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sábado, 7 de março de 2020

LAMPIÃO PREFERIA FURNAS E CAVERNAS PARA POUSAR...

Por Verluce Ferraz

Virgulino, o Lampião, preferia as cavernas (furnas) para se abrigar; jamais construiu uma casa para morar, mesmo sendo dono de muito dinheiro e ouro...


Polêmicas na História do Cangaço são comuns, isso deve-se ao fato de existirem poucos registros confiáveis no mundo dos cangaceiros que, viveram mais suas vidas à margem da sociedade. Muuitos escreveram e escrevem o que reflete seus ideais, fantasiam muito chegand0-se mais próximo dos contos de carochinhas... Felizmente, hoje, contamos já com pesquisadores de excelente nível, mas, ainda, nada fica absolutamente confiáel...

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CANGACEIRO JACARÉ (IRMÃO DE MORENO), MORTO.


José Ignácio da Silva, vulgo Jacaré.

Em Brejo Santo, Jacaré formou um grupo, que diziam que andavam aterrorizando as pessoas, por isso, teve que fugir junto com o amigo Róseo Moraes, depois de um forte cerco policial, indo encontrar guarida na cidade alagoana de Piranhas, ao lado do coronel José Rodrigues, desafeto de Delmiro Gouveia.

Jacaré casou com Maria Lima uma moça de Água Branca, Alagoas, que trabalhava na tecelagem da Fábrica da Pedra. Quando da morte de Delmiro Gouveia, Jacaré e Róseo Moraes foram acusados como sendo os matadores deste conhecido sertanejo considerado um homem rico. Com a repercussão do crime, Jacaré fugiu para Brejo Santo, ficando sob a proteção do major Zé Inácio.

O Major quando ficou sabendo do crime comunicou às autoridades piranhenses, sobre o paradeiro de Jacaré. A prisão do acusado não se demorou e enquanto era recambiado do Ceará para Alagoas, na divisa do Ceará com Pernambuco, nas imediações de São José do Belmonte, Jacaré foi friamente assassinado, como queima de arquivos com o temor de que ele poderia denunciar homens importantes da sociedade, como mandantes do crime daquele que viria a ser considerado um dos maiores progressistas do sertão nordestino.

Por Severino Coelho Viana, João Pessoa - PB, 05 de maio de 2011. Pombalense, Escritor e Promotor de Justiça na Capital paraibana.

Texto enviado pela filha dos cangaceiros Moreno e Durvinha, Lili Neli Lili Neli Neli Lili Neli

PS: Róseo Morais era irmão do cangaceiro Raimundo Morais, vulgo Mundinho, e Xixiu. Residentes no sítio Oitizeiro.


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ASSIM ESCREVEU JOSÉ CÍCERO DA SILVA - UM CANTO PARA GASTÃO...



Quero agora mesmo acreditar, indefinidamente, quem sabe até mesmo como às cactáceas, os torrões de barro, os espinhos,
os pedregulhos de todos os caminhos, os imbuzeiros, os jagunços, os cangaceiros, a terra quente, os passarinhos, os riachos, os marimbondos de oiteiro, os bichos do meu lugar.

Quero desde já imaginar
como os penitentes, as flores do matos, as cachimbeiras, os beatos, as rezadeiras, os carcarás, os sertanejos valentes
que os bons, os corajosos, os persistentes são eternos
e nunca morrem...

Porque se enraízam para todo o sempre no coração e no fundo da alma da sua gente.

(jc)

***** Ao ilustre companheiro dr. Paulo Gastão - Pesquisador, escritor e confrade dos estudos dos sertões, do Nordeste e do cangaço especialmente, membro do conselho curador do Cariri Cangaço, fundador da Sbec-RN Soc. Bras. de Estudo do Cangaço, falecido na madrugado de hj em Mossoró no RN. Nossas mais sentidas e sinceras condolências.


