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domingo, 10 de novembro de 2019

“PAJEÚ EM CHAMAS: O CANGAÇO E OS PEREIRAS”


Recebi hoje do Francisco Pereira Lima (Professor Pereira) lá da cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba uma excelente obra com o título "PAJEÚ EM CHAMAS O CANGAÇO E OS PEREIRAS - Conversando com o Sinhô Pereira" de autoria do escritor Helvécio Neves Feitosa. Obrigado grande professor Pereira, estarei sempre a sua disposição.


O livro de sua autoria “Pajeú em Chamas: o Cangaço e os Pereiras”. A solenidade de lançamento aconteceu no Auditório da Escola Estadual de Educação profissional Joaquim Filomeno Noronha e contou com a participação de centenas de pessoas que ao final do evento adquiriram a publicação autografada. Na mesma ocasião, também foi lançado o livro “Sertões do Nordeste I”, obra de autoria do cratense Heitor Feitosa Macêdo, que é familiar de Helvécio Neves e tem profundas raízes com a família Feitosa de Parambu.

PAJEÚ EM CHAMAS 

Com 608 páginas, o trabalho literário conta a saga da família Pereira, cita importantes episódios da história do cangaço nordestino, desde as suas origens mais remotas, desvendando a vida de um mito deste mesmo cangaço, Sinhô Pereira e faz a genealogia de sua família a partir do seu avô, Crispim Pereira de Araújo ou Ioiô Maroto, primo e amigo do temível Sinhô Pereira.

A partir de uma encrenca surgida entre os Pereiras com uma outra família, os Carvalhos, foi então que o Pajeú entrou em chamas. Gerações sucessivas das duas famílias foram crescendo e pegando em armas.

Pajeú em Chamas: O Cangaço e os Pereiras põe a roda da história social do Nordeste brasileiro em movimento sobre homens rudes e valentes em meio às asperezas da caatinga, impondo uma justiça a seus modos, nos séculos XIX e XX.

Helvécio Neves Feitosa, autor dessa grande obra, nascido nos Inhamuns no Ceará, é médico, professor universitário e Doutor em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal), além de poeta, escritor e folclorista. É bisneto de Antônio Cassiano Pereira da Silva, prefeito de São José do Belmonte em 1893 e dono da fazenda Baixio.

Sertões do Nordeste I

É o primeiro volume de uma série que trata dos Sertões do Nordeste. Procura analisar fatos relacionados à sociedade alocada no espaço em que se desenvolveu o ciclo econômico do gado, a partir de novas fontes, na maioria, inéditas.

Não se trata da monumentalização da história de matutos e sertanejos, mas da utilização de uma ótica sustentada em elementos esclarecedores capaz de descontrair algumas das versões oficiais acerca de determinados episódios perpassados nos rincões nordestinos.
Tentando se afastar do maniqueísmo e do preconceito para com o regional, o autor inicia seus estudos a partir de dois desses sertões, os Inhmauns e os Cariris Novos, no estado do Ceará, sendo que, ao longo de nove artigos, reunidos à feição de uma miscelânea, desenvolve importantes temas, tentando esclarecer alguns pontos intrincados da história dessa gente interiorana.

É ressaltado a importância da visão do sertão pelo sertanejo, sem a superficialidade e generalidade com que esta parte do território vem sendo freqüentemente interpretada pelos olhares alheios, tanto de suas próprias capitais quanto dos grandes centros econômicos do País.

Após a apresentação das obras literárias, a palavra foi facultada aos presentes, em seguida, houve a sessão de autógrafos dos autores.

Quem interessar adquirir esta obra é só entrar em contato com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br
Tudo é muito rápido, e ele entregará em qualquer parte do Brasil.

