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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

OS GRANDES HOMENS NUNCA MORREM

 Por José João Souza

Foto do compositor Zé Dantas parceiro de Luiz Gonzaga

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QUEM FOI LAMPIÃO?

 Por Nas pegadas da História

https://www.youtube.com/watch?v=2airntXy2Zw&ab_channel=NASPEGADASDAHIST%C3%93RIA

NAS PEGADAS DA HISTÓRIA

Uma história detalhada de Virgulino Ferreira (Lampião), e de sua vida no cangaço. DIVERSOS LIVROS EM PROMOÇÃO!!!!! CONHEÇA NOSSA LIVRARIA ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://jflavioneres-nph-livraria.fre...

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LAMPIÃO REI DO CANGAÇO, VÍDEO REAIS COM MONTAGEM DE SOM

 Por Josenildo

https://www.youtube.com/watch?v=eBBQReNSw00&ab_channel=JOSENILDO

JOSENILDO

Amigo: esse vídeo é uma copia original do vídeo que tá hospedado no youtube,essa montagem de som foi uma ideia minha.na descrição do vídeo diz que o vídeo é original com efeito de som, e não com som original.

Música neste vídeo

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Música

Lampeão da Morte

Artista

Zé Tapera & Teodoro

Licenciado para o YouTube por

SME (em nome de Sony Music Entertainment); LatinAutorPerf, UNIAO BRASILEIRA DE EDITORAS DE MUSICA - UBEM

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CORONEL PEDRO ALVES DA LUZ QUANDO ESTE FOI ACUSADO DE SER PROTETOR DE LAMPIÃO

 Por Valdir José Nogueira de Moura

Em meados do mês de julho do ano de 1927, um indivíduo por nome Francisco Ramos, cuja alcunha “Mormaço”, depois de uma farra em um samba, no lugar Baixio dos Ramos, no município de Araripe (CE), feriu com um tiro um seu tio, sendo em seguida preso e conduzido à cadeia da cidade do Crato, onde prestou seu depoimento. O referido preso tratava-se de um dos mais célebres bandidos de Lampião, que havia há bem poucos dias abandonado o grupo do famoso cangaceiro, na sua triunfal excursão, quando este, deixando o Ceará, seguiu para Pernambuco.

 Francisco Ramos de Almeida 
vulgo "Mormaço"

O cangaceiro “Mormaço” fez a polícia do Crato, minuciosa descrição de sua vida, e de par com ela, trouxe abundantes elementos para a história do combate ao banditismo no Nordeste. O seu depoimento é impressionante. Porém, serão verdadeiras as informações do bandido? Ninguém mais pode assegurar. Em todo caso, o seu longo relato foi publicado em jornais da época. O “Jornal do Recife” publicou o curioso depoimento em duas edições seguidas.

A edição desse jornal de nº 211 de 13 de setembro 1927, publicou a primeira parte do depoimento, Clique aqui e confira sendo que em um dos trechos, o bandido desassombrado contou: “que o coronel Pedro da Luz, morador na fazenda Barrinha, município de Belém de Cabrobó, e próximo a Serra do Umã, cerca de uma légua, muito protege Lampião, fornecendo munição e ocultando o grupo na mesma serra, em lugar dele conhecido, desviando por todos os meios a pista do grupo; que o mesmo coronel recebe de Lampião dinheiro a título de gratificação pelos serviços prestados...”

 Coronel Pedro Alves da Luz

Diante dessa tremenda acusação, e em decorrência também de outros boatos maldosos contra o tenente-coronel Pedro Alves da Luz, prefeito do Município de Belém de Cabrobó, [1922 a 1926,] que diziam ser o mesmo mais um protetor e coiteiro de Lampião, em 1928, o Conselho Municipal daquela cidade votou uma honrosa moção de solidariedade ao dito coronel e que foi publicada no jornal “A Província (PE)”, Ed. 128, do sábado, 2 de junho de 1928:

“Aos dezenove dias do mês de maio do ano de mil novecentos e vinte e oito, às 10 horas da manhã, no Paço do Conselho Municipal desta cidade de Belém de Cabrobó em sessão extraordinária, sob a presidência do tenente-coronel Jerônimo Pires de Carvalho, compareceram os cidadãos Inácio de Sá Araújo, Odilon Alves de Carvalho, Licínio Lustosa de Carvalho Pires e Aristides Alves de Carvalho Barros, conselheiros municipais, e sendo primeiro exposto o motivo da presente sessão que é apresentar ao Sr. Prefeito deste município o tenente-coronel Pedro Alves da Luz uma moção da mais inteira solidariedade erguendo assim o mais cabal protesto contra as infâmias e baixas calúnias que em torno do seu honrado nome se tem levantado ao foro de Vila Bela onde segundo consta, se lhe tem dado como coiteiro e protetor de Lampião, e por isto este Conselho não podendo e nem devendo absolutamente calar-se diante de tão torpe e revoltante injustiça feita ao Digno Chefe do Poder Executivo Municipal, apressa-se em vir por todos os seus membros, abaixo assinados, e satisfeitas as formalidades do estilo, dar o necessário e conveniente desmentido a tão aviltantes e injustas calúnias, obra sem dúvida de algum ou alguns mesquinhos desafetos do digno prefeito.

