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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

MARIA BONITA


O destino de cada pessoa,
Na terra ninguém risca.
E nem se pode alterar.
E nem mudar a escrita.
O plano já tá traçado,
Cada um dar seu recado,
E na história ela fica.
Na malhada da caiçara,
No município de glória.
Ninguém jamais imaginou,
Que lá teria uma história.
Que ia ter uma dimensão,
E ia mecher com o sertão,
E espalhar no mundo afora.
Em mil novecentos e onze,
A oito de março nasceu.
Uma menina morena,
No sertão apareceu.
Numa casinha singela,
Uma menina bela,
Seus pais a recebeu.
Os seus pais não imaginava,
Que destino ela teria.
Se trazia com ela tristeza,
Ou se trazia alegria.
Isso o futuro ocultava,
Sua vida tava traçada,
E o tempo revelaria.
Maria Gomes de Oliveira,
Foi o nome que deram a criança.
Maria,nome da Santa,
Que Gera a esperança.
O nome da mãe de Jesus,
Que foi morto na cruz,
Ela recebeu por herança.
Ela cresceu ficou formosa,
E logo virou uma mulher casada.
E seu nome ganha um acréscimo,
Maria de Déa, era chamada.
Assim era conhecida,
Por vizinhos e amigas,
Assim era apelidada.
Mas ,o casamento não deu certo,
Ela para casa dos pais voltou.
Era para se cumprir o roteiro,
Que o destino traçou.
Um dia um cidadão,
Apelidado de lampião,
Em sua casa chegou.

Aqui começa um romance,
O qual o destino pois um laço.
Maria ganha outro apelido,
Ao lado rei do cangaço.
Maria bonita era chamada,
A sua história traçada,
No sertão tem seu espaço.

Sou um poeta amador.
Que gosta de fazer rima.
Quem conhece bem essa história,
E o escritor João de Sousa Lima.
Junto com outros escritores,
Que são pesquisadores,
Do cangaço da caatinga.

Autor.
Cleumir Ferreira

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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ANGICO

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de novembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.806

O angico é uma árvore da caatinga sertaneja tão famosa quanto o juazeiro. O seu tronco mostra espinhos de forma grande, arredondada, em forma de nódulos. Suas cascas guardam o tanino, substância muito utilizado no curtimento do couro. Podemos dizer que é uma árvore exuberante, bela e de fácil identificação. Produz uma resina que é medicinal e muito utilizada pelos macacos e soins se habitarem na área. Suas folhas são pequenas e enfileiradas de um lado e de outro, parecendo uma pena. O angico gosta muito de terreno pedregoso e mais elevado como os serrotes. Sua forte raiz racha a pedra onde quer se fixar e após, fica gozando o pouco de frieza nela encontrada, em terras quentes do semiárido.

ÁRVORE ANGICO (AUTOR NÃO IDENTIFICADO).

Utiliza-se o angico sem a casca para se fazer estacas. A madeira nua é muito mais resistente. E, no caso das cascas, elas são vendidas para os curtumes, por causa do tanino, transformando o couro em sola, na última fase da curtição. Os antigos compradores de cascas de angico, procuravam nas fazendas, o produto. Quando o fazendeiro ia pelar o angico para fazer estacas, não cobrava pelas cascas e ainda agradecia. Mas quando não ia fazer estaca, cobrava a mercadoria que custava numa carrada de carro de boi, dez tostões (destões), por uma arroba. O jegue e o burro eram os meios de transportes mais utilizados pelos donos de curtumes na compra das cascas dessa madeira. Ainda no mato, os compradores de cascas, faziam feixes e usavam a embira ou mesmo as próprias tiras das cascas para amarrarem os feixes e colocarem nos dois lados da cangalha. Muitas vezes esses compradores passavam mais de um dia na caatinga para realizar esse serviço.

Esses dados detalhistas estão no livro recém terminado: Santana: Reino do Couro e da sola. Calculado antes em apenas três páginas de papel A4, encerramos com cerca de trinta e cinco, o que na gráfica, em formado de livro, poderá alcançar até mais de 100 páginas. Temos a certeza de que tantos detalhes vão impressionar o povo santanense, pois fala da estrada de Delmiro, da Matança, do padre Capitulino, dos artesãos, das fases da curtição de couro, das fabricas de calçados, dos sapateiros, do futebol do Panema e muito mais, inclusive preços de mercadorias e fotos de cédulas antigas.

O que fazer para publicar?

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2022/11/angico-clerisvaldo-b.html

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ESTE FOI O ÚLTIMO E-MAIL QUE O PROFESSOR JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO MANDOU PARA MIM EM 2018.

