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terça-feira, 10 de abril de 2018

LIVROS SOBRE CANGAÇO...


Você irá encontrá-los com Francisco Pereira Lima lá na cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba.

Seu endereço é:

franpelima@bol.com.br


Conheça Lampião de mocinho a cangaceiros lendo os melhores livros. 

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A HISTÓRIA DO ATERRO

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.876

No final dos anos 40 para o início dos anos 50, foi necessária a travessia da rodagem – atual BR-316 – por dentro da cidade de Santana do Ipanema. Para isso, inúmeras toneladas de terra foram usadas na baixada cortada pelo riacho Camoxinga, no seu trecho de chegada à foz. Não sabemos de onde veio tanta terra para a obra viária. Após a construção do trecho que ainda constava de uma ponte sobre o próprio riacho, o lugar passou a ser denominado popularmente até a presente data, de Aterro. Parecia muito feio a cidade dividida por um grande muro. Como ficaria posteriormente o lado oposto à região do comércio? Isto iria depender da disposição da cidade em se expandir também para aquelas bandas. Afinal era à maneira de uma rodagem federal chegar até nós.

REGIÃO DO ATERRO. FOTO: (B. CHAGAS).

O futuro foi delineando a paisagem insalubre da parte baixa após o Aterro. A própria dinâmica da região onde atualmente é o chamado Colégio Estadual, foi formando a seu modo as habitações independentes, como caminho para a serra do Poço e os sítios Barroso, Água Fria e Camoxinga dos Teodósio. Por outro lado, a região do Maracanã se expandiu com algumas ruas e, o todo construído passou a se chamar Rua da Baraúna. Os dois núcleos, como era de se esperar, se encontraram, formando uma região conhecida por várias formas. Apesar da insalubridade, ali funcionam vários órgãos importantes da educação e da saúde.
Com o tempo, foi construído um viaduto no Aterro, que procura ligar a região periférica do comércio com a baixada das escolas. Isso veio facilitar os meios de transportes e a comunicação. O asfalto deu vida e beleza ao Aterro, mas ainda faltam outros cuidados desprezados como a jardinagem de encosta e um melhor serviço de drenagem das águas de toda a região em ambos os lados.
A parte baixa do Bairro Camoxinga, ainda precisa de novas alternativas da engenharia para o transporte até o comércio e estradas retas até o sítio Barroso.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2018/04/a-historia-do-aterro.html

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BRINCANDO DE AMAR

*Rangel Alves da Costa

Não há nada melhor que amar. O amor romântico, entre dois, é algo verdadeiramente insuperável. O amor é tudo, como acertadamente disse o poeta.
Não há nada mais doce e singelo que amar. O amor sentimento, tão sentimental como namoro de infância e tão inesquecível quanto o primeiro beijo.
Daquele amor que faz subir à nuvem, que faz estremecer, que rubra e avermelha, que esquenta sem calor, que transborda sem estar cheio. Um amor assim tão belo.
O amor verdadeiramente amado se torna algo como uma brincadeira boa. Ora, brincar de amar é tornar o amor um lúdico, uma graça, um sorriso ao coração. E tão essencial.
Desse modo, brincar de amar também não é ruim assim. Muita gente brinca e muito mais do que imagina nossa vão filosofia amorosa. Agora mesmo alguém este brincando de amar.
Mas o que seria, realmente, brincar de amar? Sua compreensão está no próprio contexto do que seja brincadeira. Sua definição partirá deste contexto.
Segundo os dicionários, brincadeira é o ato de brincar. Brincadeira é jogo, é diversão, é passatempo, é recreação. Brincadeira é agir ludicamente, a partir de situações que causem prazer pelo divertimento.
Brincar, pois, é divertir, é entreter, é distrair. Significa ainda dizer que não há seriedade na brincadeira, pois é a diversão que move sua prática. E com relação ao amor, como seria então?
No amor, brincar de amar é cativar o instante como se não houvesse lugar para tristezas ou sofrimentos. É tornar a relação tão prazerosa como se duas crianças estivessem se caçando pelos escondidos do coração.


