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terça-feira, 9 de maio de 2017

NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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APÓS A JANELA HAVIA UM JARDIM

*Rangel Alves da Costa

          Os outonos chegam devastando tudo. Noutros idos, em tempos agora tão nostálgicos e melancólicos, logo após a janela e pelos arredores, havia um mundo de alegria e contentamento. Um jardim florido, canteiros verdejantes, pomares de doces sabores, pássaros e borboletas, pétalas viscosas, abelhas tecendo mel. Um banquinho de madeira debaixo de uma frondosa amendoeira onde pombos pousavam após ciscamentos atrás de grãos. Uma bela canção chegada na primeira cor da aurora. 


A mata despertando, as folhagens dançando ao sopro do vento, horizontes após montanhas e montanhas abrindo caminho aos trilhos do trem. E hoje, e hoje, o que resta desse ontem de maravilhosa feição? E você, triste e solitário homem, o que fazes aí rente a janela, sentado em cadeira de balanço, como se a vida se resumisse em melancólica e saudosamente avistar o lado de fora, principalmente onde havia um jardim? Sei muito bem que não há muita coisa a fazer entre estas paredes lanhadas de tempo e na eterna semiescuridão desde o amanhecer. Seria doloroso demais passar o dia inteiro mirando as paredes velhas e os seus retratos mais velhos ainda. Ali grande parte da geração familiar, avôs, avós, pai, mãe, irmãos, parentes. Os vidros amarelados e as molduras carcomidas de tempo dizem bem das distâncias, dos adeuses, das saudades. Não há mais flores para cuidar, não há mais flores para regar. No meio da mesa apenas um jarro antigo com flores de plástico, tristonhas, empoeiradas, já sem cores definidas. Também não se interessa mais em estar cutucando a estante atrás de livros para a leitura do dia. Muitos desses livros estão em desordem, espalhados por todo lugar, até pelos cantos da casa. Era ávido leitor, e de avidez imensa por Proust, Somerset Maugham, Pearl. S. Buck, Poe, Whitman, Florbela Espanca, Joyce, Voltaire, Shakespeare, mas também João do Rio, Machado de Assis, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, dentre tantos outros. Um dia se deu de poeta e rabiscou mil versos. Os que não foram levados ao vento foram queimados pelo fogo dos anos. Dizia-se de poesia incompreendida, a não ser que o leitor se predispusesse a ter um punhal à mão. Poemas cheirando a limão, a rum envelhecido, a vinho de safra boa, a cachaça comum. Litros e mais litros ainda se acumulam pelo quintal. Mas já não bebe. Tentou certa feita beber um cálice de veneno, porém já perto do lábio resolveu desistir para continuar sofrendo. Assim, ele intimamente se confessou. Então continuou no seu mundo enlaçado de nada. Ou de tudo. Abdicando de andar pela cidade, de caminhar entre as pessoas e de fazer amizades, cuidou apenas de fechar a porta. O que quase nunca estava fechada era a janela. Era, pois, rente a esta janela que ele sentava para o balanço lento na cadeira e também lançar o olhar às paisagens lá fora, ao redor e mais adiante de onde antes havia um jardim. Tal jardim agora inexistente lhe atormenta dia e noite. Toda vez que senta ali, então aquele jardim da memória começa a renascer em cinzas, em gravetos, em pedras, em pétalas, em flores, em viços verdejantes. Avista tudo pelos olhos do passado. Avista o jardim, mesmo inexistente agora. Mas não dura muito e o embaçamento do olhar vai transformando tudo numa cortina idílica, fantasmagórica, entremeada de tempestades e vendavais. Passa o leiteiro, passa o enterro em triste acompanhamento, passa a lavadeira com cesto de pano na cabeça, passa a carruagem de fogo, passa a bruxa montada em vassoura, passa o séquito real. E também passa sua mãe, passa o seu pai, passa o seu avô. Certa feita, ao avistar passando um barco na areia, então correu e quis pular a janela gritando, gritando, gritando: também quero ir, também quero ir! E depois desaba em sono profundo. A noite cai, a escuridão se apossa de tudo. Nenhum candeeiro, nenhuma lamparina acesa, somente aquele vulto sentado perante a janela aberta. Lá fora, no meio do mundo, um céu estrelado, uma lua bonita, um frescor de brisa. Um leve perfume avança pela janela. Um gato mia no telhado. Alguém começa a bater à porta. Um toque mais outro, mais outro, cada vez mais forte. E ele desperta assustado para dizer: Já vou abrir mãe, já vou abrir a porta. Em seguida, depois de a porta aberta, ele começa a chorar. Sua mãe não chegou. Todo dia a mesma espera. Mas ela nunca vem.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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GOVERNO DO ESTADO NÃO REPASSA CONSIGNADOS DA ADUERN HÁ QUATRO MESES


O repasse dos consignados da ADUERN, referente aos descontos mensais nos salários de professores e professoras associadas, segue não sendo enviado para a conta do sindicato.

