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sexta-feira, 10 de julho de 2020

LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS


Fazer o quê? Não é vaidade, O Edson, mas não tenho como me conter diante de um elogio como este. Eis o que escreveu em sua página no Facebook um cidadão de Floresta, Pernambuco, a respeito do meu livro:

“O livro Lampião - a Raposa das Caatingas, do escritor José Bezerra Lima Irmão nos leva à verdadeira essência do Cangaço no Nordeste Brasileiro, de linguagem fácil e compreensão, em sua pesquisa séria, e quando você começa a ler esse magnífico livro não quer mais parar. Um livro desse é escrito a cada 100 anos, uma verdadeira obra-prima, para historiadores pesquisadores amantes do Cangaço. Eu recomendo essa grande obra do meu amigo José Bezerra Lima Irmão”.

A mensagem é de Giovane Macário Gomes de Sá. Conhecemo-nos em Floresta, no recente encontro em Floresta, organizado pelo incansável Manoel Severo Barbosa.

Adquira esta obra com o professor Francisco Pereira Lima através deste e-mail:
franpelima@bol.com.br
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“PAJEÚ EM CHAMAS: O CANGAÇO E OS PEREIRAS”


Recebi hoje do Francisco Pereira Lima (Professor Pereira) lá da cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba uma excelente obra com o título "PAJEÚ EM CHAMAS O CANGAÇO E OS PEREIRAS - Conversando com o Sinhô Pereira" de autoria do escritor Helvécio Neves Feitosa. Obrigado grande professor Pereira, estarei sempre a sua disposição.


O livro de sua autoria “Pajeú em Chamas: o Cangaço e os Pereiras”. A solenidade de lançamento aconteceu no Auditório da Escola Estadual de Educação profissional Joaquim Filomeno Noronha e contou com a participação de centenas de pessoas que ao final do evento adquiriram a publicação autografada. Na mesma ocasião, também foi lançado o livro “Sertões do Nordeste I”, obra de autoria do cratense Heitor Feitosa Macêdo, que é familiar de Helvécio Neves e tem profundas raízes com a família Feitosa de Parambu.

PAJEÚ EM CHAMAS 

Com 608 páginas, o trabalho literário conta a saga da família Pereira, cita importantes episódios da história do cangaço nordestino, desde as suas origens mais remotas, desvendando a vida de um mito deste mesmo cangaço, Sinhô Pereira e faz a genealogia de sua família a partir do seu avô, Crispim Pereira de Araújo ou Ioiô Maroto, primo e amigo do temível Sinhô Pereira.

A partir de uma encrenca surgida entre os Pereiras com uma outra família, os Carvalhos, foi então que o Pajeú entrou em chamas. Gerações sucessivas das duas famílias foram crescendo e pegando em armas.

Pajeú em Chamas: O Cangaço e os Pereiras põe a roda da história social do Nordeste brasileiro em movimento sobre homens rudes e valentes em meio às asperezas da caatinga, impondo uma justiça a seus modos, nos séculos XIX e XX.

Helvécio Neves Feitosa, autor dessa grande obra, nascido nos Inhamuns no Ceará, é médico, professor universitário e Doutor em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal), além de poeta, escritor e folclorista. É bisneto de Antônio Cassiano Pereira da Silva, prefeito de São José do Belmonte em 1893 e dono da fazenda Baixio.

Sertões do Nordeste I

É o primeiro volume de uma série que trata dos Sertões do Nordeste. Procura analisar fatos relacionados à sociedade alocada no espaço em que se desenvolveu o ciclo econômico do gado, a partir de novas fontes, na maioria, inéditas.

Não se trata da monumentalização da história de matutos e sertanejos, mas da utilização de uma ótica sustentada em elementos esclarecedores capaz de descontrair algumas das versões oficiais acerca de determinados episódios perpassados nos rincões nordestinos.
Tentando se afastar do maniqueísmo e do preconceito para com o regional, o autor inicia seus estudos a partir de dois desses sertões, os Inhmauns e os Cariris Novos, no estado do Ceará, sendo que, ao longo de nove artigos, reunidos à feição de uma miscelânea, desenvolve importantes temas, tentando esclarecer alguns pontos intrincados da história dessa gente interiorana.

É ressaltado a importância da visão do sertão pelo sertanejo, sem a superficialidade e generalidade com que esta parte do território vem sendo freqüentemente interpretada pelos olhares alheios, tanto de suas próprias capitais quanto dos grandes centros econômicos do País.

