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quinta-feira, 23 de junho de 2022

ELEITA NOVA DIRETORIA DA SBEC

 

Professor Lemuel Rodrigues, eleito novo presidente da SBEC

Aconteceu na manhã do ultimo dia 15 de junho de 2022, nas dependências da Biblioteca Municipal Ney Pontes no centro da cidade de Mossoró, a eleição e posse da nova diretoria da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço. Na oportunidade foi realizada uma prestação de contas pelo presidente Benedito Vasconcelos que esteve a frente da instituição pelos últimos anos.

SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, criada a partir do sonho e do empreendedorismo do pesquisador Paulo Gastão

A Chapa única apresentada ao pleito tem como presidente o pesquisador Lemuel Rodrigues, na vice presidência a pesquisadora Patrícia Gastão, como secretário temos Geraldo Maia tendo como suplente o escritor Leandro Cardoso Fernandes e como tesoureiro, o pesquisador Marcílio Falcão com Honório de Medeiros como suplente. A chapa apresentada foi eleita por unanimidade e em ato contínuo foi declarada empossada pela diretoria que encerrava seu mandato.

Ricardo Meira, Manoel Severo, Benedito Vasconcelos, Susana Goreti e Graça Gastão
Paulo Gastão, fundador da SBEC

Uma das presenças marcantes na solenidade de eleição e posse da nova diretoria da SBEC foi da senhora Graça Gastão, viúva e grande companheira do fundador e primeiro presidente da SBEC, o inesquecível Paulo Gastão. "Novamente nos emocionamos e temos certeza que Paulo esta conosco também na manha de hoje, ao lado dos amigos que ele tanto gostava e da SBEC que ele amava", palavras de Graça Gastão. 

Para o ex-presidente Benedito Vasconcelos, "depois de muitos desafios conseguimos através desta competente Comissão Eleitoral realizar o pleito nesta manha, só temos a agradecer a confiança em mim depositada inicialmente por Paulo Gastão e a todos os sócios e confrades da SBEC ao longo desses anos. Destaco aqui a instituição das comendas: Alcino Alves Costa que teve como primeiro comendador, o nobre curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa e da comenda Paulo Gastão, que teve como primeira comendadora, para nossa honra, sua esposa, Graça Gastão; comendas essas que com certeza serão mantidas pela nova diretoria".

Benedito Vasconcelos
Benedito Vasconcelos e Manoel Severo

Em seguida à posse da diretoria, o novo presidente Lemuel Rodrigues no uso de suas palavras ressaltou as primeiras ações que serão assumidas por sua diretoria com destaque para as possíveis regulamentações burocráticas necessárias, uma ampla renovação cadastral e as primeiras ações no planejamento tanto dos Fóruns do Cangaço como do futuro Congresso Nacional do Cangaço.

Lemuel Rodrigues e Marcilio Falcão
Professor Lemuel Rodrigues, novo presidente da SBEC

Para o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, "testemunhar a eleição e posse da nova diretoria da SBEC é sem dúvidas uma grande honra; na verdade o Cariri Cangaço é resultado do amplo e irrestrito apoio recebido a partir da SBEC. Gostaria de ressaltar a figura de Gastão, sempre a nos orientar e nos mostrar os caminhos para consolidar nosso Cariri Cangaço que hoje é uma realidade, e mais, uma diretoria recém eleita com a qualidade de seus integrantes como Lemuel Rodrigues, a Patrícia, Geraldo, Marcilio, Leandro e Honório, é garantia de tempos alvissareiros, salve nossa SBEC; desses ilustres confrades, tenho a honra de ter dois deles; Leandro e Honório; Conselheiros Cariri Cangaço", conclui Manoel Severo.   

Eriberto Oliveira e Manoel Severo

Para o jornalista Heldemar Garcia, assessor do Cariri Cangaço, e também presente à solenidade, um dos pontos importantes do encontro da SBEC "foi também a apresentação aos presentes do projeto do Cariri Cangaço Mossoró 2023, realizado pelo Severo, e sem dúvidas Cariri Cangaço, SBEC, Museu do Sertão, UERN, Prefeitura, enfim, irmanados iremos realizar mais um espetacular Cariri Cangaço, isso para 2023", revela Heldemar.

Para o presidente eleito da SBEC, professor Lemuel Rodrigues, "estaremos realizando em breve, uma reunião da atual diretoria para apresentar a proposta de realização do Cariri Cangaço em Mossoró". revela o atual presidente da SBEC.

Eleição da Nova Diretoria da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, cidade de Mossoró em 15 de junho de 2022, nas dependências da Biblioteca Municipal Ney Pontes.

