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segunda-feira, 24 de junho de 2024

SÃO JOÃO

 Clerisvaldo B. Chagas, 24 de junho de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica:3.065

SÃO JOÃO (PINTEREST).

Toda mata tem espinhos

Toda lagoa tem peixe

Toda velha tem me-deixe

Toda moça tem carinho

Quadrinha colhida nos Guerreiros e Reisados alagoanos do passado. Folguedos que também se apresentavam no São João, Natal e nos novenários da região sertaneja. Um brinde para o leitor e entusiasta do nosso folclore.

O Dia de São João, refere-se a João Batista, primo de Jesus e que o batizou no rio Jordão. Filho de Isabel e Zacarias, João Batista tinha mais ou menos a mesma idade de Jesus, recebeu missões importantíssima do alto, chegando a ser exaltado pelo Mestre em dizer que filho de mulher ninguém fora maior do que João Batista. Amadíssimo no Brasil e notadamente no Nordeste brasileiro, tem como um dos seus fortes símbolos, a fogueira que significa luz, a luz de cristo e aquela fogueira que Isabel fez para celebrar a gravidez de Maria. O dia de São João no Nordeste brasileiro é esperado o ano inteiro, sendo nessa região a maior de todas as festas. Celebra as chuvas no semiárido, a esperança, a fartura na agricultura e na pecuária. É São João do carneirinho, abençoando o mundo.  

Em nosso livro O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema, já publicado, um dos boxes, “Memorial Vivo”, está descrito, modéstia à parte, magnificamente o São João dos anos 60, na Rua Antônio Tavares e que representa uma crônica abrangente para todo o nosso semiárido da época. Era a Rua da Cadeia Velha, a Rua dos Artífices, realizando o grande espetáculo do ano com sua fila quase infinita de fogueiras, bombas, diabinhos, rojões, chumbinhos, traques, beijos-de-moça, peido-de-velha, foguetes e balões.  José Urbano era o primeiro a acender a fogueira e Manezinho Chagas, o último a tocar fogo no monte de lenha. Nem vamos falar das comidas e bebidas típicas que continuam as mesmas, porém a fogueira, símbolo maior, encontra-se em extinção com a chegada do asfalto e a nova consciência ecológica.

No local onde moro, no princípio foram construídas 18 casas (uma delas é a minha) receberam o título de Conjunto São João. A Priore, diz assim a Maçonaria: “Louvemos a São João, nosso padroeiro”.


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CARRINHO DE CARNEIRO

 Clerisvaldo B. Chagas, 21 de junho de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.063

CARRINHO DE CARNEIRO (FOTO DE AUTOR NÃO IDENTIFICADO).

O carrinho de carneiro no Sertão de Alagoas, tendo iniciado por algum artesão amoroso, caiu no gosto popular e se expandiu no semiárido. O que era apenas brincadeira curiosa de um artífice, hoje já se mostra até como carros de carneiro profissionais. Muitos carreiros aproveitam as festas de carros de boi de várias cidades sertanejas para exibirem seus carros de carneiro que se apresentam cada vez mais sofisticados. Todos os arreios usados tradicionalmente pelo boi de carro, estão agora sendo usados também pelos carneiros de carro. É a testeira desenhada, é o sininho, é a canga bem ornada, deixando os carneiros com respeito de bicho grande. O carro não é mais tão simples, colocam até cargas como se fossem um castelo e disputam em beleza e criação com os gigantes carros de boi.

A brincadeira inicial de carro de brinquedo, agora virou carro profissional na fazenda de que o possui. Faz os mesmos serviços do carro de boi e já existe o aumento de volume e de peso para essas pobres criaturas carregarem. Assim vimos transporte de capim (figura abaixo) de palma forrageira, de madeira, de produtos da roça... E tudo isso caiu na rotina sertaneja, na normalidade que precisa ser acompanhada por autoridades responsáveis pelo bem-estar dos animais. Não sabemos dizer se existe vara de ferrão, limite de peso e horas trabalhadas com os carneiros, isto é, o que nos parece bonito e mimoso pode estar sendo usado por mãos erradas, embora o dono de carro de carneiro, geralmente seja amoroso com seus animais e grande zelador.

