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sábado, 20 de dezembro de 2014

PM PRESTA HOMENAGEM A SETE SOLDADOS MORTOS EM QUEIMADAS

Serão depositadas coroas de flores nos túmulos dos sete policiais militares vitimados | Foto: Blog Portal do Cangaço/Reprodução

Nesta segunda-feira (22), às 10 h, no município de Queimadas, a Polícia Militar irá homenagear sete policiais assassinados em serviço no ano de 1929 pelo bando do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião. 


O objetivo da solenidade é homenagear a memória dos policiais militares que faleceram no exercício de sua missão constitucional, que é proteger a sociedade mesmo com o risco à própria vida.

Na ocasião serão descerradas duas placas: na cadeia pública de Queimadas, local onde ocorreram as mortes, e na sede do pelotão da cidade para homenagear o soldado Aristides Gabriel de Souza que, antes de morrer, desafiou Lampião mesmo cercado pelos cangaceiros.

O evento será finalizado no cemitério da cidade após serem depositadas coroas de flores nos túmulos dos sete policiais militares vitimados, seguido do toque de silêncio. 

Redação Notícias de Santaluz

Adendo: http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Este túmulo de um dos policiais mortos pelo grupo de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, precisa urgentemente que uma autoridade municipal, ou mesmo pessoas que dispõem de recursos, e que gostam de proteger a cultura do nosso Nordeste, mande repará-lo, para que não aconteça o seu desaparecimento nas próximas décadas. Ele faz parte da histórias da cidade de Queimadas.

O texto fala que serão depositadas coroas e flores nos túmulos, possivelmente cada soldado foi sepultado em seu próprio túmulo, mas veja que este está um pouco deteriorado, inclusive com uma enorme rachadura em uma das suas paredes. 

Preservar é preciso.

http://www.civalanjos.com/2014/12/pm-presta-homenagem-sete-soldados.html

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A ENTRADA DE LINO DE ZEZÉ NO CANGAÇO, O CANGACEIRO PANCADA, LAGOA DO MEL, NANBEBÉ, SALGADINHO E GLÓRIA-BA.


Salgadinho, casa da cangaceiro Lídia, local onde foi aprisionado o soldado, por Lino de Zezé, depois no cangaço, Pancada.

Quando do combate da Lagoa do Mel onde morreram dezenove soldados e o Ezequiel (irmão de Lampião), um dos soldados que fugiu ao cerco, se perdeu dentro da mataria fechada e saiu justamente no povoado Nambebé. 

Local da morte por engano, do civil, Antonio de Curvina, por cangaceiros, pois o mesmo vinha trazendo os apetrechos do soldado e foi confundido com o militar. Fica na estrada para o Salgadinho.

Com o alerta que ali era reduto de Lampião o soldado pegou Antonio Curvina e o menino Epiphânio de Félix como reféns e ordenou que eles o levassem até Santo Antonio da Glória. 

Lagoa do Mel - Local do combate - Foto da época.

No trajeto, o soldado bastante cansado, entregou seus pertences ao Antonio Curvina para que ele o ajudasse a levar o material. Assim que eles saíram do Nambebé alguns cangaceiros que vinham no encalço do soldado chegaram ao povoado. 

Nanbebé, local onde foi feito reféns, Antonio Curvina e um sobrinho, pelo soldado que empreendia fuga pela caatinga, depois do combate da lagoa do mel, rumo ao quartel de Glória.

Maria, esposa de Antonio, contou a história acontecida com seu marido e a falou da preocupação que estava passando por ver seu companheiro nas mãos do militar. 

Local do combate da Lagoa do mel, vendo se ao fundo a serra do riacho, atrás desta serra, fica a casa de Maria Bonita, foto da época do combate, rara, 1932.

Os cangaceiros seguiram por outro caminho que levava em um tempo mais curto até o povoado Salgadinho. Ganhando tempo os cangaceiros chegaram a um ponto e armaram emboscadas para pegar o soldado. 

Lino de Zezé, já cangaceiro, com sua esposa, Maria de Pancada e o companheiro Atividade - colorido por:...