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CORAL 1 E CORAL 2

 Clerisvaldo B. Chagas, 23 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.721

 

ESTÁTUA SOBRE ARRECIFE DE ARENITO QUE DEU NOME Á PRAIA DA SEREIA, MACEIÓ (FOTO: DIVULGAÇÃO).

Falamos do Marco dos Corais, novo ponto turístico de Maceió, mas uma coisa puxa outra. Os recifes, também chamados arrecifes, são classificados em dois tipos. Os recifes de arenito e os de coral. Os recifes de arenito são formados por antigas praias consolidadas pela precipitação de carbonato de cálcio trazido pelas águas dos rios e das chuvas. Após a consolidação, o mar, muitas vezes, penetrando pelos pontos menos cimentados, desgasta as regiões arenosas existentes por trás dos recifes e faz a praia recuar dando origem a verdadeiras lagunas fechadas pelos famosos muros de arenito. Em Alagoas, esse fenômeno acontece mais no chamado Litoral Sul, devidamente tendo Maceió como divisória. O arrecife de arenito (areia agregada) oferece proteção aos banhistas contra a violência das marés, mas por outro lado, é um terrível inimigo do navegador desavisado. A estátua da sereia, em Maceió, está implantada sobre um bloco de arrecife de arenito.

Já os recifes de corais, proliferam pelo litoral norte de Alagoas. São eles formados de restos de carapaças calcárias de animais que vivem em regiões quentes. São cobertos pelas marés e cimentados pela areia calcárea. Vê-se assim a zona viva sobre a zona morta dos corais.

Os recifes podem formar verdadeiras barreiras em frente ao continente; podem entrar pelo mar formando promontório (elevação) e também formar ilhas chamadas de atóis (lembre-se do Atol das Rocas (R. Grande do Norte) dos nossos estudos ginasianos.

Os recifes de corais quase sempre são protegidos por lei. Muitos mergulhadores são peritos em apreciá-los. Quase sempre   existem faróis para prevenir navegantes em regiões de arrecifes.

E por falar em faróis, vem à tona o farol da capital, do antes Alto do Jacutinga que emitia faixas de luzes vermelhas e azuis. Alusão clara aos pastoris e aos clubes CSA e CRB com as torcidas azul e encarnado. Além disso impedia os naufrágios no mar de Maceió diante dos seus perigosos arrecifes. Lembrada também com o tema, a origem do nome da capital pernambucana. Mas os recifes de corais não são apenas privilégio do Brasil, estão espalhados pelo mundo, principalmente pela Oceânia.

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OS RIOS E O HOMEM

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.720

“Os rios representam um papel saliente na distribuição do efetivo humano e no aspecto das paisagens humanizadas.

As correntes fluviais fornecem água para o consumo doméstico, promovem a irrigação das terras marginais favoráveis à agricultura, dão de beber aos rebanhos de criação, proporcionam a circulação dos transportes aquáticos, oferecem ancoradouros naturais em suas embocaduras e marcam geralmente a localização das principais cidades do mundo.

imagem com fraca nitidez do rio ipanema seco apresentada no livro de referência acima.

Outra utilização dos cursos fluviais consiste no aproveitamento do seu potencial de energia, a força da água em movimento vem há algum tempo sendo aproveitada para movimentar rodas, moinhos e engenhos; atualmente a engenharia consegue transformar a energia hidráulica em energia elétrica nas chamadas hidrelétricas Os lugares mais favoráveis para a construção dessas usinas hidrelétricas são as cachoeiras, isto é, as quedas-d’água provocadas pelos desníveis bruscos nos leitos dos rios de planalto. Assim é que o aproveitamento do potencial hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso, no rio São Francisco, é capaz de fornecer energia a uma vasta área coberta pelos estados brasileiros desde a Bahia até o Ceará”.

ANADRADE C. Manoel & SETTE Hilton. Geografia Geral. Editora do Brasil S/A. São Paulo.

 Pag. 167.

Já os rios que formam o semiárido nordestino quase sempre estão nas condições de rios temporários ou intermitentes, isto é, escorrem em períodos chuvosos e ficam secos durante a estiagem. São apreciados pelos ribeirinhos em ambas as maneiras. É que, na verdade, seus benefícios são permanentes.

Quando os rios estão secos, formam verdadeiros jardins naturais, com árvores, arvoretas arbustos e gramíneas, sendo muitos dessa vegetação de propriedades medicinais e de conhecimentos profundos pelos populares. Formam poços e cacimbas, assegurando a sobrevivência, além de fornecer inúmeros materiais de uso diário das pessoas como areia para construções, argila de tijolos e telhas; podem sustentar rebanhos na pastagem alimentada pelas águas dos lençóis freáticos; juncos para preenchimentos de colchões e, pedras polidas para ornamento de muros e jardins domésticos. Somente o ribeirinho sabe o valor, tanto de um rio cheio quanto o de um rio seco.