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BARRA DO IPANEMA

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.269

Acompanhando pelos noticiários o desenvolvimento do Sertão do São Francisco, voltamos a comentar sobre a estrada Batalha – Belo Monte. São 27 km de barro vermelho no belo, deserto e temeroso trecho furando a caatinga. Única estrada por terra de acesso ao monte batizado por D. Pedro II. Desde que me apaixonei pelo povoado de 500 anos, Barra do Ipanema, que procuro visitá-lo. E foi graças a ele que escrevi O CPF da minha terra com o livro “Ipanema um rio Macho”. Mesmo assim o lugar mereceu o segundo livro (ainda inédito) “Barra do Ipanema, um Povoado Alagoano”. Chegando perto da cidade de Belo Monte, entra-se à esquerda até chegar ao povoado, via de penetração dos primeiros sertanistas. Ali está a melhor praia de água doce da região e o morro-ilha com a igreja seiscentista de Nossa Senhora dos Prazeres.
ESTRADA  BATALHA - BELO MONTE (FOTO: AGÊNCIA ALAGOAS).

Isolado em relação ao estado de Alagoas, Belo Monte aguarda ansioso o final desse isolamento. Penúltima cidade entre as 102 que ainda não tem asfalto, aguarda para os próximos noventa dias o grandioso evento que beneficiará diretamente 25 mil pessoas. Falam que 65% das obras já estão concluídas, porém, tudo indica que o piche não entrará na bifurcação rumo a Barra do Ipanema. Por ali passamos várias vezes, ladeados de caatinga bruta, por cima de jazidas de pedras artesanais. A estrada atual é muito melhor, enlarquecida, mas ainda cheia de pedrinhas, característica do relevo e do clima que esfarelam as rochas. E de Batalha a Belo Monte, com asfalto ou sem asfalto, a rodovia é denominada AL-125.
O trajeto é bonito, mas raramente habitado, não gerando confiança em quem por ali trafega. Desviando-se desse roteiro à esquerda, chega-se ao lugar denominado Telha. O povoado de duas ou três casas, é onde se encontra o canhão do rio Ipanema, simplesmente fantástico e surreal. O trecho mais belo de todos os 220 quilômetros do rio.
Com o asfalto chegando a Belo Monte e depois a Pindoba, Alagoas fechará completamente o seu circuito asfáltico em todas as suas 102 cidades.
Após o asfalto, quem sabe se não sairá o lançamento do livro “Barra do Ipanema, um Povoado Alagoano”, em sua sede Belo Monte.
Está bonito que parece u’a moça.


