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sexta-feira, 21 de maio de 2021

QUEM MATOU DELMIRO GOUVEIA?

 Por José Mendes Pereira

Você que gosta de ler histórias sobre a vida do coronel Delmiro Gouveia não pode ficar sem este livro. Um excelente trabalho de pesquisas sérias. O seu autor Gilmar Teixeira tem lugar garantido no mundo da publicação  deste e outros temas, 

Para adquiri-lo, dê um pulinho lá em Cajazeiras no Estado da Paraíba e entre em contato com o professor Pereira, através deste e-mail.

franpelima@bol.com.br 

Ou ainda diretamente com o autor acessando o seu e-mail: 

gilmar.ts@hotmail.com

Você não pode ficar sem ele.

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CANGAÇO - AS BOTIJAS DE LAMPIÃO

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=TEQE-dqxRTM&list=RDCMUCG8-uR9AwvjAzQddbT3t3fg&index=5&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7oAderbalNogueira-Canga%C3%A7o

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CANGAÇO - RECANTO DA LÍDIA

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=vhjomuuHpOY&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

O pesquisador João de Sousa Lima narra como Lídia conheceu o cangaceiro Zé Baiano e também sobre algumas casas da Família Pereira que ficam na mesma região do Povoado Salgadinho. Link desse vídeo: https://youtu.be/vhjomuuHpOY

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LUIZ GONZAGA E AS ABELHAS MELÍFERAS

 Por Kydelmir Dantas


A musicografia Gonzagueana é rica em flora e fauna do Nordeste, principalmente. No ano de 1954 ele gravou o baião MINHA FULÔ, uma parceria com o médico pernambucano Zédantas. A letra é um primor quando cita as flores da caatinga e de suas visitantes, as abelhas melíferas e polinizadoras. Vejamos, pois:

MINHA FULÔ (Luiz Gonzaga – Zédantas)

Minha fulô, ai que saudade

Ai, ai que dô... Ai, ai, ai, ai... Minha fulô.

As fulô do meu sertão,

São bonitas e são cheirosa.

O pau d’arco e o pau pereiro,

Faz inveja a qualquer rosa.

Canafísta e mussambê,

Eu nem sei qual mais formosa.

É por isso que as abêia

Mandassaia, Tataíra,

Sanharó e Uruçu,

Faz o mel que admira.

Vendo as abêia beber mel

Beijando as frô.

Só rescordo os favos doce

Dos beijos de meu amô.

É por isso que as abêia

Mandassaia, Jandaíra,

Sanharó e Uruçu,

Faz o mel que admira.

Minha fulô...

Citações:

Flora: Pau d’arco (Tabebuia sp); Pereiro (Aspidosperma pyrifolium); Canafístula (Peltophorum dubium); Mussambê (Cleome spinosa L.)

Fauna: Mandassaia (Melipona quadrifasciata); Tataíra (Oxytrigona tataira); Jandaíra (Melipona subnitida); Sanharó (Trigona spinipes); Uruçu (Melipona rufiventris).

Texto: Kydelmir Dantas, Nova Floresta-PB - 20/05/2021.

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TRAUMA E SAUDADES: AS CARTAS DE SOLDADOS DA SEGUNDA GUERRA ENCONTRADAS EM UM HOTEL

 Por Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins

Um soldado observa o mar - Baptiste Heschung por Pixabay

Segunda Guerra Mundial foi o conflito bélico de maior escala em toda história da humanidade. Durante o período, milhões de pessoas morreram, parte delas em combate, outras em suas próprias casas atingidas por bombas atômicas, além de uma multidão que, cruelmente, acabou sendo enviada para campos de extermínio.

Não há dúvidas, tanto entre os historiadores quanto entre os leigos, de que, nesse cenário de horror e atrocidades, o sofrimento foi companheiro inseparável daqueles que viveram a época. Esse sentimento foi expresso em uma serie de documentos, possibilitando que, mais tarde, fosse revelado a outras pessoas.

Cartas encontradas neste ano, por exemplo, nos mostram o sofrimento de alguns sodados em razão de estarem distantes de suas amadas e pela incerteza de se um dia poderiam encontrá-las novamente.