Difícil é você comprar um carrinho de carneiro, porque o dono se apega ao conjunto. Os carneiros que ele treinou desde novinhos quase como borregos, o amor crescente com o tempo e a lida e ainda com a arte do mestre artesão que fez o carrinho. Também não temos hoje uma avaliação de venda nem de um carro de boi e nem de um carrinho de carneiro, com os animais e sem os animais. Você pode apreciá-los melhor nas festas que envolvem carro de boi em Inhapi, Poço das Trincheiras e São José da Tapera, onde os carrinhos desfilam causando admiração e carinho de todos.

Ê Sertão de meu Deus!


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𝑨 𝑷𝑹𝑶𝑻𝑬𝑪̧𝑨̃𝑶 𝑫𝑶𝑺 𝑩𝑹𝑰𝑻𝑻𝑶'𝑺

Do acervo do Jaozin Jaaozinn
Dos maiores protetores de Virgolino nas regiões de Sergipe, destacam-se duas famílias: Família Carvalho, de Eronildes, e seu pai Antônio Caixeiro; e a Família Britto, de Francisco Porfírio e seus filhos.
Enquanto trabalhava como almocreve e com couro, Virgolino mantivera contato com a família Britto por muitos anos, cerca de doze ou mais; onde, não só conseguiu um bom dinheiro como também uma grande amizade e um grande futuro protetor das regiões de Sergipe e Alagoas.
Delphina de Lima Britto, Dona Fina, e Francisco Porfírio de Britto, o Chico Porfírio, eram os pais de Hercílio Britto e Antônio de Lima Britto, o Totoinho Britto, os seus principais coiteiros do cangaceiro Lampião. O clã era espalhado por toda a região de Sergipe e Alagoas, eram donos de inúmeras fazendas e terras, como, por exemplo, as fazendas Cuiabá, Canindé, Telha, Patos, Félix Deserto, Pedra D'água, Planta Milho, e tantas outras.
João Ferreira, quando se instalou em Propriá/SE, teve contato com Hercílio e sua família, ficando amigos por muito tempo. Em outubro de 1930, da passagem do bando para o estado de Sergipe, Lampião ficou hospedado na fazenda Jundiaí, de Hercílio Britto, onde, à noite, foi levado para a morada do seu irmão (de Lampião), conseguindo ainda assistir a passagem da tropa revolucionária de Juarez Távora, no momento sendo comandada pelo Tenente Juracy Magalhães.

Além da proteção garantida, O Cego recebia também armamentos e munições da família do Baixo São Francisco. Desde a prisão de Volta Seca e sua entrevista para os jornais que o jovem bandoleiro afirmava como sendo os Britto's principais fornecedores de armas para o bando; inclusive, entre esse ano, ocorreu uma varredura nas fazendas do Clã, conseguindo encontrar cerca de oito rifles e fartas caixas de munições.

Fato interessante de citar é de João Bezerra ser um "aparentado" dessa família. João acaba se casando com Crya Gomes de Britto, filha de Francisco Correa de Britto e de Emiliana Gomes de Britto, neta do Coronel Antônio Britto, o Antônio Menino (filho de Porfírio Romão de Britto Chaves) - Antônio Menino era irmão de Chico Porfírio -.
Crya nasceu no interior de Alagoas, no município de Piranhas, em 12 de março de 1915, e brincou entre a fazenda Gerimum e sua casa, juntamente com seus 14 irmãos. Casou-se com João em 1935, prometida por seu avô. Aos 21 anos de idade, incentivou as campanhas de seu marido contra os cangaceiros. Quando chegava seu esposo com sua volante, transformava a sua casa em uma improvisada enfermaria e hospedaria, ajudando quem quer que fosse.
Na morte de Virgolino, pelas forças volantes comandadas por Bezerra e demais, a fazenda Cuiabá, de Chico Porfírio, foi a principal que abriu as portas para os sub-grupos decidirem se continuariam ou iriam se entregar para as forças policiais. E, através desse contato do Tenente com os Britto, além também de Joca se safar da morte, o vaqueiro Domingos Ventura, da fazenda Patos, de Antônio Menino, acaba sendo cruelmente morto junto com seis membros de sua família, em uma falhada vingança do Diabo Loiro.
Nesse breve resumo, podemos ver as influências que essa família teve com o cangaço, principalmente com o reinado Lampiõnico, favorecendo ou desfavorecendo o afamado Capitão. Com as palavras de Archimedes: “pelos Britto ele sobreviveu, mas pelos Britto ele também morreu."
𝐹𝑂𝑁𝑇𝐸𝑆: 𝐿𝑎𝑚𝑝𝑖𝑎̃𝑜 𝑒 𝑜 𝐶𝑎𝑛𝑔𝑎𝑐̧𝑜 𝑛𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑜𝑔𝑟𝑎𝑓𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑟𝑔𝑖𝑝𝑒 - 𝐴𝑟𝑐𝒉𝑖𝑚𝑒𝑑𝑒𝑠 𝑀𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑠; 𝐹𝑎𝑚𝑖𝑙𝑦𝑆𝑒𝑎𝑟𝑐𝒉.
.𝑪𝑨𝑵𝑮𝑨𝑪̧𝑶 𝑩𝑹𝑨𝑺𝑰𝑳𝑬𝑰𝑹𝑶.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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NO TERREIRO DA CASA DE LAMPIÃO

