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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

OS MORTOS NO FOGO DA MARANDUBA

Por Aderbal Nogueira
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Esse é considerado pelos pesquisadores/escritores o segundo maior combate entre Lampião e a Força Pública.

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TRÊS CADEIRAS.

 Por Rangel Alves da Costa

 Um dia, caminhando ao vento pelos sertões de Poço de Cima, eis que de repente avistei três cadeiras na calçada de uma casinha. Porta e janela fechadas, curral sem mugido ou presença alguma, apenas o silêncio moldurando aquela singela e bucólica vida matuta tão minha. 

Fui me aproximando cada vez mais e imaginando o porquê daquelas três cadeiras ali colocadas, como se três pessoas ali estiveram conversando ou mesmo esperando a chegada de visitantes. Mas como, se a porta e a janela estavam fechadas e não havia nem sinal de presença de qualquer morador? 

Abaixei o olhar pensativo, mas no instante seguinte, ao olhar novamente adiante, então me vi diante de presenças imaginárias. Disse a mim mesmo que aqueles assentos estavam ocupados por pessoas da terra, por sertanejos que ali passaram e fizeram história, por conterrâneos de um passado de recordações. 

Um velho vaqueiro bebendo da água de seu cantil, um caçador remexendo na fundura de seu aió, uma senhora debulhando feijão de corda num cesto espalhado no colo, um mateiro se preparando para as andanças em meio à caatinga, uma velha senhora passando seu rosário de contas pelos dedos e orando por tudo e por todos. Vi um cangaceiro contando as balas na cartucheira, vi um menino em pé na cadeira e atirando com sua peteca baleadeira. Quase me acerta. 

E vi tudo se esvaindo como névoa em meu olhar, e depois apenas as três cadeiras vazias. Segui até lá e me assentei numa delas. Depois chamei meu pai Alcino e meu avô Ermerindo para conversar. Suas vozes e suas lições ainda estão comigo. Suas presenças ainda levo comigo...

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A MORTE DOS CANGACEIROS MANÉ MORENO, SUA COMPANHEIRA ÁUREA E CRAVO ROXO

 Por Dr. Archimedes Marques

O grupo chefiado por Mané Moreno estava arranchado há três dias na fazenda Jaramataia, em Gararu, propriedade essa pertencente a Antônio Caixeiro, o maior coiteiro de Lampião em Sergipe. Nessa ocasião Antônio Caixeiro ali não estava presente, entretanto, os seus empregados tinham ordem expressa para receber os cangaceiros quando eles bem lhes conviessem, tanto é que a Jaramataia também era um dos portos seguros desses bandoleiros, além de outras tantas fazendas de um lado ou doutro lado do “Velho Chico”, então pertencentes a esse tão importante coiteiro. Assim, provavelmente por conta de informações de moradores circunvizinhos, Odilon Flor ali foi parar no encalço e rastro dos cangaceiros, oportunidade em que os mesmos já tinham “capado o gato”, ou seja, já tinham saído de Jaramataia. Diferente dos policiais sergipanos que não se atreviam a “apertar” os empregados de Antônio Caixeiro em virtude de ele ser o pai do governador Eronides Ferreira de Carvalho, logo, Odilon Flor “pressionou” um vaqueiro e este “vomitou” o trajeto tomado pelos cangaceiros que pararam na casa de Janjão, em Poço da Volta. Neste sentido o mestre Alcino Alves Costa nos ensina que o nome do vaqueiro que delatou a rota dos cangaceiros foi o Pedro Miguel. Tudo ocorreu da seguinte maneira:

Era a tarde do dia 23 de junho de 1937, véspera de São João, e na fazenda vizinha, a Palestina, de propriedade de Nezinho Meia Lasca, fazenda essa situada à beira do rio Gararu, logo mais a noite haveria uma festança em homenagem ao santo mais comemorado do mês junino, entre nós, os nordestinos. Nezinho, além de ser um violeiro famoso era festeiro e assim o São João nas suas terras seria de primeira grandeza e o “arrasta-pé” prometia “pegar o sol com a mão”, ou seja, dança e muita animação até o raiar do dia.

A enorme fogueira acesa no meio do terreiro servia ao mesmo tempo para iluminar a para aquecer, pois o frio era intenso. O sanfoneiro não parava o fole, acompanhado de viola, surdo e pandeiro, um bom “Trio Pé de Serra”. Muita bebida, muitas jovens da redondeza e solteironas atiradas, foguetório, bombas, busca-pés. Mané Moreno dançava no alpendre da casa com a sua companheira Áurea.

