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sábado, 4 de outubro de 2014

Território Livre de Princesa e o Cangaço

Material do pesquisador Raul Meneleu Mascarenhas

Pesquisando a respeito do mais famoso cangaceiro do Nordeste, deparei-me com outros eventos que vinham incendiando a República nos anos 20 e 30 envolvendo cangaceiros contratados por coronéis para protegerem suas propriedades e combater seus desafetos.

Encontrei nas páginas do jornal carioca 'O Globo' reportagens sobre um evento que estava se dando na Paraíba, com envolvimento de cangaceiros sob mando do coronel José Pereira que iniciou uma guerra com o Presidente da Paraíba João Pessoa. - (Presidente era o título que hoje é chamado de Governador). - A primeira referência foi essa nota pois como no filtro de busca tinha a palavra 'cangaço' surgiu e a salvei em meu acervo assim como as demais.


Daí então surgiram outras referências que fui salvando e reservando, para mostrar que naquela época, a expressão 'cangaceiro' era usada para designar jagunços contratados e que eram usados pelos coronéis do sertão nordestino. Abaixo vemos a segunda referência no dito jornal do dia 30 de junho de 1930:













O Globo de 8 de julho de 1930




O Globo de 10 de julho de 1930



 Dados registrados na Wikipédia
A proclamação de território livre, acorreu após a chamada Guerra de Princesa, que foi um acontecimento que marcou e transformou a vida nacional, considerado por muito historiadores, o ponto inicial da Revolução de 1930, em que os coronéis de Princesa, revoltosos com a administração de então presidente da ParaíbaJoão Pessoa, resolveram proclamar independência do Território em relação ao Estado da Paraíba, sendo a partir desta data, subordinado diretamente ao Governo Federal.

A proclamação de território livre, acorreu após a chamada Guerra de Princesa, que foi um acontecimento que marcou e transformou a vida nacional, considerado por muito historiadores, o ponto inicial da Revolução de 1930, em que os coronéis de Princesa, revoltosos com a administração de então presidente da ParaíbaJoão Pessoa, resolveram proclamar independência do Território em relação ao Estado da Paraíba, sendo a partir desta data, subordinado diretamente ao Governo Federal.

Quando o presidente João Pessoa foi assassinado pelo advogado João Duarte Dantas, de Teixeira, por motivos pessoais/políticos, o movimento armado de Princesa tomou novo rumo, pois enquanto os homens de Coronel José Pereira comemoravam a vitória, ele parava para pensar e percebia que já não havia mais nada para lutar.

Presidente da RepúblicaWashington Luiz, decidiu terminar com a Revolta de Princesa e o José Pereira não ofereceu resistência.

Conforme acordo prévio, seiscentos soldados do 19º e 21º Batalhão de Caçadores do Exército, comandados pelo Capitão João Facó, ocuparam a cidade em 11 de agosto de 1930, pondo fim oficialmente ao Território Livre de Princesa.

José Pereira deixa a cidade à 5 de outubro do ano corrido. Depois de anistiado, em 1934, foi residir na fazenda Abóboras em Serra Talhada, Pernambuco.

Fonte: http://meneleu.blogspot.com.br/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Justiça Libera o Livro Polêmico que Questiona a Sexualidade de Lampião

Por Rostand Medeiros

Livro insinua que o cangaceiro Lampião era gay, Maria Bonita mantinha relações sexuais com outros e Expedita pode não ser filha dos dois. Família tentou impedir a publicação de livro que sugere essa história.

Fonte – nosrevista.com.br 

O livro “Lampião – O mata sete” vai voltar a ocupar as prateleiras de livrarias do Brasil afora. Escrito pelo juiz aposentado Pedro Morais, o livro polêmico já pode ser lançado. A família do cangaceiro, na figura de Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita, conseguiu proibir a publicação, a doação e a venda da obra em 2011, com a alegação de que se tratava de exposição desnecessária da sexualidade de Lampião. Mas agora a justiça decidiu pela liberação!

De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Sergipe, o pleno da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), em julgamento realizado nesta terça-feira, 30 de setembro, deu provimento, por unanimidade à Apelação Cível nº 201200213096 e reformou a sentença de 1ª grau que proibia o lançamento e venda de livro sobre a vida de Lampião.

