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segunda-feira, 8 de maio de 2017

LIVRO “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”

Por Antonio Corrêa Sobrinho

O que dizer de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”, livro do amigo Ruberval de Souza Silva, obra recém-lançada, que acabo de ler, senão que é trabalho respeitável, pois fruto de muito esforço, dedicação; que é texto bom, valoroso, lavra de professor, um dizer eminentemente didático da história do banditismo cangaceiro na sua querida Paraíba. É livro de linguagem simples, sucinto e objetivo, acessível a todos; bem intitulado, pontuado, bem apresentado. E que capa bonita, rica, onde nela vejo outro amigo, o Rubens Antonio, mestre baiano, dos primeiros a colorizar fotos do cangaço! A leitura de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO” me fez entender de outra forma o que eu antes imaginava: o cangaço na terra tabajara como apenas de passagem. Parabéns e sucesso, Ruberval!

Adendo: José Mendes Pereira

Eu também recomendo aos leitores do nosso blog para lerem esta excelente obra, e veja se alguns dos leitores  possam ser parentes de alguns cangaceiros registrados no livro do Ruberval Souza.

ADENDO -  http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Entre em contato com o professor Pereira através deste 
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LAMPIÃO E MARIA BONITA


O maior e mais arrebatador amor de todos os tempos! Nasceu entre esses dois e bem ao meio da fome,sede, perseguições, violência e mortes, porém o amor falou mais alto ao ponto dos dois morrerem juntos, creio eu q nem o romance, Romeu e Julieta supera tamanho amor.

Bom dia meu grupo amado!

Fonte: facebook
Página: Sergio de Deus
Link: https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/?fref=ts

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OS PIRATAS DE SÁ ANA...

Por Ignácio Tavares de Araújo


Esta é mais uma estória acontecida na minha adolescência, entre tantas outras que vez por outra me afloram na memória. O cenário do acontecido são as águas barrentas do Piancó, principalmente nos anos de transbordo de suas calhas. Isso mesmo, a barragem de Mãe D’água ainda não havia sido construída por isso as cheias do Piancó aconteciam com mais frequência, portanto, bastava uma chuva grande à montante da bacia do Açude de Coremas, para que o rio transbordasse, invadindo a Rua de Baixo (Rua benigno Ignácio Cardoso D' Arão), às vezes a Rua do Comércio (Rua "Coronel" João Leite).

Logo cedo aprendi a nadar nas águas do Piancó. Godô (Godofredo Bispo) costumava me chamar de a "Piaba de Lourdes", tanto era a minha habilidade para nadar com desenvoltura. Embora ainda criança, não hesitava desafiar o nosso rio, com seus remansos traiçoeiros. A meninada da rua do comércio e adjacências, por ocasião das grandes cheias, entrava em estado de esfuziante alegria, justo porque, quanto mais cheio o rio, maior era a festa. Para nós, naquela época, nadar nas águas do Piancó era a melhor diversão. Os lugares mais frequentados eram a pedra da sedan, a pedra redonda e o buraco de Zé Bispo. Mas, o grande desafio era avançar rio adentro e chegar ao poço do Araçá, o que eu fazia com o primo Dão com certa frequência...

Dão, primo e amigo, era o companheiro de aventuras por ocasião das grandes enchentes. Fazíamos nossas incursões rio abaixo, escanchados em possantes cavaletes, feitos de raiz de Timbaúba. Era isso mesmo, pois eu devia ter cerca de doze anos e o primo dezoito, ambos com muita energia para enfrentar o Piancó. O meu irmão Felix não era muito de desafiar as correntezas do Piancó, a não ser de canoa. Nunca foi um bom nadador, por isso evitava enfrentar os remansos ao longo do trajeto até o sitio da minha avó.

Assim sendo, ao lado do primo Dão, cada um no seu cavalete desafiava as águas do rio, principalmente quando estava a invadir a Rua de Baixo (Rua Benigno Ignácio Cardoso D' Arão). Quanto mais cheio estivesse maior era a emoção de enfrentar as correntezas temidas por todos que tinham seus plantios no outro lado do rio. Os riscos não eram poucos, posto que a velocidades das águas rio abaixo, ameaçavam a nossa segurança. Tinha mais, os balseiros que desciam nos preocupavam, pois, quase sempre havia cobras ávidas de um porto seguro para desembarcar. 

Eu e o primo enfrentávamos os desafios como podíamos. A gente conhecia os melhores caminhos através dos quais era possível chegar ao sítio da minha avó, entre outros lugares, sem o risco de afogamento ou mesmo de sermos picados por cobras peçonhentas a espreitas nos entulhos passavam ao nosso lado.

