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quarta-feira, 17 de maio de 2017

POR QUE DURVAL RODRIGUES ROSA TEVE DE RENUNCIAR À PREFEITURA DE POÇO REDONDO EM 1964?

*Rangel Alves da Costa

Durval Rodrigues Rosa foi umas das maiores expressões da política do sertão sergipano, principalmente em Poço Redondo, onde o grupo político sob o seu comando saiu vencedor em diversos pleitos eleitorais, elegendo não só a si mesmo por duas vezes (1963/64 - 1977/1982) como a seus filhos João Rodrigues Sobrinho, mais conhecido como João de Durval (1971/72), e Ivan Rodrigues Rosa (1993/1996), além de ter participado vitoriosamente de outros pleitos.
Seu Durval, como mais conhecido, faleceu aos 83 anos em 28/09/2003, ainda sob o manto da respeitabilidade enquanto forte liderança política. Poucos sabem, contudo, que o filho de Dona Guilhermina e de Seu Cândido teve ameaçado até de ser preso quando eleito pela primeira vez em Poço Redondo. Em plena gestão da administração municipal, e de repente as transformações políticas ocorridas no Brasil a partir do Golpe Militar de 64 o atingiram injustamente.
Seu Durval, homem sempre respeitado, de palavra, de extrema honradez pessoal e política, vitorioso na terceira eleição realizada no município, teve que ceder ao império arrogante e insensato das botinas dos generais. Contudo, de modo diferente do que costumeiramente se comenta, não teve seu mandado cassado pelos generais, e sim renunciou, embora forçadamente, ao que lhe fora conferido pelo voto popular. Ora, a polícia da ditadura estava em Poço Redondo pressionando, forçando a essa tomada de decisão.
Cassado teria sido se a governança municipal lhe tivesse sido retirada por ato de lei, a partir de ato emanado do governo militar. Contudo, o que ocorreu foi uma renúncia forçada ao exercício de prefeito sob pena de ser preso. Ou deixava a governança municipal ou seria acusado “seja lá do que fosse” e levado à prisão pelos generais. Bem ao modo do que ocorreu com o governador Seixas Dória e os deputados Baltazar Santos, Viana de Assis, Cleto Maia e Nivaldo Santos.
Com efeito, a 31 de março de 64 o Brasil passou ao crivo do regime militar, com a deposição do presidente João Goulart e a tomada do poder pelos generais. Tinha início o período conhecido “anos de chumbo” e que perduraria por vinte e um anos, até 1985. A partir daí, principalmente através do Ato Institucional nº 1 (AI-1, que dava poderes absolutos ao novo governo revolucionário para cassar os direitos e mandatos políticos daqueles que não fossem simpatizantes ao regime instalado), iniciou-se uma série de perseguições políticas em todas as esferas.


