Seguidores

sábado, 25 de fevereiro de 2023

JOÃO MENDES DE OLIVEIRA

Por Beto Rueda

No dia 04 de março de 1926, Lampião e seus cangaceiros entraram na cidade de Juazeiro do Norte (CE). Muitos curiosos se concentraram nas ruas e praças por onde passava o Rei das Caatingas e seus bandoleiros. Rumaram diretamente para a casa de João Mendes de Oliveira, comerciante e poeta popular.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2015/06/sobrado-do-poeta-popular-joao-mendes-de.html

Lampião recebeu as visitas com cortesia e seu ar imponente. Deu algumas esmolas e jogou moedas para os meninos na rua. Estava gostando da estadia. Concedeu até entrevista ao médico Otacílio Macedo contando as suas aventuras e apresentou os seus homens.

João Mendes de Oliveira

REFERÊNCIAS:

CHANDLER, Billy Jaynes. Lampião, o rei dos cangaceiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

MACIEL, Frederico Bezerra. Lampião, seu tempo e seu reinado. Vol. III. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1986.

LUCETTI, Hilário. Histórias do cangaço. Crato: Encaixe, 2001.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=5450524891624997&set=gm.3139647726324732&idorvanity=1995309800758536

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ENCONTRO HISTÓRICO.

Do acervo do Beto Rueda

Da esquerda para direita: José Panta de Godoy(soldado), Candeeiro(cangaceiro), Manoel Félix(coiteiro).

Fonte:

BASSETTI, José Sabino; MEGALE, Carlos César de Miranda. Lampião - sua morte passada a limpo. Capivari: Nova Consciência, 2011.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=5229318560412299&set=gm.3085618548394317&idorvanity=1995309800758536

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LUCAS DA FEIRA, A FERA DO JACUÍPE

Por Beto Rueda

Lucas Evangelista dos Santos, filho de Jejes Maria e Ignácio, nasceu no dia 18 de outubro 1807, na fazenda Saco do Limão, arredores da freguesia de Nossa Senhora dos Humildes, Bahia.

Escravizado, pertenceu a D. Anna Pereira do Lage. Após o falecimento dela, passou ao domínio do padre José Alves Franco. Cresceu em meio ao terrível drama da servidão e sofreu repetidas crueldades dos feitores. Era negro, forte e canhoto.

Devido a sua rebeldia, foi enviado pelo seu proprietário a sede do Arraial de Santana para aprender o ofício de carpinteiro pelo mestre criolo João Batista Pereira. Entretanto, não satisfeito, correu para as matas tornando-se um fugitivo. Em meados do ano de 1828, juntou-se a uma quadrilha formada por Flaviano, Nicolau, Bernardino, Januário, José e Joaquim.

Em pouco tempo passou a liderar o seu próprio bando formado por negros e mulatos, todos escravos fugidos e sedentos por vingança. Por quase vinte anos agiram nas estradas próximas e na região da fazenda Santana dos Olhos D'água. Atacavam tropeiros que iam e vinham das Feiras de Gado, roubavam e raptavam mulheres, inclusive filhas de comerciantes e fazendeiros, o que era considerado uma ousadia para a época.

Quando invadiu a as terras de Francisco Correia, desvirginou suas três filhas, além de matá-lo quando tentou defendê-las. Entre todos os membros da família, apenas o filho do fazendeiro de nome Joaquim Cordeiro, não foi molestado.

O bando de Lucas da Feira era muito temido, um assombro e pesadelo para os sertanejos da região. O Governador da Província estipulou um prêmio de quatro mil réis pela sua captura e morte. Segundo estudiosos, seus atos incitavam outros negros a se rebelarem contra os seus senhores, inspirando mais tarde os movimentos abolicionistas.

Com o passar do tempo e a constante atividade, depois de muitos combates com as forças policiais e a repressão dos fazendeiros, seu grupo foi diminuindo com a morte de alguns, prisões e deserções de outros e acabou por extinguir-se. Lucas acabou sozinho.