Na época das grandes enchentes, nem mesmo o mais habilidoso dos canoeiros aceitava enfrentar a fúria das corredeiras do Piancó. Isso era muito bom pra a gente, porque somente nós dois podíamos chegar ao outro lado do rio. Ficávamos por dono de tudo. Passávamos pela roça de Dozinho, fazíamos uma limpeza nas pinhas maduras. Na roça de tio Marcionilo, o que havia de melancia, melão, a gente passava as mãos.

Quando o Rio baixava todo mundo tomava seus lugares. Marcionilo ao chegar à ilha, onde estava situada a sua roça, sentia a falta das melancias e dos melões. Ao se encontrar com a gente reclamava: ¨ô Dãozinho, nesses dias que o rio estava cheio, passaram na minha roça e comeram as melhores melancias e os melhores melões. “Ah, danadinhos”!

Continuava: “não sei dizer quem fez aquele estrago, porem uma coisa me chama atenção: foram duas pessoas, um adulto e um menino. Não quero dizer que tenha sido você e Inacinho de Lourdes, que sempre lhe acompanha nas caminhadas pela beira de rio, por ocasião das enchentes. Agora, os rastros dão certinhos com os pés de vocês. Que coincidência, não é Dãozinho”?.

Dão dava uma boa gargalhada ante a desconfiança de Marcionilo. Apesar da nossa negação, sabíamos que o velho tinha certeza de que fomos nós os autores do estrago. Na calçada da casa do tio Cândido, onde todos se reuniam pra conversar, sobre coisas do dia-a-dia, Marcionilo queixava-se dos piratas de Dona Ana. Uma referência a nós dois.

Nossas traquinices não se restringiam tão somente as roças de Dozinho e Marcionilo. Às vezes a gente descia até ao sitio Cajarana, ao poço do redondo e visitávamos a roça de Jorge Bispo e Antero na busca de pinha madura. Éramos os reis do Rio. Quanto mais águas melhor pra a gente. Enfrentávamos remansos perigosos, corredeiras, mas a nossa habilidade na condução dos cavaletes nos deixava muito a vontade para enfrentarmos situações adversas.

Quando o Rio voltava ao leito normal acabava a nossa brincadeira. Ficávamos a aguardar outras oportunidades pra começar tudo de novo. Agora, vale lembrar que no decorrer das enchentes só havia um lugar que a gente evitava nadar até lá porque o percurso era perigoso demais. Refiro-me ao o encontro do Piranhas com o Piancó. Isso mesmo, essa junção acontece lá na forquilha de dona Vitalina, matriarca da família Lacerda e Junqueira. Quando queríamos assistir ao grande espetáculo do encontro das águas do Piranhas com o Piancó, muito antes deixávamos nossos cavaletes e íamos a pés até o local. Valia a pena porque era uma luta espetacular cujo vencedor era o Rio com o maior volume d’água. 

Assim terminava as nossas aventuras naqueles bons tempos que a estação invernosa era mais generosa, - o que com certa frequência fazia o Piancó transbordar além da sua calha - para o deleite de dois ousados jovens que faziam das águas do rio o caminho que os permitia chegar são e salvo à roça de Sá Ana, nossa saudosa avó, entre outras localidades. Bons tempos, velhos tempos...