Seu Durval havia sido eleito legitimamente no pleito realizado em 03 de outubro de 1962, tendo como adversários Joaquim Fernandes de Barros (candidato do então prefeito Eliezer Joaquim de Santana) e Francisco Néri de Araújo (Chico de Lulu). Eleito pelo PSD, vindo do mesmo grupo do recém-assassinado Zé de Julião, assumiu os destinos do município a 1º de janeiro de janeiro de 1963 e o seu mandato deveria durar quatro anos. Contudo, sua gestão duraria apenas um ano e meio, pois teve de renunciar no dia 12 de junho de 1964.
Em Sergipe, diversos mandatos foram tomados “à força”, desde o governador a deputados. Também prefeitos foram depostos, como Geraldo Maia, de Propriá; Pascoal Nabuco, de Estância; José Figueiredo, de Capela; José Carlos Torres de Souza, de Neópolis; e Epaminondas Martins, de Amparo de São Francisco. E no sertão sergipano dois prefeitos não foram depostos, porém tiveram de renunciar: Durval Rodrigues Rosa, de Poço Redondo; e Francisco Machado Costa (Chiquinho Lameu), de Canindé de São Francisco.
Verdade é que na noite de 12 de junho de 1964, forças policiais dos generais revolucionários marcaram reunião na Câmara de Vereadores de Poço Redondo. A polícia da ditadura já sabia o que aconteceria ainda naquela noite, pois ali estavam exatamente para tratar do novo prefeito que assumiria os destinos do município. Igualmente sabiam que o prefeito Durval Rodrigue Rosa logo faria chegar à presidência da câmara sua carta de renúncia. E assim aconteceu. Totalmente pressionado, ameaçado de prisão se não renunciasse, seu Durval não teve outra saída. Eleito ainda naquela noite presidente da câmara, Cândido Luis de Sá, Seu Candinho, ato contínuo se tornou prefeito municipal, sob as bênçãos dos generais.
Mas por que Seu Durval teve que ceder aos generais e renunciar ao mandato? Formalmente, ele não havia sido acusado de subversão à ordem pública ou de propagação de ideias comunistas, então por que foi forçado a renunciar? Os fatos nunca foram devidamente esclarecidos, pois as atitudes dos generais nunca eram justificadas com precisão. Intui-se, contudo, que a conduta política de Seu Durval incomodava o regime. Os generais não queriam no poder um homem que fazia, ao seu modo, um socialismo sertanejo através do atendimento às demandas mais populares, e cuja voz destemida, e sempre ouvida, poderia pregar contra o regime ditatorial em vigência.

Escritor
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*A VIDA*

Por Arimathea Barbosa
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A vida só faz sentido
quando vidas são vividas
Não havendo outras vidas
A vida não é divida 
Tudo termina num colapso 
De um vazio sem medida

Vidas que se vão
Vidas que se vêem
Há vida que não se viveu
Há vida que não se tem 
Existências, mortas, sombrias
De um mal sem o bem

Viver é um desafio
Para qualquer ser vivente
Uns passam pela vida
Outros nem se quer a sente
Há quem nasça morto
Há quem morto se sente

A vida é única
Como os momentos vividos
Não adianta chorar as mortes
Dos que serão esquecidos
Viva o hoje e o agora
O amanhã será incisivo

Eu sou o caminho e a vida
Disse o grande Rabi
Queres vida vai a Ele
Aceitando-O podes existir
Pois o pó para onde vás
Não há vida no povir

Vida plena e verdadeira
Vida pura e proveitosa
Somente nos braços do Cristo
Ela te será deleitosa
Então agora não percas tempo
Como na rima dessa prosa
Quem te pede é um amigo
Com palavras calorosas
Sempre estarei contigo
Me chamo Arimathea Barbosa.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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SITUAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS RESERVATÓRIOS DAS HIDRELÉTRICAS DA CHESF


Meus Prezados,

Maio é o mês de início do período de disponibilização das águas das represas da Chesf e da Cemig, acumuladas no período chuvoso, para regularização hídrica da bacia do Rio São Francisco. O agravante atual da situação são os baixos volumes nelas acumulados no período das águas. Informações da Chesf dão conta de que, para um gerenciamento hídrico satisfatório, a represa de Sobradinho, por exemplo, teria que estar, no mínimo, com 60% de seu volume útil, preenchidos. A represa encontra-se no momento com 14,77%. Nesse cenário de penúria hídrica, os bombeamentos do projeto da transposição tendem ao agravamento da situação.