Um dia foi traído por seu amigo e compadre Cazumbá. Este, foragido depois de ter matado um homem na "Ladeira do Nage", com a promessa de perdão do crime e de olho no dinheiro do prêmio, o perseguiu. No combate, Lucas foi atingido por um tiro no braço esquerdo, mas conseguiu fugir para a localidade da Tapera, em uma gruta próxima de São Gonçalo. Depois de alguns dias foi feita uma nova emboscada no local chamado Poço Gurunga. Lucas, atingido novamente no mesmo braço, depois de muito resistir, foi capturado no dia 12 de janeiro de 1849 e conduzido a Vila do Arraial de Feira de Santana.

Considerado chefe quadrilha, permaneceu preso até o enfrentar o Tribunal do Juri, onde foi condenado à morte. Por medida de segurança foi levado para Salvador.

Na prisão em Salvador, devido ao agravamento dos ferimentos, seu braço esquerdo teve que ser amputado.

Enquanto aguardava a sua execução, o Imperador D.Pedro II ouviu falar de sua fama e manifestou o desejo de conhecê-lo. Em segredo foi enviado ao Rio de Janeiro para satisfazer a vontade do Regente do Brasil.

No dia 26 de setembro de 1849, Lucas da Feira foi executado em praça pública no Campo do Gado, na Vila do Arraial de Feira de Santana, aos 41 anos de idade. Seu carrasco foi Joaquim Cordeiro, o único sobrevivente da família de Francisco Correia.

Dizem que nesse dia, aliviados e em êxtase, os comerciantes locais deram uma grande festa, distribuíram bebidas e soltaram fogos.

REFERÊNCIAS:

AMARAL, Braz Hermenegildo do. História da Bahia do Império à República. Salvador: Imprensa Oficial do Estado, 1923.

MOTA, Leonardo. No Tempo de Lampião. 2.ed. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1967.

FERREIRA, Vera ; ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. De Virgolino a Lampião. São Paulo: Idéia Visual, 1999.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AGLAE LIMA DE OLIVEIRA

Por Beto Rueda

Pesquisadora e escritora, nasceu no dia 02 de junho de 1925, na cidade de Cabrobó, Pernambuco.

Sua mãe Adriana foi professora primária na região e conheceu pessoalmente Lampião quando ele invadiu a cidade com mais de cem homens. Um fato chamou atenção: Adriana perfilou os seus alunos para cumprimentarem o ilustre visitante, o que causou a admiração do chefe dos bandoleiros.

Apaixonada pelo fenômeno cangaço, Aglae estudou o tema por mais de vinte anos, realizou dezenas de entrevistas com ex cangaceiros e pessoas ligadas a eles, tornando-se uma grande especialista no assunto.

Empolgou o país respondendo sobre a vida de Lampião, no programa "O Céu é o Limite", apresentado por J. Silvestre, na extinta Rede Tupi de Televisão, no final dos anos 60.

Escreveu o livro Lampião, Cangaço e Nordeste, baseado na sua tese de doutoramento. Lançado no início de 1970, foi um fenômeno de vendas: Devido ao grande sucesso, a sua primeira edição esgotou-se em apenas 15 dias. Diante da grande repercussão, mais duas edições foram lançadas no mesmo ano.

Este livro, que influenciou muitos pesquisadores, busca as causas e as origens sociais e é centrado na figura de Lampião, sua biografia, o que o levaram a entrar no banditismo, sua ascensão como cangaceiro e a sua morte.

Escreveu ainda mais dois livros, Adriana: Vida de uma Professora no Estado de Pernambuco no tempo de Lampião, de 1967 e De Pote Esteira Chita e Candeeiro, de 1977.

Aglae Lima de Oliveira, grande referência no estudo do tema cangaço, faleceu de câncer na cidade de Recife, às 04:15 da manhã de uma segunda-feira, dia 04 de junho de 1984.

REFERÊNCIAS:

GRUSPAN-JASMIN, Élise. Lampião, senhor do sertão: vidas e mortes de um cangaceiro. São Paulo: Edusp, 2016.

