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sábado, 30 de março de 2024

DECRETADO LUTO OFICIAL

 Inesquecível Narciso Dias

É com imensa dor que temos o dever de comunicar o falecimento na manhã de hoje do companheiro de muitas jornadas , pesquisador sério e dedicado, oficial da polícia militar da Paraíba e amigo de todas as horas ; Conselheiro Cariri Cangaço e presidente do GPEC , Narciso Dias 🙏

Decretado Luto Oficial Cariri Cangaço por três dias.

Nesse momento unimos nossa Oração à querida esposa Catarina e a toda família enlutada, com a certeza que o espírito desbravador e a paixão pelo estudo do sertão e do Cangaço , tão fortes no inesquecível Narciso , permanecerá entre nós .

Em tempo comunicamos que o Cariri Cangaço Afogados da Ingazeira será realizado também em homenagem póstuma ao amigo Narciso Dias , sabedores de sua grande paixão pelo Cariri Cangaço .

Manoel Severo - Presidente

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MANOEL BENÍCIO

 Por Narciso Dias.

Manoel Benício da Silva, nascido em 17 de novembro de 1884 na cidade de Santa Luzia do Sabugi na Paraíba, Tenente-Coronel da reserva (falecido). Ingressou na Polícia Militar da Paraíba, logo como Aspensada em 1908 (antigo posto entre o soldado e o Cabo), o presidente do estado era o Dr. João Machado. Foi Delegado em quase todas as cidades do interior do Estado e desde o posto de Sargento comandou o banditismo no sertão do Estado. Sempre falou com euforia de suas constantes lutas contra os cangaceiros, que infestavam a Paraíba e o Nordeste na época de sua mocidade, e cada episódio é um motivo de glória pela sua tenacidade e coragem; porém não se sentiu realizado, apenas por não ter completado o rosário de 100 orelhas de bandoleiros. Com Lampião teve dezoito combates e em um deles chegou a brigar duas vezes no mesmo dia, foi na cidade de Princesa Isabel-PB, onde o Rei do cangaço perdeu dois de seus cabras: Jararaca e Coruja, sendo que esse Jararaca foi o primeiro integrante do bando e não o José Leite de Santana que morreu em Mossoró-RN.

Narciso Dias, Manoel Severo e Capitão Marins 

O Tenente-Coronel Manoel Benício alcançou quase todos os degraus hierárquicos da Polícia Militar sem possuir nenhum curso de especialização exigido para o oficialato de hoje; subia de posto pela sua inédita coragem pessoal. Em 1912 o então Sargento Benício à frente de 22 comandados encontrou um grupo de cangaceiros do Dr. Augusto Santa Cruz no município de São João do Cariri-PB, tal fato se deu por ele ter perdido a trilha no meio do mato. Usando de sua astúcia ao encontrar os cangaceiros foi logo dizendo: “Somos seus companheiros é que perdemos a trilha!” Enquanto isso o Cabo Damião avançava com onze homens fingindo ser do mesmo bando, em meio a conversa apareceu um negro forte que desconfiou da atitude do Sargento, gritou: São “macacos” e não amigos, ameaçando-o com um fuzil, então fez com que Benício tomasse uma atitude decisiva quando falou com serenidade, porém pronto para tudo: ”Sou o Sargento Benício, da força do tenente Raimundo Rangel”. E juntando a ação à palavra fulminou com um tiro o atrevido cangaceiro dando início a um intenso tiroteio, conseguindo sair ileso devido à debandada dos cangaceiros. Manoel Benício quando já estava com idade avançada e sofrendo a sexta intervenção cirúrgica mantendo o bom humor disse ao médico que o assistia: “Pode cortar doutor, pois todo tipo de operação eu já fiz sem nunca ter sido médico”.Numa apreciação mais rigorosa, em qualquer tempo se poderá verificar que naquela época do trabuco não havia muita diferença entre cangaceiros e policiais, não somente no modo rústico de guerrear, mas porque tanto uns como outros pouco sabiam o significado da palavra “crime”. Manoel Benício ganha posição de destaque entre os bravos militares combatentes do cangaceirismo na Paraíba. Esse estado de tranqüilidade passou, mas não passará tão cedo a preocupação dos estudiosos do assunto em pesquisar com profundidade esses fatos que se transformaram em fenômeno social na história do nordeste brasileiro.