A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco encerrou o período chuvoso, com as represas reguladoras de vazão e, também, geradoras de energia, com seus volumes muito baixos. Com o encerramento da quadra chuvosa, as represas de Três Marias e, agora, Sobradinho começaram a depreciar suas capacidades acumulatórias. Três Marias, por exemplo, está com uma afluência de 147 m³/s e uma defluência de 251 m³/s, fato esse que resultou na redução de seu percentual volumétrico, passando de 31,80%, da semana anterior, para 31,41%, na atual. Já Sobradinho está com uma afluência de 388 m³/s e uma defluência de 753 m³/s, fato que reduziu o seu percentual volumétrico de 15,27%, da semana anterior, para 14,77%, nessa semana. A vazão do rio no posto de observação de São Francisco voltou a ser menor do que aquela verificada em São Romão. O Hidrogeólogo, José do Patrocínio Tomaz Albuquerque dá as devidas explicações ao fato, em nota abaixo. Pereira Bode Velho, alerta, também, para a rápida diminuição volumétrica de Sobradinho (ver gráfico abaixo), e opina sobre a forma de como se deve proceder para amenizar a inusitada situação vivenciada naquela represa. Os baixos volumes atuais do Rio São Francisco e, também, dos reservatórios da região Sudeste, são o principal motivo do acionamento das termelétricas na geração de energia do País, em socorro das hidrelétricas. Esse fato resultou no aumento nas tarifas de eletricidade do usuário da energia, estando, atualmente, operando em bandeira vermelha.   Para o agravamento desse caótico quadro, o projeto da transposição continua interferido de forma negativa, com retiradas volumétricas significativas, para o atendimento das demandas hídricas da região Setentrional nordestina.A exploração descontrolada das águas subterrâneas nos aquíferos (Urucuia e outros) e, agora, o da região do Submédio São Francisco, com o projeto da transposição, também têm interferido nas reduções das vazões do rio. Esse fato, provavelmente, está acontecendo ao longo de toda bacia do rio São Francisco (vide gráficos de Pereira Bode Velho, abaixo). A natural redução de chuvas na região tornará mais difícil à recuperação, tanto da represa de Três Marias, como de Sobradinho. Preocupada com isso, a ANA emitiu nota estabelecendo a redução das defluências, em ambas represas.  As fracas ou mesmo inexistentes precipitações resultaram, nessa semana, em um cenário hidrológico preocupante, com as vazões nos postos de observação da Chesf muito baixas, porém estáveis: no de São Romão, que na semana anterior estava com 452 m³/s, passou, nessa semana, para 417 m³/s. Nos demais postos, a situação não foi diferente: no de São Francisco, que na semana anterior estava com 431 m³/s, passou para 371 m³/s; no de Bom Jesus da Lapa que estava com 516 m³/s, passou para 542 m³/s e no de Morpará, que na semana anterior estava com 560 m³/s, agora está com 588 m³/s, respectivamente. A afluência volumétrica na represa de Sobradinho permaneceu inalterada nos 388 m³/s. A defluência da represa permaneceu estável, passando de 765 m³/s, da semana anterior, para 753 m³/s nessa semana. Opercentual volumétrico de Sobradinho começou a cair. Na semana anterior haviam sido registrados 15,27% de seu volume útil. Na atual está com 14,77%. A barragem continua com o seu percentual volumétrico com cerca da metade do que aquele verificado em igual período do ano anterior (atualmente 14,77% - ano anterior 29,30%).

Uma curiosidade: em 2015, ano no qual a represa de Sobradinho alcançou, no mês de novembro, 1% de seu volume morto, no dia 15/05 daquele ano, a represa apresentava percentual volumétrico de 21,70%. No dia 12/05 de 2017, Sobradinho está com 14,77%, um fato preocupante tendo em vista o atual cenário de desidratação existente em toda bacia do rio. Portanto, o alcance do volume morto de Sobradinho, em 2017, é um fato concreto.

