha avó e eu ficamos aperreados, porque, com certeza, ele iria me dá uma bronca. E minha avó ao ouvir a fala do meu pai, disse:

- Jogue-a dentro do fogo meu filho, se não teu pai irá ver você acendendo o cachimbo.

Aconselhava-me a minha avó, mas que eu jogasse a brasa e soltasse o cachimbo. Eu, nervoso, em vez de colocar a brasa dentro do fogo, joguei foi a chinela, e peguei o cachimbo fiquei com ele na boca, tentando acendê-lo.

O meu pai quando viu esta arrumação, isto é, o cachimbo na minha boca, esbravejou:

- Sim! É por isso que você vez em quando vem aqui na casa de mamãe, é?

Eu em vez de ficar calado, mas o nervosismo me fez piorar a situação e me obrigou dizer:

- Venho tomar um traguinho no cachimbinho de mamãenana.

Parece que o meu pai percebeu o meu nervosismo e não foi tão ignorante comigo. E sem olhar para mim, disse:

- Dê-me, que eu acendo o cachimbinho de mamãe.

E assim ele fez. Pegou a brasa, levou ao cachimbo e entregou à Mamãenana, dizendo-lhe:

- Pega, mamãe, não sei o porquê da senhora pedir a José que acenda o seu cachimbo. Ele não sabe acender cachimbo.

Ora não sabe! Eu já era quase um profissional fumante de cachimbo.

Pouco tempo depois o cheiro de couro de animal queimando era grande. Nada mais  do que a chinela que eu havia jogado sem querer dentro do fogo.

Minhas Simples Histórias

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COMO CAPTURAR LAMPIÃO?

 

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PESQUISADOR DO CANGAÇO AGRADECE PUBLICAMENTE O RECEBIMENTO DO KIT LITERÁRIO EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE VINGT-UN ROSADO

 Por Eriberto Monteiro

O Pesquisador do cangaço Sizinho Júnior agradece publicamente o recebimento do kit literário da Coleção Mossoroense doado pela Fundação Vingt-un Rosado.

A ação faz parte das homenagens ao centenário de Vingt-un Rosado e visa expandir, valorizar e fomentar a literatura potiguar através da Coleção Mossoroense.

A Fundação presenteou 100 instituições cadastradas com 100 kits literários, cada um com 100 obras da Coleção Mossoroense. Sizinho Júnior representa o canal Na Rota do Cangaço / Embolada Filmes. “É muito importante que estas ações possam chegar àqueles que possam contribuir e valorizar ainda mais a Coleção Mossoroense. Este kit é um pedaço de Vingt-un como forma de homenageá-lo e fazer o chamamento da população para manter o seu legado, tão importante nestes tempos obscuros de negacionismo”, afirma Eriberto Monteiro, colaborador da Fundação Vingt-un Rosado.

A felicidade de Sizinho estava presente nas suas palavras: “Acabei de ganhar este kit de livros da Coleção Mossoroense / Fundação Vingt-un Rosado e academia mossoroense de letras, em reconhecimento pelo nosso trabalho do canal Na Rota do Cangaço. Agradeço a cada um de vocês que nos acolhe com tanto carinho”.

A publicação do agradecimento poderá ser acessado através do link https://www.facebook.com/groups/635306490722005/permalink/669018334017487/?notif_id=1602670939310535&notif_t=group_post_mention&ref=notif

https://colecaomossoroense.org.br/site/2020/10/14/pesquisador-do-cangaco-agradece-publicamente-o-recebimento-do-kit-literario-em-homenagem-ao-centenario-de-vingt-un-rosado/?fbclid=IwAR0Zzs-XIlp1na3LfAW5u07ip9Z_LSXdVAN0NYg8xWNrHl7TyFSy8sQ0klA

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