NARCISO DIAS
Sargento da Polícia Militar da Paraíba
Conselheiro do Cariri Cangaço
Fonte: “CANGACEIRISMO DO NORDESTE”
Autor: Antonio Barroso Pontes

http://cariricangaco.blogspot.com/2011/12/manoel-benicio-pornarciso-dias.html

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REVENDO O SAUDOSO PESQUISADOR DO CANGAÇO TENENTE NARCISO DIAS.

 Por Narciso Dias.

Narciso Dias e Senhor Atanásio

Amigo Severo, em viagem no mês de junho a Sergipe onde tenho parentes e também onde mora o amigo Kiko Monteiro, fomos convidados por um professor da cidade de Adustina-BA, Salomão Santos, quando o mesmo nos falou da existência de dois senhores remanescentes da época do cangaço. Chegando lá, no dia 02 de julho de 2013, fomos à procura dos mesmos e localizamos os cidadãos. 

Os senhores são: Sr. Atanásio Gregório dos Santos, de 111 anos, nascido no dia  05 de fevereiro de 1902, em Cel. João Sá - BA; muito lúcido e o único problema é com a visão, o mesmo está cego há seis anos mas a memória é extraordinária, lembra com riqueza de detalhes dos contatos que teve com os cangaceiros na década de 30. O outro é o Sr. Diomédio Martins dos Santos de 93 anos, que sofreu violência física do bando de Ângelo Roque; o Labareda; e nos conta o episódio com riqueza de detalhes.

 Kiko Monteiro e os remanescentes de uma época...

Fizemos uma entrevista com ambos, em áudio e vídeo que devido ao tamanho não tem como enviar por e-mail lhe repassarei pessoalmente para publicarmos em nosso blog do Cariri Cangaço. Também localizamos uma cunhada do cangaceiro Saracura e uma foto inédita do seu casamento. E tem mais; localizamos o local onde o cangaceiro Sabonete ll foi morto quase na divisa de Sergipe e Bahia, segue algumas fotos que tiramos no local.

Grande abraço a toda família Cariri Cangaço
Narciso Dias.
Presidente do GPEC - Conselheiro Cariri Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com/2013/08/vaqueiros-da-historia-nas-trilhas-do.html

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SINHÔ PEREIRA, UM RESUMO DA HISTÓRIA

Por Beto Rueda

Influência política e posse de terras eram os principais pontos de conflito entre famílias tradicionais e colonizadoras na região do Pajeú do sertão nordestino.

Oriundo de um importante clã do semiárido, descendente de Andrelino Pereira da Silva o Barão de Pajeú, Sebastião Pereira da Silva (Sinhô Pereira), nasceu em Vila Bela Pernambuco(hoje Serra Talhada), no dia 20 de janeiro de 1896. Filho de Manoel Pereira da Silva e Constância Pereira da Silva.

Durante um longo período, os Pereira estavam envolvidos em disputas acirradas com outros grupos políticos e econômicos da região, em especial a família Carvalho. Esses conflitos desencadearam em uma série de assassinatos e desmandos. Algumas dessas mortes, em especial a do irmão de Sebastião, Né Pereira, fizeram com que ele e o primo Luiz Padre fossem atrás de vingança contra a impunidade, pelo cangaço, em 1916.

Sinhô Pereira formou um grupo que costumava atuar principalmente em Pernambuco. Rapidamente ganhou destaque na atuação em batalhas, por sua coragem e habilidades de guerrilha.