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INFÂNCIA E OUTRAS AURORAS

*Rangel Alves da Costa

Infância é doce aurora, é sol de primeiro brilho, é nuvem de brinquedo desenhado. Um mundo sem limites e fronteiras, uma porta que se abre somente a chamar ao viver. Descalço, desnudo, despreocupado, procurando somente o prazer e alegria. E esta fase da vida está na força da vida primeira.
Há uma fase na vida que é arco-íris e algodão doce, que é ciranda de roda e carrossel enluarado, que é fantasia e alucinação, que é cantiga de pássaro e farfalhar de folhagens: a infância. Tamanho é o encantamento nesta fase da vida que os demais anos buscam no seu espelho a validade de toda a felicidade da vida.
Num poema de Casimiro de Abreu (Meus oito anos), a doce recordação: “Oh! que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais!..”. E digo: Oh que saudades que tenho daquele luar sertanejo, onde a criançada em festejo dizia que a noite era sua e se espalhava pela rua na ciranda a cirandar e no cavalo de pau a reinar... Poço Redondo, meu Poço Redondo, tuas noites tão fagueiras, como num luzir de fogueiras para um povo iluminar.
Um mundo diferente da meninada. Criançada nascida e crescida num mundo de quase paz. Calçadas de proseados, os ventos da noite soprados como beijo em cada face. Uma vida sem disfarce, em cada amizade um enlace, e na humildade da vida a paz por Deus concebida. Noites de lua bela, as mocinhas na janela fazendo do sonho aquarela. Crianças por todo lugar, pois a noite é um “meninar” que ninguém pode domar.
Meninas se dando a mão e na voz a bela canção: “Se essa rua se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante, para o meu, para o meu amor passar...”. “Como pode um peixe vivo viver fora de água fria, como poderei viver, como poderei viver, sem a sua, sem a sua companhia...”.
E os meninos, dando na noite pernoite, faziam da lua um açoite e começavam a se danar. Bola de gude jogar, cavalo de pau pra voar, pega-de-boi pra caçar, bola de meia a encantar. Os meninos lambuzados de mundo, molhados de alegria, respingado o suave suor da idade.
Não havia tempo ruim para a criançada. Pelos quintais, pelos monturos, nas malhadas, nas calçadas, nos escondidos dos quartos, sempre um lugar e uma motivação para a festa da idade. Medo somente de crescer, de chegar a uma idade onde o viver já não caiba mais a armação de arapucas nem os banhos debaixo da chuva.
Nas noites de candeeiro, o cinema era a imagem lançada na parede nua. Brincar de esconde-esconde, de pular corda, de pelada em campinho e de pés descalços. Quem já não chutou uma bola em vidraça e depois teve de correr por que a dona da casa aparecia furiosa e tendo na mão uma vassoura com cabo e tudo?
Noites da infância, doces noturnos da criançada. Pular, correr, dançar, rodar, cirandar. Mas não demorava muito e chegava o grito: “Tá na hora de criança dormir!”. E a meninada tudo fazia para descumprir as imperiosas ordens maternas. Corriam, escondiam-se, mas tinham de aparecer quando as promessas de chinelas ecoavam. Então tinha de ir tomar banho e adormecer. Sonhando, sonhando, sonhando com aquele belo mundo, aquele jeito tão sublime e cativante de se viver.
E hoje, o que se faz nas noites de Poço Redondo? Que mundo transmudado em coisa. Onde estão os meninos, onde estão as meninas? Venham, venham brincar na rua, venha cirandar debaixo da lua. Onde está a infância, meu Deus? “Oh! que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais!..”.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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ENTREVISTA DE VOLTA SECA

Por Antônio Corrêa Sobrinho

AMIGOS,

Amanhã, no site que criei para guardar estas minhas singelezas: www.antoniocorreasobrinho.com, se Deus quiser, disponibilizarei a entrevista de VOLTA SECA concedida ao senhor BERLIET JÚNIOR.

Trago aqui apenas o teor da Apresentação e do Índice.


APRESENTAÇÃO

O ex-cangaceiro ANTÔNIO DOS SANTOS vulgo VOLTA SECA, um dos mais conhecidos asseclas do rei do cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, ao longo dos seus vinte anos de detenção na Penitenciária de Salvador, na Bahia, e após a sua liberdade, foi várias vezes entrevistado por órgãos da imprensa nacional.

Um desses seus depoimentos, compõe o livro que ora anuncio: objeto da matéria publicada no jornal DIÁRIO DA NOITE, do Rio de Janeiro, no mês de dezembro de 1949, e em janeiro de 1950, na coluna "MEU MINUTO TRÁGICO" (tribuna para todos aqueles que veem seus direitos e as suas razões atingidas, conforme leio no jornal), concedido, quando ainda cumpria pena, ao senhor BERLIET JÚNIOR, nome real JOSÉ ASSAD MIGUEL, radialista, escritor, ator, rádio-ator, diretor, redator, produtor, roteirista, bacharel em direito; profissional de destaque no mundo do rádio, cinema, teatro e televisão do seu tempo. BERLIET JÚNIOR, que foi fundador da Escola de Rádio-Teatro e autor de muitas e variadas obras para o rádio, teatro e cinema, como O Romance de um Imigrante - Vida e Obra de Gabriel Habib, O Homem que Volta, Os Três Vagabundos, Lili e Lili, O Mago da Luz. Foi um dos expoentes da Rádio Cruzeiro do Sul, do Rio de Janeiro.