Ao longe avistaram as três pessoas que seguiam uma vereda, Antonio Curvina vinha com os bornais e o chapéu do soldado. 

O historiador, João De Sousa Lima, no local da morte de Antonio Curvina, Salgadinho-Ba.

Os cangaceiros confundiram o coiteiro com o soldado e atiraram, o soldado correu, o garoto Epiphânio de Félix se emparelhou em uma árvore e nada sofreu, e Antonio Curvina caiu morto. 

Cidade de Glória na época do cangaço, aqui ficaram presos os cúmplices de Lino de Zezé, Pancada, na morte do soldado...

O soldado chegou ao povoado Salgadinho e justamente na casa da irmã da cangaceira Lídia que avisou a ele que ali era coito de cangaceiros. O soldado se negou a sair da residência.

Fazenda vizinha à Lagoa do Mel, local do combate - foto feita na época, 1932, rara.

No encalço dos cangaceiros e do soldado, montado em um burro, vinha o primo de Antonio Curvina, o jovem Lindo de Zezé. Lino encontrou o primo morto e saiu em perseguição ao soldado, indo encontrá-lo no povoado Salgadinho. 

Povoado do riacho, local do combate, 1932.

Povoado da Barra-Glória-Ba. Foi para aqui que correu os soldados sobreviventes, da batalha da Lagoa do Mel - Foto da época, rara.

Lino pegou o soldado, amarrou-o, montou no burro e saiu arrastando o soldado. Na subida da Serra do Padre Lino matou-o, pegou seu armamento e foi se apresentar ao cangaceiro Lampião, que ouviu sua história, e de imediato o aceitou em seu bando, passando Lino a ser chamado de Pancada, o famoso cangaceiro Pancada.

Fonte - João de Sousa Lima
Pesquisa - Coronel Delmiro Gouveia.
Fotos - Gilmar Teixeira.

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Músicas do Cangaço - Cantiga de Jesuíno


O grande historiador, escritor, conferencista e "contador de causos" Ariano Suassuna, extraiu de sua verve poética, essas belas expressões em homenagem a esse cangaceiro justiceiro. O grande músico pernambucano Capiba musicou a letra. Acompanhe na voz de Therezinha do Acordeon:

Cantiga de Jesuíno

Meus senhores que aqui estão
Vou contar meu dizatino
A canção do cangaceiro que se chamou Jesuíno
Seu bacamarte de prata
E o luar do seu destino
Num gibão
Todo vermelho
Um punhal no cinturão
Bem montado num cavalo
Cujo nome é Zelação
Jesuíno virou logo, ai, ai, ui, ui
Rei do povo do Sertão.
Ver a terra era seu sonho
Nobre terra do Sertão
Com o povo repartida
Pelo sol da partição
E é por isso, que ele canta
De bacamarte na mão
Eu tenho um espelho de cristal
Foi Jesus Cristo que limpou ele do pó
Mas lá um dia a terra se alumia
E o meio dia se espalha a luz do sol.
Mas os ricos se juntaram
Com o governo da nação
Lhe botaram emboscada
E ele morreu a traição
Mas o povo não esquece
Sonha com ele o sertão
E se diz que ainda hoje
Em qualquer ocasião
Alguém sofre uma injustiça
Nos caminhos do Sertão
Soam tiros do seu rifle, ai, ai, ui, ui
E o tropel de zelação
E Jesuíno brilhante
Volta feito aparição
Queima do dono da injustiça
De bacamarte na mão
Sua voz então se afasta
Cantando a mesma canção

Chamava-se Jesuíno Alves de Melo Calado, nasceu em Patu, Rio Grande do Norte, no ano de 1844. Fez-se chefe de Cangaço devido a intrigas com a família Limão, protegida por influentes potentados rurais das províncias do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Seus principais biógrafos são unânimes em reconhecer-lhe o caráter reto e justiceiro. Agiu no semiárido paraibano e potiguar, quando a instituição do escravismo ainda vicejava de forma proeminente, refletindo as exigências da classe dominante em fazer valer seus interesses em detrimento de valores humanos. O cangaceiro transformou-se em ´Robin Hood´, intervindo em prol dos humildes em diversas oportunidades, com ênfase quando da grande seca de 1877-1879, atacando comboios de víveres enviados pelo governo imperial, distribuindo-os com famintos e desvalidos dos sertões ermos e esquecidos. Jesuíno morreu de emboscada no Riacho dos Porcos, em Belém do Brejo do Cruz, na Paraíba, no final da seca de 1879, atingido por carga de bacamarte disparada por seu inimigo chamado Preto Limão.