Mesmo com fama de justiceiro, Sebastião não se sentia bem à margem da lei. Isso o levou a se afastar do cangaço por um tempo, em 1918, e buscar uma vida comum. Aconselhado por parentes e com uma carta de recomendação do padre Cícero para um trabalho no Maranhão, sua intenção era refazer a vida em Goiás. Partiu do Barro, Ceará, onde morava, com o primo Luiz Padre e mais seis homens de confiança. No Piauí, nas imediações de Caracol, foi perseguido pelo tenente Zeca Rubens. Sem conseguir reagir pois as armas estavam guardadas nas malas, escapou de ser preso. Na confusão, os dois primos resolveram se separar. Luis Padre e mais dois companheiros atingiram o Estado de Goiás. Sinhô Pereira sem conseguir atravessar, perseguido novamente e perdendo o companheiro Caracol, enfurecido, resolveu voltar para Pernambuco.

Estabelecido novamente na sua terra natal, reuniu o grupo com 23 cabras e voltou a agir como antigamente.

Os Ferreira(Antônio, Levino, Virgolino) e Antônio Rosa, procuraram Sinhô Pereira e se incorporaram ao bando. Foi um assombro, praticaram muitas ações juntos. Sinhô ficou impressionado com a inteligência e o espírito de liderança de Virgolino.

Acossado por todos os lados, arquitetou e determinou a execução de uma última empreitada na Paraíba: o ataque ao povoado de Jericó em Catolé do Rocha e o assalto a três coronéis: Valdevino Lobo(fazenda Dois Riachos) Adolfo Maia(Curralinho) e Rochael Maia(Arruda). Roubaram muito dinheiro e ouro.

Em 08 de agosto 1922, Sinhô Pereira decidiu abandonar definitivamente a vida errante do cangaço. Acompanhado dos cangaceiros Vicente e Lavandeira partiu para Dianópolis (na época em Goiás, hoje Tocantins). Seu primo Luiz Padre o esperava. O grupo composto por Antônio Ferreira, Levino Ferreira, Gato, Elias, Antônio Rosa, Meia Noite, Coqueiro, Plínio, Bem te Vi, Patrício, Raimundo, Agostinho, João Genoveva, Pedrão, Zé Dedé, José Melão, Laurindo, João Mariano, Antônio Mariano, tinha um novo comandante: Virgolino Ferreira, o Lampião. Apagava-se uma fogueira e acendia-se outra.

Muitos anos a frente, estabeleceu morada em Minas Gerais: Patos de Minas, Mata dos Fernandes e Lagoa Grande. Trabalhava nessa época como farmacêutico e atendia pelo nome de Chico Maranhão.

Depois de muitas histórias em terras do cerrado e montanhas, Sinhô Pereira retornou ao Pajeú somente em junho de 1971, para visitar os familiares em Serra Talhada.

Faleceu de causas naturais no dia 21 de agosto de 1979, no distrito de Lagoa Grande, município de Presidente Olegário, aos 83 anos.

Terminava ali a jornada do velho cangaceiro que um dia foi o comandante de Lampião.

REFERÊNCIAS:

MACEDO, Nertan. Sinhô Pereira: o comandante de Lampião. 2.ed. Rio de janeiro: Renes, 1980.

SOUZA, Anildomá Willans de. Nas pegadas de Lampião. Serra Talhada: Esdras Graphic, 2004.

ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de; ARAÚJO, Carlos Elydio Corrêa de. Lampião: herói ou bandido? São Paulo: Claridade, 2009.

ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. Lampião: segredos e confidências do tempo do cangaço. 3.ed. São Paulo: Traço, 2011.

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NARCISO DIAS FOI PARA O PAI CELESTIAL!

 Por Robinho Lima


Eita, amigo Narciso Dias...

Essas coisas da vida pegam a gente de supetão.

Nunca vamos nos acostumar com a morte.

Deus te coloque em bom lugar.

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FALECIMENTO..! NARCISO DIAS..

Por Volta Seca

Encantou-se, hoje, em João Pessoa, por volta das 5h00, vítima de ataque cardíaco fulminante, o nosso amigo e moderador deste grupo, o Ten. NARCISO DIAS.