 Por Anildomá Willans


Aqui no terreiro da CASA DE LAMPIÃO a fogueira está pronta! Daqui a pouco bode assado, comida de milho e xaxado. O Sítio Passagem das Pedras não deixa a tradição apagar.

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Acervo do Jaozin Jaaozinn

Dos maiores protetores de Virgolino nas regiões de Sergipe, destacam-se duas famílias: Família Carvalho, de Eronildes, e seu pai Antônio Caixeiro; e a Família Britto, de Francisco Porfírio e seus filhos.

Enquanto trabalhava como almocreve e com couro, Virgolino mantivera contato com a família Britto por muitos anos, cerca de doze ou mais; onde, não só conseguiu um bom dinheiro como também uma grande amizade e um grande futuro protetor das regiões de Sergipe e Alagoas.

Delphina de Lima Britto, Dona Fina, e Francisco Porfírio de Britto, o Chico Porfírio, eram os pais de Hercílio Britto e Antônio de Lima Britto, o Totoinho Britto, os seus principais coiteiros do cangaceiro Lampião. O clã era espalhado por toda a região de Sergipe e Alagoas, eram donos de inúmeras fazendas e terras, como, por exemplo, as fazendas Cuiabá, Canindé, Telha, Patos, Félix Deserto, Pedra D'água, Planta Milho, e tantas outras.

João Ferreira, quando se instalou em Propriá/SE, teve contato com Hercílio e sua família, ficando amigos por muito tempo. Em outubro de 1930, da passagem do bando para o estado de Sergipe, Lampião ficou hospedado na fazenda Jundiaí, de Hercílio Britto, onde, à noite, foi levado para a morada do seu irmão (de Lampião), conseguindo ainda assistir a passagem da tropa revolucionária de Juarez Távora, no momento sendo comandada pelo Tenente Juracy Magalhães.

Além da proteção garantida, O Cego recebia também armamentos e munições da família do Baixo São Francisco. Desde a prisão de Volta Seca e sua entrevista para os jornais que o jovem bandoleiro afirmava como sendo os Britto's principais fornecedores de armas para o bando; inclusive, entre esse ano, ocorreu uma varredura nas fazendas do Clã, conseguindo encontrar cerca de oito rifles e fartas caixas de munições.

Fato interessante de citar é de João Bezerra ser um "aparentado" dessa família. João acaba se casando com Crya Gomes de Britto, filha de Francisco Correa de Britto e de Emiliana Gomes de Britto, neta do Coronel Antônio Britto, o Antônio Menino (filho de Porfírio Romão de Britto Chaves) - Antônio Menino era irmão de Chico Porfírio -.

Crya nasceu no interior de Alagoas, no município de Piranhas, em 12 de março de 1915, e brincou entre a fazenda Gerimum e sua casa, juntamente com seus 14 irmãos. Casou-se com João em 1935, prometida por seu avô. Aos 21 anos de idade, incentivou as campanhas de seu marido contra os cangaceiros. Quando chegava seu esposo com sua volante, transformava a sua casa em uma improvisada enfermaria e hospedaria, ajudando quem quer que fosse.

Na morte de Virgolino, pelas forças volantes comandadas por Bezerra e demais, a fazenda Cuiabá, de Chico Porfírio, foi a principal que abriu as portas para os sub-grupos decidirem se continuariam ou iriam se entregar para as forças policiais. E, através desse contato do Tenente com os Britto, além também de Joca se safar da morte, o vaqueiro Domingos Ventura, da fazenda Patos, de Antônio Menino, acaba sendo cruelmente morto junto com seis membros de sua família, em uma falhada vingança do Diabo Loiro.