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OS SERTÕES DO SERTÃO

*Rangel Alves da Costa

O Sertão é dividido em muitos sertões. Há o sertão sertanejo, o sertão apenas da memória, o sertão do progresso e do modismo, o sertão enquanto geografia e características peculiares.
Neste sentido, o sertão do mandacaru, do xiquexique, da flor de jurubeba nos beirais das estradas, das secas e das estiagens, das esperanças de chuva e das trovoadas de vem em quando.
Mas há um sertão que nem o progresso consegue afastar totalmente a sua feição: o sertão cultural, tradicional, enraizado em si mesmo. O sertão e sua autenticidade, bem como sua força de permanência.
Como exemplo, temos as permanências das manifestações culturais dos pífanos, do reisado, do samba-de-coco, da cavalhada, do aboio e da toada, do xaxado e do forró, das velhas vozes ecoando emboladas e nostalgias musicais.
É neste contexto que se insere o sertão da roça, do mato, do curral, do casebre de cipó e barro, da poeira levantando na estrada pela passagem da boiada, da cozinha cheirando a coisa boa da terra e do quintal do purrão e do varal.
E se insere pelo fato de que as permanências culturais e tradicionais sempre nascem e afloram a partir dos arredores e das distâncias das cidades ou centros urbanos. Quanto mais familiar for a tradição, mais força ela terá.
Nas povoações, fazendas, solidões das matarias e pequenos mundos, é onde continua gestando o grande sopro de vida do sertão. O sertão do mato é o legítimo sertão, aonde é possível encontrar o verdadeiro sertanejo.
A cidade consume sem saber que está se embrenhando naquilo que de mais puro e original há no seu mundo-sertão. Ora, a prova disso está no eterno amor pela vaquejada, pela vaqueirama, pela vida de gado.


Vaqueiro e boi não são da cidade não. Pega-de-boi e alazão pelo mato não são da cidade não. Aboio e toada, cantoria e versejar matuto não são da cidade não. É tudo do mato, tudo cheirando a terra, a bicho, a estrume, a sol, a espinho e toco de pau lanhando a pele.
O profundo amor pela vaquejada é também o amor profundo ao sertão em sua raiz maior. Mesmo que os costumes vaqueiros tenham se modificando, a raiz continua, pois gestada no amor sentido pela vida de cavalo e gado.
Hoje as mocinhas se enfeitam para as vaquejadas, fazem do descampado e da mataria verdadeira passarela de desfile, sem saber que estão reverenciando algo grandioso no mundo-sertão: a cultura da pega-de-boi no mato.
Os novos vaqueiros, todos encorajados e destemidos, nada mais são que a permanência dos velhos vaqueiros do passado. Antigos vaqueiros que se preocupavam muito mais em cuidar do gado, em ir atrás de boi desgarrado, em seguir pelos estradões levando boiada.
O cheiro do couro não mudou, o sol sobre a pele não mudou, o espinho na pele não mudou, a força e a valentia não mudaram, o afoitamento é o mesmo. E não mudou pelo fato de que o sentido da vida vaqueira é exatamente a relação entre cavalo e boi, e não a forma como hoje isso se traduz.
É, pois, neste sertão do vaqueiro e da vaquejada, que continua pujante aquele sertão de outrora. Como dito, os vaqueiros de agora são os mesmos vaqueiros de outrora nas suas proezas e valentias.
Não há que se dizer sobre um vaqueiro que surge agora para o sucesso, mas tão somente num sertanejo que vai seguindo os mesmos passos de seu pai, de seu avô, de seu bisavô.
Daí também o Parque de Vaquejada União Santa Fé, nos arredores da cidade de Poço Redondo, se constituir num grande livro onde as antigas tradições sertanejas estão tendo continuidade na escrita. E que bom que seja assim.
Na vaqueirama e na vaquejada aquele sertão único entre passado e presente. E a beleza de ter um troféu da história levantado.

Escritor
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QUEM SOU EU?



Pra quem já se deixou enganar pela legenda da imagem abaixo

A sugestão foi do confrade Fábio, os participantes das comunidades gostaram da nova modalidade de enigmas e estamos aprendendo muito com a identificação de fotos de personagens.