Após a apresentação das obras literárias, a palavra foi facultada aos presentes, em seguida, houve a sessão de autógrafos dos autores.

Quem interessar adquirir esta obra é só entrar em contato com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

Tudo é muito rápido e ele entregará em qualquer parte do Brasil.

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“LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA” É A MAIS NOVA E IMPECÁVEL CONTRIBUIÇÃO DE SÉRGIO DANTAS


Para adquirir esta obra entre em contato com o professor Francisco Pereira Lima através deste e-mail: 

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VOLTA SECA, O CANGACEIRO DE LAMPIÃO


Por Nataly Mendonça (Estudante de Direito)

Uma análise sobre a nova obra

O VOLTA SECA QUE JORGE AMADO NÃO CONHECIA

“Vou guardar, no dia que eu saí daqui desse xilindró vô atráis desse tar iscritô mintiroso e vô fazê ele inguli todin, tô com a pinimpa no côro agora.” (Volta Seca ao descobrir que Jorge Amado usou sua identidade para criar um personagem.)

Nos meus tempos de Ensino Médio, ao ler Capitães da Areia, senti certa empatia em relação ao personagem da trama cujo padrinho era Lampião. Ao término da leitura, acabei esquecendo o assunto. Tempos depois, lá para meados de 2015, descubro que o menino cangaceiro realmente existiu e que ainda por cima tinha sangue sergipano. Foi o suficiente para atiçar minha curiosidade. Na época, o autor Robério Santos (ele quem me apresentou ao Volta Seca real) me contou superficialmente a história do cangaceirinho e disse que em breve lançaria um livro sobre ele. Desde então, vinha aguardando ansiosamente para ter este tal livro em mãos, que, apesar de ter guardada uma cópia em PDF, esperei para poder folheá-lo e sentir aquele cheirinho típico de livro novo.

As quatro vidas de Volta Seca é uma leitura extremamente deliciosa. Sua narrativa é diferenciada, montada de forma “romanceada”, incluindo falas e descrições de cenários, as quais possibilitam que o leitor imagine toda a situação. Se não fosse a árdua pesquisa por trás da construção desta biografia, o livro poderia facilmente ser considerado uma obra de ficção. No entanto, cada fato narrado ali aconteceu e, enquanto lia, ficava imaginando o minucioso trabalho de coletar, filtrar, selecionar e organizar todas as informações sobre Antônio dos Santos, o menino cangaceiro. Um verdadeiro quebra cabeças. Vale ressaltar que o livro possui uma iconografia superinteressante, que ajuda a ilustrar a trama e enriquece ainda mais a experiência de leitura.

O livro está dividido em quatro “encarnações”; a primeira, narrando sua infância, que não foi muito diferente das demais crianças nordestinas que viveram no sertão. Particularmente, foi minha parte preferida do livro, talvez por reconhecer nas narrativas situações que meus avós e pais vivenciaram em certo momento da vida. É emocionante, além de ser uma boa fonte antropológica. A segunda encarnação se dá início quando Antônio dos Santos entra para o bando de Lampião e se transforma em Volta Seca. Vemos, nessa parte, como era o dia-a-dia nômade da vida dos cangaceiros e alguns dos eventos mais chocantes envolvendo estes, como a chacina em Queimadas, na Bahia, em 1929. A fase do cangaço é a mais chocante, nela vemos uma criança que, ao ser exposta ao determinismo do meio, perde sua inocência e se vê fazendo parte do banditismo.

A terceira parte do livro enfoca a longa passagem de Volta Seca pela cadeia, o qual foi preso aos treze anos de idade e condenado injustamente a 145 anos de prisão. Nesta encarnação vemos o menino amadurecer físico e mentalmente atrás das grades, suas fugas e também a exploração midiática intensa sofrida por ele enquanto preso. Um detalhe enriquecedor do livro nesta parte são as entrevistas de diversos jornais que foram incluídas. Nelas, fica bem claro o quanto a mídia distorcia, aumentava fatos e inventava mentiras, as quais, na maioria das vezes, denegriam a imagem do menino cangaceiro. A quarta e última parte narra a vida de Volta Seca a partir de quando ele consegue sua tão sonhada liberdade, após cumprir vinte anos de cárcere e ter sua pena reduzida. Ele abandona seu apelido de cangaceiro e volta a ser Antônio dos Santos, um homem que compôs música, se envolveu com cinema, teve muitos filhos, trabalhou honestamente e terminou sua vida de forma simples e pacata.