Nesse breve resumo, podemos ver as influências que essa família teve com o cangaço, principalmente com o reinado Lampiõnico, favorecendo ou desfavorecendo o afamado Capitão. Com as palavras de Archimedes: “pelos Britto ele sobreviveu, mas pelos Britto ele também morreu."

𝐹𝑂𝑁𝑇𝐸𝑆: 𝐿𝑎𝑚𝑝𝑖𝑎̃𝑜 𝑒 𝑜 𝐶𝑎𝑛𝑔𝑎𝑐̧𝑜 𝑛𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑜𝑔𝑟𝑎𝑓𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑟𝑔𝑖𝑝𝑒 - 𝐴𝑟𝑐𝒉𝑖𝑚𝑒𝑑𝑒𝑠 𝑀𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑠; 𝐹𝑎𝑚𝑖𝑙𝑦𝑆𝑒𝑎𝑟𝑐𝒉.

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PIAS DAS PANELAS: DE CEMITÉRIO INDÍGENA A CEMITÉRIO DOS MORTOS DO CANGAÇO

Por Manoel Belarmino

As Pias das Panelas estão nas margens do Riacho do Quartavo, um afluente do Riacho Jacaré, em Poço Redondo. Na época do Cangaço, aquelas terras pertenciam à Fazenda Paus Pretos de propriedade do coronel Antônio Caixeiro.

Nos tempos mais antigos, todo aquele mundão caatingueiro era habitado pelos povos indígenas, que ocupavam esta região do Riacho do Quartavo e, segundo as pessoas mais velhas desta região, os índios enterravam os seus mortos ali nas proximidades das Pias das Panelas. E, ainda, os mais velhos contavam, que antes das pastagens e de as terras serem aradas para plantio, havia bastante indícios de sepulturas indígenas por ali, no entorno das Pias das Panelas e naquelas margens do Quartavo. Mas esse assunto do cemitério indígena, requer um pouco mais de investigação e, sem dúvida, num próximo texto trataremos exclusivamente sobre o Cemitério Indígena do Riacho do Quartavo.

Além dos indígenas que foram sepultados nas Pias da Panelas, estão enterrados os corpos de três mulheres e dois homens, todos barbaramente assassinados no tempo do Cangaço.

Estão enterrados ali em covas rasas e precárias os corpos de:

01 - Rosinha Soares, a cangaceira Rosinha, companheira do cangaceiro Mariano, assassinada pelos cangaceiros, sob a ordem de Lampião. Depois da morte do cangaceiro Mariano, juntamente com os cangaceiros Pai Veio e Pavão e o coiteiro João do Pão, naquele combate do Cangaleixo, em 10 de outubro de 1937, Rosinha sentiu vontade de abandonar a vida cangaceira e voltar a morar com a sua família. Lampião achou a ideia arriscada demais e determinou que os cangaceiros Zé Sereno, Juriti, Balão e Vila Nova cumprissem a sentença. Matar Rosinha. E aí a sentença foi cumprida com um tiro de mauser no ouvido da cangaceira Rosinha nas margens do Riacho do Quartavo, nas Pias das Panelas. O corpo de Rosinha ficou ali estirado. E, dias depois, os seus parentes que moravam ali próximo, na Fazenda Santo Antônio, cuidaram de enterrar o corpo da cangaceira ali mesmo, numa sepultura precária. Até pouco tempo, avistava-se a Cruz de Rosinha ali perto das pedras das Pias das Panelas.

02 - Zé Vaqueiro, vaqueiro da Fazenda Paus Pretos de Tonho Caixeiro. Quando o cangaceiro Novo Tempo, depois de escapar do Fogo da Crauá, combate que o deixou ferido gravemente, foi para na Fazenda Paus Pretos, num estado de quase morte, o Zé Vaqueiro avistou aquele moribundo, ferido, emulambado, mas com os embornais com bastante dinheiro. Resolveu matar o cangaceiro ali na margem do caminho, pertinho das Pias das Panelas. E assim tentou o fezer dando um tiro no ouvido do já quase morto cangaceiro. Mas depois do tiro, um barulho se aproximou. Era os companheiros de Novo Tempo que estavam chegando ali à procura do cangaceiro. E o Zé Vaqueiro nem consegue levar o dinheiro de Novo Tempo, vai embora. Novo Tempo é encontrado ainda com vida e socorrido pelos companheiros. Depois de recuperado, novo tempo conta tudo o que aconteceu e sobre a traição do vaqueiro dos Paus Pretos. Os cangaceiros não perdoam a traição do Zé Vaqueiro, retornam à Fazenda Paus Pretos e levam o infeliz Zé Vaqueiro exatamente para as Pias das Panelas. E ali matam o cabra. Seu corpo é jogado ali estendido. Depois os vaqueiros da região encontram o corpo do Zé Vaqueiro já em estado avançado de decomposição e o enterram ali mesmo nas proximidades das Pias das Panelas.