É história de cangaço, das ricas, o conteúdo desta consolidação de textos, esquecido que estava nas velhas páginas deste extinto diário carioca - a narrativa de VOLTA SECA através das palavras, da tradução e alma de BERLIET JÚNIOR.

Nesta sua longa conversa com BERLIET JÚNIOR, o homem que dos onze aos catorze anos de idade foi cangaceiro, discorre sobre a sua vida, de antes, durante e depois do cangaço; diz do seu ex-comandante Lampião, de Maria Bonita e de outros cangaceiros, como Corisco, Sabino, Arvoredo, Zé Baiano; conta casos que diz ter vivido ou presenciado, deixando sempre afirmado serem fatos verdadeiros; defende-se das acusações sofridas; e agradece, pela ajuda que destas pessoas diz ter recebido, ao médico e professor Estácio Lima, presidente do Conselho Penitenciário do Estado, ao doutor Carlos Príncipe de Oliveira, diretor da Penitenciária do Estado da Bahia, e à Irmã Dulce, hoje, a santa católica brasileira.

Vemos, no introito de cada um dos 22 capítulos desta reportagem, um forte gesto de solidariedade, a enfática defesa que BERLIET JÚNIOR faz pela soltura do seu entrevistado VOLTA SECA, condenado a quase 150 anos de prisão, por conta do assassinato dos policiais de Queimadas, no sertão da Bahia, em 1929, o pior dos atentados praticado contra a Polícia pelo bando de Lampião. Isto me chamou a atenção.

O que dizer desta solidária atitude, tomada por um respeitado e influente profissional de comunicação, das letras e das artes, em favor de tão pobre prisioneiro; uma defesa baseada em inquestionáveis alegações de ilegalidades no processo que condenou VOLTA SECA, apresentada ao público por um jornal de grande circulação mormente na Capital Federal, senão que esta defesa muito contribuiu para o aprofundamento do estudo do caso VOLTA SECA e a aceleração do processo que culminou com a sua definitiva liberdade. Basta atentarmos para o fato de que, após a publicação desta reportagem, no ano seguinte, 1951, o presidente Getúlio Vargas comutou a pena de mais de cem anos imposta em 1932 a VOLTA SECA, para 20 anos de prisão; e no primeiro semestre de 1952, por indulto, decretou a liberdade do ex-cangaceiro mirim. Percebam que estamos falando de um processo de indulto que já tinha sido negado, pelos técnicos, peritos, em quatro ocasiões sucessivas, sempre sob a alegação de que o sergipano de Itabaiana Grande, pupilo de Lampião, possuía “periculosidade latente”; alegação sempre contrária à do renomado professor Estácio Lima, relator do processo, que no seu parecer VOLTA SECA fora condenado como adulto, quando deveria ter sido tratado como um menor de idade que realmente era, e que não se deve vê-lo como um criminoso comum, uma vez que, em verdade, é um típico produto do meio social em que vivia.

Convido todos, portanto, à leitura deste importante documento produzido por BERLIET JÚNIOR, há 70 anos, quando a pesquisa sobre o cangaço, de forma mais consistente e profunda, científica, ainda estava por surgir.

Concluo, agradecendo à Biblioteca Nacional, por disponibilizar gratuitamente a sua hemeroteca digital, e ao meu filho Thiago Corrêa, pela feitura da capa e diagramação do livro.

Aracaju/SE, março de 2020.