http://meneleu.blogspot.com.br/2014/12/musicas-do-cangaco-cantiga-de-jesuino.html

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LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS

Por Antonio José de Oliveira

Na realidade Pesquisador Mendes, o livro LAMPIÃO: A RAPOSA DAS CAATINGAS oferece total segurança nas informações, por ser fruto de um trabalho minucioso e didaticamente perfeito, realizado em profundidade durante onze anos de pesquisa.


Posso afirmar sim, uma vez que tive o prazer de lê-lo por completo. O autor desenvolveu uma ampla pesquisa de campo, além da bibliográfica e documental. 

Autor deste livro José Bezerra Lima Irmão e o escritor João de Sousa Lima

Não conheço pessoalmente o Bezerra Lima, mas pelo que pude interpretar na leitura do seu livro, trata-se de um escritor que, na medida do possível buscou a "verdade verdadeira". Acredito Mendes, que esta segunda edição irá logo desaparecer das prateleiras das livrarias, e ele terá que partir para uma TERCEIRA ETAPA.

A 2ª edição continua sendo vendida através dos endereços abaixo:

josebezerra@terra.com.br
(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 
Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345
E-mail:   
lampiaoaraposadascaatingas@gmail.com 

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

http://araposadascaatingas.blogspot.com.br 

Atenciosamente,
Antonio Oliveira - Serrinha

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NO TEATRO ALBERTO MARANHÃO, RECEBENDO A MEDALHA DO MÉRITO DEÍFILO GURGEL

Recebendo da Governadora Rosalba Ciarline a Medalha do Mérito Cultural Professor Deífilo Gurgel – Foto – Eduardo Alexandre Garcia

A Secultrn/FJA realizou nesta quarta-feira, 17 de dezembro de 2014, a solenidade de Outorga da Medalha do Mérito Deífilo Gurgel, às 18h, no Salão Nobre do Teatro Alberto Maranhão. O mérito tem por objetivo reconhecer e valorizar o trabalho de pessoas que se destacaram na salvaguarda da cultura de tradição. 

O Mérito Deífilo Gurgel foi criado em 2013, durante as festividades do 3º Agosto da Alegria. O maior homenageado da solenidade da Medalha é o próprio Deífilo Gurgel, que dedicou anos de sua vida à pesquisa e promoção da cultura popular do Rio Grande do Norte.


Deífilo foi diretor de Promoções Culturais da Fundação José Augusto e presidente da Comissão Norte-rio-grandense de Folclore, além de ter lecionado a cadeira folclore brasileiro na UFRN, por 12 anos. Ele se orgulhava de ter “descoberto” a romanceira D. Militana, de São Gonçalo do Amarante, o mamulengueiro Chico Daniel e o mestre Manoel Marinheiro. Publicou vários livros sobre folclore.

Nesta 2ª edição da entrega da medalha, foram homenageados 12 nomes da cultura potiguar, entre artistas, estudiosos, gestores, pesquisadores e instituições, em cerimônia com a presença da Governadora do Estado Rosalba Ciarlini e da Secretária Extraordinária de Cultura Isaura Rosado. 