 Por José Mendes Pereira


Vamos lê-lo:

Amigo José Mendes Pereira, eu estava novamente de "molho" no Hospital Wilson Rosado. Fui internado, cigarro demais que estou fumando, muito deprimido, muito triste. Estava com infecção pulmonar e pneumonia. Tive alta ontem. Passei 8 dias hospitalizado. 

Deus me proteja, Deus nos proteja!

Abraços!

Este foi o último contato que eu tive com o professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso. Dias depois, ele feio falecer no Hospital Wilson Rosado de Mossoró.

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O ALVORECER DA REPÚBLICA EM POMBAL

Por José Tavares de Araújo Neto

 

Com a Proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro de 1889, foi promulgada a Constituição de 1891, também denominada Constituição Republicana, que perdurou até o fim da República Velha, que se encerra em 1930, com a chegada de Getúlio Vargas ao Poder. A Constituição de 1891, marca o início de uma tímida autonomia dos municípios e das províncias, que passam a ser denominadas Estados, sendo os chefes do Poder Executivo denominados "Presidentes de Estado”.
Ao longo da República Velha (1889/1930), a Paraíba foi dominada por três forças oligárquicas: Comandas por Venâncio Neiva (venancismo), Álvaro Lopes Machado (alvarismo) e Epitácio Pessoa (epitacismo). O venancismo teve pouca duração, iniciou em 1989 e terminou em 1892. O alvarismo, no qual Álvaro Machado alternava o poder com o seu grande aliado Monsenhor Valfredo Leal, teve início em 1892 e foi até 1912, com a inesperada morte de Álvaro Machado, que se encontrava em pleno exercício do mandato de senador. Durante o período de 1912 a 1915 Epitácio Pessoa e Valfredo Leal dividiam a liderança do PRC (Partido Republicano Conservador), ocasião do rompimento entre os dois líderes, marcando o início, em 1915, o epitacismo, que se prolonga até 1930.
o
Venâncio Neiva 
Embora monarquista, logo após a proclamação da República Venâncio Neiva aliou-se aos republicanos da Paraíba e, por influência do general paraibano José de Almeida Barreto, foi nomeado presidente do Estado pelo chefe do governo provisório da República, marechal Deodoro da Fonseca. Venâncio Neiva governou a Paraíba por dois anos, entre 6 de novembro de 1889 e 27 de novembro de 1891. Em sua breve passagem no comando da política paraibana, Venâncio Neiva, que já havia exercido o cargo de Juiz em Pombal, dá uma sobrevida a oligarquia comandada pelo coronel Cândido José de Assis, que já perpetuava por mais de quarenta anos frente ao comando da oligarquia local, revezando a chefia do poder municipal com seus filhos Francisco José de Assis, Leandro José de Assis, Joaquim José de Assis e Álvaro José de Assis.
José de Almeida Barreto
Na verdade, o velho coronel Cândido José de Assis já havia herdado o espólio político de seu genro, o todo poderoso coronel João Dantas de Oliveira, Comandante Superior da Guarda Imperial, que, em 1874 se debandou de Pombal, após ser processado sob a acusação de ter mandado os seus filhos assassinarem o professor Juvêncio Vulpis-Alba, que o havia denunciado por ter dado condição estratégica para que o cangaceiro Jesuíno Brilhante praticasse o espetacular assalto a cadeia de Pombal. O bando comandado por Jesuíno Brilhante resgatou 43 presos, inclusive o seu irmão Lucas e o temível Manuel Pajeú, remanescente do bando do cangaceiro pombalense Cabé Brilhante, tio de Jesuíno.
Em 23 de novembro de 1891, o marechal Deodoro da Fonseca, sob fortes pressões, renunciou à presidência da República e a vaga foi assumida pelo vice-presidente Floriano Peixoto, que destituiu os governantes estaduais que apoiavam Deodoro. Na Paraíba, Venâncio Neiva foi substituído inicialmente por uma junta governativa que, no dia 18 de fevereiro de 1892, repassou o governo para o político areiense, também major efetivo do exército, Álvaro Lopes Machado, primeiramente nomeado, depois confirmado por eleição indireta presidente do Estado.
o
Álvaro Machadoo