Para quem conhece de perto o tenente-coronel Pedro Alves da Luz, não há necessidade de dizer quem ele o seja, pois as suas maneiras de fino trato e relevantes serviços prestados a sociedade em geral, o tem sempre desde muito, revelado como um dos cidadãos mais digno, respeitável e útil deste município que muito lhe deve; umas como em outras localidades onde não é ele ainda conhecido, pequenos e injustos desafetos se lhe tem feito caluniosas acusações, cumpre para melhor desmentido a tais acusações que se põem em relevo o seu proceder, relacionando em síntese ao menos uma pequena parte dos seus serviços que tão abnegadamente pelo bem geral tem prestado à causa pública, fazendo para isso referência dos mais recentes, afim de que as pessoas de bem possam julgar como merece, assim verificar que se trata de um cidadão prestimoso e não um coiteiro e protetor de bandidos, vem pois o Conselho Municipal pela voz de seus membros, apresentar a presente moção para assim repelir as baixas calúnias que lhe tem injustamente assacado, se sente também no dever sagrado de reunir a esta, embora em resumo alguns traços da vida de tão conspícuo cidadão.

O tenente-coronel Pedro Alves da Luz, desde sua mocidade prestou relevantes serviços não só de natureza material como moral, a sociedade, quer aqui quer em outros municípios onde anteriormente residiu, sendo porém suficiente relembrar dentre os méritos que tem prestado a este município como simples cidadão ou como homem público, em cujo caráter se acha atualmente investido, e nesta qualidade tem sido a sua administração uma das mais fecundas e prósperas conforme se ver dos diversos melhoramentos do município, o que não vem a caso enumerar. Quando há anos veio fixar sua residência neste município, vindo de Triunfo, onde exerceu com brilho o cargo de delegado de polícia, procurou a zona que mais se prestasse a agricultura e ai, conseguiu com um trabalho assíduo e inteligente converter as suas terras em fontes de riquezas para o Estado e o Município.

Dizer-se então que o tenente-coronel Pedro Alves da Luz protege a Lampião é uma calúnia, pois muito pelo contrário ele procurou auxiliar sempre a ação do governo contra o tão terrível grupo, como prova disto se deduz de muitos fatos, como por exemplo, do seguinte: Somente depois que Lampião aumentou o seu grupo foi que teve que entrar 3 vezes neste município, passando por duas vezes na Barrinha, residência do tenente-coronel Pedro Alves da Luz, isto porém ligeiramente, sendo que da primeira vez por ali passara no caráter de capitão de um “Batalhão Patriota do Ceará” e em tal caráter chegou a 3 léguas de distância desta cidade, de onde mandou passar telegrama.

E da segunda vez, tendo as suas ordens 89 bandidos, e então por isso o tenente-coronel Pedro Alves da Luz para não se expor às iras de tão temível facínora, uma vez que em coisa alguma se achava disposto a compactuar com ele, e por sua vez, não tendo elementos para reagir contra numeroso grupo, imediatamente retirou-se para esta cidade, de onde transportou-se para o povoado de Abaré do Estado da Bahia, só voltando a sua fazenda depois que passou o Estado de Pernambuco a ser governado pelo exmo. Sr. Dr. Estácio Coimbra, quando começou também mais ativa a perseguição ao banditismo.

E desde então o tenente-coronel Pedro Alves da Luz, decidiu-se com mais ânimo, a auxiliar neste sentido a ação do governo, e uma das provas disto, está nos meios que facilitou ao volante Domingos Nogueira, para com outras pessoas de Riacho Pequeno, dar combate a Lampião se este com seu grupo tentassem atacar aquele povoado como sucedeu, e de que então resultou a morte de dois bandidos devido a tática e coragem do mesmo Domingos Nogueira, que neste tempo ainda não estava incorporado como praça, e os recursos de que dispunha para a luta lhe era fornecido pelo mesmo tenente-coronel Pedro Alves da Luz.