Brincar de amar é afastar a sisudez para buscar a feição do contentamento. Deitar sobre a relva, correr pelos campos, de mãos dadas desafiando os caminhos mais inusitados.
Brincar de amar é soprar beijo na palma da mão, é piscar o olho perante o outro amado, é jogar bilhetinhos pela janela, é chegar correndo debaixo da chuva com flor à mão.
Ah, brincar assim é muito bom. Tão bom que faz a gente querer ficar sempre nessa brincadeira. Brincar de amar assim é tão bom que a meninice nos chega mesmo na velhice.
Mas brincar assim e somente assim, sem fazer da brincadeira um brinquedo de ferir o outro, de amargurar o outro, de afligir o outro, de tornar a relação em sofrimento e dor.
Jamais fazer do amor uma brincadeira de usar o outro. Dizer que ama e fazer sofrer é não sentir amor. Dizer que ama e zombar do amor do outro é não respeitar. Dizer que ama e apenas se aproveitar é apenas covardia.
Jamais tornar o amor um brinquedo sórdido e desprezível. Dizer que ama e viver traindo, dizer que quer e ter além do que já se tem, dizer que é de alguém e depois se dividir em tantos.
Amor tem por bases a confiança e o compromisso. Ou se ama de verdade ou se nega a si mesmo. E como ninguém quer ser tratado como um brinquedo vil, que não faça do outro uma reles brincadeira.
Eis a diferença entre amar como brincadeira e tornar o amor uma brincadeira. O amor como brincadeira é o prazer fruído a dois. Já o amor tornado uma brincadeira é jogo sujo feito por apenas um. Ou até mesmo os dois.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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HISTÓRIAS SANGUINOLENTAS DE LAMPIÃO.


Por Geraldo Júnior

LAMPEÃO NA BAHIA

EXISTEM HISTÓRIAS QUE É MELHOR FICAREM NO LUGAR ONDE ESTÃO... OU SEJA... NO PASSADO.

ESSA É UMA DELAS...

"AS HORRIPILANTES AVENTURAS DO BANDO DE LAMPEÃO"

"Petrolina, 15 (Serviço especial da A NOITE) - Chegam notícias as mais impressionantes sobre a última excursão realizada por "Lampeão" e seu bando através do Nordeste.

Esteve elle, há poucos dias, nas proximidades de Villa Curaça, ainda no território bahiano, e ai praticou atos de cru e penoso vandalismo, attingindo a treze as victímas que fez por esta ocasião.

Entre os sacrificados pela mão assassina do tenebroso cangaceiro, conta-se uma senhorita, filha do Escrivão Domiciano. O bando facínora tendo prendido essa jovem, infligiu-lhe os máos tratos e vergonhas em que costuma comprazer-se, terminando por exigir, em troca da libertação da moça, a somma de 4:000$000 (Quatro contos de réis).

Não possuía o Escrivão Domiciano essa importância nem teve onde obtêl-a no momento. Como somente tivesse levado ao chefe cangaceiro um conto de réis o Escrivão viu sua própria filha ser sacrificada, não se apiedando o bandido das supplicas afflictivas do pae.

"Lampeão", depois de haver executado, com requintes de barbária, a senhorita, deteve-lhe o pae. Mais tarde, mas já muito tarde, o prisioneiro recebia de amigos os 3:000$000 (Três contos de Réis) que Lampeão embolsou".

Fonte: Jornal "A NOITE" de 15 de Julho de 1931.

http://cangacologia.blogspot.com.br/2018/04/historias-sanguinolentas-de-lampiao.html

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POMBAL/PB: RUA DE BAIXO - RUA BENIGNO IGNÁCIO CARDOSO D' ARÃO: PARTE INDISSOCIÁVEL DO MEU UNIVERSO TELÚRICO

Por José Romero Araújo Cardoso




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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PADRE NATURAL DE CEARÁ-MIRIM FALECE EM NATAL



PADRE MAIS IDOSO DA ARQUIDIOCESE DE NATAL, MONSENHOR AQUINO ERA NATURAL DE CEARÁ-MIRIM. FALECEU AOS 98 ANOS. 