Em Pombal, a chegada de Álvaro Machado à presidência do Estado da Paraíba marca a decadência da supremacia dos monarquistas, capitaneados pelo coronel Candido José de Assis e seus filhos (venancistas) e a ascensão dos republicanos, comandados pelo coronel João Leite Ferreira Primo (alvaristas). Inconformados, os Assis se recolhem as suas propriedades rurais, levando as chaves da Casa da Câmara, sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Indiferentes, os republicanos arrombam as portas do paço municipal, adentram no recinto e realizam as posses dos novos conselheiros (cargos equivalentes a vereadores) Manoel Firmíno de Medeiros, João Leite Ferreira Primo, Lindolfo Vicente Leite, Antônio Justiço de Oliveira e o Dr. Enéas Pedro de Souza, bem como a posse do capitão Antônio Vieira de Torres Bandeira, no cargo de intendente (equivalente a prefeito). Após a solenidade de posse, os republicanos realizaram uma efusiva passeata pelas ruas da cidade, comemorando a sua tardia chegada ao poder municipal. Foi este o primeiro evento comemorativo com a participação popular na história republicana de Pombal.

José Tavares de Araújo Neto
Pesquisador, Pombal-Paraíba

CANGACEIRÓLOGOS DO NORDESTE.

 Por José Mendes Pereira

A foto pertence ao acervo do Veridiano Dias Clemente.

Sobre Cangaço, aqui só tem grandes conhecedores sobre a saga cangaceira. 

O primeiro da esquerda é o meu amigo Veridiano Dias Clemente, além de pesquisador do cangaço, é também um grande poeta.

O segundo é outra figura conhecida no mundo cangaceiro, é o escritor e pesquisador do cangaço Júnior Almeida.

O terceiro é o saudoso, famoso escritor e pesquisador do cangaço Dr. Antônio Amaury Corrêa de Araújo.

E o quarto é o escritor e pesquisador do cangaço José Tavares de Araújo Neto, primo do saudoso professor, escritor e pesquisador do cangaço  

José Romero de Araújo Cardoso

José Romero de Araújo Cardoso, que foi meu professor sobre o estudo cangaceiro e amigo aqui em Mossoró).

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terça-feira, 29 de novembro de 2022

E-MAIL DO PESQUISADOR DO CANGAÇO CAPITÃO ALFREDO BONESSI.

 Por Capitão Alfredo Bonessi.

Prezado e inesquecível José Mendes Pereira de Mossoró: Saúde!

Faz dez anos que ando pelas missões gaúchas e a fronteira da Argentina. Acompanho os estudos do Cangaço e os vídeos inéditos do Robério Santos, e sempre vou descobrindo e aprendendo algo com ele.

https://www.youtube.com/watch?v=LZ6RSHt9EZM&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

Penso em breve retornar a Fortaleza - Ceará, e se o estado físico da minha carcaça permitir reencontrar os amigos e bater um dedo de prosa sobre os estudos do cangaço.

Receba os meus cumprimentos e as minhas saudações cordiais ao amigo e aos participantes da tua relevante coluna onde honrado fiz alguns apartes.

A distância  pode nos  separar um pouco, mas os elos de amizade - respeito - consideração e admiração continuam os mesmos e mais fortalecidos pelas magníficas lembranças das páginas eternas do teu inesquecível Blog.

Respeitosamente,

Alfredo Bonessi.

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LAMPIÃO E NECO CUNHA

Por Luis Bento

Manoel Cunha Moura - Neco Cunha (Foto)

Lampião de passagem pelo então Distrito Macapá em 02 de março do ano de 1926, é convidado por Manoel Cunha Moura, Neco Cunha para ir até sua residência, tinha um assunto a tratar com o Cangaceiro a sete chaves, no mais absoluto segredo, tratava -se de uma " carta ", enviado pelo ex-chefe Sebastião Pereira da Silva, Senhor Pereira. Uma carta convite, a carta tinha o seguinte teor, convidava Senhor Pereira, lampião a ir se refugiar no Estado de Goiás. 

Manoel Cunha Moura - Luzia Cunha Moura

Lampião leu a carta e disse pro mensageiro, estou indo a Juazeiro atender uma convocação de padre Cícero, a cidade está ameaçada de uma possível invasão pelos revoltosos da coluna Prestes, quando voltar lhe trago a resposta. Lampião não voltou pelo Macapá, tomou rumo diferente, isso fazia parte de sua estratégia não voltar pelo o mesmo caminho. A firmava Neco Cunha que, por mais duas vezes se encontrou com lampião no Distrito as altas horas da noite nos anos de: 1927- Janeiro e março de 1928.

Durante o período lampiônico, Neco Cunha guardou em anonimato a história da carta, temia ele represália por parte das volantes, tempos depois começou a comentar entre amigos do distrito a entregar da carta de Senhor Pereira a Lampião.