Entre os homenageados estão Cláudio Augusto Pinto Galvão, historiador e gestor público; Carlos André Lopes, cantor, compositor e produtor artístico; Gibson Machado Alves, professor, pesquisador e produtor cultural; Maria das Graças Cavalcante, presidente da Associação Potiguar do Teatro de Bonecos (APOTB); Tião Oleiro, mestre de Congo (Dança Popular); Paulo de Medeiros Gastão, pesquisador e idealizador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC); Rostand Medeiros, escritor e guia de turismo; Racine Santos, dramaturga, fundadora a Associação dos Dramaturgos do Nordeste. Ricardo Elias Ieker Canella, professor, doutor e pesquisador na área de culturas populares; e Roberto Lima, poeta, compositor e escritor. Na categoria Instituição, a homenagem vai para o Programa Biblioteca Para Todos, e na homenagem aos Brincantes, o Pastoril Dona Joaquina receberá a medalha de mérito. 


Programação segue às 19h, nos jardins do TAM, onde será lançado o livro Royal Cinema – Uma Valsa Centenária, de Claudio Galvão, nº 64 da Coleção Cultura Potiguar, com encarte de um CD da Valsa Royal Cinema, cuja renda será revertida para a Liga Norte-rio-grandense Contra o Câncer. Apresentações artísticas começam às 20h, com o espetáculo Quebra-Nozes da Cia. de Dança do Teatro Alberto Maranhão e Concerto da Orquestra Sinfônica do RN.

Apertando a mão da Secretária Extraordinária de Cultura Isaura Rosado, junto com o sub-secretário de agricultura do governo potiguar e ex-prefeito de Carnaúba dos Dantas, Valdenor Euclides

Muita honra receber esta medalha ao lado de um homem que para mim é um verdadeiro gênio – O Professor Claudio Galvão.

Junto a Iaperi Araújo, escritor, pesquisador e Presidente do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte

Aqui com o amigo Haroldo Pinheiro Borges, grande figura, grande simpatia, escritor de mão cheia e pesquisador de primeira.

Os grandes amigos maravilhosas figuras humanas, sertanejos, pesquisadores do cangaço Ivanildo Silveira e Nivaldo Pereira.

Com os velhos amigos Ricardo Sávio Trigueiro de Morais e Solon Almeida Netto.

Con mi gran amigo de Argentina, una gran persona y un estudioso de la historia de la Segunda Guerra Mundial. Gracias por su participación en este evento German Zaunseder.

Sem a família não somos nada!


Rostand Medeiros é natalense, escritor, historiógrafo e pesquisador do cangaço.

http://tokdehistoria.com.br/2014/12/18/no-teatro-alberto-maranhao-recebendo-a-medalha-do-merito-deifilo-gurgel/

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MEMORIAL DA RESISTÊNCIA DE MOSSORÓ A INVASÃO DE LAMPIÃO E SEU BANDO.

Mossoró é conhecida como a única cidade do Nordeste a expulsar Lampião com o seu bando, sem a ajuda das forças militares, e unicamente com a coragem e a participação do povo da cidade, que se armaram, e abateram um dos mais importantes membros do bando de Lampião, o cangaceiro chamado de Jararaca, na qual toda história está relatada nesse memorial, e a partir daí, a cidade ficou conhecida como a terra da resistência, vejam algumas fotos do memorial.

goprn.blogspot.com



ADENDO
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Apesar de ter sido o grande salvador da Pátria e defensor de Mossoró, Rodolfo Fernandes de Oliveira não era mossoroense. Nasceu na cidade de Portalegre, também no Estado do Rio Grande do Norte.  Idealizador da resistência contra o bando de Lampião em Mossoró. 

Infelizmente existe um grande desprezo ao nosso herói. Um homem que arquitetou e convocou os mossoroenses para juntos combaterem Lampião e seu bando de cangaceiros, e o que se ver, na representação chuva de balas, é que está mais ligada à admiração pelos facínoras do que para o grande defensor. Rodolfo Fernandes faleceu no dia 16 de outubro de 1927.

O artigo abaixo foi escritor pelo jornalista, historiador e pesquisador do cangaço: Geraldo Maia do Nascimento
  

Em 24 de Maio de 1872 nascia, em Portalegre (RN), Rodolfo Fernandes de Oliveira Martins, ex-comerciante e Prefeito de Mossoró.
               