Faleceu, na manhã desta quarta-feira, 10, em Natal, o Monsenhor João Correia de Aquino. Ele estava internado na Casa de Saúde São Lucas há vários meses. O corpo será velado no Seminário de São Pedro, durante toda esta noite.

Amanhã, quinta-feira, às 7h30, o corpo será trasladado para a Catedral Metropolitana, onde, às 8h, será celebrada missa, presidida pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha. Após a missa, acontecerá o sepultamento.

Monsenhor Aquino nasceu em 3 de junho de 1920, em Ceará-Mirim, e foi ordenado 16 de novembro de 1947, em Natal. Era o padre mais idoso da Arquidiocese de Natal.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204694459557372&set=a.2007843371719.56311.1712747224&type=3&theater

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QUADRO HISTÓRIAS DO CANGAÇO - LAMPIÃO "O MITO" (PARTE 2)

https://www.youtube.com/watch?v=GK8s28p10kQ&t=14s

Publicado em 18 de fev de 2014
Documentário "Lampião - O Mito" (Parte 2). Programa Na Aba do Totoró.
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PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO FORTALEZA- 2018



QUINTA-FEIRA
Dia 26 de Abril de 2018
19h – Noite Solene de Abertura
Assembléia Legislativa do Estado do Ceará
Av. Desembargador Moreira 2807, Dionísio Torres
Auditório Murilo Aguiar
19h20min – Formação da Mesa de Autoridades
19h30min – Hino Nacional
19h30min – Apresentação do Cariri Cangaço
Por Conselheiro
IVANILDO SILVEIRA
Natal-RN
19h45min - Fala das Autoridades
20h20min - Entrega de Comendas
MINISTRO UBIRATAN DINIZ AGUIAR
REITOR ROBERTO CLÁUDIO BEZERRA
FRANCISCO REGIS FROTA ARAUJO
VALDETÁRIO ANDRADE MONTEIRO
PAULO QUEZADO
Por Conselheiros
JULIANA PEREIRA E ÂNGELO OSMIRO
20h50min - Cariri Cangaço,
Onde a Verdadeira Alma Nordestina se Encontra
MANOEL SEVERO BARBOSA
21h15min - As Crianças de Alma Nordestina e o
Futuro da Cultura do Brasil de Raiz
CECÍLIA DO ACORDEON
PEDRO MOTA POPOFF
DEISIELLY DO ACORDEON
PEDRO LUCAS FEITOSA
ERICA DO ACORDEON
FRANCINE MARIA
SEXTA-FEIRA
Dia 27 de Abril de 2018
8h30min - Casa José de Alencar
Av. Washington Soares, 6055
Universidade Federal do Ceará
9h - "O Menino do Cordel e do Baião"
PEDRO MOTA POPOFF
Bauru-SP
9h15min - Comenda Alcino Alves Costa da SBEC
BENEDITO VASCONCELOS
Mossoró-RN
Homenageados
NELI CONCEIÇÃO
WESCLEY RODRIGUES
NARCISO DIAS
9h30min - O Coronelismo e sua Capilaridade Histórica
FÁTIMA PINHO
Juazeiro do Norte-CE
10h10min - Homenagem a Joaryvar Macedo
"O Império do Bacamarte"
ROSALBA MACEDO
HELIO SANTOS
Fortaleza-CE
10h30min - Izaias Arruda x Paulinos: Novas informações
sobre os desfechos das lutas
JOÃO TAVARES CALIXTO JUNIOR
Juazeiro do Norte-CE
11h10min - Fontes para a Historia do Ceará Colonial
PROFESSOR FRANCISCO PINHEIRO
Fortaleza-CE
ALMOÇO
Apresentação Cultural
QUIRINO SILVA E CÉLIA MARIA
João Pessoa-PB
14h15min - A Dura Vida no Sertão Brasileiro
RITA PINHEIRO, A Garimpeira da Cultura
Salvador-BA
14h30min - Lampião Decurião:Mito e Mistério
PAULO QUEZADO
Fortaleza-CE
15h10min - Apresentação do Aplicativo "Lampião-Herói ou Vilão"
RÚBIA LOSSIO
RENATA KALINA DE PAULO ALVES MACEDO
HÉRLON RIBEIRO PARENTE CORTEZ
Universidade Leão Sampaio - Juazeiro do Norte-CE