CAP. I - COMO NASCE UM BANDIDO 6
FOI MAIS UM PRODUTO DO SENSACIONALISMO 7
INFÂNCIA DE “VOLTA SECA” 8
POUCA DISTÂNCIA ENTRE A FRALDA E O FUZIL 8

CAP. II - EU NÃO APUNHALEI OS OUTROS SOLDADOS EM QUEIMADAS 9
COMPORTAMENTO EXEMPLAR 10
COM A PALAVRA “VOLTA SECA” 11

CAP. III - ZÉ BAIANO TINHA NO OLHAR O ARREPIO DA MORTE 11
PRIMEIRO CONTATO COM OS HOMENS DE LAMPIÃO 12
O AMOR DE LAMPIÃO 13

CAP. IV - A FERA APAIXONADA 14
“ZÉ BAIANO” TINHA NOS OLHOS O ARREPIO DA MORTE 15
ASSISTI AO PRIMEIRO ENCONTRO ENTRE MARIA BONITA E LAMPIÃO 15

CAP. V - BOTARAM CANGA NA MÃE E NAS IRMÃS DE ARVOREDO 16
A HISTÓRIA DE “ARVOREDO” 18

CAP. VI - CORISCO QUANDO BRIGAVA SE PARECIA COM O DEMÔNIO 19
OS HOMENS FICARAM NUS E MUGIAM 19
NASCE MAIS UM CANGACEIRO 20
OS MEUS PRIMEIROS DIAS NO BANDO DE LAMPIÃO 21

CAP. VII - MEU APELIDO FOI A MINHA DESGRAÇA 21
COMO SE ATACAVA UMA FAZENDA 22
LAMPIÃO ERA UM HOMEM CRUEL 23

CAP. VIII - SÓ VI MISÉRIA NO SERTÃO 23
MASSACRE DE UMA FAMÍLIA DE FAZENDEIROS 24

CAP. IX - AS MULHERES ERAM MARCADAS COM FERRO EM BRASA 26
O SAQUE DE QUEIMADAS 27

CAP. X - LAMPIÃO NA INTIMIDADE 28
HÁBITOS PARTICULARES DE LAMPIÃO 28
GANHEI MEU CAVALO DE COMBATE 29
COMO ERAM ASSALTADAS AS VILAS 29

CAP. XI - LAMPIÃO CHOROU COPIOSAMENTE A MORTE DO PADRE CÍCERO 30
A DOENÇA DA VISTA DE LAMPIÃO 31

CAP. XII- OS COITEIROS FORAM EXTERMINADOS
BARBARAMENTE PELOS VOLANTES 32
ORDEM - MATAR! 33
OS FILHOS DE MARIA BONITA 34

CAP. XIII - LUTA ENTRE DOIS GIGANTES 35
O PRIMEIRO PASSO DE VIRGULINO NO CANGAÇO 35
SABINO GOMES, O TERRÍVEL 36

CAP. XIV - DUELO ORIGINAL 37
“MINUTO TRÁGICO” DE LAMPIÃO 38

CAP. XV - O CAPOEIRÃO DA MORTE 39

CAP. XVI - SENHOR JUIZ, PONHA A MÃO NA CONSCIÊNCIA 42
UM GRITO DE MORTE SACUDIU A SELVA 43

CAP. XVII - O JUIZ QUEBROU A SUA PALAVRA 45
MAIS ALGUÉM LUTA PELA MINHA LIBERDADE 46

CAP. XVIII - NÃO SOU NENHUM PERIGO SOCIAL 47
A INCONVENIÊNCIA DE SER ANALFABETO 48

CAP. XIX - S.O.S À CONSCIÊNCIA COLETIVA 49
“ZÉ FAVELA” MATA O IRMÃO DE SABINO GOMES 50

CAP. XX - ESSE DEIXA FICAR PRA TIRAR A RAÇA 52

CAP. XXI - BEBIA CACHAÇA NA BOCA DA COBRA VIVA 54

CAP. XXII - BARRICADAS EM MOSSORÓ 57

A SEPULTURA ESTAVA ABERTA À ESPERA DO VENCIDO 57
MULHERES E CRIANÇAS LUTARAM CONTRA OS CANGACEIROS 58


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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO

Por Cangaceiros Cariri

Nossas fronteiras não são e nunca serão definidas pela geografia, mas pelo tamanho e a nobreza de nossos sonhos.