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NO CIO MORTAL

*Rangel Alves da Costa

Nem todo sexo és prazeroso, e por diversos motivos. De repente, o simples ato de desejar pode se transformar num perigoso jogo de vida ou morte. Como num realismo erótico japonês, o ato sexual pode se extremar de tal modo que não restará senão a morte depois do prazer. São os sadismos, as aberrações e outras performances que deixam bichos e homens subjugados pela morbidez do prazer.
E assim comumente no mundo animal. Quando estão com desejo sexual intenso, saindo de suas tocas em busca de acasalamento, ainda assim os escorpiões agem com extremo cuidado diante da parceria encontrada. Avistam-se, se querem, se buscam, mas num repente a fêmea pode injetar seu ferrão venenoso no macho e o que seria uma relação se transforma em tragédia.
Nos outros animais há muitas estranhezas também quando os desejos sexuais afloram e o apetite faz com que percam totalmente suas medidas de precaução. Até na selva, perante os bichos selvagens, essa busca pelo outro se reveste de atratividades perigosas e de traições amorosamente premeditadas ou ao acaso do jogo do prazer.
Nem tudo são as mil maravilhas por lá. Verdade é que há bicho que tem o acasalamento como último ato de sua vida. Morre ao namorar, namora para morrer, é traído pela armadilha do outro, se encanta tanto com o prazer da entrega que nem se dá conta do ferrão injetado, da venenosa mordida, do instinto assassino da parceria.
Certas espécies de aranhas morrem depois do sexo. Na fúria sexual, após o prazer, o órgão reprodutor da aranha macho pode se desprender quando tirado rapidamente de dentro da fêmea, o que lhe causa extrema fraqueza e morte pela perda excessiva de líquido correspondente ao sangue.
As estranhezas não param por aí. Como se observa no texto “10 rituais estranhos de acasalamento animal”, disponível no site Insoonia.com (http://www.insoonia.com/10-rituais-estranhos-de-acasalamento-animal/), a coisa pega fogo mesmo, e até com vítimas fatais. E diz o seguinte:
“Os chimpanzés pigmeus são uma espécie que se caracteriza por serem obcecados com o sexo. Para eles, acasalar-se é uma forma saudável de resolver problemas e celebrar quando encontram comida. Também participam de práticas homossexuais e orgias. O louva-a-deus fêmea costuma morder e comer a cabeça de seu parceiro durante a relação sexual, já que isto ajuda à entrega de esperma e incrementa suas possibilidades de conceber. Os ratos-marsupiais-australianos também são um pouco perversos. Uma vez que chega a temporada de acasalamento, estas pequenas criaturas se esmeram em encontrar parceiros e podem passar até 12 horas fazendo sexo. Ao final da temporada morrem. Para as girafas, sobretudo os machos, é um desafio acasalar-se devido a seu grande tamanho. Para saber se a fêmea está no cio, ele golpeará suas ancas a espera de que ela urine. Se isto ocorrer e a urina tiver um cheiro característico, então começará a cortejá-la. As lesmas da banana distinguem-se por ter um pênis que mede entre 15 e 20 centímetros, um tamanho impressionante se levarmos em conta que seu corpo mede praticamente o mesmo. Estes animais são hermafroditas. Para poder fecundar, devem escolher um parceiro do mesmo tamanho, caso contrário seu pênis ficará atolado durante o ato sexual e seu parceiro terá que arrancá-lo. Conhecida como Thamnophis sirtalis infernalis ou serpente garter, a fêmea desta espécie exala um feromônio que atrai centenas de machos para que se acasalem com ela. Até 100 serpentes macho participam nestas orgias. Os caracois são hermafroditas e seus genitais estão localizados próximos aos pescoços, bem atrás de seus olhos. Antes de que dois caracoles se acasalem, lançam “dardos de amor”, feitos de cálcio, o que permite armazenar mais espermas em seus úteros. Os casais do Amazona Albifrons ou papagaio da cara branca são muito românticos e se beijam muito durante o acasalamento. O curioso é que para dar um tempero a mais na relação e acender o fogo da paixão, vomitam dentro da boca do outro”.
Pelos exemplos citados, logo se depreende que a dança do cio, do acasalamento, da afloração sexual, pode não ser apenas um estado de receptividade amorosa com consequencias positivas, relaxantes, confortantes. A aranha, por exemplo, ao fim do ato sexual não poderá acender um cigarro nem se virar sorridente de lado para descansar. Vai morrer.
O cio, pois, não é somente o apetite sexual dos animais em determinadas épocas ou o desejo sexual intenso das fêmeas no período da fertilidade, cuja excitabilidade e alterações comportamentais despertam a excitação dos machos. É também a época de tornar o prazer em arma poderosamente fatal. E não se poderia duvidar que a aranha já estivesse pensando em injetar veneno no macho bem antes do apetite todo chegar.
Mesmo que o cio não seja conceito plenamente aplicado aos seres humanos - ainda que muitos não passem de verdadeiros mamíferos -, verdade que é no reino mundano onde ele melhor se caracteriza. E diferentemente do que ocorre com o período de fertilidade nos bichos, nas pessoas isso é o que menos importa. A fome é extrema, a disposição tremenda, a volúpia parecendo insaciável.
Se os homens tivessem as cabeças arrancadas ou veneno injetado pelas fêmeas, e se com isso morressem ou ficassem com visíveis sequelas, certamente seria um problema grave e difícil de resolver. Mas não menos grave do que os desejos sexuais incontroláveis, a luxúria e a pecaminosidade que aumentam cada vez mais, e não há contínuo festim de acasalamento que seja suficientemente bastante.

Escritor
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MATAMOS O RIO PIANCÓ!

