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quinta-feira, 23 de junho de 2022

INACINHA DE GATO E CATINGUEIRA

 Por José Mendes Pereira


INACINHA, A ENCRENQUEIRA.

Inacinha era baiana de Glória (Paulo Afonso), na Bahia no ano de 1916 e seu nome legítimo era Inácia Maria das Dores. Tinha raízes indígenas da tribo de índios pankararés, e sua aparência, não negava as origens: morena de cabelos ondulados pretos, baixinha. Apesar da sua estatura, era linda. Entrou para o bando sendo companheira do cangaceiro Gato, um dos mais valentes. Apesar de não segurar bem a sua língua, não agradava a todos, pois gostava de criar confusão no grupo por qualquer coisa que não lhe agradava.

Quando estava no oitavo mês de gravidez, na fazenda Retiro, no Estado de Alagoas, o bando de Corisco foi atacado pela volante do então sargento Bezerra e Inacinha levou um tiro na nádega, e a bala saiu pela barriga, mas não afetou a criança. Os cangaceiros conseguiram fugir ilesos, mas ela não teve condições de escapar das mãos dos policiais. O seu companheiro Gato tentou carregá-la nos braços, mas foi obrigado a a abandoná-la. Estava muito pesada e o jeito foi deixá-la e correr para salvar a sua própria vida.

Ali mesma, ela foi presa pela volante e levada para a Cadeia de Piranhas. Gato, companheiro, assim que tomou conhecimento da sua prisão, armou um plano para resgatá-la. No trajeto maldoso, o cangaceiro muito incontrolado, saiu atirando, matando quem encontrasse pela frente. Não importava quem ali morresse, Foram mais de 11 mortes, segundo os companheiros.

Mesmo com todo esforço e violência, Gato não encontrou a companheira na cadeia. Infelizmente, foi alvejado e morto pela as volantes. Posteriormente, Inacinha casou  com um motorista de caminhão conhecido como Pé na Tábua. 

Segundo o pesquisador do cangaço Sálvio Siqueira nos informa que: na segunda metade da década de 1950, mais precisamente em 1957, a senhora Inácia Maria das Dores, a ex cangaceira e viúva de um soldado de volante Inacinha, começa sentir dores estranhas em determinadas parte de seu corpo. Não dispondo de transporte automóvel, ela é colocada em cima do lombo de um animal e seu esposo a leva para a cidade de Paulo Afonso, BA.

CANTINGUEIRA

Poucas informações a respeito dele. Seu nome é Cícero Garrincha, pertencia ao grupo de Moreno, companheiro de Aristeia única pessoa que diz ter visto morrer após ser baleado. A chacina que o vitimou aconteceu em Santana de Ipanema, no Estado de Alagoas. Após a morte de catingueira, sua esposa decidiu deixar a vida do Cangaço.

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