Na semana (12/05), o quadro atual de penúria hídrica vem trazendo reflexos negativos ao projeto da transposição. As águas do Velho Chico estão chegando na represa de Boqueirão, em volumes muito reduzidos (estima-se em cerca de 1,5 m³/s, apenas), o que obrigou as autoridades divulgarem nota esclarecendo o atraso para o encerramento do racionamento de água, na cidade de Campina Grande. Houve, também, incertezas da chegada da água nas torneiras dos municípios atendidos pelo projeto, motivando a população de Monteiro, na Paraíba, aprotestar pela falta d´água na localidade, exigindo providências junto ao governo estadual, para as soluções cabíveis. É importante observar, também, que a continuidade das baixas defluências de Sobradinho (753 m³/s) vem agravando o quadro da progressão da cunha salina na foz do rio (ver a excelente análise de José do Patrocínio Tomaz Albuquerque, abaixo). Existem relatos de pescadores que estão capturando peixes de hábito marinho na região do Baixo São Francisco. A cunha salina tem trazido, também, certos transtornos no abastecimento do município alagoano de Piaçabuçu, que tem servido à população uma água de péssima qualidade, com elevados teores de sais (água salobra). Em igual situaçãovivem 70% da população de Aracaju, que são abastecidos com as águas do Rio São Francisco, por intermédio de uma adutora, em Propriá, município sergipano localizado em sua margem direita, a cerca de 60 km da foz.

Com a chegada do período de estiagem na região, é ficar na torcida para que as medidas sugeridas pela ANA, de redução das vazões de Sobradinho e Xingó, surtam os efeitos esperados, a fim de que os volumes do Velho Chico voltem a ser utilizados dentro da normalidade esperada. Para tanto, continuaremos atentos para as questões das defluências de Sobradinho (753 m³/s) e, agora, de Três Marias (251 m³/s), pois houve determinação das autoridades do setor, para que essas defluências ficassem estabelecidas em patamares da ordem de 700 m³/s e 160 m³/s, respectivamente, conforme divulgadas na mídia e atualmente praticadas, inclusive com acréscimos naqueles emitidos por Três Marias.


Abraço

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ÁGUA BRANCA E A TRILOGIA MAIS ESPERADA DO ANO...


Uma das mais belas cidades das Alagoas, a acolhedora Água Branca, começou a testemunhar na manha deste último sábado, dia 25 de fevereiro a consolidação de uma das mais esperadas agendas Cariri Cangaço para o ano de 2017. Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço capitaneou ao lado dos Conselheiros Edvaldo Feitosa e Archimedes Marques, um conjunto de visitas e reuniões que marcaram o inicio do consórcio intermunicipal que realizará entre os dias 7 e 10 de setembro de 2017, o grande Cariri Cangaço envolvendo os municípios de Água Branca, Delmiro Gouveia e Piranhas.

 Manoel Severo, Professor Heládio e Edvaldo Feitosa
Heldemar Garcia, Manoel Severo e Rafael e Katiane Toledo
Cariri Cangaço em Agua Branca
Edvaldo Feitosa, Manoel Severo e Elane Marques
Ingrid Rebouças

A Caravana Cariri Cangaço após visitar o patrimônio histórico e arquitetônico da encantadora Água Branca foi recebida em reunião no paço municipal pelo prefeito  José Carlos, pelo vice-prefeito Maciel, que reuniram os principais colaboradores da gestão; os secretários municipais de educação, professora Vitoria, o secretário de saúde, Rafael Toledo, o secretário de cultura, Professor Heládio, e representante da câmara municipal, vereador Orlando, para uma grande reunião de trabalho que contou ainda, além de Manoel Severo e os Conselheiros Edvaldo Feitosa e Archimedes Marques, com a escritora Elane Marques, o jornalista e assessor de marketing institucional do Cariri Cangaço, Heldemar Garcia, Ingrid Rebouças, Micheline Garcia, dona Zilda e Dra Katiane Toledo.

No encontro foram delineadas as principais linhas de atuação tanto da municipalidade como do Instituto Cariri do Brasil, para realização do grande empreendimento que reunirá três dos mais importantes municípios alagoanos; Manoel Severo reafirmou o compromisso e o legado do Cariri Cangaço em realizar um evento “responsável e inovador, reunindo os maiores pesquisadores do Brasil, numa das regiões mais ricas em historia e tradição”. Para o prefeito de Água Branca, José Carlos, “será a maior honra receber de forma oficial o Cariri Cangaço em Água Branca, faremos tudo que estiver ao nosso alcance para proporcionar uma grande festa a todos os que virão do Brasil inteiro ao nosso Cariri Cangaço”.

 Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço apresenta o Projeto para o prefeito José Carlos e o vice Maciel, além dos secretários Rafael Toledo, Professora Vitoria, Professor Heládio e demais participantes do Encontro.
 Reunião do Cariri Cangaço na Prefeitura de Água Branca 

Para o Conselheiro Cariri Cangaço, Archimedes Marques: “Hoje testemunhamos o grande compromisso do prefeito de Água Branca com o Cariri Cangaço, quando reuniu seu principal secretariado, num sábado de carnaval, para essa importante e vital reunião, sem dúvidas saímos daqui impressionados com a confiança depositada pelo município no Cariri Cangaço, isso é maravilhoso”. Edvaldo Feitosa, Conselheiro Cariri Cangaço e coordenador e principal responsável pelo Cariri Cangaço Água Branca, reforça: “Sem dúvidas todos que vierem ao Cariri Cangaço em Setembro, terão uma grande surpresa, faremos o maior evento já realizado na região, principalmente agora com a união de Delmiro Gouveia e Piranhas, será uma festa inesquecível”.

O vice-prefeito Maciel, revelou a surpresa com a grandiosidade do Cariri Cangaço: “Ano passado podemos testemunhar a grandeza do evento, estiveram em Água Branca, pessoas de todo o Brasil, para nós é uma grande honra, vocês vão contar com nosso esforço e faremos um grande evento”. Os secretários municipais presentes ao encontro reafirmaram o compromisso de suas pastas no trabalho articulado para o Cariri Cangaço. A escritora Elane Marques lembrou “a inciativa a partir dos secretários de educação, professora Vitoria e de cultura, Heládio, em realizarem um grande concurso de redação com a rede municipal de ensino para o Cariri Cangaço, isso só confirma a responsabilidade e capilaridade do Cariri Cangaço no município, todos estão de parabéns”.

Vice prefeito Maciel, Manoel Severo, Prefeito José Carlos e Edvaldo Feitosa
 Ingrid Rebouças e Dona Zilda
Archimedes Marques e Manoel Severo
Rafael Toledo e Manoel Severo

Água Branca que sediou um dia por ocasião da Edição do Cariri Cangaço Piranhas 2016, agora receberá dois dias do Cariri Cangaço em setembro, nesta nova formatação reunindo os três municípios, numa autentica festa genuinamente nordestina. Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço fala: “Hoje realmente nos sentimos mais que felizes, a forma como fomos recebidos pelo prefeito José Carlos e sua equipe de trabalho, o compromisso assumido, a disposição e mais do isso, a convicção de juntos realizarmos esse grande empreendimento, nos enche de alegria, mas também de responsabilidade, avante Água Branca, até setembro!”

 Cariri Cangaço e o Mirante de Água Branca
Manoel Severo e Dona Dora, guardião do Mirante
 Micheline Andrade
 Prefeito José Carlos e Elane Marques
 Secretario de Cultura Professor Heládio e Elane Marques
 Cariri Cangaço chega a Água Branca

Após a reunião de trabalho que reuniu os principais colaboradores da gestão municipal de Água Branca com representantes do Conselho do Cariri Cangaço, todos participaram de almoço festivo oferecido pelo prefeito municipal José Carlos, coroando o dia em que se começava a construir mais um inesquecível Cariri Cangaço em Alagoas.

Heldemar Garcia, jornalista, especialista em Marketing
Assessor de Marketing Institucional do Cariri Cangaço
Água Branca, 25 de Fevereiro de 2017. 

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2017/02/agua-branca-e-trilogia-mais-esperada-do.html

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EIS, ENFIM, O MEU LIVRO EM VERSOS, "DOM QUIXOTE DE LA MANCHA".UM TRABALHO DE 510 ESTROFES E 141 PÁGINAS.

