Por José Mendes Pereira
Inacinha era baiana de Glória (Paulo Afonso), na Bahia no ano de 1916 e seu nome legítimo era Inácia Maria das Dores. Tinha raízes indígenas da tribo de índios pankararés, e sua aparência, não negava as origens: morena de cabelos
ondulados pretos, baixinha. Apesar da sua estatura, era linda. Entrou para o bando sendo companheira
do cangaceiro Gato, um dos mais valentes. Apesar de não segurar bem a sua língua, não agradava a todos, pois gostava de criar confusão no grupo por qualquer coisa que não lhe agradava.
Quando estava no oitavo mês de gravidez, na fazenda Retiro, no Estado de Alagoas, o bando de Corisco foi atacado pela volante do então sargento Bezerra e
Inacinha levou um tiro na nádega, e a bala saiu pela barriga, mas não afetou a criança. Os cangaceiros conseguiram fugir ilesos, mas ela não teve condições de escapar das mãos dos policiais. O seu companheiro Gato tentou carregá-la nos braços, mas foi obrigado a a abandoná-la. Estava muito pesada
e o jeito foi deixá-la e correr para salvar a sua própria vida.
Ali mesma, ela foi
presa pela volante e levada para a Cadeia de Piranhas. Gato, companheiro, assim que tomou conhecimento da sua prisão, armou um plano para resgatá-la. No trajeto maldoso, o cangaceiro muito incontrolado, saiu atirando, matando quem encontrasse pela frente. Não importava quem ali morresse, Foram mais de 11 mortes, segundo os companheiros.
Mesmo com todo esforço e violência, Gato não encontrou a companheira na cadeia. Infelizmente, foi alvejado e morto pela as volantes. Posteriormente, Inacinha casou com um motorista de caminhão conhecido como Pé na Tábua.
Segundo o pesquisador do cangaço Sálvio Siqueira nos informa que: na segunda metade da década de
1950, mais precisamente em 1957, a senhora Inácia Maria das Dores, a ex
cangaceira e viúva de um soldado de volante Inacinha, começa sentir dores
estranhas em determinadas parte de seu corpo. Não dispondo de transporte
automóvel, ela é colocada em cima do lombo de um animal e seu esposo a leva
para a cidade de Paulo Afonso, BA.
CANTINGUEIRA
Poucas
informações a respeito dele. Seu nome é Cícero Garrincha, pertencia ao
grupo de Moreno, companheiro de Aristeia única pessoa que diz ter visto morrer
após ser baleado. A chacina que o vitimou aconteceu em Santana de Ipanema, no
Estado de Alagoas. Após a morte de catingueira, sua esposa decidiu deixar a
vida do Cangaço.
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