A direção desse grupo LCN, se solidariza com todos os familiares enlutados com a grande perda....amém.

ADENDO:

"Mais um cangaceirólogo se foi! Mas a vida é assim mesmo. Um dia todos nós iremos para a casa do Senhor. A estrada poderá ser outra, mas o caminho será o mesmo que você foi, tenente Narciso Dias! Deus ficará esperando a sua chegada ao seu reino. Como o caminho é longo, poderá até demorar, mas Deus te aguarda".

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MINHAS AVES-MEUS ARTISTAS

Autor: José Di Rosa Maria

1
O sabiá ritmista
Que tanto alegra o sertão,
Foi nomeado por mim
De Luiz Rei do Baião;
Pela voz, pelo talento
E por tanta inspiração.
2
O Xexéu-de-bananeira
Que tem um canto atraente,
O batizei de Lindu,
Um forrozeiro decente,
Que no Trio Nordestino
Deu muita alegria a gente.
3
O Azulão cantador
Que no pé de Mororó
Canta colocando dobras
Na voz que sai do gogó,
O chamei de Assisão,
O campeão do forró.
4
O Carão, nosso profeta
Que no inverno abre o bico,
Cantando melodioso
Num frondoso pé de angico,
Pedi permissão a Deus
Pra lhe chamar de Zé Rico.
5
A Seriema que canta
E encanta o camponês,
Com orgulho dei pra ela
O nome de "Marinês"
Pelas coisas que cantou
E o sucesso que fez.
6
Nossa "Casaca de couro"
Que olhando o infinito
Canta cheia de cadência
No pé de serra esquisito,
Chamei de "Elba Ramalho"
Por tanto cantar bonito.
7
E o Galo de campina
Que molhado de sereno,
Canta como uma mãe canta
Pra seu caçula pequeno,
Pela beleza do canto,
Chamei de Bartô Galeno.
8
Nosso "Canário da terra"
Que tanto chama atenção
Com a doce melodia
Que tem na sua canção,
Resolvi lhe dar o título:
De Elino Julião.
9
A "Graúna" cantadeira ,
Que voa por toda banda,
Que distrai o sertanejo
Que pelo baixio anda,
O seu nome de artista,
Botei, Roberta Miranda.
10
O "Corrupião" por ser
Um autêntico seresteiro
E cantar desafiando
O aboio do vaqueiro,
Dei pra ele de presente:
O nome, "Alcymar Monteiro".

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RELÍQUIAS DO CANGAÇO EM CALUMBI-PE

 Por O Caçador de Histórias

https://www.youtube.com/watch?v=VzhmeI3iNdE&ab_channel=OCA%C3%87ADORDEHIST%C3%93RIAS

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ASTRUD GILBERTO

Por Conrado Matos

Nesta Sexta-feira,, 29 de Março de 1940, a cantora baiana de Bossa Nova, Astrud Gilberto @Astrud Gilberto_ , se estivesse viva, completaria 84 anos. Astrud nasceu em Salvador. Foi a primeira esposa de João Gilberto. O casal, além de Antônio Carlos Jobim, levara a Bossa Nova para o mundo. Astrud com sua lindíssima voz conquistou fãs pelo mundo inteiro e ganhou um Grammy. Parabéns a essa genial cantora. Tiro meu chapéu. Astrud Gilberto - Verve Records

Texto de Conrado Matos - Psicanalista,

Poeta, Escritor e Compositor.

Salvador, Bahia, Brasil.

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=pfbid05VMtDyMSj7uy9rRh8fZuW44JMSJCm2bnffH1hoEikJU3LpE7UdGBqJktZTUqZabDl&id=100005696808637&comment_id=913839653819297&reply_comment_id=953983159642122&notif_id=1711787375570020&notif_t=mentions_comment&ref=notif

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A VIOLÊNCI4 "OFICIALIZADA" DOS "CANGACEIROS" DE FARDA NOS SERTÕES DO NORDESTE NA ÉPOCA DO CANGAÇO.