Era por volta das nove horas da noite quando Odilon Flor guiado pelo exímio rastejador, o cabo Leonídio que também prestava serviços a tropa de Zé Rufino, ali chegou com os seus outros comandados que não se preocupavam em fazer silencio, vez que tudo era abafado pelo calor da festa, ademais a força policial estava em extrema vantagem, pois se encontrava na escuridão da noite enquanto os cangaceiros estavam no clareado da fogueira, alvos fáceis, além dos candeeiros postados na casa sede da fazenda, sem esquecer do fator surpresa, muito importante em qualquer combate, enfim, tudo estava a favor do bravo Odilon Flor naquela bela noite de São João. Assim, todos os policiais se postaram para o ataque surpresa, imprevisto para os animados festejadores, alvos bem visíveis. Alguns escolheram os seus alvos e com a ordem do comandante Odilon Flor “mandaram bala”, tiro que “só o diabo” e “pernas para que te quero” após o pandemônio da nova situação que quase não deu tempo de reação, apenas alguns tiros em revide contra o clarão que vinha da escuridão, enfim, o melhor era fugir e foi isso que o restante do bando fez, principalmente quando viram que o seu chefe já “alçava voo para se entender com São Pedro em pleno São João”, ou seja, o Mané Moreno havia sido atingido mortalmente. E o resultado desse tiroteio foi que ficaram estendidos sem vida cinco cadáveres: três cangaceiros e um casal de convidados que ali se divertia.

Mané Moreno e Áurea foram de logo reconhecidos. Quanto ao outro morto pensaram ser o Gorgulho. Depois o identificaram como sendo o Cravo Roxo. Além dos visitantes mortos, havia muita gente ferida, inclusive Nezinho Meia Lasca, dono da casa. Da força de Odilon Flor ficou ferido sem gravidade o soldado Luís Manoel Santos.

Dia seguinte o sargento Odilon Flor apresentou os seus “troféus”, as cabeças dos cangaceiros abatidos, na cidade de Gararu, onde foram fotografadas e de lá seguiu para Jeremoabo, na Bahia, onde esperava a devida promoção por bravura à patente de tenente.

Entretanto, ao invés de Odilon Flor ser promovido, fora severamente repreendido pelo capitão Manoel Campos de Menezes, comandante das F.O.N.E. (Forças em Operações no Nordeste) situada em território baiano. Odilon Flor fora repreendido por conta de interferência política do Estado de Sergipe com a Bahia, vez que além dos cangaceiros abatidos, sua tropa matara um casal de inocentes e ferira tantos outros que não tinham nada a ver com a bandidagem, apenas estavam em local errado, no horário errado, no dia errado, tão comum naquela época em que os cangaceiros intimavam as pessoas para as suas festas que se não fossem atendidos correriam risco de vingança. Vale ressaltar que o capitão Manoel Campos de Menezes nesse mesmo ano veio a falecer, aos 33 anos de idade, vítima de meningite que assolou aquela região baiana.

Aracaju, 03 de novembro de 2020

Archimedes Marques

Pesquisador

Presidente da ABLAC

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91 ANOS DE LAMPIÃO NA CIDADE DE CAPELA

 Por Antônio Corrêa Sobrinho

Capela, sim, ela, a outrora “Princesa dos Tabuleiros”, burgo da zona da mata sergipana, da região canavieira, que na noite de 25 de novembro, uma segunda-feira,

do já afastado 1929, foi "visitada" por Lampião, Volta Seca, Corisco, Zé Baiano e outros célebres cangaceiros. Capela, sim, ela, que recebeu o Capitão (patente esta, é de se lembrar, de ordem do Padre Cícero Romão), desta vez resignada, passiva, o que fez bem; cidade que neste instante avisto de um ângulo da estrada, que me faz parar, admirar, fotografar.

Capela que não esquece o golaço que a história do cangaço nela marcou: a presença no seu interior do maioral dos bandoleiros, o genuíno rei do cangaço, filho do vale do Pajeú, Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião. 

Ele que, chegado da vizinha Nossa Senhora das Dores, que um dia se chamou Enforcados, porque ali índios no passado era assim sacrificados, na Capela adentrou, esteve em paz e com o povo conversou, sempre acompanhado das autoridades locais, do intendente Antão Corrêa, do telegrafista Zozimo Lima, tendo arrecadado contos de réis, comprado, ganhado presentes, até filme no Cinema assistiu e com a livre Enedina ficou.

91 ANOS DE LAMPIÃO NA CAPELA

Merece mais do que esta minha simples recordação.