Quando os crimes de Senhor prescreveram, 51 depois ele esteve em visita a sua terra natal Serra Talhada antes Vila Bela. Entrevista pelo primo Luiz. Lorena, ele confirma a carta convite e que foi entregue

a Lampião no Distrito Macapá atual Jati-Ce.

LUIS BENTO,

Diretor de Cultura de Jati

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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AMIGOS, AMIGOS...

 Por Valdir José Nogueira

Com o ilustre amigo, historiador e escritor Bismarck Martins, uma das maiores autoridades da temática do Cangaço, com uma significativa obra publicada sobre esse fenômeno social da história brasileira.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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TRÊS IMPORTANTES HOMENS.

 Por Antonio Xavier

Da esquerda para direita: Brigadeiro José Sampaio de Macedo, Melito Macedo e o médico Otacílio Macedo, protagonizaram as melhores histórias do Crato, eram primos legítimos do meu avô paterno Aristides Sampaio Xavier, filhos do casal José Joaquim de Macedo (Cazuza) e Francisca Nogueira Sampaio (Chiquinha) minha tia bisavó. 

Este entrevistou Lampião no Juazeiro do Norte.

Após ser transferido para reserva, o militar, dedicou-se a agricultura no Crato, sua terra natal! Era proprietário dos sítios Fernando, São Bento e Miranda. Foi considerado uma das maiores inteligências da Força Aérea Brasileira. Foi o fundador e primeiro Comandante da Base Aérea de Fortaleza-Ce Fundou o primeiro Correio Aéreo Militar.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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A MORTE DE ZEFINHA | O CANGAÇO NA LITERATURA #150

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=FM25FeoqmvY&t=602s&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

Chegamos ao fim desta saga, fomos em busca de todos os detalhes sobre a Menina Zefinha que foi levada por Corisco e esteve presente no final do cangaço.

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CANGAÇO: MOITA BRAVA - BIOGRAFIA RESUMIDA

 Por Fatos na História

https://www.youtube.com/watch?v=J-6RHzNdtpo&ab_channel=FatosnaHist%C3%B3ria-Canga%C3%A7oeNordeste

Resumo biográfico do cangaceiro Moita Brava. Referências: "Cangaceiros de Lampião de A a Z", de Bismarck Martins de Oliveira Fotos:

Blog do Mendes e Mendes

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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

PROBLEMAS


ESTAMOS COM PROBLEMAS PARA POSTAGENS. INTERNET LENTA.

DESCULPEM-NOS, A FALTA DE POSTAGENS. 

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domingo, 27 de novembro de 2022

MARTHA MENEZES.


É filha da ex-cangaceira (única cangaceira viva) Dulce Menezes. Ela não é filha do cangaceiro Criança.  

https://www.facebook.com/photo/?fbid=750626596538665&set=a.100309008237097

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MARIA GOMES DE OLIVEIRA A MARIA BONITA DO CAPITÃO LAMPIÃO.

 Por João de Sousa Lima


https://www.facebook.com/joao.desousalima.92

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sábado, 26 de novembro de 2022

A VIDA APÓS O CANGAÇO JOÃO MARIA E ZÉ RUFINO?

  Por Moisés Reis

Em carta escrita pelo padre Renato Galvão no dia 4 de outubro de 1954 endereçada ao deputado João da Costa Pinto Dantas, encontramos o curioso dia em que João Maria de Oliveira, adversário político do padre naquela ocasião, quase precisou se entender com o famoso matador de cangaceiros, o tenente José Osório de Farias, conhecido com Zé Rufino.

 

 Zé Rufino, em imagem de Thomas Farkas

Coronel João Maria de Carvalho
 

Para entender o contexto, é preciso lembrar que naquele ano (1954) o cangaço já havia acabado e Zé Rufino gozava de enorme prestígio pelos seus feitos durante os tempos do combate ao banditismo. Naquela data, acontecia a eleição para prefeito de Cícero Dantas, pleito vencido por João Batista de Andrade Souza, da UDN com 1374 votos, e a seção eleitoral de Fátima, que funcionava no atual Colégio Estadual N. S de Fátima, era famosa pelas confusões entre os grupos políticos rivais.

Sabendo disso, o Padre Renato buscou se precaver e solicitou junto às autoridades a presença de ninguém menos que Zé Rufino, a fim de garantir que os trabalhos corressem dentro da normalidade.

Acontece que o famoso oficial, por alguma razão, não atendeu ao chamado do Padre e a problemática seção eleitoral ficou sem a autoridade policial desejada pelo vigário.

