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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

MARIA SULENA DA PURIFICAÇÃO

   Por José Mendes Pereira

A mãe dos Ferreiras tinha muitos nomes, e os quais eram: Maria Sulena da Purificação, Maria Vieira do Nascimento, Maria Vieira da Soledade,  Maria Lopes da Conceição, Maria Santina da Purificação e Maria Lusulina da Purificação. E todas é uma só pessoa, isto é, uma só Maria, sendo a  mais conhecida Maria Lopes da Conceição.  

Era a esposa do pacato José Ferreira dos Santos ou Silva que foi assassinado pela volante do tenente Zé Lucena. 

Ela nasceu no ano de 1873, já se passaram 152 anos, no Sertão Pajeú, em Serra Talhada, no Estado de Pernambuco, às margens do Riacho São Domingos, um dos afluentes do Rio São Francisco. 

Era filha de Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jocosa Vieira. Batizou-se na capela de Vila Bela de São Francisco em Pernambuco, e seus padrinhos foram: Manoel Pereira da Silva (Manoel da Passagem do Meio), irmão de Padre Pereira e dona Constância Pereira da Silva (sua segunda esposa) eram os pais de Sebastião Pereira (Sinhô Pereira, primeiro e único patrão fora-da-lei de Lampião). 

Sinhô Pereira 

O casamento de dona Maria Lopes com José Ferreira foi realizado na tarde do dia 13 de outubro de 1894, na igreja da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, em Floresta do Navio. Ele tinha 22 anos e ela tinha 21. A cerimônia foi presidida pelo cônego Joaquim Antônio de Siqueira Torres. 

Padre Joaquim Antônio de Siqueira Torres

Na pregação o Padre Quincas declarou: "- Tenho a satisfação de assistir a este enlace matrimonial de gente que conheço: boa, amiga e cristã. Faço votos ao Bom Jesus pela felicidade do casal e o futuro muito grande de seus filhos. 

O casal teve 11 filhos dos quais 2 crianças faleceram ainda pequeninas. Uma delas foi queimada em casa, ao levantar da sua redinha, foi até a lamparina que os seus pais haviam deixado acessa sobre à mesa, e calcula-se que ela tenha pegado inocentemente a lamparina, fazendo com que o querosene tenha sido derramado sobre o seu pijama, e assim a tragédia aconteceu. Ela ainda viveu por 8 dias, mas infelizmente veio a óbito. Informação do saudoso escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti.

Vamos ver os outros filhos do casal:

Antônio, Levino, Virgolino, João, Ezequiel, Maria, Angélica, Anália e  Virtuosa, além das duas já citadas.

O terceiro filho do casal ficou famoso: Virgolino, mais tarde, Lampião.  É aí, onde essa Maria com tantos nomes passou para a história.

Maria criou os filhos com autoridade dentro dos rígidos costumes sertanejos. A vida da família era pacata, até Virgolino virar cangaceiro. A situação tornou-se insuportável para ela, sendo obrigada a deixar sua casa, viver de sobressaltos, perseguições etc. O coração não suportou e Maria Sulena morreu no mundo de infarto, aos 47 anos, em Alagoas, no dia 30 de abril de 1920. Foi enterrada discretamente no Cemitério Santa Cruz do Deserto.  

Aqui neste trabalho eu pesquisei algumas informações do livro "Lampião a Raposa das Caatingas" de José Bezerra Lima Irmão.

Entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail:

franpelima@bol.com.br 

e adquira esta maravilhosa obra.

Se você quiser saber mais sobre a paternidade de Antônio Ferreira compra o livro citado acima.

http://blogdomendesemendes.blogapot.com

CTCN - CENTRO DE TRADIÇÕES CULTURAIS DO NORDESTE.

 Por Caruaru Terra de Oportunidades


Este papagaio pertenceu a Frei Damião.

https://www.facebook.com/groups/556941868356742/posts/esse-papagaio-pertenceu-a-frei-dami%C3%A3o/1735217237195860/

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CANGACEIROS...

 Por Robério Santos

Consegui hoje esta fotografia (fonte: RJ, Revista de Polícia, agosto de 1936), de qualidade sofrível, mas que revela detalhes nunca antes vistos: o restante do telhado, mais do chão e um sexto cangaceiro no lado esquerdo (foto feita em 1926 no Juazeiro do Norte-CE por Lauro Cabral). 