16h00min - Lançamento de "Documentos para a
Historia de Missão Velha"
Os Coronéis das Terras dos Terésios
JOÃO BOSCO ANDRÉ
Missão Velha-CE
16h40min - Lançamento de "Pequenos Assombros"
BRUNO PAULINO
Quixeramobim-CE
COFFE BREAK COM APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA
POETA GERALDO AMÂNCIO
ALDANISIO PAIVA
MAESTRO RAFAEL BRITO
NOITE LIVRE
SÁBADO
Dia 28 de Abril de 2018
MANHÃ LIVRE
14h15min – Academia Cearense de Letras
Palácio da Luz - Rua do Rosário, 01 Centro
14h30min - Academia Maria Ester de Leitura e Escrita
RECEPÇÃO e APRESENTAÇÃO
14h45min - Formação da Mesa
14h50min - Entrega de Diploma a Personalidades
LUITGARDE OLIVEIRA CAVALCANTI BARROS
REGINA PAMPLONA FIÚZA
JONAS LUIS DA SILVA, DE ICAPUÍ
ANTONIO VICENTE ALENCAR
Por Conselheiros
JORGE REMÍGIO, ARQUIMEDES E ELANE MARQUES
15h00min - Entrega de Diplomas Honra ao Mérito
FÁTIMA LEMOS
RÔMULO ALEXANDRE
NENENZINHA MANGUEIRA
Por
PAULO VANDERLEI E NOADIA COSTA
15h10min - Entrega de Diplomas da Academia Lavrense de Letras
CRISTINA COUTO
15h20min - Conferência "Padre Cícero Romão Batista"
LUITGARDE OLIVEIRA CAVALCANTI BARROS
Rio de Janeiro-RJ
MESA
BARROS ALVES
Fortaleza-CE
URBANO SILVA
Caruaru-PE
16h20min - Lançamento de "A Raposa do Pajeú"
Capitão Simplício Pereira da Silva
HELVÉCIO NEVES FEITOSA
Fortaleza-CE
VENÍCIO FEITOSA NEVES
Parambu-CE
16h50min - O Império dos Rifles
BIBI SARAIVA
Exu-PE
17h20min - Lançamento do Livro
"A Tragédia de Princesa:O caso Dr. Ildefonso Augusto de Lacerda Leite"
CRISTINA COUTO
Lavras da Mangabeira-CE
17h40min - Poesia e Lançamento
Fideralina - A Matriarca de Ferro
POETA GERALDO AMÂNCIO
18h00min - Café com Arte
A Poesia e a Música de Alma Nordestina
FRANCINE MARIA
Ibiapina-CE
CECILIA DO ACORDEON
Redenção-CE
DEISIELLY DO ACORDEON
Ocara-CE
ERICKA DO ACORDEON
Sousa-PB
20h00min – Cine Teatro São Luiz
Praça do Ferreira, Centro
20h10min - Roda de Conversa com o Diretor
DANIELL ABREW
FRANCISCO REGIS FROTA ARAUJO
ADERBAL NOGUEIRA
JONAS LUIS DA SILVA, DE ICAPUÍ
20h:45min - Exibição do Filme
"Onde Nascem os Bravos"
DANIELL ABREW
Fortaleza-CE
DOMINGO
Dia 29 de Abril de 2018
9h – Visita ao Memorial de Luiz Gonzaga
MARCELO LEAL
Fortaleza-CE
IMPORTANTE
Toda Programação totalmente grátis, inclusive a exibição no Cine São Luiz. Lembramos também que não é necessário inscrição prévia.
Cariri Cangaço Fortaleza 2018
Realização
INSTITUTO CARIRI DO BRASIL
Co-realização
ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS
ACADEMIA LAVRENSE DE LETRAS
Apoio
SBEC- SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO
GRUPO DE ESTUDOS DO CANGAÇO DO CEARÁ
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ
CINE TEATRO SÃO LUIZ
CASA JOSÉ DE ALENCAR - UFC
ICC - INSTITUTO CULTURAL DO CARIRI
SOCIEDADE CEARENSE DE GEOGRAFIA E HISTORIA
GPEC-GRUPO PARAIBANO DE ESTUDOS DO CANGAÇO
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO PAJEÚ
LASER VÍDEO
Patrocínio
COLÉGIO MARIA ESTER
COLÉGIO DOM QUINTINO
CÂMARA BRASIL-PORTUGAL
Mídia e Redes Sociais
GRUPO LAMPIÃO CANGAÇO E NORDESTE
GRUPO OFICIO DAS ESPINGARDAS
COMUNIDADE O CANGAÇO
GRUPO HISTORIOGRAFIA DO CANGAÇO
GRUPO DE ESTUDOS CANGACEIROS
O CANGAÇO NA LITERATURA
PROGRAMA RAÍZES DO SERTÃO