 


O que se segue, de acordo com o relato do religioso na dita carta é um caos promovido pelo então soldado João Maria e um certo subdelegado João Neves. Ainda de acordo com o relato da carta, Dona Ludi era a presidente da mesa e João Maria teria usado isso em seu favor, coagindo eleitores adversários e espalhando boatos de pânico provocado o retorno antecipado de eleitores que não votaram. 

Eram 600 votantes naquela seção que, devido aos contratempos provocados por João Maria e o Subdelegado, tiveram apenas três horas para concluírem a votação em cédula da época o que, naturalmente, provocou alta abstenção em uma seção que tinha muito mais votos para o candidato do Padre. Diante disso, O vigário finaliza a carta pedindo a intervenção do deputado no sentido de anular a votação e realizar novo pleito.

O fato a ser registrado aqui é um quase encontro entre a mais famosa liderança política de Fátima e um personagem importante da história do cangaço. Encontro que só não aconteceu (ao menos não dessa vez) pela ausência de Zé Rufino.

Obviamente esse texto não visa atacar a imagem de nenhum dos personagens envolvidos nessa história, o que busco, tão somente, é trazer o relato aos leitores do blog e deixar o registro de mais um episódio da nossa história. 

Pescado em Blog História de Fátima

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2022/11/a-vida-apos-o-cangaco.html


NOVO LIVRO DO ESCRITOR E PESQUISADOR DO CANGAÇO JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO.

Por José Irari

Prezados confrades estudiosos e pesquisadores do tema nordeste e cangaço!! Novo livro do renomado escritor José Bezerra Lima Irmão!! Desta vez sobre Maria Bonita, recomendo sem medo de decepcionar... escritor de pesquisas honestas e fundamentais para estudos do tema. Adquirir meu exemplar via professor Francisco Pereira Lima. Desde já, parabéns nobre amigo José Bezerra Lima Irmão. 

Que venham outros trabalhos!

https://www.facebook.com/photo?fbid=1840307199637948&set=a.210423149293036

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FEIRA-LIVRE DA IARA, . O ETERNO RETORNO DE UMA TRADIÇÃO

Por José Cícero

Nesta manhã de sábado (19) ao lado do ex-vereador Chico Henrique fomos visitar a feira-livre do bucólico distrito de IARA município de Barro-CE, depois de décadas inativa.

Por iniciativa do filho ilustre da comunidade, o amigo memorialista Wilson Leal o retorno da feira da Iara hoje vai muito além de uma simples simbologia cultural, vez que resgada um acontecimento econômico e social dos mais marcantes e importantes que assinalou a vida e a própria história, tanto da vila quanto de toda a região.

Além de movimentar não apenas a economia local com o cotidiano do povoado, a feira mantém ainda o seu aspecto sertanejo e tradicional no que diz respeito aos modos e os tipos de produtos comercializados. Itens que vão desde as sandálias de couro, panelas e potes de barro das nossas louceiras, como ainda: cereais, vestimentas e carne fresca, frutas, rapaduras, batidas, até guloseimas, comidas típicas, bebidas e muitas iguarias da culinária nordestina como artesanatos em geral.

A feira da Iara remonta o ano de 1870 quando foi levantada a primeira 'latada" para abrigar os vendeiros do povoado, do Cariri e PB, quando em 1949 por esforços do deputado Walter Sá Cavalcante fora edificado no mesmo local o chamado "galpão do mercado da feira" existente até hoje.

Cangaty, Boa Esperança e Iara, eis alguns dos topônimos do distrito que até o início dos anos 50 pertenceu ao território de Aurora.

A feira da Iara é, por fim, uma viagem no tempo e no espaço. Um resgate histórico de um tempo distante que marcou a vida de muita gente. Um afago literal da memória contra o esquecimento. Vida longa e sucesso à feira-livre da Boa Esperança batizada um dia pelo pioneiro sacerdote dos sertões o padre Ibiapina. Parabéns!

Prof. José Cícero

Aurora -CE.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/posts/pfbid0gftqcLHaCgoT29HmtACmRQ1YvdoanUBZbCYuiWTqd3RvZRcmtcCr8uNtsPTRL7Rsl?comment_id=810056346755946&notif_id=1669465808597313&notif_t=feed_comment&ref=notif

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O NOSSO BLOG HOMENAGEIA HOJE A CANTORA ALDENORA SANTIAGO

 Por José Mendes Pereira

Aldenora Santiago de Aquino era natalense, e nasceu no dia 05 de junho de 1944. Seus pais Manoel Lourenço de Aquino e Francisca Santiago de Aquino. Em companhia dos pais veio morar em Mossoró quando tinha sete anos de idade e, aos 18 anos, se apresentou como caloura no programa da Rádio Rural de Mossoró, na companhia do Conjunto Totõezinho, de quem recebeu uma proposta para se integrar ao grupo. Esta cantora encantou a sociedade mossoroense nas décadas de 60 e 70.