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OS FLÔR DE NAZARÉ

Por Manoel Severo

No Rastro de Lampião nos Grandes Encontros Cariri Cangaço, nesta sexta !!! A atual Nazaré do Pico, já foi Carqueja, que já foi Nazaré. A vila que nasceu da antiga fazenda Algodões, foi o resultado de um sonho do filho do professor Domingos Soriano Ferraz, "Manu" ; que via nascer naquele lugar uma vila. Dali até a realização do sonho foi rápido. Ao sonho se uniram outros jovens e entre esses, os filhos de João Flor, era agosto de 1917 quando foi inaugurada a primeira feira de Nazaré. Depois dos primeiros embates entre os "filhos de Zé Ferreira" com Zé Saturnino, a família mudou para os arredores de Nazaré, já estamos em 1919 e a fazenda Poço do Nêgo era a nova morada do futuro rei do cangaço. Dali para frente o conflito entre Virgulino e seus irmãos com o povo de Nazaré só aumentaria e viria a se tornar uma verdadeira saga, envolvendo mais de 100 integrantes do afamado vilarejo que entraram na luta contra o cangaço.

Neste primeiro programa Ao Vivo dos Grandes Encontros Cariri Cangaço sobre a Vila mais famosa do cangaço: Nazaré do Pico, Manoel Severo; curador do Cariri Cangaço; recebe tres descendentes destes valorosos e encardidos nazarenos: Fabiano Ferraz, Euclides Neto e Odilon Nogueira; netos respectivamente dos comandantes nazarenos: Manoel, Euclides e Odilon Flor; para nos trazer o primeiro capítulo desta saga, é nesta sexta, dia 06 de novembro as 20horas, até lá !!!

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SILA E DANIEL LINS.

 Aderbal Nogueira - Cangaço

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Acho engraçado quando alguns dizem "viraram estrelas, viviam dando entrevistas" Graças a essas entrevistas "cara palida" hoje sabemos um pouco do Cangaço, como ele realmente era, ou será que se nenhum deles Sila, Dadá, Durvinha, Aristeia, Adilia, Candeeiro, Saracura, Labareda etc "etc tivessem dado entrevistas você com sua bola de cristal ia saber o que aconteceu realmente naquele tempo? Tá na hora de muita gente mudar seus conceitos. Mais um depoimento lúcido e importante de Sila

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Sila fala sobre a amiga Dulce, da difícil vida nos matos e também sobre sua relação com a imprensa.

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VISITANDO O BAIRRO NOVO

 Clerisvaldo B. Chagas, 4 de novembro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.412


Deixei a baixada da margem do Ipanema e fui visitar o Monte Verde, aqui em Santana do Ipanema. Uma área de terras entre o Bairro São Vicente e a Lagoa do Junco, cortada pela estrada rumo ao povoado São Félix. Terrenos muito acidentados, mesmo assim o homem foi mexendo na engenharia e teve início o povoamento da área formando o complexo da justiça, onde se encontram fórum, OAB, promotoria, etc. Depois disso, inúmeros prédios foram construídos povoando aquele vazio, tantos nos lugares baixos quanto nos altos e nos planos. Formou-se um bairro novo onde foi instalado o hotel de luxo Privillege. Casas e ruas por todos os setores divididas em conjuntos mais modestos e belas mansões modernas. O lugar tornou-se promissor.

Parte é chamada Brisa da Serra e parte chamada Monte Verde que também possui um amplo condomínio. Paisagens não faltam em todos os lados. De um ponto avista-se o Bairro Lajeiro Grande, muito distante. De outro ponto avista-se a Br-316, inclusive, UNEAL. De um terceiro ponto contempla-se toda a pujança do Açude do Bode, belíssimo com sua vazante em forma de bosque amarelo fechado de craibeira, cenário de tirar o fôlego. Quem deixou a terrinha a mais de cinco anos atrás, ficaria até desconcertado em visitar a complexidade benfazeja que marcha com o progresso daquela região, saída para a capital. E se ideias particulares forem em frente, em breve a imensidão vazia entre esse bairro novo e o sítio Barroso, em linha reta (muita longe ainda) estará ocupada das mais diferentes formas.

Vale salientar que, por hora, encontramos apenas dois ótimos mercadões na parte alta, porém, já foi dito sobre o prolongamento do Comércio central de Santana que subiu o bairro Monumento e se alonga atualmente até a UNEAL e mesmo ao Batalhão de Polícia no final do perímetro urbano via-Maceió, Portanto, aos pés do novo bairro: E como estou com interesse em Mestrado na Geografia, o lugar oferece belas teorias à serem apresentadas em planos acadêmicos.