03 - Preta de Maria das Virges, cruelmente assassinada pelo seu namorado Zé Paulo, filha adotiva de Dona Maria das Virgens do Alto Bonito. Zé Paulo, depois de transar com a namorada várias vezes às escondidas, Preta ficou gravida. Zé Paulo, malandro, para não se comprometer e não casar com a mocinha sertaneja, resolve brutalmente, com uma pedra, assassinar Preta, esmagando a sua cabeça e deixando ali nas Pias das Panelas o seu corpo nu e estirado. Avisa a seus familiares dias depois que poderia ter sido os cangaceiros que mataram Preta. Espalha para os quatro cantos da região que um grupo de cangaceiro havia os encontrado e assassinou a mocinha Preta. Tudo mentira. Zé Baiano soube da história que o Zé Paulo e Dona Maria das Virgens do Alto Bonito estavam colocando na conta dos cangaceiros aquela cruel morte da mocinha Preta. Ficou indignado, o cangaceiro. Foi lá no Alto Bonito e ferrou Dona Maria das Virgens e os seus dois filhos (um rapaz e uma mocinha). E só não ferrou e castrou o malvado e criminoso Zé Paulo porque ele não estava na casa de Dona Maria das Virgens naquele momento.

04 - Lídia de Zé Baiano, a cangaceira mais bonita do Cangaço, segundo dizem alguns pesquisadores. Lídia era a companheira do cangaceiro mais feio de todos, o Zé Baiano. Mas Lídia tinha uma paixão de infância que, tempos de depois de Lídia, também entrou no Cangaço. Era o cangaceiro Ben-te-vi. E Lídia não resistiu. Mesmo convivendo com Zé Baiano, aconteciam os encontros extraconjugais com o Ben-te-ti. Outro cangaceiro que também era louco de paixão por Lídia era o cangaceiro Coqueiro, mas sem nenhuma chance. A paixão mesmo de Lídia era o seu amor de infância, o Ben-te-vi. Coqueiro sabendo daqueles encontros nas moitas, às escondidas, resolveu delatar tudo. Zé Baiano estava viajando para a região de Alagadiço há alguns dias. E quando retornou, na presença de todos do bando, nas Pias das Panelas, na boca da noite, todos estavam reunidos para a janta, e Coqueiro inconformado com as recusas de Lídia relata tudo. Diz a Zé Baiano tudo sobre as traições de Lídia com o Ben-te-vi. Todos silenciam. Aquela conversa de Coqueiro é grave demais. Lampião levanta-se. Fica agoniado, mas calado. Zé Baiano fica paralisado. Olha pra Lampião e pergunta o que fazer. E Lampião sentencia: - "Zé cuida de Lídia. Afiná, Lídia é dele. Os dois cabras, o entregador e o traidor, nós arresolve." E os cangaceiros matam Coqueiro, e Ben-te-vi consegue fugir. O corpo de Coqueiro ficou ali estendido, sobre as pedras das Pias das Panelas. Dias depois, um coiteiro morador dos Paus Pretos resolveu enterrar o corpo do infeliz cangaceiro numa sepultura precária ali mesmo. Zé Baiano amarra Lídia e, na madrugada, antes de o dia clarear, mata de cacete de pau pereira a cangaceira mais linda do bando de Lampião. Cava uma cova rasa ali mesmo e enterra Lídia. E, com o cacete que matou Lídia, improvisa uma cruz e coloca sobre a cova da sua companheira.

05 - Coqueiro, o cangaceiro delator da traição de Lídia. Também está enterrado ali na Pia das Panelas o corpo do cangaceiro Coqueiro.

Cinco corpos enterrados nas Pias das Panelas. Um verdadeiro cemitério do tempo do Cangaço, no mesmo lugar onde já foi um cemitério indígena.

No fim do cangaço, depois dessas mortes, alguns caçadores da região evitavam passar pelas proximidades das Pias das Panelas à noite, principalmente nos locais onde estão as covas dos mortos. Alguns afirmavam ter ouvido coisas estranhas ali próximo das pias, como vozes, gemidos ou gritos macabros.