Conheci muito esta cantora, não de conversar, de ter amizade, de contatos diários, mas pelo talento que tinha, e que eu assistia sempre as suas apresentações no Cine Caiçara, da sociedade que eu trabalhava. Com a morte do Totõezinho, a banda passou para ser regida pelo músico Batista.

Da esquerda para a direita: Aldenora Santiago, Marlene, Doutor, Nelito, Paulinho, Toinho, Raimundo Baterista, Osvaldo, Maestro Batista, Totõezinho, Chicão - 1965 - www.azougue.org

Aldenora Santiago era uma senhora morena, bem parecida, mas infelizmente, devido gostar de beber alguns goles a mais, a cantora foi impossibilitada de chegar à fama artística. 

Carlos Augusto Rosado - esposo da governadora do RN e José Genildo de Miranda, já falecido. - Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

O seu aparecimento como futura artista, foi nos programas de auditório da Rádio Difusora de Mossoró, apresentado por José Genildo de Miranda, no Programa “Vesperal das Moças”.

Dom Gentil Diniz Barreto -  bispo de Mossoró, Alcides Belo ex-prefeito de Mossoró e o radialista José Maria Madrid - aparece de bigode - todos já falecidos. Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Quando o radialista Zé Maria Madrid criou um programa de auditório no cine Caiçara de Mossoró, aos domingos, às 9:00 horas da manhã, com o nome "Zy & 20", ela participava, sendo aplaudida pelos seus fãs, que tinham uma grande admiração pela futura cantora. Ela sempre foi bem recebida pelos mossoroenses, mas infelizmente, não passou disso, porque vivia um pouco ébria. Ela é um patrimônio da história de Mossoró.

Além destes programas já citados, também cantava na Rádio Difusora, na ACDP, nos cabarés de Copacabana, Casa Blanca e outros lugares. 

Aldenora foi convidada para fazer gravações no Rio de Janeiro, mas infelizmente a nossa cantora não aceitou o convite.

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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

SÓ COMO ARQUIVO EM NOSSO BLOG - BERNARD COYNE: 2M48CM DE ALTURA

Por Jornal Informal

Nascido no dia 27 de julho de 1897 em Iowa, nos Estados Unidos, ele é um dos homens mais altos já identificados. Seu registro preliminar para o exército durante a Primeira Guerra Mundial em 29 de agosto de 1918 o registrou com uma altura de 8 pés. Alguns acreditam que até o momento de sua morte, em 1921, ele chegou a medir 8 pés e 4 polegadas. Porém o seu tamanho em vida foi dado como 8 pés e 2 polegadas. Cerca de 2,48 metros.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=560719479397072&set=a.484913766977644

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O FASCÍNIO PELO TEMA CANGAÇO! – 2 – JOÃO DE SOUSA LIMA NAS TRILHAS DO CANGAÇO.

Como vimos no texto de abertura dessa série sobre o fascínio que cangaço exerce sobre tantas pessoas a ponto de serem encontradas muitos milhões de itens de pesquisas sobre tema na internet, o cangaço tem contribuído para a produção de uma variada gama de produtos que vão de milhares de livros, a centenas de filmes, séries de televisão, telenovelas, artigos de artesanato, peças de teatro, musicais.

Sobre a produção de filmes e série/novela da TV, falamos no primeiro capítulo desse tema, assim como destacamos a homenagem e a bibliografia de Luiz Rubem Bonfim que já escreveu 16 títulos sobre esse tema, fundamentando a sua pesquisa em jornais e publicações da época, o que nos remete quase instantaneamente para os cenários do tempo e lugar em que os fatos aconteceram.

Nessa sequência, falaremos de João de Sousa Lima, pernambucano de São José do Egito que, como milhares de outros, chegou a Paulo Afonso, menino ainda, acompanhando os pais que chegavam para buscar emprego nas obras da Chesf. E, foi ficando por essas terras sertanejas.

Como dissemos no artigo anterior, embora alguns outros escritores pauloafonsinos tenham escrito alguma coisa sobre a temática CNAGAÇO, como Rubinho Lima, Edson Barreto, Gilmar Teixeira e até esse autor em um capítulo de um livro resultado do Seminário do Centenário de Maria Bonita realizado em Paulo Afonso pelo Departamento Municipal de Turismo que eu dirigia e sob a coordenação de João de Sousa Lima, dois escritores de Paulo Afonso, ambos membros da Academia de Letras do município, têm se dedicado com afinco na produção de literatura sobre esse tema: Luiz Ruben e João de Sousa Lima.