Quando após a chacina de Favela em Floresta, Lampião fingindo-se subir para atravessar neste município, voltou na direção do norte passando em Conceição das Crioulas, e indo abater gados no Olho d’Água, no pé da Serra do Umã, município de Floresta.

Foi o tenente-coronel Pedro da Luz quem logo ao saber da sua estada naquele local, veio a auto avisar ao delegado de polícia, tendo além disso posto a disposição seu carro ao cabo Manoel Ribeiro para este ir ao encontro do cabo Manoel Neto, comunicar o paradeiro do mesmo Lampião, e como este, muitos outros fatos poderíamos citar.

Nada mais se precisa adiantar para a demonstração cabal da completa falta de fundamento de espíritos perversos ou irrefletidos, tem injustamente assacado contra a reconhecida reputação do prefeito deste município, tanto mais quanto a sua honra, está a cavalheiro, de qualquer infâmia de que se lhe atenta atirar.

E depois de ser lida e datada, conforme, foi por todos assinada. Para constar eu José Carvalho de Sá Roriz, secretário o escrevi.”

Da tradicional e numerosa família Carvalho, o tenente-coronel Pedro Alves da Luz foi nascido no município de São José do Belmonte, na fazenda Gameleira, sendo o primogênito do casal major Antônio Alves da Luz e dona Maria Francisca de Barros, esta irmã do Padre José Pires dos Santos Barros.

Grande fazendeiro, o tenente-coronel Pedro da Luz, além da fazenda Barrinha onde residia, localizada entre os municípios de Belém do São Francisco e Salgueiro, era proprietário de muitas terras na região, onde mantinha avultada quantidade de rebanhos de gado bovino e de corte.

Era um homem muito rico, de grande prestígio, bom caráter e muito respeitado, possuindo também uma infinidade de compadres e comadres, em virtude da quantidade de crianças de que foi padrinho em toda aquela região, tendo algumas, adotado o seu sobrenome “Luz” como homenagem. Ainda no tempo que residiu em Triunfo, chegou a exercer naquela cidade os cargos de delegado de polícia e literário.

Como político, exerceu os cargos de conselheiro municipal e prefeito de Belém de Cabrobó.
Foi casado com dona Afra Florisbela Pires Cantarelli. O casal não deixou filhos.

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SEU CARRITO E O OVO DA JUMENTA

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.409

Já falei aqui sobre o personagem da minha terra, Carlos Gabriel, o Seu Carrito. Bodegueiro na Rua Antônio Tavares, muito prosperou no seu negócio com bodega bem sortida, bastante elegância e educação. Magro, aprumado, chapéu de massa, fala mansa e compassada, bigode sem exagero e muito querido ali naquelas redondezas. Gostava da fazer folclore em tempo de Semana Santa, quando promovia o pau-de-sebo e a casa-de-urtiga, no terreno baldio defronte a bodega onde hoje é a casa do, então, prefeito Paulo Ferreira. No salão do seu estabelecimento de esquina, sempre tinha pessoas palestrando. Carrito alimentava essas palestras, quando havia pausas entre as compras da sua clientela.

O comerciante gostava de contar histórias das administrações passadas, de Santana do Ipanema, dos bairros, da cidade... Era uma espécie de historiador local, para uma plateia, infelizmente, analfabeta em maioria. Foi através dessas palestras que escutei ali quando rapazinho, sem saber que no futuro estaria reproduzindo em livro os ensinamentos do querido bodegueiro. Posso exemplificar sobre o histórico da igrejinha de São Pedro, nossa vizinha da Rua e Bairro São Pedro. Caso soubesse do meu futuro como escritor e historiador da terra, teria obtido livro completo sobre nossa cidade, mas é proibido prever o dia de amanhã.

Nas imediações da bodega, já na rua de baixo, chamada Rua de Zé Quirino (construída por ele, o Quirino), morava uma cliente da bodega, fofoqueira de ofício. O que via, o que quase via, o que nada via, “espalhava aos quatro ventos”, como reza o ditado popular. Por isso ou por aquilo andou boatando coisas. Nunca procurei saber o quê. Carrito, não querendo ser direto e grosso com a cliente, aproveitou uma daquelas palestras em que a cuja estava presente e disse para todos com muita seriedade: “Tinha uma jumenta lá no sítio Sementeira (estação experimental do governo) que botava ovos semelhante às galinhas...”  Ninguém entendeu nada, nem indagou, inclusive eu que estava presente.

Só muito depois fui raciocinar e compreender que Seu Carrito dava uma lição na mulher presente, tiraria à prova da sua língua ferina quando ela espalhasse a conversa da jumenta da Sementeira.