RESPONDEU sôbre Lampeão e publicou livro de sucesso. 𝐃𝐢𝐚𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐏𝐞𝐫𝐧𝐚𝐦𝐛𝐮𝐜𝐨, Recife, ano 146, n. 295. p. 3, 17 dez. 1970. (1°Caderno).

ADEUS à professorinha. 𝐃𝐢𝐚𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐏𝐞𝐫𝐧𝐚𝐦𝐛𝐮𝐜𝐨, Recife, ano 159, n. 151. p. 7, 5 jun. 1984.

 https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PAIS E IRMÃOS DA CANGACEIRA DURVINHA.

 Por Beto Klöckner RuedaOficio de Cangaceiro.

Pais e irmãos da cangaceira Durvinha.

Fazenda Arrasta-Pé, 1935.

Fonte:

LIMA, João de Sousa. Lampião em Paulo Afonso. 2.ed. Paulo Afonso: Fonte Viva, 2013.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CORONEL PETRONILHO DE ALCÂNTARA REIS, UM DOS PRIMEIROS CONTATOS DE LAMPIÃO NA BAHIA.

 Por Beto Rueda

Coronel Petronilho de Alcântara Reis, um dos primeiros contatos de Lampião na Bahia.

Petro, como era chamado, foi chefe político em Santo Antônio da Glória(cidade hoje submersa pelas barragens do Rio São Francisco) e um dos maiores latifundiários do Estado, dono de extensas faixas de terras dentro do Raso da Catarina.

Fonte:

LIMA, João de Sousa. Lampião, o cangaceiro! sua ligação com os coronéis baianos, Raso da Catarina e outras histórias. Paulo Afonso: Fonte Viva, 2015.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LUIZ LUNA - ESCRITOR DO TEMA CANGAÇO

Por Beto Rueda

Luiz Pessoa de Luna nasceu na cidade de Carpina, na Zona da Mata Norte, no Estado de Pernambuco, em 22 de agosto de 1915.

Começou no jornalismo ainda adolescente, cursando o ginásio, no jornal Folha do Povo, Recife. Atuou ainda no Jornal do Commercio e Diário da manhã.

Por perseguições políticas, foi preso em 1935, processado e julgado no Tribunal de Segurança Nacional.

Na década de 40 foi para o Rio de Janeiro, então Capital Federal. Trabalhou em jornais como Folha Carioca e Diário de Notícias. Escreveu muitos ensaios e artigos publicados em jornais e revistas especializadas e livros como Ascenso Ferreira - menestrel do povo, Coronéis, donos do mundo, Resistência do índio à Dominação do Brasil e o seu maior sucesso: Lampião e seus cabras, em 1963.

Ingressou na Associação Brasileira de Imprensa em 1983.

Faleceu no Rio de Janeiro onde residia por longa data em 1997, aos 81 anos.

REFERÊNCIAS:

LUNA, Luiz. Lampião e seus cabras. Rio de Janeiro: Editora Leitura, 1963.

COGNITIVA, Via. Luiz Pessoa de Luna.< http://viacognitiva.blogspot.com/.../luiz-pessoa-de-luna...>. Acesso em 09 jul.2019.

Foto: REIS, Joel. Imagem. 09 jul.2019. Cangaço Arquivos.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JOSÉ OCTÁVIO PEREIRA LIMA (1895-1958)

Por  Beto Klöckner RuedaOficio de Cangaceiro.

Jornalista, poeta, fotógrafo, diretor e proprietário do jornal Correio do Povo. Foi responsável pelo trabalho de revelação e reprodução das famosas fotos de Limoeiro do Norte em junho de 1927, de autoria do fotógrafo Francisco Ribeiro de Castro e Silva, o Chico Ribeiro.

Como o laboratorista fez anotações nos negativos revelados e os assinou. Até hoje, muitos pensam e dão crédito das fotos a ele.

Além das fotos colhidas em Limoeiro, J. Octávio foi responsável pelas fotos que fez de Jararaca na prisão.