Carta de amor encontrada este ano / Crédito: Divulgação/Scarborough Archaeological and Historical Society (SAHS)

Em uma delas, um combatente se queixa de uma infecção na gengiva e, mais para frente, declara seu amor pela namorada: “Você está sempre em meus pensamentos, noite e dia”. O documento manuscrito de oito décadas atrás foi encontrado sob o assoalho de um hotel localizado à beira de Scarborough, na Inglaterra, conforme informou a revista Galileu.

Sob o assoalho, registros de saudade e solidão

Esta e outras cartas foram encontradas por uma equipe de trabalhadores que reformavam o Hotel Esplanade, no mês de fevereiro deste ano. Também outros objetos como maços de cigarro e embalagens de chocolate da época da Segunda Guerra Mundial foram deixados pelos combatentes que por lá se instalaram.

Segundo a Scarborough Archaeological and Historical Society (SAHS), instituição que analisou os itens históricos, os objetos datam do período entre 1941 e 1944.

Em uma das correspondências um soldado relata seu anseio pela volta para casa: “O tempo não parece passar tão rápido aqui, os dias se arrastam e suponho que voarão quando eu voltar para casa”.

Embalagens de chocolate e maços de cigarro também foram encontrados no local / Crédito: Divulgação/Scarborough Archaeological and Historical Society (SAHS)

Solitário e tomado pela saudade ele prossegue: "Oh, querida, estou tão sozinho sem você. [...] Onde quer que você vá, minha querida, nunca se esqueça de que eu te amo mais do que qualquer outra coisa na Terra”.

O horror da guerra sob olhar do soldado

Mas as correspondências mais do que revelarem sentimentos de amor e saudade também contém relatos de medo e traumas, a exemplo de um soldado que preferia lançar “bombas vazias” a “tentar enfiar uma baioneta em alguém”.

A historiadora responsável pelo SAHS, Marie Woods, declarou ao Yorkshire Post,  que essa foi, de longe, “a coisa mais dolorosa” que ela leu entre todos os escritos encontrados no Esplanade e ressaltou que esses registros "ajudam a nos colocarmos no lugar desses combatentes”.

Por mais que a teoria ainda não tenha sido confirmada, existe uma grande possibilidade de que um dos autores desses antigos escritos tenha sido identificado.

Carta de um combatente / Crédito: Divulgação/Scarborough Archaeological and Historical Society (SAHS)

Segundo a SAHS, a suspeita é que o britânico John McConell tenha sido um desses soldados. Este forte candidato foi descoberto após os pesquisadores terem compartilhado cópias dos documentos em sua página no Facebook. Um conhecido da família do possível remetente viu a publicação e entrou em contato com a instituição por e-mail.

“James e Jessie McConell tinham um filho chamado John, que estava na RAF e que infelizmente morreu em um acidente de avião em 1943, aos 19 anos”, disse Woods ao jornal. “Achamos que as cartas podem ter vindo dele e foram escritas para uma namorada enquanto ele estava no hotel”. 

Em publicação no Facebook, a historiadora declarou estar interessada em descobrir um pouco mais sobre a vida daquelas pessoas. “Seria realmente maravilhoso se, por algum milagre, pudéssemos descobrir mais sobre esses namorados do tempo de guerra e suas vidas após a guerra”, escreveu a profissional.

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BIOGRAFIA REVELA A CONTROVERSA HISTÓRIA DE AMOR ENTRE LAMPIÃO E MARIA BONITA

 Por Lira Neto e Thiago Lincolins

Lampião e Maria Bonita com seus seguidores - Domínio Público

Uma sertaneja amoleceu o coração de pedra do Rei do Cangaço. Foi Maria Gomes de Oliveira, a Maria Déa, também conhecida como Maria Bonita. Separada do antigo marido, o sapateiro José Miguel da Silva, o Zé de Neném, foi a primeira mulher a entrar no cangaço. Antes dela, outros bandoleiros chegaram a ter mulher e filhos, mas nenhuma esposa até então havia ousado seguir o companheiro na vida errante no meio da caatinga.

O primeiro encontro entre os dois foi em 1929, em Malhada de Caiçara (BA), na casa dos pais de Maria, então com 17 anos e sobrinha de um coiteiro de Virgulino. No ano seguinte, a moça largou a família e aderiu ao cangaço, para viver ao lado do homem amado.