Era ainda adolescente quando começou a trabalhar no comércio, na cidade de Pau dos Ferros. Posteriormente tomou um vapor e seguiu para o Amazonas, durante o período do primeiro ciclo da borracha, seguindo o caminho traçado por muitos outros nordestinos em busca de vida melhor. A viagem, por si, para uma região ainda selvagem, já demonstrava a bravura daquele jovem. Por sua inteligência e sagacidade, tornou-se chefe de grupos de seringueiros. Lá permaneceu por dois anos. Volta para o Rio Grande do Norte e vai trabalhar em Macau, que naquela época começava a despontar como grande produtora de sal marinho. Permaneceu por dois anos na Companhia Comércio, construindo salinas. Mudou-se para Mossoró aonde veio a consorciar-se em 1900 com Isaura Fernandes Pessoa, com quem teve quatro filhos: José, Julieta, Paulo e Raul, sendo, esse último, escritor, historiador e cientista de renome nacional. Trabalhou ainda na firma Tertuliano Fernandes&Cia, na construção de salinas, sendo o responsável pela implantação de motores a óleo, em substituição dos velhos e antiquados cata-ventos de puxar água, o que permitia melhor aproveitamento das marés. Em 1918 estabeleceu-se por conta própria na indústria salineira. Era a recompensa pela sua dedicação ao trabalho.
               
Numa cidade como Mossoró daquela época, um jovem empreendedor como Rodolfo Fernandes não podia ficar fora da política. Sai candidato e se elege Prefeito de Mossoró para o período administrativo de 1926 a 1928. E como Prefeito implantou um ritmo novo na administração municipal: calçou ruas, cuidou das praças, providenciou a planta topográfica da cidade, fincou marcos na área urbana, delimitando as avenidas e as ruas, planejou e aumentou a cidadela de Souza Machado, como escreveu um dia o historiador Vingt-un Rosado. Foi um grande administrador para Mossoró.
               
Naquela época a região Nordeste vivia momentos de intranqüilidades com a presença de grupos de cangaceiros roubando, matando e causando pânico por onde passavam. As cidades viviam a mercê dos bandoleiros, já que a presença de força pública era insignificante. Em 1927, no segundo ano do seu mandato, Rodolfo tomou conhecimento de que um grande grupo de cangaceiros estava planejando invadir Mossoró. À frente dos cangaceiros estava o famigerado Lampião, terror dos sertões. Era mister tomar providências rápidas. Um boato dessa monta não podia ser desprezado. Buscou, então, ajuda do Governo Estadual, pedindo reforço de tropa e armas. A resposta foi negativa. O Estado não podia ajudar. Restava, portanto, convocar o povo para uma guerra santa. Guerra civil, com a participação mínima de militares. Mossoró tinha muito a perder, se o ataque acontecesse. A cidade era rica, com uma agencia do Banco do Brasil, fábricas de óleo e de beneficiamento de algodão, um comércio que tinha influência não só no Oeste potiguar, como também em parte dos Estados do Ceará e da Paraíba. Tinham que resistir. Com paciência e humildade ganhou a confiança dos mossoroenses e tornou-se comandante das tropas de defesa.
               
Em 13 de junho de 1927 aconteceu o que já era esperado: Os cangaceiros atacaram a cidade. Foram rechaçados; viva a Mossoró! Viva ao Prefeito Rodolfo Fernandes.
               
Mas Rodolfo, tão forte e tão bravo na defesa de sua cidadela, era um homem doente. E o esforço com a batalha foi muito grande para ele. Morreu no dia 11 de outubro de 1927, na capital da República, para onde tinha sido levado logo que seu estado clínico agravou. Partiu sem terminar o seu mandato de Prefeito. Deixou como legado um exemplo a ser seguido pelas gerações futuras.
              
A cidade reconheceu o seu valor e demonstrou o amor que tinha pelo seu Prefeito, denominando de Rodolfo Fernandes a antiga Praça 6 de Janeiro, localizada no coração de Mossoró.

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:

Transcrito na coluna GERALDO MAIA, no jornal O MOSSOROENSE, edição do dia seis de junho de 2001-quarta feira.

http://oestenewsblog.blogspot.com.br/2009/04/rodolfo-
fernandes.html 

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