O desembargador Cezário Siqueira Neto entendeu que o cangaceiro é uma figura pública e que isso significa abrir mão de uma parcela de sua privacidade, além de citar o direito à liberdade de expressão do autor.

Na sentença o desembargador definiu que “proibir o lançamento do livro é reprimir a liberdade de expressão”.

Explicou o desembargador Cezário que “a decisão foi baseada no texto constitucional, é a ponderação entre os direitos de expressão, a liberdade artística e a privacidade. No caso, por tratar-se de um personagem público, entendeu-se que havia uma restrição ao direito à privacidade. Toda pessoa pública sofre restrições a esses direitos de intimidade e privacidade e obviamente pode ter a sua vida publicada em obra”.

Em seu voto o desembargador Cezário Siqueira Neto entendeu que garantir o direito à liberdade de expressão coaduna-se com os recentes julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), em manifesto combate à censura.

Desembargador Cezário Siqueira Neto – Fontewww.infonet.com.br/politica//ler.asp?id=163798

O relator do processo disse ainda que se a filha de Lampião, Expedita Ferreira Nunes, se sentiu ofendida ela pode requerer indenização. Em 2011, na época da proibição do livro, o advogado da família de Lampião, Wilson Wynne de Oliva Mota comentou que “A família não quer discutir se Lampião era homossexual, mas a história, que sempre destacou se ele era herói ou bandido até porque a quem interessa se ele era gay ou não? Eu tenho absoluta certeza que a decisão vai continuar sendo cumprida porque o livro agride por demais afirmando que Lampião era Gay, que Maria Bonita era adúltera e até que Expedita não é filha dos dois. Isso causou transtornos a toda a família, aos netos, aos bisnetos na escola. Isso por causa de um livro escrito sem a menor preocupação, sem o menor cuidado, sem verdade”.

Após a decisão publica da última terça feira, o Dr. Wynne comentou que vai buscar novamente proibir a venda do livro e recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Comentou ainda o advogado que “o livro aborda um tema que nenhum estudioso ou pesquisador do cangaço ouviu falar”. Segundo Pedro de Morais, o objetivo foi desmistificar o Lampião herói, pois ele também seria um criminoso. “O Lampião herói foi criado pela esquerda intelectualizada após o Golpe Militar de 1964. Antes, ele era visto como um bandido e é sobre isso que meu livro trata. Não é uma biografia gay de Lampião, é uma biografia qualquer, além disso, eu nunca usei a expressão gay”, garante o autor. O livro tem 300 páginas e foi escrito entre 1991 e 1997, período em que o juiz morava em Canindé do São Francisco, cidade que tem sua história muito ligada ao ciclo do cangaço.

Pedro de Morais afirma ainda que existem várias publicações sobre a homossexualidade do cangaceiro. “Tem até uma tese na Sorbonne pontuando a acentuada feminilidade de Lampião, ela também já foi publicada em várias revistas de circulação nacional. Por que somente eu? Eu o chamo de ladrão, assassino e canalha, mas apenas a parte que toca na homossexualidade é a que ofende a família. Não há nenhuma comprovação de que ele roubava dos ricos para dar aos pobres”, argumenta.

A decisão do TJSE ainda cabe recurso, mas não impede a publicação.

Vera Ferreira – Fonte – http://www.uneb.br

No desenrolar desta situação, Vera Ferreira publicou no seu microblog do Facebook hoje pela manhã (03-10-2014) a seguinte nota;

"Quem me conhece sabe que uso pouco esse espaço, mas resolvi dividir com vocês a minha indignação e desânimo com a nossa justiça, e olha que não é de agora que falo da minha descrença. Fomos surpreendidos com a decisão do Desembargador relator do processo, daqui de Aracaju, de liberar o livro que tínhamos conseguido, através de ordem judicial, impedir o lançamento do mesmo. Nunca tomamos essa atitude contra qualquer trabalho sobre meus avos, Lampião e Maria Bonita, mesmo tendo tantos trabalhos ruins e que não acrescentam em nada para o esclarecimento da temática, muito pelo contrário, mas esse livro ofende de forma covarde e vil dois seres humanos que têm filha, netos, irmão e parentes! Não entendo como pode uma pessoa, que com certeza não teve o trabalho de ler uma página, que já seria o suficiente, para saber que jamais deveria ter liberado, muito pelo contrário!!! O digníssimo relator justificou que meus avós eram personagens públicas, portanto podem ser achincalhados?? Então eu posso, na visão desse senhor, escrever sobre qualquer pessoa pública, inclusive eles, falando o que eu quiser, sem sofrer qualquer punição? Que leitura é essa desses senhores que aplicam as leis? O fato desse “escritor” ser juiz aposentado torna-o blindado? É o que parece!!! É lamentável, indigno, injusto!! O advogado da minha mãe, de. Wilson Wynne vai entrar com recurso no STF, mas sabemos que só teremos uma posição daqui no mínimo uns cinco anos, e aí o dano está feito! Temos que respeitar a decisão, mas cada dia que passa, entendo mais ainda o meu avô!!! Obrigada por me escutarem!!! Foram quase 3 anos calada, mas não consegui me manter calada ao me sentir sufocada!!!" 