Quando soube da notícia, o velho mestre de Lampião, Sinhô Pereira, estranhou. Ele nunca permitira a presença de mulheres no bando. Imaginava que elas só trariam a discórdia e o ciúme entre seus “cabras”. Mas, depois da chegada de Maria Déa, em 1930, muitos outros cangaceiros seguiram o exemplo do chefe.

Cangaceiro Lampião / Crédito: Wikimedia Commons

Mulher cangaceira não cozinhava, não lavava roupa e, como ninguém no cangaço possuía casa, também não tinha outras obrigações domésticas. No acampamento, cozinhar e lavar era tarefa reservada aos homens.

Elas também só faziam amor, não faziam a guerra: à exceção de Dadá, mulher do cangaceiro Corisco e depois líder ela própria, não participavam dos combates — e com Maria Bonita não foi diferente. O papel que lhes cabia era o de fazer companhia a seus homens.

A chegada das mulheres coincidiu com o período de decadência do cangaço. Desde que passou a ter Maria Bonita a seu lado, Lampião alterou a vida de eterno nômade por momentos cada vez mais alongados de repouso, especialmente em Sergipe. A influência de Maria Déa sobre o cangaceiro era visível.

Foi em um desses momentos de pausa e idílio no sertão sergipano que o Rei do Cangaço acabou sendo surpreendido e morto, na Grota do Angico, em 1938, depois da batalha contra as tropas do tenente José Bezerra.

Cangaceira Maria Bonita / Crédito: Wikimedia Commons

O livro Lampião e Maria Bonita: Uma história de amor e balas, de Wagner Barreira, detalha a insólita exposição da cabeça dos cangaceiros após a execução. Confira um trecho.

"Uma a uma, os soldados retiram as onze cabeças das latas de querosene. Ajeitadas em forma de pirâmide invertida nos quatro degraus da prefeitura de Piranhas, interior de Alagoas, elas fedem, pingam uma mistura de álcool, salmoura e fluidos humanos. Lampião ocupa o centro do primeiro degrau, a pele morta e encharcada puxa olhos, bochechas e boca para baixo, como se escorressem pelas laterais do crânio. Há marca de bala no rosto, as orelhas estão desalinhadas. Os tecidos não parecem colados ao osso."

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O IMPÉRIO IMORTAL DE JOARYVAR MACEDO...

O termo “Império” nascido do latim “imperium”, significa, poder, força e autoridade, naturalmente nos transporta para os alguns dos grandes e imortais acontecimentos da historia da humanidade: império romano, império bizantino, império otomano... Tem sido assim ao longo do tempo, entretanto, império para os apaixonados pela história de nosso torrão, de nosso sertão, das terras deste lado da nação, nos remete a bacamarte, nos remete a Joaryvar Macedo, nos remete ao Império do Bacamarte.

Uma das mais preciosas obras literárias sobre um recorte importante da historia do coronelismo nordestino; tendo o sul do estado do Ceará do final do século 19 e começo do século 20, mais precisamente a emblemática região do cariri; o Império do Bacamarte nos apresenta de maneira aprofundada, a partir da entrega e talento de seu autor; Joaryvar Macedo; sertanejo da “gema” nascido no Sítio Calabaço na emblemática cidade de Lavras da Mangabeira, centro sul do Ceará; um dos mais importantes e surpreendentes períodos do coronelismo de barranco, de todo o país. Fundamentada em vasta bibliografia, pesquisa em periódicos da época, entrevistas com remanescentes e acima de tudo, com a responsabilidade de um filho que fala de sua terra, de sua casa, de seu quintal e de sua gente, Joaryvar Macedo consolida o Império do Bacamarte como um marco no estudo do coronelismo nordestino.