Já estamos nos dedicando à agenda de nosso Espetacular Cariri Cangaço Paulo Afonso; berço de Maria Bonita, a Maria do Capitão, rei do cangaço !!! Cariri Cangaço, agora o Brasil de alma nordestina se encontra na Bahia.

CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO
11 a 13 de Junho de 2020


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MARIA BONITA - "JULIETA" DO SERTÃO?



Quando se pergunta o nome de uma mulher nordestina arretada, invariavelmente, a resposta acaba sendo: - MARIA BONITA.

Afinal, quem foi esta mulher? Qual seu papel: mocinha ou vilã?

MARIA GOMES DE OLIVEIRA foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros - polêmica, com temperamento forte. Isso lhe trouxe fama e uma série de histórias controversas.

Entrou no cangaço com 18 anos e morreu menos de 9 anos depois, em 28 de julho de 1938, junto com Lampião e mais nove cangaceiros na Grota do Angico, em Poço Redondo, Sergipe.


Nascida em 8 de março de 1911 (não por acaso o Dia Internacional da Mulher) numa pequena fazenda em Santa Brígida/BA.

Filha de pais humildes, casou-se aos 15 anos com "Zé Neném" que vivia às turras com Maria. A cada briga do casal, refugiava-se na casa dos pais. E foi justamente numa dessas “fugas domésticas” que ela reencontrou Virgulino, o LAMPIÃO, em 1929.

AMOR À PRIMEIRA VISTA

Com um tipo físico bem brasileiro: baixinha, rechonchuda, olhos e cabelos castanhos - era considerada uma mulher interessante. A atração foi recíproca. A partir daí começou uma grande história de companheirismo e - porque não - de amor.

Um ano depois de conhecer Maria, Lampião chamou a “mulher” para integrar o bando. Nesse momento, ela entrou para a história. Conviveu durante oito anos com ele e tiveram apenas uma filha, Expedita Ferreira Nunes - a única reconhecida legalmente.

MOCINHA OU VILÃ?

"...MARIA BONITA e, por consequência, a história do cangaço, tem que ser passada pelo contexto histórico acontecido no Nordeste brasileiro. A questão de 'bandido ou herói' tem dividido opiniões, porém, o mais importante, é o registro dos fatos acontecidos, NÃO PODEMOS JULGAR a história de um povo, de uma raça, de uma comunidade. Toda a história, desde a criação, é repleta de momentos sangrentos, de guerras e de lutas. Precisamos levar para as gerações vindouras esses fatos, sem nada alterar ou modificar... É importante que escritores e estudiosos do tema saibam manter a imparcialidade na hora de retratar os casos e deixem que a história e o tempo decidam essas questões polêmicas...".

"...Ela não se tornou símbolo do feminismo brasileiro. Ela se tornou sinônimo de mulher corajosa, decidida, que rompeu parâmetros de uma época para seguir um grupo comandado por um homem que vivia à margem da lei. Pode ter se tornado exemplo para algumas outras mulheres, porém, não foi intencional, ELA FOI PARA O CANGAÇO APENAS POR TER SE APAIXONADO POR LAMPIÃO...".

***Depoimentos de João de Sousa Lima - pesquisador do cangaço

Deixamos então esta pergunta no ar aos nossos amigos leitores: - PODEMOS OU NÃO CONSIDERAR MARIA BONITA COMO A "JULIETA" DO SERTÃO?


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NO FORNO


Por Júnior Almeida

Está em fase final de produção o nosso mais recente trabalho, CAPOEIRAS: PESSOAS, HISTÓRIAS E CAUSOS, livro inteiramente dedicado ao município, seus personagens maravilhosos e a sua gente. Uma declaração de amor a Capoeiras e ao seu povo. ENCOMENDE LOGO O SEU!


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CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO...

Por João de Sousa Lima


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