E para conhecer essas maravilhas, o santanense não pode ficar apenas de casa para o centro e do centro para casa. É preciso conhecer uma cidade que nasce, cresce e pulsa dentro da outra.

Lembram de Lulu Félix: “Você não viaja...”.

HOTEL PRIVILLEGE (FOTO; DIVULGAÇÃO).

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UM ENCONTRO MEMORÁVEL COM AMAURY E FREDERICO...

 Por João de Sousa Lima


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PARA SEU ARQUIVO "UNIVERSO" - ESTUDO DE BRASILEIRO RECALCULA O TAMANHO DO SOL COM MAIS PRECISÃO

 O "astro rei" tem 696.342 quilômetros de raio. Medição foi feita com ajuda da órbita de Mercúrio. Tadeu MeniconiDo G1, em São Paulo

Um estudo publicado nesta semana chegou ao cálculo mais preciso já feito do tamanho do Sol. O "astro rei" tem 696.342 quilômetros de raio – com margem de erro de 65 km. A precisão é dez vezes maior que as disponíveis até então.

Como comparação de tamanho, a Terra tem 6.371 km em seu raio médio.

O cálculo foi feito a partir do chamado “trânsito de Mercúrio”, que acontece quando o planeta fica no caminho entre o Sol e a Terra. A pesquisa foi feita na Universidade do Havaí, nos EUA, com a participação do astrônomo brasileiro Marcelo Emílio, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR).

Trânsito de Mercúrio (Foto: Nasa)

“Se pudéssemos chegar perto de Mercúrio suficiente veríamos ele [Mercúrio] cobrir todo o Sol, pois eles estariam quase alinhados”, explicou Emílio. “Chamamos de trânsito, pois o tamanho angular de Mercúrio não é suficiente para cobrir todo o Sol. Se assim fosse, chamaríamos de eclipse”, comparou.

saiba mais

Imagens de sonda da Nasa trazem detalhes do relevo de Mercúrio

Maior tempestade solar em cinco anos atinge a Terra

A trajetória de Mercúrio ajuda a observar o Sol porque estes dados já eram conhecidos com precisão pelos cientistas. Assim, com o tempo que o planeta leva para ir de uma extremidade à outra do Sol – de acordo com o ponto de vista da Terra – permite calcular esta distância, ou seja, o tamanho do Sol.

O cálculo se baseou em dados do trânsito de Mercúrio ocorrido em 2003 – o evento não é muito comum, acontece 12 ou 13 vezes a cada 100 anos. O resultado demorou a ser obtido porque foi preciso elaborar um programa complexo de computador para processar os dados corretamente.

Os astrônomos contaram com dados obtidos pelos projetos Soho e SDO, da Nasa feitos para estudar o Sol, que observam o astro a partir do espaço.

“A maioria dos valores publicados não leva em conta os erros sistemáticos. Um deles é a atmosfera da Terra. Medidas espaciais permitem um cálculo mais preciso, pois não há a atmosfera da Terra para interferir na medida”, explicou Emílio.

Segundo o astrônomo, medidas mais precisas devem ser obtidas em pouco tempo, a partir do trânsito de Vênus, que acontece em junho.

tópicos: Nasa

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/03/estudo-de-brasileiro-recalcula-o-tamanho-do-sol-com-mais-precisao.html

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JÔ SOARES

José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares ou simplesmente Jô (Rio de Janeiro16 de janeiro de 1938), é um humoristaapresentador de televisãoescritordramaturgodiretor teatralator e músico brasileiro. Apresentou de 1988 a 1999 o Jô Soares Onze e Meia no SBT e de 2000 a 2016 o Programa do Jô na Globo.[1]

Biografia

É o único filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona-de-casa Mercedes Pereira Leal. Pelo lado materno, é bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Lealdiplomata e político que, no Brasil Imperial, foi governador do Estado do Espírito Santo. Por parte de seu pai, é sobrinho-bisneto de Francisco Camilo de Holanda, ex-governador da Paraíba.[2]

Jô queria ser diplomata quando criança.[3] Estudou no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, no Colégio São José de Petrópolis e em Lausana, na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata apontavam para outra direção.[4]

Carreira

Detentor de um talento versátil, além de atuar, dirigir, escrever roteiros, livros e peças de teatro, Jô Soares também é um apreciador de jazz e chegou a apresentar um programa de rádio na extinta Jornal do Brasil AM, no Rio de Janeiro, além de uma experiência na também extinta Antena 1 Rio de Janeiro.

1967 - Em "Família Trapo", roteirizava ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega e atuava como Gordon, o mordomo - TV Record-SP.