Carrito, além de historiador, aplicava assim seus dotes da psicologia.

Obs. Somente depois das bodegas, vieram as mercearias, maiores e mais sortidas.

PAU DE SEBO. (FOTO: DIVULGAÇÃO/SEJAL)



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O FOGO DA PIÇARRA E A MORTE DE SABINO NOS GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO

 Por Manoel Severo

Hoje, os Grandes Encontros Cariri Cangaço nos traz mais um episódio marcante da historiografia do cangaço no Estado do Ceará. Um ou outro desavisado poderia imaginar que não houve presença forte do cangaço no Estado cearense, ledo engano, aqui por nossas bandas, mas especificamente na região do cariri, sul do Estado, tivemos a presença marcante do cangaço através de personagens emblemáticos notadamente dentro do ciclo de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião. Poderíamos citar o Coronel Santana da Serra do Mato, o Major Zé Inácio do Barro, o Coronel Isaias Arruda de Missão Velha dentre outros, sem falar num dos mais importantes ícones desse recorte do momento histórico que estudamos: seu Antônio Leite Teixeira, o conhecido “seu Toim da Piçarra”; personagem principal de nosso artigo de hoje com destaque para o famoso “Fogo da Piçarra” aonde viria a perder a vida o lugar-tenente do rei do cangaço, Sabino das Abóboras em 27 de março de 1928. Seu Antônio da Piçarra passou de anjo a demônio diante do rei vesgo de Vila Bela.

A Fazenda Piçarra localiza-se no município de Porteiras, extremo sul do estado do Ceará, a 570 km da capital Fortaleza. A Piçarra está encravada na região limítrofe entre os estados do Ceara, de Pernambuco e da Paraíba, portanto extraordinariamente bem localizada do ponto de vista estratégico, pois se configurava como ponto de passagem constante de mascates, almocreves, viajantes e... Grupos cangaceiros. Ali é o lar da família Leite Teixeira, berço de seu Antônio Leite Teixeira, o Antônio da Piçarra. Terra boa, propícia para a agricultura e pecuária, na Piçarra de seu Antônio havia um engenho de cana de açúcar, um grande rebanho de gado, tanto bovino como ovino, cavalos e burros para a lida diária, muita água, enfim, um paraíso sertanejo encravado entre os municípios cearenses de Porteiras, Brejo Santo e Jati. 

A Fazenda Piçarra também veio a ser palco de um dos episódios mais marcantes do cangaço de Lampião: O Fogo que seguiu com a morte do cangaceiro Sabino Gomes em março de 1928. Para contar a saga de Seu Toim da Piçarra e o enigmático cerco e morte de Sabino, Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, recebe o pesquisador Wilton Santana Filho, neto que foi criado por Antônio da Piçarra e seu confidente ao longo de anos, tudo isso nesta sexta, dia 30 as 20 horas no canal do You Tube do Cariri Cangaço. 

Grandes Encontros Cariri Cangaço - O Fogo da Piçarra e a Morte de Sabino, nesta sexta-feira, dia 30 de outubro as 20 horas.

https://cariricangaco.blogspot.com/2020/10/o-fogo-da-picarra-e-morte-de-sabino-nos.html

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O HORROROSO RESGATE DA AMADA.

Por João Filho de Paula Pessoa

Em 1936 o sub-grupo do Cangaceiro Gato, foi atacado na Fazenda Picos/Al, pela volante do ten. João Bezerra, no combate Inacinha, companheira de Gato, que estava grávida de 08 meses, foi baleada nas nádegas, tendo a bala atravessado seu corpo, sem contudo atingir o bebê, Gato tentou carrega-la, mas devido o peso e a lesão não conseguiu, deixando-a para trás e fugindo para salvar sua vida. Logo após, Gato, o mais cruel e mortífero dos cangaceiros, que já tinha matado seu cunhado deixando sua irmã viúva e grávida, e mais sete pessoas de sua própria família e tentado cortar a língua de sua mãe, resolve resgatar sua amada, convidando Corisco e Moderno para um ataque à Cidade de Piranhas para tal fim, onde acreditava que Inacinha estava presa. No caminho Gato disseminou um rastro de horror, sofrimento e morte por onde passou, matou todos que encontrou à sua frente, pelo menos onze pessoas inocentes e ainda sequestrou um jovem de quinze anos na entrada da cidade a quem indagou se alí havia “macacos” (soldados), tendo o jovem respondido que não, pois tinha visto o Delegado e seus oito soldados fugirem da cidade ao perceberem a chegada dos cangaceiros, deixando os moradores desguarnecidos e a mercê da própria sorte, que sem alternativas se armaram e se entrincheiraram em suas casas para se defender. Ao entrarem na cidade, os cangaceiros foram recebidos à bala e acreditando que eram soldados, Gato achou que o rapaz tinha mentido e o sangrou na mesma hora na frente das súplicas de sua mãe, no entanto, logo após, o enlouquecido Gato levou um tiro certeiro na coluna, estraçalhando-a que o deixou moribundo, sendo carregado em agonia por seus companheiros na fuga, vindo a morrer dolorosamente três dias depois nas brenhas da caatinga. Inacinha não estava em Piranhas e sim em Olho D´água do Casado, chegando à Piranhas somente após o ataque, ficando pouco tempo presa em virtude do ferimento e da gravidez avançada, mas tempo suficiente para conhecer e se engraçar por um soldado chamado “pé na tábua” com quem se casou após a prisão, o filho de Gato nasceu e foi doado. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce) 10/12/2019.