Este era o cabra "Passarinho" cujo nome correto João José Ribeiro, sua companheira chamava-se Sabina.

Esta foto já foi legendada erroneamente por diversos autores como sendo de "Volta Seca".

Créditos: Ivanildo Silveira


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MARCOLINO DINIZ


Matéria do jornalista Sebastião Lucena, publicada no jornal "A União" de 11 de agosto de 1978.
Publicado em 2008 no lampiaoaceso

Marcolino Diniz nasceu em 10 de agosto de 1894 e faleceu em Irerê -PB (antiga Patos de Princesa), em 21 de dezembro de 1980, aos 86 anos, nessa idade sabe como é ... por qualquer coisinha se morre.

A história dele tem passagens interessantes: inclusive a relação de amizade que tinha com Lampião, e a sua libertação exigida pelo mesmo em 1923, a carreira que ele deu em Quelé quando foi resgatar a amada Xanduzinha durante o combate citado na reportagem acima.

Créditos das informações adicionais: confrade Fábio da comunidade "Lampião, Discussão Técnica".


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O FIM DE VIRGOLINO FERREIRA - O QUE DISSERAM OS JORNAIS SERGIPANOS

Por Laelson Correia para a revista "Perfil"


Mesmo sem temer perigos nem ruínas, o bandoleiro das terras nordestinas, Virgulino Ferreira da Silva, vulgo "Lampião", se encontrou com o seu destino final, 70 anos atrás. Dispensando qualquer tipo de apresentação, ora, ele é o 2º latino-americano mais biografado de todos os tempos, ainda hoje surgem dúvidas, sobram estórias, fica ainda mais propagada a lenda.

São tantos os livros sobre Lampião (cangaço) e seus derivados, que daria para abrir uma biblioteca ou livraria somente destes títulos. Mas a verdade, é que nem tudo que se escreve, foi ou é verdade. O simples local dado como certo da emboscada armada por uma Volante Alagoana comandada pelo Tenente João Bezerra, culminando com a morte de Virgulino Ferreira e 10 dos seus companheiros nos primeiros raios de sol do dia 28 de Julho1938, em algumas obras encontra-se ultrajada, creditando-se o local para Alagoas, onde na verdade foi em Sergipe, numa grota da Fazenda Angico, município de Porto da Folha, mais tarde território pertencente à Poço Redondo.

O fato é que o Rei do Cangaço, parece que fora predestinado a ser perseguido por todas as frentes. A legião de admiradores do cangaço aumenta cada dia mais, as suas comunidades nos sites de relacionamentos na internet estão lotadas de pessoas de todos os tipos de classes sociais e intelectuais que entram em discussões sem fim, sobre qualquer tema, onde na maioria das vezes demonstram um conhecimento impressionante sobre todo o contexto da vida, morte ( e pós-vida ? sim, temos os literários dos cordéis para isso ) de Lampião.

Partindo desse princípio de informações divergentes ou não, surge uma obra com uma abordagem até então inédita no gênero Cangaço, uma compilação do que e como noticiaram os jornais sergipanos da época, a bombástica notícia da morte do homem mito Lampião.

O autor desta preciosidade, o sergipano e aracajuano Antônio Corrêa Sobrinho de 49 anos, formado em Direito pela UFS, não se considera pesquisador, apesar de vasta biblioteca e acima de tudo opinião responsável, intuição e espírito contestador, elementos necessários para desmistificar inúmeras lendas a respeito do mito Lampião.

Movido pelo desejo de ter reunidas as primeiras impressões jornalísticas da época num encadernado, para suas próprias análises e conclusões dos fatos, por conta própria iniciou uma intensa pesquisa no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, além de Bibliotecas Públicas como Epifânio Dórea, que mantém em seus acervos devidamente conservados diversos exemplares de jornais sergipanos extintos - O Correio de Aracaju, O Nordeste, a Folha da Manhã, O Sergipe-Jornal e o Clarim, todos editados em Aracaju, exceto este último, da ribeirinha Própria. O resultado foi uma relíquia de informações germinadas no calor dos fatos, sobre a tragédia de Angico.