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MACACOS VOADORES – EXTENSÃO DO ABUSO NARCISISTA

 Por Dr. Epitácio de Andrade Filho

A expressão ‘macacos voadores’ foi adaptada do conto infanto-juvenil “O Mágico de Oz”( abril de 1900), do jornalista e escritor norte-americano Lyman Frank Baum, para designar pessoas manipuladas por narcisistas malignos na execução de ações prejudiciais às vítimas, enquanto preservam sua falsa identidade. Esse clássico da literatura mundial, que encanta adultos e crianças, teve várias adaptações para a televisão e cinema, notadamente o filme homônimo, lançado em 1939. No enredo das obras, observa-se que um terrível ciclone levou a jovem Dorothy e seu cãozinho Totó do Kansas à terra mágica de Oz. 

O Mágico de Oz - Livros

No percurso, a menina fez 3 amigos ( o espantalho sem cérebro, o lenhador de lata e o leão covarde) e encontrou estranhas criaturas como: papoulas mortíferas, animais selvagens, uma bruxa boa, macacos voadores controlados por uma bruxa malvada, além do próprio mágico de Oz. Na prática psiquiátrica, macacos voadores são auxiliares diretos de abusadores narcisistas. Eles estão nesta condição, consciente ou inocentemente, porque geralmente são dependentes e frágeis emocionalmente. Narcisistas os selecionam com essas características psicoemocionais, porque é mais fácil adestrá-los para serem marionetes e bajuladores. Todo ou toda narcisista busca em suas vítimas suprimento para a satisfação de desejos do seu ego inflado. Quando, na verdade, sua estrutura egoica é um vazio de emoções e conteúdo. Do ponto de vista diagnóstico, portadores de transtorno de personalidade narcisista apresentam grande necessidade de admiração, não têm empatia, desrespeitam sentimentos alheios, são incapazes de lidarem com críticas e apresentam senso de direitos exagerado. 

Narcisista Abuso 1º de junho (1)

Com esse perfil, sempre estabelecem relacionamentos tóxico-abusivos, caracterizados por um padrão comportamental cíclico, que apresenta algumas fases: Idealização da vítima (love bombing), desvalorização e descarte. Narcisistas mentem compulsivamente e acreditam em suas próprias mentiras para manter a “narcolândia”, seu mundo fantasioso. Nessa fantasia sempre se fazem de vítimas, o que sensibiliza os macacos voadores que creem em suas mentiras. Para o relacionamento com esses seres e seus macacos voadores, recomenda-se a regra de ouro: Contato zero ou pedra cinza (manter contatos estritamente necessários). O 1º de junho de cada ano é dedicado ao DIA INTERNACIONAL DE CONSCIÊNCIA DO ABUSO NARCISISTA.

Enviado pelo o autor deste.

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A SELEÇÃO CARRI CANGAÇO vai entrar em campo , simplesmente imperdível !

Por Manoel Severo

Você pensa que já viu tudo ? Vem conosco …. Herlon Fernandes, AdrianoCarvalho, Valdir Nogueira, Luís Bento, Cristina Couto, Renato Dantas, Roberto Junior, Luiz Ferraz, Donatila Coutinho , Heitor Macêdo, Leandro Fernandes, João Paulo, Vilson da Puçarra, José Francisco , Luís Lemos , Bosco André , Bruno Yacub , Calixto Junior, Moacir Assunção , Ângelo Osmiro e Manoel Severo … um time de peso em 20 super conferências seguidas de debates, e ainda : Bismarck Martins , Professor Pereira, Luma Holanda, Emanuel Arruda , Célia Maria , Jair Tavares, Jorge Figueiredo, Orlando Carvalho , Manuel Belarmino , Capitão Quirino, Luiz Antônio , Clênio Novaes, Leonardo Gominho, Louro Teles , Zé Tavares , Ricardo Beliel, Idemberg Sena, Josué Macedo , Hérton Cabral , Hesdras Souto , Joaquim Pereira , Erivelton e Silva, Rubia Lossio , Júnior Almeida , Rubelvan Lira , Sulamita Burity, Herivaldo Cabral e muito mais ! como ficar fora ?!!!

A memória e a história do coronelismo sertanejo no maior encontro do Brasil !
Bem vindos ao Cariri Cangaço Jardim , 27 a 30 de junho de 2024 , imperdível!!!
Programação no link da BIO

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