Em 2016 a falta de repasse já era preocupante, desde o início do ano o envio foi feito com morosidade e os atrasos variaram entre dois e três meses.  Em 2017 a situação se agravou e hoje já são contabilizados quatro meses sem pagamento dos consignados. Vale ressaltar que neste período o Governo não deixou de realizar o desconto mensal nos salários dos associados e associadas, caracterizando apropriação indébita do recurso da ADUERN.

A falta do repasse tem prejudicado o funcionamento do sindicato. Durante os últimos meses o ANDES/SN tem socorrido financeiramente a ADUERN. A articulação junto à entidade nacional tem sido fundamental para a manutenção de nossas atividades e pagamento das demandas mais essenciais.   

A ADUERN já entrou com uma ação judicial contra o Governo reivindicando o pagamento dos consignados em dia e o repasse imediato dos valores em atraso. Exigimos que o Governo do Estado repasse os consignados da ADUERN e encerre a sua política que asfixia ao movimento sindical, que tem prejudicado não só a ADUERN, mas também outras entidades de classe em nosso estado.

Jornalista

Cláudio Palheta Jr. 

Telefones Pessoais :

(84) 88703982 (preferencial) 
Telefones da ADUERN: 
ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CANGACEIRO CORISCO


Capitão Corisco, O último Cangaceiro!!!! Sua morte, marca oficialmente, o fim do cangaço.

Foto colorizada por Rubens Antonio

Fonte: facebook
Grupo: O Cangaço
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=404188783314160&set=gm.1561104250569354&type=3&theater

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À MINHA MÃE.

Por Ignácio Tavares de Araújo
Da esquerda para a direita: Raimunda Tavares de Araújo, o neto João Ignácio e Ignácio Tavares de Araújo

À MINHA MÃE - Nasceu no dia 4 de outubro de 1901, faleceu no dia 21 de abril de 1995....Foi minha Mãe, meu pai, meu tudo que ao partir deixou-me em estado de saudades sem fim...

Benigna Lourdes de Sousa, mãe de Ignácio Tavares de Araújo e avó materna de José Romero de Araújo Cardoso

"Eu vi minha Mãe rezando,
Aos pés da Virgem Maria
Uma Santa escutava
O que outra Santa pedia"

Ignácio Tavares de Araújo

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FÁBRICA DE VINHO TITO SILVA/ JOÃO PESSOA.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Fundada pelo jornalista Tito Henrique da Silva, em 1892, na cidade de João Pessoa, Paraíba, a Fábrica de Vinhos de Caju Tito Silva, era a mais antiga e a maior produtora nacional do vinho de caju, bebida bastante popular no Nordeste por um longo tempo. A fábrica, ao longo da sua história, ganhou diversos prêmios de reconhecimento pela qualidade dos seus produtos, dentre eles, um em Bruxelas, em 1911, e outro na Exposição do Centenário do Brasil em 1922, no Rio de Janeiro.


Na Tito Silva, o processo de produção do vinho de caju era bastante artesanal, a manufatura era caseira e somente a família trabalhava na linha de produção, sendo que, até 1917, seus únicos empregados eram a mulher e o filho. Somente a partir dos anos 1940, devido à importação de máquinas da Inglaterra e dos Estados Unidos, o processo deixou de ser artesanal, porém, preservando a forma tradicional de processamento. 


Nessa primeira metade do século XX, a fábrica chegou a produzir vinte toneladas diárias de vinho de caju, e o produto ganhou grande aceitação no mercado, e chegou a ser comercializado em várias regiões do país, e até mesmo na Alemanha e nos Estados Unidos. A produção subiu ao seu índice máximo, e chegou a consumir de 25 a 30 toneladas de caju por dia. 


Antigamente encontrado nos arredores da fábrica, graças tanto ao aumento da produção quanto aos cortes de cajueiros para produção de carvão vegetal, as plantações desapareceram, e fizeram com que os proprietários recorressem às plantações de caju de outras cidades da Paraíba e do Rio Grande do Norte, aumentando os custos com a produção.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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