Depois de pronta a pesquisa, veio o desejo de presentear um grande amigo, José Clenaldo, outro grande sabedor do assunto e cangaceirista de elite, com a encadernação de toda a pesquisa. Clenaldo ficou na expectativa, que aumentou após uma sugestão de outro amigo em que não fosse confeccionado apenas um, mas uma grande tiragem, o que ocasionou no respectivo livro. O volume é repleto de pérolas jornalísticas da década de 30, e o leitor se sentirá numa verdadeira máquina do tempo, lendo os jornais que trazem o modo clássico da comunicação. O autor destaca o incrível furo de reportagem do Correio de Aracaju, ao anunciar a morte de Lampião na mesmíssima manhã do seu falecimento. Ora, naquela época usava-se bastante o telégrafo para transcrever os fatos a longa distância, e não era costumeiro as notícias saírem fresquinhas para o grande público.

Uma grande fonte de informações para os pesquisadores do cangaço, além de levar a todos uma visão de como era arcaico em comparativo com os dias de hoje, os meios de comunicações da época.


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POR QUE OS CÃES DOS CANGACEIROS NÃO ALARMARAM A APROXIMAÇÃO DAS VOLANTES NA MADRUGADA DE 28 DE JULHO DE 1938, NA GROTA DO ANGICO, NO ESTADO DE SERGIPE?

Por José Mendes Pereira

Cão quando treinado geralmente é obediente ao dono. Se o dono o cria desde pequeno e vai dando as coordenadas ele cresce o obedecendo, e se não recebeu ordem do dono para latir jamais fará por espontânea vontade. 

Médico Dr. Leandro Cardoso

O escritor, pesquisador e médico Dr. Leandro Cardoso fala em um dos seus trabalhos sobre os cães dos cangaceiros que não latiram no momento em que os policiais puseram os pés no chão da Grota do Angico, na madrugada de 28 de julho de 1938 no Estado de Sergipe.

Leia parte de um todo do que falou o Dr. Leandro Cardoso:

Vejamos.

"... em primeiro lugar, nos reportaremos ao perfil dos cães. Candeeiro, em entrevista no vídeo de Aderbal Nogueira ao responder os questionamentos de Paulo Gastão, o entrevistador, é taxativo em dizer que Guarani, o cachorro de Lampião, era quieto e não latia, apenas “saía atrás da gente” – SIC. Isso nos força a refletir sobre a maneira de ser, a “personalidade” do cão, provavelmente sinalizando que os cães eram de companhia e não feras nervosas que latiam à aproximação de quem quer que fosse. Se esse fosse o caso, os cangaceiros ficariam expostos, pois cachorro latindo no meio da caatinga é o pior que poderia acontecer ao grupo, uma vez que denunciaria sua localização.

Além do mais, como a madrugada fora de chuvisco e frio muito provavelmente os cães estavam abrigados, ou sob os arbustos ou junto dos donos, sob as tordas. A própria disposição dos grupos naquele leito seco de pedras, dificultaria enormemente o discernimentos dos cães quanto a invasores, pois é sabido que naqueles dias juntaram-se ao bando de Lampião os subgrupos de Zé Sereno, Luís Pedro, o sobrinho de Lampião, José, e os coiteiros Manoel Félix, Pedro de Cândido e Durval. Ou seja: TODOS ESTRANHOS aos cachorros! E ainda faço outro questionamento: como os cães conseguiriam distinguir um soldado de um cangaceiro, uma vez que se vestiam de maneira semelhante, utilizando, inclusive perfumes variados, que confundem o faro canino?

Vamos mais adiante. Ainda desfiando o possível envenenamento de Lampião, eu me questiono: a que horas o Rei do Cangaço teria ingerido o veneno?