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Até a primeira metade da década de 1960, o saneamento ainda não havia chegado a Pombal. A água consumida pela população era vendida pelos chamados aguadores, que colhiam a água no Piancó, e saiam pelas ruas com seus jumentos carregando ancoretas de borracha, que vazavam deixando um rastro d'água pelo caminho.


De nome lembro dos aguadores Zé Capitula, Pedro Jáques, Zé de Godor e dona Porcina. Outros tivemos, é claro.


Foi um tempo que a água era abundante e não havia a consciência de cuidar do Rio: as matas ciliares foram devastadas e o areal que demarcava as suas margens usado sem piedade na construção civil, e os esgotos de toda a cidade vomitam no leito do Piancó.


Conheci muita gente que sobreviveu e sustentou a família com o peixe que abundava no nosso nilo: eu mesmo pesquei naquelas águas.


Hoje o Rio é fio de esgoto a agonizar, e como numa volta ao passado, os vendedores de água começam a cruzar as ruas a distribuir o que ainda insistimos em chamar de ÁGUA.


Jerdivan Nóbrega de Araújo

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CEMITÉRIO NOSSA SENHORA DO CARMO E OUTROS CEMITÉRIOS DE POMBAL

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Não tenho dúvidas que outros cemitérios foram construídos para atender ao povo de Pombal. Pela tradição católica devo crer que o primeiro tenha sido construído nas proximidades da Igreja do Bonsucesso (hoje igreja do Rosário), do qual não existe mais o menor indicio, e que atendia ao Clero e as “famílias benfeitoras” da Vila. Uma cidade com 245 anos não pode ter apenas um cemitério com 157 anos. A pergunta é: onde estão os resquícios dos cemitérios anterior a 1860?

Já ouvi conversas de pessoas mais antigas que dão notícias de escavações de alicerces nas imediações da Igreja do Rosário onde foram encontradas ossadas, de forma que o nosso povo condicionou a chamar o local de “cemitério dos índios”. Mas, a pergunta continua: onde Pombal sepultava seus mortos antes da construção do Cemitério de Nossa Senhora do Carmo?

Cemitério Nossa Senhora do Carmo - Pombal - Paraíba

Destaca-se o portão descrito por Verneck Abrantes de Sousa, confeccionado em ferro fundido, com o escudo da Coroa Imperial: “a beleza do seu portão trabalhado em ferro, duas figuras do anjo Guardião com asas, esculpidos ao alto e a olhar para o céu. Como um mistério, ninguém mais sabe desse portão, simplesmente desapareceu. ”
Há notícias de um cemitério improvisado, nas imediações do local onde foi erguida a Cadeia nova da cidade (existe ali um projeto de novo Cemitério). O local passou a ser conhecido como “cemitério do Cólera”. Na verdade, era apenas um local onde “despejavam-se” as vítimas dos surtos do cólera de 1856 e 1862. (Não havia um cercado ou uma Capela, como é da tradição católica).

Meu tio, Negro Cândido, irmão da minha avó, que nasceu no início do século XIX, certa vez me apontou aquele local como sendo o “cemitério do cólera”.

-Você sabia que no inverno aqui davam as melhorias melancias de Pombal? Isso por que essas terras eram adubadas com os corpos das vítimas do cólera. Disse-me em tom de brincadeira.

Nos dias atuais um outro cemitério foi construído, acho que no ano de 1974: o São Francisco de Assis, no bairro Francisco Paulino.

O primeiro cemitério no sertão, construído após a peste do Cólera, teve início em 1855, na vila de Piancó. Porém, em 1850 que já havia uma aprovação da Assembleia Provinciana para a criação do cemitério nas cidades da Paraíbas. Mas, somente em 1856 foram criados cemitérios nas vilas de Sousa, Pombal, Patos, Catolé do Rocha, Alagoa Nova, Pilar, Bananeiras, Cabaceiras e Santa Rita, lugares mais afetados pela epidemia do cólera. ( *)

Já a construção do Cemitério de Nossa Senhora do Carmo, teve início em 1860.

Eu acredito que o local onde foi construído o Cemitério de Nossa Senhora do Carmo já era um local de sepultamento improvisado, e que entre 1856 e 1860 veio a verba para a construção. Ao contrário, teríamos indícios de um outro cemitério pré 1860, já que a tradição de cuidados com os mortos era muito forte até o fim do sec. XIX, não havendo a menor possibilidade de um cemitério simplesmente desaparecer da face da terra após a construção de um novo.