Como vimos, Luiz Ruben já escreveu 16 livros sobre esse tema. João de Sousa tem dez livros de sua autoria, sozinho e outros tantos em parceria com outros autores.

Os dois autores, embora escrevam sobre o mesmo assunto, têm caminhos diferentes para trazes essas informações aos milhares de leitores interessados. Luiz Ruben pesquisa nas produções da época do cangaço, jornais, livros, outras publicações. João de Sousa Lima decidiu conhecer a história indo aos lugares onde ela aconteceu e conversando com pessoas que a vivenciaram.

João de Sousa Lima nas trilhas do cangaço

Em seu primeiro livro chamado Lampião em Paulo Afonso, publicado em 2003, há 20 anos atrás e que teve a sua apresentação assinada por Antônio Amaury Correia de Araújo, João diz como tudo isso começou:

“Em abril de 2000, fui convidado por Glória Lira, Coordenadora Municipal de Cultura (em Paulo Afonso/BA), para participar de uma pesquisa sobre o tema CANGAÇO, com a finalidade de enriquecer o acervo de leituras da biblioteca do Espaço Cultural Raso da Catarina, em Paulo Afonso, Bahia. Criamos a Expedição Angico. A expedição teve como componentes João de Sousa Lima, Glória Lira, os professores Edson Barreto e Gorete Guedes, Carlos Césa, o cinegrafista Alisson e o grupo folclórico Os Cangaceiros. Chegamos à Grota do Angico (em Poço Redondo/SE). Nossa primeira entrevista foi com a ex-cangaceira Adília, companheira de Canário e depois com uma das últimas pessoas que conversou com Lampião, o coiteiro Manoel Félix”.

“A partir daí, tomei gosto pela história do cangaço e apesar do grupo ter sido desfeito, eu não parei mais, segui em frente, devorei livros, conversei com pessoas mais velhas e sempre ficava sabendo algo sobre Lampião, fatos ocorridos nas fazendas e povoados de Paulo Afonso. Coloquei o é na estrada e percorri todos os povoados de Paulo Afonso por diversas vezes”. (in Lampião em Paulo Afonso, pág. 15 - Graf Tech-Paulo Afonso-BA, 2003).

Nas viagens de João pelos sertões de Paulo Afonso, ele acabou com uma moto na qual rodou mais de 10 mil quilômetros e registou informações preciosas como a descoberta de 46 pessoas que participaram do grupo de cangaceiros de Lampião, quase o dobro do registrado em Poço Redondo/SE.

De Paulo Afonso para o mundo

As pesquisas de João de Sousa Lima sempre se firmaram na fidelidade dos acontecimentos o que lhe valou adquirir grande credibilidade sobre o assunto.

João de Sousa Lima com Aristéia - Povoado Jardim Cordeiro/Delmiro Gouveia-AL 

João de Sousa Lima com Durvinha - Belo Horizonte/MG

João de Sousa Lima com Aristéia, Moeno e Durvinha em Fortaleza/CE

Isso o fez aproximar-se de muitos homens e mulheres e ex-cangaceiros como a ex-cangaceira Dulce, que aparece no seu livro Terra de Brava Gente e Aristéia que morou durante muitos anos no Povoado Cordeiro, de Delmiro Gouveia, no lado alagoano do cânion do rio São Francisco, logo após a ponte metálica D. Pedro II que une os Estados da Bahia (Paulo Afonso) e Alagoas (Delmiro Gouveia). Com Aristéia, João viajou para Fortaleza onde ela foi homenageada. Esteve também com muitas outras pessoas ligadas diretamente ao cangaço.

E Paulo Afonso deixou de ser o limite do espaço para João de Sousa Lima. Aonde sabia que tinha alguma coisa nova, ele ia atrás.

O livro e o filme

Uma de suas grandes descobertas foi a história de Moreno e Durvinha que ele soube que estavam, anônimos, em terras de Minas Gerais, em Belo Horizonte e ele foi lá e conseguiu conversar bastante com os dois velhos e últimos cangaceiros. Estas muitas conversas lhe renderam o livro Moreno e Durvinha – Sangue, amor e fuga no cangaço que levou o cineasta Wolney Oliveira a produzir o filme Os Últimos Cangaceiros.