Balão, em famosa entrevista, afirma que foram dormir por volta das 22h. Supondo que Lampião tenha jantado antes de dormir - no caso de envenenamento –, deveria ter ingerido algo tóxico nessa ocasião e, portanto, morrido durante a madrugada. No entanto, deparamos-nos com o Capitão Virgulino rezando o Ofício de Nossa Senhora logo cedo (depoimentos de Cila, Candeeiro, Zé Sereno e Balão). Cila, com preguiça, não havia se levantado para fazer a oração. Já Balão, após a reza, voltou a deitar-se, pois ainda era muito cedo e fazia frio. Lampião tomou o café feito pelo cangaceiro Vila Nova e, conversando com Luís Pedro e Sereno, ordena que Amoroso vá buscar água para o café dos outros, ocasião em que o tiroteio é deflagrado.

Aí, então, eu volto a perguntar: a que horas Lampião foi envenenado? Após o “jantar” da noite anterior, a “próxima” provável refeição do Rei do Cangaço, onde poderia ter ingerido algum veneno, seria o café feito e tomado com Vila Nova. No entanto, este cangaceiro não morreu, nem de veneno, nem de tiro, pois o reencontramos por ocasião das entregas, bem de saúde, alguns meses depois.

Ao analisarmos os principais venenos que poderiam ter sido utilizados contra os cangaceiros, e o quadro clínico decorrente de sua ação no organismo, é que realmente temos a certeza de que os cangaceiros no Angico não foram envenenados.

Estricnina: é um alcalóide extremamente tóxico, e uma das substâncias mais amargas que existem; seu gosto é percebido em concentrações da ordem de uma parte por milhão (1ppm). O quadro clínico da intoxicação pela estricnina é bastante exuberante, incluindo pródromos de câimbras e dor; rigidez dorsal e cervical; rigidez de extremidades; agitação e ansiedade; hipertonia; convulsões (com o paciente acordado e lúcido); opistótono (espécie de contratura involuntária da musculatura paravetebral, deixando o corpo em forma de arco); “riso sardônico”; paralisia respiratória e parada cardiorespiratória. 

, não há qualquer evidência de posições de hipertonia ou espasmos da musculatura facial, sugerindo o “riso sardônico”, muito menos relatos do sobreviventes ou da polícia testemunhando crises convulsivas ou contrações involuntárias generalizadas, afastando a possibilidade do seu uso no episódio do Angico.

...".


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OS BEATLES SE ENCONTRAM COM ELVIS PRESLEY

Desde que os jovens garotos de Liverpool, que um dia se tornariam Os Beatles, começaram a se interessar verdadeiramente por música, Elvis foi sem dúvida, uma de suas primeiras referências. Quando as coisas começaram a ficar melhores, e eles começaram a ganhar algum dinheiro, todos vislumbraram uma chance de algum dia poderem se encontrar com o Rei do Rock. Esse dia chegou na noite de 27 de agosto de 1965. Mas ao contrário de qualquer expectativa, esse encontro não foi uma festa. Os Beatles estavam apreensivos e Elvis estava inseguro e se mostrou na defensiva o tempo inteiro.



O encontro entre as duas maiores estrelas da música pop do século XX, foi marcado para aquele dia 27 de agosto de 1965, depois de muitos telefonemas entre Brian Epstein e o Coronel Tom Parker. A visita dos Beatles ao rei do rock aconteceu em sua casa, em Bel Air. Não existem muitas evidências, até hoje, de qualquer produto áudio/visual relevante. A única imagem alusiva ao encontro de Elvis com os Beatles é uma foto em que John Lennon aparece saindo da casa de Elvis. Anos mais tarde apareceu uma outra onde Elvis aparece segurando um baixo e John sua rickenbaker. No documentário The Beatles Anthology, de 1996, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, dizem que jamais tocaram com Elvis, e que somente John o fizera. No mesmo documentário, Ringo, para os biógrafos confiáveis, teria sido a grande estrela da noite em simpatia e camaradagem geral, disse ter jogado futebol com Elvis.