Fonte:

Gurgel, Antônio; Brito, Raimundo Soares de. Nas garras de Lampião. 2.ed. Mossoró: Coleção Mossoroense, 2006.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/posts/pfbid02zXFqLd2xTgMuZ96DmBaCbKjypdMNeAKv4u8vHnbLbXRNEjxMGkh1uJcrWJ59WLWJl?notif_id=1677329603752141&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AS MORTES DOS CANGACEIROS MORMAÇO, BRONZEADO E CASCA GROSSA

Por Sérgio Dantas

Mossoró, 12 de março de 1928. A cadeia pública passava por minuciosa revista. Prisioneiro recambiado para a cidade de Apodi deu conta às autoridades de plano de fuga encabeçado pelos cangaceiros Mormaço e Bronzeado. O objetivo da empreitada - segundo o delator - seria o aprisionamento do carcereiro e a tomada das armas depositadas no paiol.

A polícia não titubiou e investigou sumariamente a denúncia. Descobriu sinais de arrombamento em porão localizado no setor norte do presídio. Sem maiores rodeios, responsabilizou os dois cangaceiros por tentativa de fuga e os imobilizou à força de algemas(PIMENTA,1999).

Na manhã seguinte, decidiu-se pelo encaminhamento dos prisioneiros para a capital. O tenente Laurentino ficou encarregado de facilitar o transporte. Além de Mormaço e Bronzeado, seriam de igual recambiados os criminosos Thomaz dos Santos e Waldemar Ramos, presos comuns, detidos há meses na cidade salineira.

A ordem de transferência para Natal - segundo insinuações surgidas no período subsequente à eclosão do movimento revolucionário de 1930 - partira do Governo do Estado, ainda na véspera.

Fato concreto, imaculado de dúvidas, é que a transferência em discussão foi efetivamente autorizada.

Entre Mossoró e Assú, no sítio Lagoa Serrada, os bandoleiros encontraram a morte. Foram fuzilados.

A terrível chacina, entretanto, presto foi maquiada sabe-se por quem. Espalhou-se, dia seguinte, notícias de que os bandidos forjaram uma briga entre si. Após, renderam um policial e tomaram-lhe o fuzil. Ato contínuo, Mormaço fuzilou os companheiros e se suicidou em seguida.

Outra versão deu conta que os bandidos tentaram fugir e foram alvejados pelos militares(NONATO, 1998).

O laudo oficial apontou vigorosa luta entre os criminosos, resultando a morte de cada um deles(PIMENTA, 1999).

Certo é que, pela manhã cedinho, corpos foram encontrados na beira da estrada.

Não se chegou à época, a ser apresentada a sociedade civil versão verossímil para o caso. Não houve, ao que parece, grande interesse em revelar ao público a covardia praticada contra os ex-celerados de Lampião. Jornal de Mossoró, "O Nordeste", ponderava a desnecessidade de investigação mais apurada. Indiretamente, atribuía pouca relevância ao fato.

Sustentado no ataque dos cangaceiros à cidade em 13 de junho do ano anterior - como justificativa para a execução dos presidiários - o seminário disparava: "Façamos um retrospecto do passado. Meditemos sobre o abalo moral de nossas famílias e sobre algumas funestas consequências sabidas, entre nós; reflitamos sobre os roubos violentos e desalmados, por aí afora, a honestos e laboriosos chefes de família, sempre injuriados fortemente; nas prisões, destes e destas senhoras, conduzidos a trancos e barrancos como reféns; nos desvirginamentos impetuosos e estupros monstruosos a senhoras casadas.

E concluia o artigo, como misericordioso e justo pretor: "O silêncio devia ser a nosso única "palavra" de justiça, ainda que um grande sentimento de piedade protestasse intimamente, contra a execução dos bandidos".(PIMENTA, 1999, p.81).