Rostand Medeiros

OPINIÃO – Pessoalmente não tenho como comentar sobre o que está escrito neste livro, pois não o li. Entretanto posso comentar que conheci Vera Ferreira em Natal ainda na década de 2000, na ocasião quando ela realizou uma exposição sobre o tema cangaço junto com o escritor paulista Amaury Correia. Neste trabalho ela e Amaury contaram com o apoio do escritor potiguar Sergio Dantas. Depois não houve outra oportunidade de encontro entre a minha pessoa e Vera Ferreira. Em raras ocasiões mantivemos algum contato por correio eletrônico. Mas da minha parte existe um respeito pelo seu trabalho e pela sua história de vida.

Bem, ao longo do tempo que possuo e desenvolvo este blog TOK DE HISTÓRIA, inúmeras vezes eu citei e assinei textos onde a pessoa de Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, foi apontado como um “bandido”. Pessoalmente nem busco endeusá-lo e nem demonizá-lo. Apenas tento transmitir o que está escrito, descrito e comentado em velhos livros, jornais e pelas lembranças de pessoas que viveram pelo sertão afora e me narraram seus encontros com este cangaceiro. Nos meus textos nunca deixei de escrever o que penso deste homem controverso, tendo sido em algumas ocasiões fortemente criticado por leitores do meu blog.

Apesar deste posicionamento eu jamais fui contestado por Vera Ferreira e sua família. E ela poderia ter me criticado, contestado e, talvez, me contatado se assim o desejasse por algo que escrevi. Pessoalmente nunca enveredei pela temática da vida íntima dos cangaceiros, pois além de serem poucas as referências existentes, acho o tema de pouca relevância no contexto geral do assunto. Acredito que a fonte da história do cangaço, de Lampião e de outros cangaceiros e cangaceiras ainda têm muito a oferecer para aqueles que saem pelas veredas do sertão. Ou buscam em arquivos os velhos jornais e documentos daquilo que Estácio de Lima denominou como “O mundo estranho dos cangaceiros”. 


Rostand Medeiros é  pesquisador e escritor. 
http://tokdehistoria.com.br

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Pequeno ABC do Cangaço


Acampamento

Em tempos de calmaria, os cangaceiros jogavam cartas, bebiam, promoviam lutas de homens e de cachorros, faziam versos, cantavam, tocavam e organizavam bailes. Para essas ocasiões se perfumavam muito. Lampião tinha preferência pela fragrância francesa Fleur d'Amour.

Almocreves

Transportavam bagagens, alimentos e bens materiais pelos sertões, no lombo de burros. Na sua adolescência, Lampião havia exercido este ofício, o que contribuiu para que conhecesse bem a região onde depois palmilhou como líder dos cangaceiros.

Armas

Os cangaceiros mantinham seus rifles ensebados em ocos de pau, para evitar o "bicho próprio da madeira". O Winchester (modelo 1873, calibre 44, cano octogonal), conhecido com rifle papo-amarelo, foi a arma usada até 1926. O fuzil Mauser (modelo 1908, calibre 7x57) passou a ser a arma do bando de Lampião após a ida a Juazeiro do Norte. Os punhais tinham lâminas que mediam aproximadamente 67cm e o cabo, 15cm.

Coronel

Chefe político local, dono de grandes extensões de terra. Suas relações com os cangaceiros dependiam do interesse do momento.