Para lembrar os 53 anos do famoso encontro entre as maiores estrelas da música pop de todos os tempos, a gente confere, com a exclusividade de sempre, um trecho do excelente livro “The Beatles – A Biografia” de Bob Spitz.


"Coisas estranhas abundavam em Los Angeles. Primeiro, a polícia se recusou a cooperar com os Beades, dizendo que "não poderia se responsabilizar pela segurança deles". Depois, Phil Spector os convidou a ir à sua mansão e fez uma apresentação de drogas e armas. Ambas as circunstâncias proporcionaram alguns momentos incômodos para os rapazes, mas nada que pudesse competir com a visita a Elvis. Havia mais de um ano que Brian e o Coronel Parker estavam tentando agendar um encontro entre seus megaastros, tendo apenas os egos — gigantescos egos — deles como empecilho. "Ávido para proteger o prestígio de seus artistas", nenhum dos empresários queria piscar primeiro quanto à decisão de quem aceitaria o convite do outro. Afinal, os Beatles cederam, concordando em fazer uma visita ao rei.Elvis tinha acabado de voltar de Honolulu, onde havia filmado Feitiço havaiano (Blue Hawaii), e estava encafuado com a máfia de Memphis numa casa alugada em Bel-Air. Quando os Beatles chegaram, um pouco depois das 10 horas da noite, em 27 de agosto, eles estavam "rindo [...] histéricos", parte pelo nervosismo, do qual todos sofriam, parte pelos baseados que tinham compartilhado no carro. A casa era muito, muito grande e extravagante — "como uma boate", pensou John. Lá dentro, Elvis estava acomodado soberanamente em um enorme sofá em formato de ferradura — o rei, maior que o mundo, com uma blusa vermelha por baixo de uma jaqueta preta justa e calças pretas. Com um braço, ele enlaçava sua rainha, Priscilla Beaulieu, e em volta estavam seus fiéis escudeiros: Joe Esposito, Marty Lacker, Billy Smith, Jerry Schilling, Alan Fortas e Sonny West. Talvez mais do que todos, John ficou abalado pela visão de seu ídolo de infância. Antes que ele comprasse um violão, antes do skiffle, antes de Paul, George e Stu, antes de sua própria odisseia pop, John tinha escutado "Heartbreak Hotel" e descobrira que "aquilo era o máximo para mim". Agora, John recorria a brincadeiras, encenações, e a falar sem parar como se fosse o inspetor Closeau. "Ah, entom esse é você!", ele brincou, tentando fazer um sotaque e olhando distraidamente para o anfitrião por sobre os óculos. Os outros Beates estavam atônitos, olhando em volta para o cenário ao estilo de Las Vegas, com mesas de bilhar e carteado, além de roletas que entulhavam o lugar. Uma.jukebox bem-abastecida ronronava num canto. A sala era banhada por uma luz vermelha e azul, o que criava a aparência de uma boate barata. Ninguém sabia o que fazer ou dizer. Após um breve e embaraçoso silêncio, Elvis os chamou para se sentar ao lado dele, mas se cansou dos olhares vazios dos Beatles — "Era a adoração de um herói de alto nível", admitiu Paul - e começou a zapear nervosamente pelos canais do aparelho de televisão, que tinha o tamanho de uma parede. "Se vocês vão ficar aí parados só olhando pra mim, eu vou pra cama", bufou Elvis, jogando o controle remoto na mesa de café. Virando-se para a namorada, ele disse: "Por hoje é só, certo, Cilla? Não queria que isto aqui acabasse como um bando de súditos visitando o rei. Achei que íamos relaxar, conversar sobre música e tocar um pouco". "Isso seria ótimo", disse Paul, sugerindo que tentassem tocar uma música da "outra Cilla" — Cilla Black —, e nesse momento surgiram guitarras e um piano branco, além de bebidas. "Nós plugamos os instrumentos, tocamos e cantamos... "You’re My World'", lembra-se John. Soltando-se aos poucos, eles emendaram alguns dos sucessos de Presley - "That's All Right (Mama)" e "Blue Suede Shoes", com Elvis levando a melodia e Paul improvisando ao piano -, e encerraram com "I Feel Fine". A essa altura, John havia passado para um tom mais espinhento. "Ê assim que isso deverria ser", ele arremedou não se sabe quem, "uma pequena rreuniom caseirra com alguns amigos e um poco de musique." Chris Hutchins, que relembrou a visita em sua crônica de 1994, Elvis Meets The Beatles, escreveu que além do falso sotaque francês, John cutucou Elvis grosseiramente — e nada menos que na frente de seus amigos —, mencionando sua falta de pegada, os compactos melosos que lançara depois de servir o exército, e sua série de filmes-pipoca. "Pode ser que eu grave algumas coisas e derrube vocês", disse Elvis, dando de ombros, sentindo-se pressionado a responder. Ninguém conseguia dissipar as "sutilezas incómodas [...] e a alegria superficial" que pontuaram a noite até um pouco depois das 2 da madrugada, quando os Beades finalmente partiram. "Agradeço pela música", disse John, indo embora, e então gritou: "Longa vida ao Rei!" No dia seguinte, a multidão de jornalistas famintos que cobria a turnê atacou o assunto do encontro histórico, que foi exposto à imprensa — e organizado, em grande parte, para agradar aos dois empresários — por Tony Barrow. Os jornalistas foram abas-tecidos com volumes generosos de citações de cada um dos Beates, que tropeçaram uns nos outros na pressa de cumprimentar o ídolo. Apenas em particular, John viria a admitir como realmente se sentiu. "Foi um monte de baboseira", ele concluiu. "Foi como visitar Englebert Humperdinck."