Com a maestria e a sensibilidade que lhes são tão próprias, Joaryvar une mestres como João Brígido, Abelardo Montenegro, Otacílio Anselmo, Rodolfo Teófilo, Leonardo Mota, Nertan Macedo, Amália Xavier e tantos outros talentosos e obstinados garimpeiros da história sertaneja para nos ajudar a compreender esse que foi um dos períodos mais conturbados da historia recente de nosso nordeste. As áridas terras de nosso sertão aprenderam e sofreram desde os tempos da colonização, passando pelo império e desaguando nos tempos da velha república, com as intempéries do clima, a pobreza e desigualdade, a ausência do Estado e com a força e o poder do coronelismo, simbiose perfeita para outros flagelos no sertão nordestino: os “cabras”, os jagunços e os cangaceiros. Notadamente com o presidente Campos Sales; entre 1898 e 1902; e seu sucessor Rodrigues Alves; entre 1902 a 1906; consolidadores da famigerada “políticas dos governadores”, instituto que ensejou por todo o país a expansão e fortalecimento das oligarquias rurais, daí viríamos a conhecer um dos mais sombrios e violentos períodos da história de nosso sertão, destacando o cariri cearense, berço e palco de algumas das mais extraordinárias sagas de deposições, à força e à bala, de todo o Brasil daquela época.

Com clareza, responsabilidade e sua escrita firme, Joaryvar Macedo, nos permite viajar ao cariri dos primórdios do século 18, quando revela os principais e decisivos conflitos armados que teriam forte repercussão na formação da região; personagens como Bárbara de Alencar e seus filhos; Tristão Gonçalves e José Martiniano; sem esquecer ícones como Pereira Filgueiras e Pinto Madeira, dali, passo a passo a epopeia das deposições e mudanças de mando no cariri cearense, sob a égide do bacamarte e o beneplácito da oligarquia Acyolina de Nogueira Acyoli; vão sendo dissecadas com a crueza e violência dos próprios episódios, mas com a leveza das linhas esclarecedoras traçadas por Joaryvar.

1901 tem início a famosa e impressionante saga das deposições no cariri cearense: Antônio Joaquim de Santana; um dos mais proeminentes representantes do Clã dos Terésios; ou simplesmente Coronel Santana, da famosa Serra do Mato depõe Róseo Jamacaru em Missão Velha. Em 1904 no Crato, teremos o coronel Belém de Figueiredo sendo apeado do poder pelo coronel Antônio Luís Alves Pequeno, seguida da deposição em 1906 do coronel Manuel Ribeiro da Costa; o Neco Ribeiro; de Barbalha, por João Raimundo de Macedo, ou coronel Joca do Brejão, esse; irmão do coronel Santana que havia seis anos antes, tomado à bala o município de Missão Velha. No mesmo ano iríamos encontrar a deposição do coronel Marcolino Alves de Oliveira do município de Quixadá, atual Farias Brito, pelos “mandões” daqueles rincões: Joaquim Fernandes de Oliveira e José Alves Pimentel; além do curioso episódio de novembro de 1907 envolvendo dois destacados membros do Clã dos Augustos em Lavras da Mangabeira. Dona Fideralina, a matriarca mais famosa do sertão, patrocinaria a retirada do poder de um de seus filhos, coronel Honório Correia Lima em favor de outro filho, coronel Gustavo Augusto Lima, em um dos momentos mais sanguinários daquelas paragens no belo vale do rio Salgado.

Joaryvar Macedo ainda nos brinda com os episódios sangrentos de conflitos armados por todo o conturbado ano de 1908: em Santana do Cariri, Campos Sales, Aurora e ainda Araripe, quando os potentados locais engalfinhavam-se munidos do bacamarte e da sanha pelo poder perpetrando e consolidando a égide da violência. Nesse ano de 1908 vamos encontrar o destaque para a chegada ao cariri cearense do polêmico medico baiano Floro Bartolomeu; uma das mais emblemáticas e influentes personalidades da história destes lados do sertão nordestino, principalmente por sua estreita ligação com o santo do Juazeiro: Padre Cícero Romão Batista, como também o famoso “Fogo do Taveira”, conflito armado nas terras do Coxá, no município de Aurora, ate hoje cantado em prosa e verso como um dos mais emblemáticos embates da época. O tempo passa e chegamos ao ano de 1910 e a invasão de Lavras da Mangabeira pelo “Bravo Caririense”, Quinco Vasques desafiando a força e o poderio do coronel Gustavo Augusto Lima do Clã dos Augustos, intento logrado pela defesa do filho de Fideralina e seus cabras e a consequente prisão do destemido Quinco Vasques.