Obs: Nossos Contos também são contados em vídeos no YouTube - Canal Contos do Cangaço.

Assista - https://www.youtube.com/channel/UCAAecwG7geznsIWODlDJBrA

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TANCREDO DE ALMEIDA NEVES E O DEPUTADO FEDERAL

 Por José Mendes Pereira

Dr. Tancredo de Almeida Neves

Quando o Dr. Tancredo de Almeida Neves foi eleito a Presidente da República Brasileira foi entrevistado pelo canal de Televisão "Globo", e na entrevista ele contou alguns fatos que ocorreram durante a sua vida política, e que esta entrevista eu a assisti (e vou dizer assim como reforço), além de assisti-la, eu também a ouvi. Lembrei-me de escrever um acontecimento durante a sua vida política e que foi contado por ele na entrevista.

Quando foi eleito pela primeira vez a governador do Estado de Minas Gerais e estava cuidando arrumar os seus secretários, que deveriam ocupar as suas funções em cada secretaria, encontrou-se com um deputado federal de suas amizades. E lá, conversaram muito sobre alguns  problemas do dia a dia. Já próximo de se despedirem o deputado federal (cujo nome do deputado ele não revelou), disse-lhe:     

- Doutor Tancredo de Almeida Neves, por onde eu passo nas ruas das cidades de todo Estado de Minas Gerais, e em outros lugares do Brasil, nas churrascarias, nos bares, nas reuniões que eu participo, as pessoas me perguntam se eu vou ser Secretário de Educação no seu governo.

O Dr. Tancredo de Almeida Neves sabendo que o deputado federal estava querendo que ele o convidasse  para assumir a Secretaria  de Educação de Minas Gerais, inteligente, manhoso e com um sorriso sarcástico, disse-lhe: 

- Você faz o seguinte: Quem lhe perguntar se eu  convidei você para ser Secretário de Educação de Minas Gerais diga-lhe que eu te convidei, mas você não aceitou o meu convite.

Tancredo Neves tirou o deputado de tempo.

"Esta história foi escrita por mim, mas lamento dizer ao leitor que  já a vi em outras páginas com nomes de outro sujeito sem o meu nome.     

O sujeito copiou e excluiu o meu nome". 

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

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O FORRÓ DAS SETE SANGRIAS.

Por José Mendes Pereira

Em 1929, Lampião e seu bando, numa média de quinze cabras, invadiram a cidade de Queimadas na Bahia, saquearam a estação de Trem, quebraram o telégrafo, prenderam todo o contingente policial da cidade, num total de sete soldados, soltaram os presos, aprisionaram o juiz e o escrivão, sequestraram o sargento e o conduziram de casa em casa e de comércio em comércio coletando dinheiro dos moradores, depois foram ao quartel onde os soldados estavam presos e mandaram-lhes sair, um a um, e se ajoelharem paralelamente na calçada, lá foram atingidos por um tiro à queima roupa na nuca e sangrados à punhal. 

Após a chacina, já de noite, Lampião mandou organizar um forró na casa de um morador, um senhor mestre de obras, que diligentemente organizou o local e a música, mas faltava as mulheres. Lampião então mandou que fossem trazidas ao baile as mulheres da cidade, o que foi feito, foram levadas moças jovens, mulheres casadas e solteiras, no entanto Lampião ordenou que não queria nenhuma falta de respeito com elas, nem com as famílias que lá estavam, e assim a festa transcorreu até de madrugada, com música, dança, forró, xaxado e sem nenhum desrespeito, agressão, ofensa ou qualquer ato imoral. Após a festa o Bando seguiu sertão à dentro, deixando para trás, um rastro de horror, sangue e medo. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 19/10/2020.

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