Página facebook do pesquisador Voltaseca Volta

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QUADRO HISTÓRIAS DO CANGAÇO - LAMPIÃO "O MITO" (PARTE 1)

https://www.youtube.com/watch?v=CEfHIFyj6GM

Publicado em 11 de fev de 2014

Documentário "Lampião - O Mito" (Parte 1). Programa Na Aba do Totoró.

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BORNAL PINTADO À MÃO - BASEADO NO ÚLTIMO BORNAL DE LAMPIÃO



Bornal pintado à mão - Baseado no último bornal de Lampião. Em percal, com acabamento extra. (Disponível). Uma peça de destaque, seja para decoração de espaços temáticos, pousadas, hotéis, fantasias, teatro, etc...

Facebook página do pesquisador Voltaseca Volta

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/ 

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FEIRAS SERTANEJAS

Por Benedito Vasconcelos Mendes

No passado, existia no Sertão Semiárido dois tipos de feiras: as Feiras Regionais de Gado e as Feiras Semanais. As Feiras Regionais de Gado ocorriam em diversas cidades do Nordeste, como Feira de Santana-BA, Caruaru-PE, Campina Grande-PB, Caicó-RN, Currais Novos-RN, Icó-CE, Sobral-CE, Campo Maior-PI e em outras cidades.

As Feiras Semanais aconteciam em todas as cidades sertanejas. Estas feiras locais (Feiras Semanais), além de serem um espaço comercial eram também local de encontros e congraçamentos dos habitantes do campo com os das cidade. Os fazendeiros aproveitavam a ida à feira para rever familiares e amigos que moravam na cidade, ir ao médico, comprar óculos, encomendar ternos de linho na alfaiataria, fazer compras nas lojas de tecidos e nas de produtos industrializados, enquanto a população urbana ia à feira para se abastecer de gêneros alimentícios, vindos da área rural e para se encontrar com amigos e parentes que residiam nas fazendas e sítios.

Na década de 1950, a Feira Semanal da cidade de Sobral, no Estado do Ceará, ocorria em um terreno próximo ao Mercado Municipal. Em um poste de ferro (trilho de trem), no meio da feira, situava-se um serviço de alto falante, que anunciava recados, avisos, achados e perdidos e que retransmitia a programação da Rádio Iracema de Sobral, à época, a única emissora radiofônica existente na cidade.

A região se auto abastecia de alimentos, pois quase tudo era produzido nas fazendas regionais. Não havia estradas asfaltadas nem frota de caminhões capaz de trazer do Sudeste ou de outra Região Geográfica do País produtos alimentícios a preços competitivos, de modo que tudo que se consumia era fabricado na região. Muitos víveres e animais vivos eram trazidos das fazendas e sítios localizados nas redondezas de Sobral. Os animais eram tangidos das fazendas até a feira, pois, naquela época, não existiam caminhões adaptados para o transporte de animais.