É por isso que o rio Ipanema é tão amado em sua região sertaneja.

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INACINHA DE GATO E CATINGUEIRA

 Por José Mendes Pereira


INACINHA, A ENCRENQUEIRA.

Inacinha era baiana de Glória (Paulo Afonso), na Bahia no ano de 1916 e seu nome legítimo era Inácia Maria das Dores. Tinha raízes indígenas da tribo de índios pankararés, e sua aparência, não negava as origens: morena de cabelos ondulados pretos, baixinha. Apesar da sua estatura, era linda. Entrou para o bando sendo companheira do cangaceiro Gato, um dos mais valentes. Apesar de não segurar bem a sua língua, não agradava a todos, pois gostava de criar confusão no grupo por qualquer coisa que não lhe agradava.

Quando estava no oitavo mês de gravidez, na fazenda Retiro, no Estado de Alagoas, o bando de Corisco foi atacado pela volante do então sargento Bezerra e Inacinha levou um tiro na nádega, e a bala saiu pela barriga, mas não afetou a criança. Os cangaceiros conseguiram fugir ilesos, mas ela não teve condições de escapar das mãos dos policiais. O seu companheiro Gato tentou carregá-la nos braços, mas foi obrigado a a abandoná-la. Estava muito pesada e o jeito foi deixá-la e correr para salvar a sua própria vida.

Ali mesma, ela foi presa pela volante e levada para a Cadeia de Piranhas. Gato, companheiro, assim que tomou conhecimento da sua prisão, armou um plano para resgatá-la. No trajeto maldoso, o cangaceiro muito incontrolado, saiu atirando, matando quem encontrasse pela frente. Não importava quem ali morresse, Foram mais de 11 mortes, segundo os companheiros.

Mesmo com todo esforço e violência, Gato não encontrou a companheira na cadeia. Infelizmente, foi alvejado e morto pela as volantes. Posteriormente, Inacinha casou  com um motorista de caminhão conhecido como Pé na Tábua. 

Segundo o pesquisador do cangaço Sálvio Siqueira nos informa que: na segunda metade da década de 1950, mais precisamente em 1957, a senhora Inácia Maria das Dores, a ex cangaceira e viúva de um soldado de volante Inacinha, começa sentir dores estranhas em determinadas parte de seu corpo. Não dispondo de transporte automóvel, ela é colocada em cima do lombo de um animal e seu esposo a leva para a cidade de Paulo Afonso, BA.

CANTINGUEIRA

Poucas informações a respeito dele. Seu nome é Cícero Garrincha, pertencia ao grupo de Moreno, companheiro de Aristeia única pessoa que diz ter visto morrer após ser baleado. A chacina que o vitimou aconteceu em Santana de Ipanema, no Estado de Alagoas. Após a morte de catingueira, sua esposa decidiu deixar a vida do Cangaço.

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LAMPIÃO ENTRA NO RN EM 10 DE MAIO DE 1927. - PARTE I

 Por José de Paiva Rebouças


No dia 10 de maio de 1927, Lampião passava em terras do município de Luíz Gomes, no alto Oeste Potiguar, sem nenhuma dificuldade. Não tinha rastros de volantes, mesmo na Paraíba, onde havia saqueado o povoado Canto do Feijão, hoje município de Santa Helena, fazendo grande estardalhaço e provocando mortes.

https://www.wikiwand.com/pt/Lampi%C3%A3o_%28cangaceiro%29

O agricultor José Leite cuidava dos afazeres da fazenda Baixio, quando foi surpreendido pelo tropel dos cavalos. Sequer reconheceu os filhos no meio do bando. Massilon e Manoel Leite, o Pinga Fogo, tomaram a bênção.


Surpreso ao ver Manoel Leite na tropa, o velho reclamou, mas depois lavou as mãos

À direita da foto é Manoel Leite o cangaceiro Pinga Fogo. - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2019/03/manuel-leite-o-cangaceiro-pinga-fogo.html

Só pediu para não invadirem a fazenda do coronel Joaquim Moreira, que era seu patrão e padrinho de Massilon, mas ficou sem resposta.


Um pouco afastado, Lampião avistava a região serrana do rio Grande do Norte. Decidiu com Massilon seguir para Mossoró margeando a serra de martins, mesmo sendo mais longe. Para guiá-los, prenderam o vaqueiro Francisco Galdino.

Continuarei amanhã.

Fonte - Revista Brava Gente  do Jornal de fato.com 

Página 14

Mês Junho de 2022.

Digitado e Ilustrado por José Mendes Pereira - administrador deste blog.

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