Coiteiro

Indivíduo que fornecia proteção aos cangaceiros. Arrumava alimentos, fornecia abrigo e informações. O nome vem de coito, que significa abrigo. Religiosos, políticos e até interventores ajudaram Lampião.

Dinheiro

Em 1930, o governo baiano chegou a oferecer 50 contos de réis pela captura de Lampião. Era dinheiro suficiente para se comprar, na época, seis carros de luxo.

Equipamento

Em 1929, na cidade de Capela, Sergipe, Lampião pesou sua carga. Sem as armas e com os depósitos de água vazios, chegou a 29 quilos.

Ferimentos

Lampião levou sete tiros e perdeu o olho direito, mas acreditava que tinha o corpo fechado. Em 1921, foi ferido à bala no ombro e na virilha, no município de Conceição do Piancó-PB. Em 1922, atingido na cabeça. Em 1924, baleado no dorso do pé direito, em Serra do Catolé (Belmonte-PE). Em 1926, ferimento leve à bala, na omoplata, em Itacuruba, em Floresta-PE. Em 1930, atingido levemente no quadril, em Pinhão, município deItabaiana-SE.

Gravidez

As crianças não eram amamentadas pelas mães naturais, mas deixadas com amigos de confiança em coitos seguros. Para o nascimento, o bando reforçava a segurança do bando em um lugar fora da rota das volantes, mas próximo a uma parteira de confiança.

Maldade

Lampião tornou-se um "expert" em "sangrar" pessoas, enfiando-lhes longo punhal corpo adentro entre a clavícula e o pescoço. Consentiu que homens como José Baiano marcassem rostos de mulheres com ferro quente. Arrancou olhos, cortou orelhas e línguas. Castrou um homem dizendo que ele precisava engordar.

A assepsia, nesses casos, era a mesma aplicada aos animais: cinza, sal e pimenta.

Medicina 1

No ferimento à bala, aguardente, água oxigenada e pimenta malagueta seca eram introduzidas através do orifício de entrada. A farinha, além de alimento indispensável, era utilizada como emplastro, no tratamento dos abcessos. O fumo em pó era utilizado sobre feridas abertas, com objetivo de evitar infecções secundárias e ovo posição de moscas varejeiras. Lampião levava em um de seus bornais uma botica improvisada com tintura de iodo, pó de Joannes, água forte, pomada de São Lázaro, linha e agulha, algodão, um estojo de perfumes com brilhantina, óleo extratos e essências baratas.

Medicina 2

O juá e a arnica eram elementos fundamentais para tratamento de feridas por tiros. O emprego das cascas de jenipapo nas luxações, fraturas e contusões era uma prática comum. Em traumatismo ocasionado por coice de burro usavam um emplasto de mastruço, carvão moído e esterco de animal. O chá de quixabeira também era recomendado para cicatrização.

Modernidade

Preocupado com falsificação de correspondência, Lampião mandou fazer cartões de visita com sua foto. Ele também mandava cartas em papéis que tinham seu nome datilografado. E usava garrafa térmica e capa de chuva, presentes dos coronéis que lhe apoiavam.

Misticismo

Meizinhas, amuletos e rezas eram utilizados para "fechar o corpo" contra os inimigos ou para espantar cobras e animais peçonhentos. Mulher menstruada era impedida de entrar nos quartos dos feridos de guerra, "para não arruinar a ferida". Em lesões graves, o doente devia evitar "pisar em rastro de corno".

Mulheres

Até 1930 não existiam mulheres no cangaço. Lampião passou a integrá-las em seus bandos depois de conhecer e se apaixonar por Maria Bonita. Elas não cozinhavam e nem faziam outras tarefas rotineiras nos acampamentos, atribuições para homens. Também não participavam efetivamente dos combates, com exceção de Dadá, esposa de Corisco.

Religiosidade

Supersticioso, Lampião andava com amuletos, livros de orações e fotos do Padre Cícero na roupa. Nos acampamentos, ele era encarregado da leitura do "ofício", espécie de missa. Em várias das cidades que invadiu chegou a ir à igreja, onde deixava donativos fartos, exceto para São Benedito. "Onde já se viu negro ser santo?", dizia, não escondendo o seu racismo.

Volantes

As forças policiais oficiais, que também agregavam civis contratados pelo governo para perseguir os cangaceiros.