A foto seguinte é a que possuo original e que está em meu livro O Santo e o Cangaceiro (que será lançado em novembro). Observem que a segunda imagem foi cortada por algum motivo. PS: repostei com a montagem mostrando a posição.



https://www.facebook.com/roberio.santos

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SEPULTURA DE ZEFINHA! VOCÊS SABEM QUEM FOI ELA NA HISTÓRIA DO CANGAÇO?

 Por Robério Santos



https://www.facebook.com/photo?fbid=10163339232617840&set=pcb.10163339232657840

José Mendes Pereira: 

Comentam-se por aí os escritores e pesquisadores do cangaço que o cangaceiro "Corisco ou Diabo Loiro" não mexia com mulheres. Acredito que por ser feminina, zelou por ela enquanto esteve em sua companhia. 

Mas está faltando uma confirmação desta pergunta que farei agora:

Uns afirmam que ela foi raptada pelo casal de cangaceiros, para que ele fosse protegido, enquanto tivesse se deslocando de um lugar para outro, assim, a polícia deixaria passar, já que aquele casal conduzia uma criança, e jamais os policiais iriam atacá-lo.

E por que ela o chamava de padrinho, já que fora raptada?


Zefinha, a garota que "supostamente" Corisco e Dadá, teriam sequestrado. Foi encontrada debaixo da cama com medo dos tiros trocados entre a volante de Zé Rufino e o casal de cangaceiros.

"Meu padrinho era muito bom pra mim" Teria dito ao repórter do Jornal.


Corisco quando nasceu seus pais estavam separados. Foi criado apenas por sua mãe. E mesmo, ou apesar disso, o terrível facínora conhecido por seus requintes de crueldade, foi um pai amoroso aos seus filhos. 

Sílvio Bulhões filho dos cangaceiros Corisco e Dadá já falecido.

Várias cartas atestam o seu zelo e amor. Em especial, cito o carinho dispensado ao seu primogênito, Sílvio Bulhões entregue ao padre Bulhões. E o mais incrível, é a reciprocidade do filho ao pai, mesmo sem uma convivência. 

Nessa fala da garota Zefinha ao jornal, percebemos que o "Diabo Louro"  Corisco era muito paternal. Notem que ela se refere ao padrinho, como sendo muito bom!

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O CANGACEIRO "MENINO DE OURO".

 Por José Mendes Pereira

Menino de Ouro é o nº 25 e sua foto está com um círculo

Não sou um grande conhecedor do cangaço e muito menos querer ser, sou apenas um estudante que muito erra, aqui acolá acerta, mas acho que o pesquisador e historiador Dr. Antonio Amaury tem suas razões sobre o cangaceiro Menino de Ouro.

O pesquisador Geraldo Júnior disse: “Segundo o pesquisador/escritor Antônio Amaury Corrêa de Araújo, “Menino de Ouro” não foi o cangaceiro que foi morto nessa ocasião (referindo-se após a saída da frustrada tentativa de assalto à Mossoró), e que inclusive esteve pessoalmente com ele há algumas décadas atrás”. - https://www.facebook.com/groups/ocangaco/?ref=ts&fref=ts

Escritor Antonio Amaury

Dona Francisca da Silva Tavares é a viúva de Antonio Luiz Tavares, o cangaceiro Asa Branca, a segunda esposa do mesmo. 


Asa Branca nasceu no dia 10 de janeiro de 1902 e faleceu de problemas cardíacos em Mossoró, no dia 02 de novembro de 1981, sendo que os seus restos mortais repousam no Cemitério São Sebastião em Mossoró, aos fundos do túmulo de José Leite de Santana, o ex-cangaceiro Jararaca.

Francisca da Silva Tavares viúva do cangaceiro Asa Branca

Dona Francisca reside aqui em Mossoró no Estado do Rio Grande do Norte, e sempre que eu tenho um tempinho, a visito em sua casa. Excelente senhora, educada e muito simpática.

Foi me contado por ela o que segue, mas não sei se for preciso, se ela continuará contando do jeito que me contou em sua casa, porque as pessoas às vezes mudam os seus depoimentos, mas certo dia, acho que já se foram 14 anos quando ela me falou o seguinte:

Quando ela morava em Macaíba, no Estado do Rio Grande do Norte, 41 min (29,0 km) da capital Natal, segundo ela, o ex-cangaceiro “Menino de Ouro” morava vizinho à sua casa, e muito ajudou ao casal criar seus filhos, pois eles estavam em dificuldades financeiras, e como ele não tinha família, isto é, filhos, o que ele adquiria referente a alimentos, sempre levava para sua casa, no intuito de ajudar o “Asa Branca” sustentar a sua família.