1970 - "Faça Humor, Não Faça Guerra" foi primeiro humorístico da TV Globo a contar a com a participação do comediante. O programa em meio à Guerra Fria e ao conflito do Vietnã brincava com o slogan pacifista hippie "Make love, don't make war" (Faça amor, não faça a guerra).

1973 - "Satiricom", novo humorístico da TV Globo, com direção de Augusto César Vanucci, realizava roteiros com Max Nunes e Haroldo Barbosa. A atração satirizava o título do filme homônimo de Federico Fellini - "Satyricon". Na promoção do programa, todavia, diziam que era a "sátira da comunicação" num mundo que tinha virado uma "aldeia global", expressão que esteve na moda depois dos primeiros anos da TV via satélite.

1976 - "Planeta dos Homens", nova sátira com o cinema - desta vez, a série cinematográfica "O Planeta dos Macacos", atuava com roteiros de Haroldo Barbosa.

1981 - "Viva o Gordo", com direção de Walter Lacet e Francisco Milani, foi o primeiro programa solo dele. Tinha roteiros de Armando Costa. Deu origem ao espetáculo do gênero "one man show" de Jô chamado "Viva o Gordo, Abaixo o Regime" (sátira explícita ao Golpe Militar de 1964 ainda vigente àquela época). As aberturas do programa brincavam com efeitos especiais usando técnica de inserção de imagens de Jô entre cenas famosas do cinema (como em "Cliente Morto Não Paga" e "Zelig") ou "contracenando" com políticos nacionais e internacionais, como Orestes QuerciaJânio QuadrosRonald Reagan etc.

1982 - Participação no "Chico Anysio Show".

1983

Participação no musical infantil "Plunct, Plact, Zuuum".

Comentários no Jornal da Globo até 1987.

1988 - "Veja o Gordo", estreia no SBT com o mesmo estilo do "Viva o Gordo" da Rede Globo. Estréia neste ano, ainda no SBT, o talk -show "Jô Soares Onze e Meia" 1988-1999.

2000 - Participação no especial de Natal do programa "Sai de Baixo" - episódio "No Natal a Gente Vem Te Mudar" (sátira ao título da peça de Naum Alves de Souza, "No Natal a Gente Vem Te Buscar".

2018 - Participa como comentarista do programa Debate Final, no Fox Sports, debatendo sobre a copa do mundo de 2018.[5]

Vida pessoal

Entre 1959 e 1979, Jô Soares foi casado com a atriz Therezinha Millet Austregésilo, com quem teve um filho: Rafael Soares (1964-2014), que era autista.[6] Entre 1980 a 1983, foi casado com atriz Sílvia Bandeira, doze anos mais nova. Em 1984 começou a namorar a atriz Claudia Raia, romance que durou dois anos.[7] Já namorou a atriz Mika Lins e em 1987, casou-se com a designer gráfica Flávia Junqueira Pedras, de quem se separou em 1998. O apresentador admitiu sofrer de TOC. Em sua casa os quadros precisam estar tombados levemente para a direita.[8] Jô é sobrinho de Togo Renan Soares, conhecido como "Kanela", ex-treinador da seleção brasileira de basquetebol. No dia 1 de outubro de 2012, levou ao ar um programa especial que reprisou uma entrevista com Lolita Rodrigues e Nair Bello em homenagem à apresentadora Hebe Camargo, com quem declarou ter vivido intensas alegrias.

O apresentador fala, com diferentes níveis de fluência, cinco idiomas: portuguêsinglêsfrancêsitaliano e espanhol, além de bons conhecimentos de alemão. Traduziu um álbum de histórias em quadrinhos de Barbarella, criação do francês Jean-Claude Forest.[9] Jô Soares é católico, sendo devoto de Santa Rita de Cássia.[10] No dia 25 de julho de 2014, Jô Soares foi internado no Hospital Sírio-Libanês, para tratar de uma pneumonia, permanecendo no hospital por 22 dias.[11][12]

No dia 31 de outubro de 2014, morreu seu único filho, Rafael Soares, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No dia 3 de novembro, Jô dedicou o programa ao seu filho, em que fez um discurso contando um pouco da história dele.[13] No dia 4 de agosto de 2016, foi eleito para a Academia Paulista de Letras, assumindo a cadeira 33, que pertenceu ao escritor Francisco Marins.[14]

https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%B4_Soares#:~:text=Jos%C3%A9%20Eug%C3%AAnio%20Soares%2C%20mais%20conhecido,Programa%20do%20J%C3%B4%20na%20Globo.

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