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=0Zzlv5J3Fm0&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Engana-se aquele que pensa que mortes, roubos e demais espécies de crimes eram cometidos apenas pelos cangaceiros. Muitos policiais utilizando-se do escudo da "lei" agiam ao bel prazer, mat4ndo, roubando, estupr4ndo e praticando todo o tipo de desordem nos sertões, com a plena convicção que não seriam punidos pela "justiça" predominante na época, salvo exceções. Essa história que será contada nesse vídeo é apenas umas entre as tantas outras que aconteceram nos sertões nordestino, tendo como principais vítimas as pessoas humildes e indefesas e como protagonistas aqueles que deveriam defender e zelar pela sociedade. Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. Colaborem com o crescimento e com as melhorias do canal. Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacologia   INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações e publicações. Forte abraço! Atenciosamente: Geraldo Antônio de S. Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia, Cangaceirismo e cultura nordestina e Arquivo Nordeste.

https://www.youtube.com/watch?v=0Zzlv5J3Fm0&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

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A AÇÃO DO MAJOR THEOPHANES EM COMBATE QUE SAIU FERIDO LAMPIÃO

Por Daniele Cardoso. 

O major Teófanes Ferraz Torres ao lado do dr. Euríco de Souza Leão (de branco), chefe de polícia ao sertão de Pernambuco, em Belmonte (janeiro de 1928). De pé, o tenente volante Arlindo Rocha – Foto: Reprodução

Pesquisa feita pelo Historiador Valdir José Nogueira de Moura

Sobre esse fato publicou o Jornal do Recife, ed. 93, p.4, de 22/4/1924:

“De Vila Bela – Ninguém seria capaz de avaliar a surpresa e a sensação causadas à população vilabelense pelo grande acontecimento que ora empolga o sertão…

Narremos o fato:

No dia 17 do p. p. o major Theophanes Torres, acompanhado de 19 praças, partiu desta cidade com destino a Belmonte, de onde pretendia sair em diligência para diversos pontos.

Chegando naquela cidade soube que diversos grupos de cangaceiros estavam em “Lagoa Vieira” deste município, lugar muito conhecido – como centro de operações banditinas, por conseguinte foco dos bandidos; então em Belmonte o dito oficial aumentou a sua força com 14 praças do respectivo destacamento daquela cidade, e seguiu sem perda de tempo em direção aquele local onde se encontravam os cangaceiros.

Solícito e valente como sempre, o destemido oficial, querendo zelar o seu nome, aliás já feito e conhecido entre nós mas uma questão de sã moral do que por vaidade ou fantasia tinha em mira o cumprimento do dever, isto é, ardia em desejos de brigar com o famigerado Lampião, foi assim que no dia 23 do mês aludido, o intrépido comandante das forças volantes sustentou renhido combate com Lampião e seus sequazes.

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A operação foi realizada no mesmo caminho de “Lagoa Vieira” pelo espaço de uns 25 minutos mais ou menos, resultando saírem feridos gravemente um tal “Maçarico” e Lampião, e o cavalo em que este último cavalgava fora morto no combate.

Esse tal “Maçarico” é um cangaceiro terrível, dizem que ele é o factótum do Lampião.
Após a luta os bandidos fugiram espavoridos pelo serrado da caatinga deixando entre outros objetos, um bornal muito enfeitado contendo 360 balas de rifle.

Mas confiante na ação e no valor que seus soldados demonstraram por ocasião da luta, o major Theophanes não desanimou com a fuga dos facínoras ao contrário, seguiu-lhes ao encalço, perseguindo-os continuadamente até as proximidades do lugar Barro, servindo-lhe de guia a pista do sangue que os bandoleiros iam deixando pelos caminhos ora por dentro, ora por fora da caatinga.

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Quando ele ia chegando no lugar Barro que dista uma légua de “Lagoa Vieira” e doze desta cidade, caiu numa emboscada onde sustentou novo tiroteio contra os malfeitores, saindo feridos gravemente o anspeçada Manoel Amaro de Souza e o soldado Manoel Gomes de Sá, e levemente o soldado João Demétrio Soares.