Perguntei se quando eles saíram da cidade de Macaíba se o cangaceiro “Menino de Ouro” havia ficado lá. Ela disse que ele ficou morando lá, mas não soube mais o seu destino. Esta foi a informação que foi dada por ela sobre o cangaceiro “Menino de Ouro".

CANGACEIRO MENINO DE OURO E ANTÔNIO DA PIÇARRA.

Ex. cangaceiro Oliveira, conhecido também como Menino de Ouro ou Alagoano e o famoso coiteiro de Lampião Antônio da Piçarra. Fonte: LUCETTI, Hilário. Histórias do cangaço. Crato: Gráfica Encaixe, 2001. 
Foto do acervo do pesquisador do cangaço Beto Rueda.

Na literatura lampiônica existe uma certa dúvida em relação ao cangaceiro "Menino de Ouro", se foi ele ou não que morreu entre Limoeiro do Norte e Mossoró. Alguns acreditam que foi ele que morreu ali, quando da tentativa de assalto à cidade de Mossoró feita pelo cangaceiro Lampião e seu bando, tendo ele sido alvejado no momento da refrega e ao sair de Mossoró às carreiras, e como estava com grave ferimento, ao chegar à margem da antiga estrada do cajueiro que liga Limoeiro à Mossoró, foi  assassinado por um dos seus companheiros, já que ele não tinha mais condição de seguir viagem com os companheiros do bando do capitão Lampião. O assassinato foi em terras do Ceará.

Professor, escritor advogado e Pesquisador Honório de Medeiros

Honório de Medeiros diz em seu artigo, basta conferir clicando no link abaixo: "Originariamente, percebe-se facilmente, a cruz estava plantada diretamente no solo calcário. Hoje, inclusive, existe uma pequena cavidade por trás da cruz, construída com tijolos, talvez para receber velas...!" http://cariricangaco.blogspot.com/2013/12/a-morte-do-cangaceiro-uma-cruz-beira-do.html

Cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira. Ao centro dona Francisca da Silva Tavares e o poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano Kydelmir Dantas. Foto feita em sua residência em uma visita que nós fizemos à dona Francisca da Silva Tavares em Mossoró no ano de 2012.

Mais ou menos no ano de 2010 Dona Francisca da Silva Tavares viúva do ex-cangaceiro Asa Branca me falou em sua residência em Mossoró que "Menino de Ouro" morou algum tempo em Macaíba no Estado do Rio Grande do Norte, próximo à sua residência. 

O cangaceiro não tinha família, segundo dona Francisca, e em situações difíceis, sendo ele ex-comparsa do cangaceiro "Asa Branca" no crime, e amigos, o facínora "Menino de Ouro" tudo que ganhava dividia com o "Asa Branca" a feira e dinheiro para que ele desse de comer à  sua família. Ela  me revelou isto em sua casa, o que o ex-cangaceiro havia feito de bom para o casal e para todos os seus filhos. 

Antônio Luiz Tavares o ex-cangaceiro Asa Branca.

Dona Francisca me falou ainda que, se o ex-cangaceiro "Menino de Ouro" não morasse por lá, isto é, em Macaíba, o casal e seus filhos teriam passado muita necessidade, porque o salário que o "Asa Branca" ganhava não dava para sustentá-los. Isto eu ouvi da viúva do "Asa Branca" certo dia em sua casa. Dona Francisca não me disse quem teria chegado primeiro em Macaíba, se foi o "Asa Branca" ou se foi o cangaceiro "Menino de Ouro".

Neste momento não dará certo para eu apresentar esta foto do cangaceiro a ela, mas se eu escapar desta tal de coronavírus e dona Francisca também, quando passar todo esse movimento triste que a humanidade está passando, vou mandar revelar esta foto e ver se dona Francisca tem condições, mesmo com longos anos passados, de reconhecer este senhor como sendo "Menino de Ouro", que morava em Macaíba perto do seu companherio de desordens Antonio Luiz Tavares o Asa Branca, também cangaceiro de Lampião. 

Uma observação: O cangaceiro que morreu próximo a Limoeiro do Norte com certeza ainda era muito jovem.

 http://blogdomendesemendes.blogspot.com