Os animais vivos mais comercializados na feira eram bovinos, ovinos, caprinos, suínos, equinos, muares, asininos e aves. Os principais produtos transportados em lombos de burros e de jumentos pelos comboieiros, para serem comercializados na feira eram aves (galinhas caipiras, capotes, patos, perus e marrecas nativas) e os gêneros alimentícios produzidos nas fazendas, como farinha e goma de mandioca, rapadura, queijo de coalho, manteiga de garrafa, banha de porco, carne-seca, linguiça, ovos, peixes de água doce, tripa e toicinho de porco salgados, avoantes e outras caças salgadas, feijão-de-corda, milho, arroz vermelho, coco-da-praia seco, jerimum, melancia, milho verde e outros produtos.

Do litoral, vinha o sal e o peixe seco, especialmente o peixe Camurupim salgado. Da Serra da Meruoca chegavam farinha e goma de mandioca, rapadura, cachaça, castanha de caju, óleo de coco-babaçu, mel de abelha jandaira, mel de abelha mandaçaia, mel de engenho, colmos de cana-de-açucar para garapeiras e frutas (banana, manga, abacate, ata, mamão, ananá, laranja, lima, limão e outras).

Os artesãos armavam suas tendas para vender seus produtos, sendo as mais comuns: Tenda de Ferreiro, que vendia machados, foices, facões, facas de ponta, peixeiras, dobradiças, armadores de rede, alavancas, pés-de-bode, talhadeiras etc; Tenda de Flandreiro, com suas lamparinas de zinco, panelas, canecas de flandres e de zinco, ralos de lata (flandres), para ralar milho verde e muitos outros recipientes de zinco e de flandres; Tenda de Seleiro, que vendia selas, caronas, alforjes, cabrestos, peias, cabeções, sias para selas e cangalhas, esporas e estribos; Tenda de Louceira, onde se encontrava panelas de barro, fogareiros, potes, quartinhas, alguidares, penicos e muitos outros recipientes de barro; Tenda de Cesteiro, que oferecia cestos de cipó e artigos de palha de carnaúba (urus, surrões, bolsas, esteiras, abanos, urupemas) e outros; Tenda de Tarrafeiro, que vendia tarrafas e landuás de pescar; Tenda de Tamanqueiro, que comercializava tamancos de mulungu, com rosto de couro; Tenda de Gameleiro, onde se comprava gamelas, cochos, cuias, cuités e colheres de pau; Tenda de Sapateiro, onde eram comercializadas chinelas de rabicho e alpercatas; Tenda de Chapeleira, que oferecia chapéus de palha de carnaúba; Tenda do Cordel, que vendia folhetos de cordel; Tenda dos Carpinteiros, Marceneiros, Tanoeiros e Santeiros, que vendiam portas, janelas, bancos, cadeiras, mesas, cantareiras, ancoretas, pipas e tinas de pau-branco, cangalhas, imagens de santos, penteadeiras, guarda-louças e baús de imburana ou cumaru.

Os feirantes vindos da zona rural e de outras cidades compravam nas grandes lojas do Mercado Municipal, principalmente, tecidos, ferramentas, rádios, apetrechos de trabalho, implementos agrícolas, máquinas e metais, que serviam de matérias-primas para os artesãos e outros produtos. As lojas externas, que circundavam o mercado, eram quase todas de artigos populares, pois eram especializadas em produtos rústicos, destinados aos habitantes da zona rural, principalmente feirantes e tropeiros que vinham para a feira semanal, que ocorria das cinco horas da manhã às duas horas da tarde.