Pouco depois da execução dos famosos cangaceiros, levantava-se a suspeita de que o bandido Miguel Inácio dos Santos, o "Casca Grossa", também fora fuzilado e sepultado furtivamente, ao final de fevereiro, dias após prestar depoimentos a polícia de Martins.

A cultura da morte sumária disseminava-se franca também pelo Rio Grande do Norte.

Fonte:

DANTAS, Sérgio. Lampião e o Rio Grande do Norte: a história da grande jornada. 2.ed. Cajazeiras: Real, 2014.

 https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO NO CARNAVAL CARIOCA: TEMA FORA DA LEI CONQUISTA TÍTULO DE ESCOLA DE SAMBA

 

FONTE – BBC News – https://www.bbc.com/news/world-latin-america-64742729

O concorrido desfile de carnaval do Rio foi vencido pela escola de samba Imperatriz Leopoldinense com sua homenagem a um bandido brasileiro do início do século 20, que muitos comparam a Robin Hood.

Uma enorme estátua dourada de Lampião dominava o carro alegórico da Imperatriz Leopoldinense.

O capitão Virgulino Ferreira, mais conhecido como Lampião, é uma figura polêmica. Considerado um herói popular por alguns, outros dizem que ele era um mero bandido.

Integrantes da escola de samba usaram chapéus de couro semelhantes ao usado por Lampião.

Nascido no final do século 19, Lampião cresceu no interior do Nordeste brasileiro. Depois de uma disputa com um poderoso proprietário de terras, sua família passou por momentos difíceis e Lampião e alguns de seus irmãos se juntaram a um grupo de bandidos locais.

Espingardas de brinquedo faziam parte dos adereços carregados pelos dançarinos.

Quadrilhas de bandidos como a liderada por Lampião percorriam o interior do nordeste do Brasil, saqueando e roubando.

Eles também exigiram dinheiro de proteção dos proprietários de terras em troca de não visar suas propriedades.

Esqueletos deram um tom macabro ao desfile.

Embora tivessem o apoio de alguns moradores locais que os viam atacando as vastas desigualdades entre ricos e pobres nesta região do Brasil, eles eram caçados por aqueles a quem aterrorizavam.

Alguns foliões colocaram óculos para imitar o bandido de óculos.

Alguns dos carros alegóricos foram decorados com enormes caveiras e feitos para parecerem cenas do inferno, com dançarinos vestidos de demônios em alusão à lenda de que Lampião acabou no inferno após sua vida de crime.

Lampião usava óculos e muitos dançarinos copiaram seu visual.

Enquanto as fantasias de carnaval costumam ser ricas em lantejoulas e cores ousadas, as fantasias da Imperatriz Leopoldinense apresentavam os tons terrosos do nordeste do Brasil, terra natal de Lampião e seus bandidos.

Muitos trajes tinham padrões tradicionais.

Outras escolas de samba competindo pelo título optaram pelas penas coloridas geralmente associadas ao carnaval.

A escola de samba Unidos de Vila Isabel ficou em terceiro lugar este ano.

Muitos também apresentavam animais exóticos em seus carros alegóricos, como este tigre branco.

Paraíso do Tuiuti ficou em oitavo lugar entre as 12 escolas de samba concorrentes.

Vila Isabel emocionou os espectadores com seu São Jorge lutando contra um dragão.

Vila Isabel construiu uma estátua de São Jorge completa com um dragão cuspindo fumaça.

Muitos também elogiaram a rainha de bateria da Viradouro, Erika Januza, e a energia sem limites que ela trouxe para o desfile.

Erika Januza teve papel fundamental na apresentação da escola de samba Viradouro.

Outros membros da Vila Isabel se inspiraram nos sátiros.

Sátiros, meio homens meio bodes, dançaram pelo Sambódromo.
Extraído do blog Tok de História do escritor/historiador e pesquisador do cangaço e aviações Rostand Medeiros.
https://tokdehistoria.com.br/2023/02/24/lampiao-no-carnaval-carioca-tema-fora-da-lei-conquista-titulo-de-escola-de-samba/
http://blogdomendesemendes.blogpsot.com