E assim Joaryvar Macedo sem esquecer o Pacto dos Coronéis de 1911 em Juazeiro do Norte ou mesmo a Sedição de 1913, dentre outros episódios, nos traz a partir de uma leitura envolvente os principais aspectos daquela conturbada época; com cheiro de chumbo e morte; que por muito tempo ainda viria a pontuar por esses rincões sertanejos. Traçando as principais causas, as principais características de seus protagonistas e ainda as repercussões politicas, o Império do Bacamarte é obra obrigatória a todos que pretendem conhecer um pouco mais dessa feição do coronelismo nordestino.



Família de Joaryvar Macedo, recebe em nome do homenageado, Título de "Personalidade Eterna do Sertão", pelo Cariri Cangaço.

Por ocasião de nosso Cariri Cangaço 2018 em Fortaleza, o Conselho Alcino Alves Costa em sessão solene dentro do evento que ocorreu na Casa José de Alencar; da Universidade Federal do Ceará; viria a prestar uma das mais justas homenagens da comunidade que pesquisa temas nordestinos; foi conferido ao pesquisador e escritor Joaquim Lobo de Macedo, Joaryvar Macedo, o Título de Personalidade Eterna do Sertão, honraria entregue pelos Conselheiros Bosco André e Cristina Couto. O nobre escritor cearense foi representando por sua esposa, dona Rosalba Macedo, o genro Hélio Santos e as netas Ana e Clara, num dos momentos mais importantes da agenda do evento. E hoje novamente temos a honra de reencontrar Joaryvar e seu imortal Império do Bacamarte; a partir do convite feito pela família a mim para participar, com esse texto, do lançamento da mais nova edição da obra que sem dúvidas é um clássico dentro dos clássicos. Joaryvar, você conseguiu a proeza de tornar imortal mais esse “Império” e o mesmo só consolida a sua imortalidade. Yokatane!

Manoel Severo, Fortaleza 21 de maio de 2021

Manoel Severo Gurgel Barbosa é fundador e curador do Cariri Cangaço; diretor da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço; Acadêmico Fundador da ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço; Membro da ACLA - Academia Columijubense de Ciências, Letras e Artes; Membro da Academia Lavrense de Letras; Membro da Academia Apodiense de Letras, Diretor do GECC – Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e Membro Honorário do GPEC – Grupo Paraibano de Estudos do Cagaço e do GFEC-Grupo Florestano de Estudos do Cangaço. Recebeu os Títulos de Cidadão Honorário dos municípios de Maranguape, Quixeramobim, Crato e Missão Velha; no Ceará, Piranhas em Alagoas e Floresta em Pernambuco.

https://cariricangaco.blogspot.com/2021/05/o-imperio-imortal-de-joaryvar-macedo.html

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ESSE TEU JEITO DE AMAR

Por Veridiano Dias Clemente 


Essa tua sutileza

E esse teu jeito de amar

É feito a onda do Mar

Que volta e vai todo instante

Não sei se estais chegando

Ou dessa vez vai voltando

Deixando meu olhar ofegante


Quando fito o Horizonte

Não sei o que imagino

Prá decifrar não tenho tino

Quantas ondas vem do mar

Vou contando pelas espumas

Me atrapalhando nas brumas

Que voam com teu olhar


Eu tento tanto te encontrar

Na névoa que me alucina

Chego a ver você menina

Numa silueta tão bela

Mas foi sempre essa ilusão

Que fez bater meu coração

Acreditando qu'eras sincera


Poeta VERÍ

Do País de Caruaru-PE

20/05/2021

Às 23h43


https://www.facebook.com/veridianodiasclemente.clemente

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PATOS DE IRERE. SAO JOSE DE PRINCESA A TRAGÉDIA DO CASARÃO DE PATOS DE IRERÊ.

 Por Geraldo Júnior

https://www.youtube.com/watch?v=f0c7bc4GVTY&ab_channel=Canga%C3%A7ologiaCanga%C3%A7ologia

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AS CRUZES DAS ESTRADAS NORDESTE À DENTRO. CONTO NOVO - 20/05/2021

 Por João Filho de Paula Pessoa

https://www.youtube.com/watch?v=RGIrVPh2EVQ&ab_channel=ContosdoCanga%C3%A7o

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