Calcule o público as numerosas dificuldades com que lutou o major Theophanes na luta da emboscada em que foram feridos os seus soldados, em que afinal os bandidos apavorados com a energia dos mesmos e a tenacidade do oficial tiveram de fugir novamente, tornando-se impossível continuar a perseguição em vista das faltas de recursos, já para tratar dos feridos, já para transportá-los convenientemente a esta cidade.

Assim, sob as vistas cuidadosas do distinto oficial os feridos foram transportados para aqui. E tudo isto foi suportado numa caminhada de 12 léguas com resignação, coragem e valor incontestáveis.

O mais interessante de todo esse feito é que, o major Theophanes só viera a saber que tinha combatido com Lampião depois de toda a luta, porque uma mulher residente no Barro, lhe afirmara ter visto passarem correndo dos fugitivos Lampião, Maçarico e Meia-Noite e outros todos conhecidos da informante.

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Portanto parabéns ao major Theophanes e aos seus valentes soldados.”

Detalhes sobre a foto e seus personagens

Foto: O major Teófanes Ferraz Torres ao lado do dr. Euríco de Souza Leão (de branco), chefe de polícia ao sertão de Pernambuco, em visita à cidade de Belmonte em janeiro de 1928, quando da inspeção ao Sertão pernambucano. De pé, o tenente volante Arlindo Rocha. O major Teófanes era considerado uma verdadeira lenda no seio da corporação em que atuava. O mesmo havia se notabilizado pela prisão do famoso cangaceiro Antônio Silvino no ano de 1914.

 https://faroldenoticias.com.br/a-acao-do-major-theophanes-em-combate-que-saiu-ferido-lampiao/?fbclid=IwAR02rML1T4nJDprp5ZzTgFIYRxvFxE8xEwv0xQVgVYC_g4Esfdbx2k4LZ4I_aem_AQKzLiC4tJes73cpNiin0anE5J_wEftMySi7rXVIse7TUFkFRjRPj5x0jlrCae_SAlkkMdZ71nbdVndHwqHURhy_

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𝐒𝐔𝐁𝐆𝐑𝐔𝐏𝐎𝐒

Jaozin Jaaozinn

Tendo os subgrupos, Lampião não ficaria tão "sobrecarregado" e não gastaria tanto para manter o seu bando, além também de facilitar para despistar as forças policiais (tática já utilizada no período da década de 1920).

Nos anos 1930, especificamente entre 1931 para 1932, começou a criação dos subgrupos. Segundo consta, o primeiro foi o de Corisco, quando este teve uma certa discussão com o cangaceiro menino, o famoso Volta Seca, onde veio se separar do bando de Lampião e atuar em outras regiões do nordeste, como boa parte da Bahia. Depois dele, vieram outros grupos, tanto famosos quanto pouco conhecidos, sempre participando de combates e invasões registradas na história cangaceira. Alguns "comandantes" sobreviveram e morreram de velhice, outros padeceram durante a campanha contra o cangaceirismo.

Dito isso, separei os principais chefes de subgrupos que atuaram entre os anos de 1930 até 1940:

1- Criança;

2- Português;

3- Pancada;

4- Balão;

5- Luiz Pedro;

6- Mané Moreno;

7- Gato;

8- Canário;

9- Moreno;

10- Corisco;

11- Cirilo de Engrácia;

12- Moderno;

13- Moita Brava;

14- Jurema;

15- Zé Baiano;

16- Azulão;

17- Labareda;

18- Zé Sereno;

19- Mariano;

20- Fortaleza;

21- Serra Branca.

𝑨𝑪𝑬𝑹𝑽𝑶 𝑫𝑰𝑮𝑰𝑻𝑨𝑳: 𝑪𝑨𝑵𝑮𝑨𝑪̧𝑶 𝑩𝑹𝑨𝑺𝑰𝑳𝑬𝑰𝑹𝑶.

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