Fontes: www.pernambuco.com
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cangaco/cangaco.php

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LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE

Autor Archimedes Marques

SERVIÇO

 Este  livro contém 552 páginas, custa R$ 50,00, e para aqueles que estiverem interessados, basta depositar o valor na conta corrente que segue abaixo, em nome da esposa deArchimedes Marques, a senhoraElane Lima Marques e enviar um e-mail para o autor 
com o endereço para que ele encaminhe o livro pelos Correios.

BANCO DO BRASIL
Elane Lima Marques
Agência: 3088-0
Conta: 33384.0

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Agradecimento


Estimado amigo Emerson Monteiro

gostaríamos de em nome de toda família Cariri Cangaço agradecer sua presença honrosa em nosso Cariri Cangaço Lavras da Mangabeira 2014, engrandecendo sobremaneira o nosso evento e para nossa felicidade agradecemos por ter aceito o convite para ser um de nossos Conferencistas no Grande Cariri Cangaço 2015,em nosso amado cariri. 

Abração, Manoel Severo Barbosa.

Fonte: facebook

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Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita, relata sua indignação em relação à sentença judicial que liberou a venda do polêmico livro que contradiz a história e coloca em dúvidas a masculinidade de seu avô (Lampião), assim como a fidelidade de sua avó (Maria Bonita).

Por Vera Ferreira

Quem me conhece sabe que uso pouco esse espaço, mas resolvi dividir com vocês a minha indignação e desanimo com a nossa justiça, e olha que não é de agora que falo da minha descrença. Fomos surpreendidos com a decisão do Desembargador relator do processo, daqui de Aracaju, de liberar o livro que tínhamos conseguido, através de ordem judicial, impedir o lançamento do mesmo. 


Nunca tomamos essa atitude contra qualquer trabalho sobre meus avos, Lampião e Maria Bonita, mesmo tendo tantos trabalhos ruins e que não acrescentam em nada para o esclarecimento da temática, muito pelo contrário, mas esse livro ofende de forma covarde e vil dois seres humanos que têm filha, netos, irmão e parentes! Não entendo como pode uma pessoa, que com certeza não teve o trabalho de ler uma página, que já seria o suficiente, para saber que jamais deveria ter liberado muito pelo contrário!!! O digníssimo relator justificou que meus avós eram personagens públicas, portanto podem ser achincalhados?? Então eu posso na visão desse senhor, escrever sobre qualquer pessoa pública, inclusive eles, falando o que eu quiser, sem sofrer qualquer punição? Que leitura é essa desses senhores que aplicam as leis? O fato desse "escritor" ser juiz aposentado torna-o blindado? É o que parece!!! É lamentável, indigno, injusto!! 

O advogado da minha mãe, Wilson Wynne vai entrar com recurso no STF, mas sabemos que só teremos uma posição daqui no mínimo uns cinco anos, e aí o dano está feito! Temos que respeitar a decisão, mas cada dia que passa, entendo mais ainda o meu avô!!! Obrigada por me escutarem!!! Foram quase 3 anos calada, mas não consegui me manter calada ao me sentir sufocada!!!

Fonte: facebook
Página: O cangaço - Geraldo Júnior


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FOTO HISTÓRICA DA FAMÍLIA FERREIRA


IDENTIFICAÇÃO (Juazeiro - Março de 1926)

1 - Antônio Ferreira da Silva, irmão;
2 - Anália Ferreira, irmã;
3 - Joaninha, cunhada (casada com João Ferreira);
4 - Maria Mocinha, ou Maria Queiroz ,irmã;
5 - Angélica Ferreira, irmã ;
6 - Virgulino Ferreira da Silva - Lampião;
7 - Zé Paulo, primo; 
8 - Venâncio Ferreira, tio, possivelmente irmão de Zé Ferreira, pai dos
irmãos Ferreira; 
9 - Sebastião Paulo, primo;
10 - Ezequiel Ferreira da Silva, irmão; 
11 - João Ferreira, irmão; 
12 - Pedro Queiroz, cunhado (casado com Maria Mocinha, que está à sua
frente, sentada);
13 - Francisco Paulo, primo; 
14 - Virgínio Fortunato da Silva, cunhado (casado com Angélica). Há
quem diga que Virgínio era de Alexandria, no Estado do Rio Grande do
Norte
15 - Zé Dandão, agregado da Família Ferreira

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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