Por: Medeiros Braga

EIS, ENFIM, O MEU LIVRO EM VERSOS, "DOM QUIXOTE DE LA MANCHA".UM TRABALHO DE 510 ESTROFES E 141 PÁGINAS.
APRESENTAÇÃO EM VERSOS:


Apresentação em versos:

“El Ingenioso Hidalgo
Dom Quixote de La Mancha”
Foi por Miguel de Cervantes
Descrito com muita cancha, 
 Cento e vinte e seis capítulos
Em dois livros, ante títulos,
Por onde a obra deslancha.

Um se deu no sexto ano
Já do século dezessete,
Nove anos decorridos
Mais um livro se repete,
Do estilo e informação
A obra como lição
Toda grandeza reflete.

Pelo mundo já lançado
Ficou dela a impressão
Como sendo de humor,
De lazer, de diversão,
Mas, fugindo dessa lera,
Descobria-se que era
De grande reflexão.

É uma obra fantástica,
Tem-se que admitir,
Devemos com atenção
Ler, entender, refletir,
De sentimento profundo
Pode atrelar esse mundo
À estrela do porvir.

Já foi dito por letrado
Com o seu congraçamento
De que para ler o mundo,
Conhecer o seu fomento
Encoberto no seu porte
“É o livro um passaporte
Ao autoconhecimento”.

Olhando em volta as mazelas
Vendo injustiças a fundo,
Penetrou no mar dos livros,
Deu um mergulho profundo,
E quando tornou, destarte,
Tinha à mente o estandarte
Da transformação do mundo.

Ele soube, como sendo
Pertinaz aventureiro,
Buscar nos livros saber
Para ser um cavaleiro;
Para ser audaz, na prancha,
Dom Quixote de La Mancha
Querido no mundo inteiro.

Não devemos desse herói
Tirar risos por prazer,
Dom Quixote de La Mancha
Renunciou ao lazer,
Paz, sossego, mordomia,
Para impor-se à tirania
Que faz o povo sofrer.

Esse livro como fonte
Do saber que irradia,
Dá através da história,
Como da filosofia,
Uma orientação,
Um conselho, uma lição
Nos feitos do dia a dia.

Mostra como esse fidalgo
Dotado com tais ações
Quis se fazer cavaleiro
Nas melhores intenções:
Sair pelo mundo afora
Enfrentando a toda hora
Nigromantes e vilões.

Orelha 01 do Livro:

Dom Quixote de La Mancha,
Um personagem exemplar!
Uma bela história que,
Mesmo sendo popular,
Fomenta a imaginação,
Instiga a reflexão,
Põe o leitor a pensar.

Há quatro séculos escrita
É lida no mundo inteiro.
Já de muitos escritores
Unidos em bom celeiro
Teve a marca exuberante
Da obra mais importante,
De merecido loureiro.

Miguel de Cervantes soube
Com seu gênio de escritor,
Tumultuar essa história,
Provocar o seu leitor,
E ante situações
Promover alterações,
Fazê-lo, também, de autor.

Com ele se identifica
No seu pensar consciente;
A vontade de ser ele
Sempre está colada à mente...
A verdade é que ele, a esmo,
Vindo de longe entrou, mesmo,
Na alma de muita gente.

Orelha 02 do Livro:

Daí que muitos que leem 
Têm sua interpretação,
Acham nele o idealismo
Hoje escasso à geração;
Aquele que vai, na liça,
Combater uma injustiça
Quando é alvo o cidadão.

Todos veem Dom Quixote
Como grande ser humano,
Defendendo o povo simples
Contra gigante e tirano,
Fazem dele um herói seu,
Forte como um Prometeu,
Que não cede ao suserano.

Diante a grande lacuna
De um líder confiável
Que lutou por ideais
Sem mirar o compensável
Leitores do mundo inteiro
Fazem dele o seu guerreiro
Imprescindível, implacável.

Com seus versos semeados
Em um terreno fecundo
Nessa safra de saber
Há do leitor ir a fundo,
E assim, muito a pensar, 
Mais seguro vai chegar
À compreensão do mundo.

Medeiros Braga