Eram lojas surtidas que vendiam de um tudo do ramo de sua especialidade. Por exemplo, as lojas de tecidos e aviamentos vendiam tecidos (algodãozinho, morim, chita, brim, mescla, cáqui e outros tecidos) e aviamentos (botões, linhas, cianinhas, bicos, elásticos, agulhas para costurar e bordar à mão, agulhas de máquina de costurar, bastidores de bordar, linhas de crochês, cordões de punho de rede e muitos outros produtos). As lojas de ferragens vendiam enxadas, pás, martelos, alicates, machados, picaretas, tesouras, serrotes, limas, grosas, enxós, cepilhos, puas, goivas, formões, chaves de fenda, foices, facas, facões e metais de uso geral, como pregos, parafusos, folhas de zinco, solda branca, dobradiças, fechaduras etc. As sapatarias comercializavam sapatos fechados, botas, sandálias e fanabôs, além de solas, vaquetas e camurças.

No decorrer do dia, os feirantes iam merendar na merendeira do Batoré. Invariavelmente, pediam caldo de cana com pão doce ou pastel de carne com refresco de murici, peroba ou de tamarindo. No Café São José, de propriedade do Tião Serrano, localizado vizinho à merendeira do Batoré, além de café era servido também cuscuz com ovos, sopa e caldo de carne e pão com bife. O almoço, geralmente, era no restaurante da Dona Raimunda, onde se comia panelada, buchada, sarapatel ou carne de bode com feijão-de-corda com toicinho, arroz e farinha de mandioca.

Os comerciantes que vinham de fora, de vez em quando, dirigiam-se à bodega do Chico Orelhudo, para tomar uma dose de cachaça no pé do balcão, com tira-gosto de cajá, caju ou de tripa de porco assada, com farinha de mandioca. A cachaça era acondicionada em quenga de coco-da-praia, com uma rolha de madeira, que ficava pendurada em um prego na prateleira. A medida que a cachaça do coco ia diminuindo, o bodegueiro ia completando o volume com cachaça retirada de um tonel de imburana, com o auxílio de um funil de zinco. Os copinhos de vidro de servir cachaça tinham o fundo grosso e ficavam com a boca para baixo, em um suporte de madeira fixado na parede.

Os comboieiros, que traziam seus produtos de sítios da Serra da Meruoca, usavam caçuás de couro cru sobre cangalhas. Geralmente, traziam farinha e goma de mandioca, rapadura, mel de engenho, óleo de coco-babaçu, doce de caju, castanha de caju e frutas (banana, manga, mamão, laranja, limão, caju, ata, abacaxi, graviola, goiaba e outras frutas tropicais). As frutas, as verduras e as meizinhas eram vendidas em bancas. As principais meizinhas comercializadas eram as raízes, cascas de tronco de plantas, folhas, frutos e sementes de vegetais, banhas de tejo, de cobra cascavel, de raposa, de traíra, de cágado, de jia, de galinha e sebo de carneiro capado.

A verdureira mais popular e a que tinha o maior número de fregueses era a Dona Matilde dos Coentros. A Tenda do Cordel era a mais animada da feira e seu proprietário era o João do Cordel, que vendia os folhetos dos poetas populares. Para chamar a atenção dos fregueses, ele recitava, em voz alta, versos de autoria do Cego Aderaldo e de outros cordelistas famosos.

Os sertanejos que traziam para vender na feira, aves, queijos de coalho, manteiga de garrafa, mel de abelha jandaira, peixes de água doce (curimatã, traíra, cangati, piau, piaba e cascudo) e muitos outros produtos. Eles voltavam com seus comboios de animais carregados com latas de querosene, tecidos, sal, ferramentas, moinho de ferro, arame farpado e outros materiais, comprados nas lojas do Mercado Municipal. Às duas horas da tarde, a feira já estava deserta, com as barracas desarmadas. A feira era usada também para abastecer as bodegas e ajudar a renovação de seus estoques. Era o local que os proprietários das fazendas e dos sítios da região tinham para vender seus produtos e para comprar os utensílios do lar, as máquinas, os implementos agrícolas, remédios e artigos de higiene.

Benedito Vasconcelos é professor, escritor, pesquisador do cangaço e membro de várias associações.

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