Esse vídeo, meio metido a 'sério' com ares de comédia, mostra como teria sido o encontro. Prepare-se: é ruim!

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PÓLO PARALÍMPICO DE NOVA FLORESTA CONQUISTA VITÓRIAS E MEDALHAS NA PARALIMPÍADA DA PB.

Por Kydelmir Dantas

Pólo Paralímpico de Nova Floresta conquista Vitórias e Medalhas na Paralimpíada da PB... Além do Atletismo, tivemos a equipe do Tênis de Mesa, todos 'medalhados'. A participação do atleta de Bocha - Armstrong - melhorou 100%... Promessa de medalha nos próximos jogos, mas um campeão na vida de atleta.

Manoel e seu atleta guia Alexsandro Silva

1°Lugar 400m
2°Lugar 100m
✅Wedson Gonçalves
2°Lugar Salto em Distância
✅Lucas Gabriel
3°lugar 100m🏃👏
✅ Mateus Santos
1°Lugar 100m T53 ♿
#Atletismo#PoloNOVAFLORESTA 








CAMPEÕES NO TÊNIS DE MESA: Jamilly Ferreira, Islany, Wesley Souza Gonçalves ,Wedson Souza Gonçalves e Mateus Robério Santos


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DAVI JURUBEBA E JOÃO GOMES DE LIRA



Vídeo cedido por Rubelvan Lira, filho do Ten. João Gomes de Lira, com a finalidade de divulgar Nazaré, seus filhos e a história do cangaço. CLIC, no link, abaixo e assista...

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ZÉ DO PAPEL.

Por José Mendes Pereira

Zé do Papel foi uma das vítimas dos cangaceiros cortando a sua orelha esquerda. Zé do Papel viveu por muito tempo e viu o cangaço ser enterrado juntamente com Lampião e seus perversos. 


Afirmam que Zé do Papel sangrando muito e escorrendo de pescoço abaixo, além desta maldade teve que beber um litro de cachaça, possivelmente de uma só vez. A cachaça era para estancar o sangue escarlate que saía do tronco do ouvido.

Fonte da segunda foto: 


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