Em suma, as quatro vidas de Volta Seca é um livro que desperta o interesse de vários públicos. Um adolescente terá uma boa história para ler, um historiador, uma bela fonte sobre o fenômeno do cangaço, um antropólogo com certeza poderá fazer uma análise da vida nordestina, um jurista terá em mãos um caso em que o direito foi mal aplicado, um sociólogo analisará o determinismo. Enfim, uma obra de qualidade, perfeita para presentear inúmeros públicos, que, após terminarem a leitura, provavelmente ficarão tão encantados pelo tema quanto eu.


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LIVRO RECONSTITUI A HISTÓRIA DE VOLTA SECA, O JOVEM CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO QUE VIVEU EM NOSSA REGIÃO

Encontrado no acervo do pesquisador Guilherme Machado

Luciano Baía Meneghite

Nos últimos anos foram reveladas algumas histórias de cangaceiros sobreviventes, principalmente do bando de Lampião que se refugiaram e reconstruíram suas vidas em Minas Gerais. Foi assim com o casal Moreno (falecido em 2010) e Durvinha (falecida em 2008) entre outros.

 Em 1996 foi divulgada na extinta TV Cidade, uma entrevista gravada por Gilberto Pinheiro com o Sr. Antônio dos Santos, o cangaceiro “Volta Seca” quando este comemorava 78 anos de vida. Como entrevistador o empresário José Ribeiro Farage, o popular “Zé Turquinho”.  Desta entrevista participou também o professor e artista plástico Luiz Raphael Domingues Rosa.


 
A vida de Volta Seca sempre foi envolta em muitas lendas. Algumas estimuladas pelo próprio, segundo algumas fontes. Até seu nome e data de nascimento eram motivos de controvérsias.  Foi inclusive inspiração para personagem homônimo de Jorge Amado no livro “Capitães de Areia”, o que o revoltou na época.  

Foi provavelmente o cangaceiro mais documentado e entrevistado. Mesmo assim, até pela sua fama de “contador de casos” muitas dúvidas sempre permaneceram sobre sua história.

O livro recentemente lançado “As Quatro Vidas de Volta Seca” de autoria do jornalista, professor e pesquisador Robério Santos,  se propõe a esclarecer muitos pontos na trajetória do lendário personagem. Sua infância, a entrada no cangaço, a prisão e a reconstrução da vida em liberdade.

 Nascido em 13 de março de 1918 no povoado de Saco Torto em Sergipe, Antônio trabalhava na lavoura e na feira de Itabaiana. Saiu de casa aos 11 anos de idade por desentendimentos com sua madrasta. Percorreu diversas localidades, acabando sendo levado pelo bando de Lampião como ajudante, principalmente lavador de cavalos.

Volta Seca, último à direita  (Autor desconhecido/Blog do Mendes)

Em 1932 desentendeu-se com Lampião, deixando o bando. Em uma emboscada próxima a cidade de Glória-BA foi preso  e enviado a Salvador. Recebido por multidão, sua prisão foi noticiada por vários jornais e aí virou celebridade.



Junto a outros cangaceiros presos (Revista O Cruzeiro)

Acusado de vários crimes, com a maioridade foi a julgamento, sendo condenado inicialmente a 145 anos de prisão, posteriormente reduzidos a trinta anos.Passou vinte anos na cadeia. Em 1952 recebeu indulto do presidente Getúlio Vargas. Logo em seguida serviu de consultor para o filme “O Cangaceiro” de Lima Barreto, (Não teria gostado do resultado final da obra).

Em 1957 gravou o disco “Cantigas de Lampião”, eternizando  composições marcantes, entre elas “Mulher Rendeira” e “Acorda Maria Bonita”. Pouco depois veio para nossa região trabalhar como guarda freios na estrada de ferro Leopoldina Railway.  




Constituiu numerosa família. Teria morado também em Pirapetinga. Faleceu em Leopoldina em 02 de fevereiro de 1997 aos 79 anos. Seu corpo está sepultado na cidade vizinha de Estrela Dalva.


O pesquisador Robério Santos junto ao túmulo de Volta Seca na vizinha cidade de Estrela Dalva
(Foto: Facebook/Robério Santos)


Quem tiver interesse em adquirir o livro é só entrar em contato com o autor pelo e-mail: roberiosantos@hotmail.com  ou  comentando em seu canal no You Tube  “O Cangaço na Literatura”.


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