Hoje João de Sousa Lima é membro de muitas instituições que estudam o cangaço e os seus livros são muito procurados por pesquisadores e estudiosos desse tema. Também, pela sua vasta produção literária sobre o assunto, João, como Luiz Ruben, foi homenageado pela Câmara Municipal de Paulo Afonso com o título de Cidadão de Paulo Afonso e desde 2005 é membro fundador da Academia de Letras de Paulo Afonso.

Perguntado pelo articulista como explicava esse fascínio pelo tema cangaço, ele disse: "eu atribuo a duas coisas fortes colhidas como depoimentos. Primeiro pelas aventuras, as vidas errantes, uma forma de enfrentar a sociedade constituída como se fosse uma voz que se fez ouvir, as bravuras em constantes movimentos e aí os cordelistas e repentistas divulgando isso nas feiras do Nordeste como se fosses histórias quase referenciais aos super-heróis. A segunda análise que faço a essa mitificação vem como uma forma de justiça de um povo tão injustiçado durante toda sua história. Até hoje é difícil para o Nordeste a saúde, a educação, as políticas públicas...”

João de Sousa Lima nasceu em São José do Egito, Pernambuco, no dia 20 de dezembro de 1964. Chegou a Paulo Afonso em janeiro de 1970, com poucos anos de nascido e tornou-se filho adotivo das doces e amáveis terras baianas. É filho de Raimundo José de Lima e Rosália de Sousa Lima. Tem três irmãos: José de Sousa Lima, Manuel José de Lima e Maria Bernadete Lima Santos. Pai de duas princesas: Stéfany da Silva Sousa Lima e Letícia da Silva Sousa Lima. Serviu ao Exército Brasileiro em 1983, na 1ª Cia. de Infantaria, em Paulo Afonso, Soldado “Sousa Lima”, nº 145, do 2º Pelotão de Fuzileiros. Em 2016 foi agraciado com o Título de Amigo da 1ª Companhia de Infantaria pelo Major Barroso Magno e com o Diploma de Amigo da 6ª Região Militar, pelo General Joarez Alves. Em 2016 foi agraciado por unanimidade pela Câmara de Vereadores com o Título de Cidadão de Paulo Afonso. Em 2019 recebeu o Título de Cidadão Honorário de Piranhas, pelo Decreto Legislativo 002/2019. Licenciado em História e Escritor, hoje autor de 20 livros.

Contato: 75-98807-4138 (do http://joaodesousalima.blogspot.com)

Bibliografia de João de Sousa Lima sobre o tema cangaço:

- Lampião em Paulo Afonso, 1ª edição - Graf Tech-Paulo Afonso-BA, 2003.

- A trajetória guerreira de Maria Bonita, a Rainha do cangaço – Ed. Fonte Viva-Paulo Afonso-BA – 2005.

- Moreno e Durvinha – Sangue, amor e fuga no cangaço - Ed. Fonte Viva-Paulo Afonso-BA, 2007

- Memorial Casa de Maria Bonita (para vídeo-documentário sobre a restauração da Casa de Maria Bonita) s/data.

- Lampião em Paulo Afonso, 2ª edição - Ed. Fonte Viva-Paulo Afonso-BA, 2013

- Lampião, O Cangaceiro - Ed. Fonte Viva-Paulo Afonso-BA, 2015

- Mulheres Cangaceiras - - Ed. Fonte Viva-Paulo Afonso-BA, 2017

- Terra de Brava Gente – Resquícios de histórias cangaceiras-Editora Oxente/Paulo Afonso-BA, 2020

- Maria Bonita – A Rainha do Cangaço – Sua biografia – Editora Oxente/Paulo Afonso-BA, 2022.

Além de organizar o livro Maria Bonita - diferentes contextos que envolvem a vida da Rainha do cangaço, que teve a participação de Edson Barreto, Juracy Marques e Antônio Galdino, João de Sousa Lima teve participação importante nos livros Ecologia do São Francisco, Ecologia de Homens e Mulheres do Semiárido e As Caatingas, todos do escritor Juracy Marques e nos quais João de Sousa fala da presença de membros de tribos indígenas da região de Paulo Afonso no cangaço e no Raso da Catarina.


Além dessa produção temática sobre o cangaço, João de Sousa Lima tem também livros sobre a história de Paulo Afonso artigos nas revistas anuais da ALPA sobre esse e outros temas regionais.

https://www.folhasertaneja.com.br/noticias/colunistas/665518/1?fbclid=IwAR1nEp5bnae5PQNqtXXbnNl37mVS6wM6QPb18rcaKk0-M7LkmKJ1afbdWWM

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