Na fotografia acima observa-se, por descrição de Verneck Abrantes “a beleza do seu portão trabalhado em ferro, duas figuras do anjo Guardião com asas, esculpidos ao alto e a olhar para o céu. Como um mistério, ninguém mais sabe desse portão, simplesmente desapareceu. ”
Cemitério Nossa Senhora do Carmo - Pombal - Paraíba

Pelo menos no século XX o Cemitério de Nossa Senhora do Carmo passou por duas ampliações, mas, o que mais nos chamar a atenção é o desaparecimento desse portão descrito por Verneck, confeccionado em ferro fundido, com o escudo da Coroa Imperial., que sumiu do nada, sem deixar nenhum rastro. Portão idêntico existe no cemitério da vizinha cidade de Sousa (foto colorida), que segundo os nossos vizinhos, foi doado, concomitante ao de Pombal, pelo imperador dom Pedro II (Reinado de 7 de abril de 1831; a 15 de novembro de 1889).

Cemitério São João Batista - Sousa - Paraíba

Um dos túmulos mais antigos do Cemitério de Nossa Senhora do Carmo, em bom estado de conservação, é o do Dr. Francisco Leal de Miranda, que faleceu há 132 anos, no dia 19 de fevereiro de 1885, com apenas 36 anos de vida.

 Cemitério São João Batista - Sousa – Paraíba

O Juiz Francisco Leal de Miranda presidio o primeiro julgamento de Maria da Conceição, que aconteceu no dia 27 de setembro de 1883, fato que eu conto no meu livro “O CRIME DA RUA DA CRUZ”, (Editora Imprell, 2012)

(*)Fonte: Revista História e Estudos /Fênix/UFPB “O Medo Anunciado: a febre amarela e o cólera na província da Paraíba 1850-1860” Serioja Rodrigues Cordeiro Mariano*

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LAMPIÃO MANDA MENSAGEM DO ALÉM...

Por Adauto Silva

Certamente seria parecida a manchete de capa de jornal, se o ocorrido tivesse chegado ao conhecimento de algum jornalista. O fato para lá de misterioso aconteceu com o DD amigo Luiz Ruben F. A. Bonfim, pesquisador e escritor de diversos livros sobre o cangaço. 


Me disse que, quando pesquisava para o livro Lampião e Maria Fumaça, se dirigiu à estação desativada de trem da Pedra, na cidade de Delmiro Gouveia, disse que em frente ao local, tinha um posto de gasolina e aproveitou para abastecer seu veículo, e foi aí que coisas intrigantes aconteceram. 

Contou que começou a prosear com funcionários, sobre possíveis curiosidades da estação, e um deles apontou... 

- Olha aí quem vem chegando, esse senhor foi quem recebeu a mensagem no telégrafo, dizendo que Lampião, tava perto de Piranhas. 

Tratava-se realmente do próprio Sr George Lisboa, o homem que entrou para a história do Cangaço, quando recebeu a mensagem " tem boi no pasto" oriunda de Piranhas, e que resultou na morte de Lampião e o fim cangaço, para ser entregue ao Tenente João Bezerra. Feitas as apresentações, se dirigiram a velha estação e o solícito senhor, começou a detalhar o ocorrido daquele fatídico dia, anterior à morte de Lampião, quando de repente, ficaram estáticos, pois o telégrafo começou a funcionar, com aquele som característico, depois de tantos anos que estava ali parado, servindo de exposição do pequeno museu.

Se o fato não tivesse sido exposto pelo amigo Luiz Ruben, este aqui iria dizer que era mais uma invenção para "boi dormir" e não que tinha "boi no pasto".


PS: A explicação possível, seria o fato, do telégrafo ter sido guardado com o mecanismo da corda acionado, porém quem conhece a história de Lampião, não deixa de ser um fato interessante... Tô fora !

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SELEÇÃO DO CFO-BOMBEIROS NA PARAÍBA UTILIZARÁ NOTA DO ENEM EM 2018


A seleção para o Curso de Formação de Oficiais Bombeiros (CFO-BM) 2018 utilizará as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. A medida foi publicada, na página 7, do Diário Oficial do Governo do Estado, deste sábado (6).

A pontuação do Enem será computada para o exame intelectual do concurso do CFO-BM. A seleção também prevê testes físicos.

De acordo com o comandante dos Bombeiros, coronel Jair Carneiro, os parâmetros a serem estabelecidos no edital do concurso serão divulgados posteriormente pela corporação.

Ele ressaltou que o candidato interessado em participar do certame deve fazer a inscrição para o Enem 2017 e aguardar a publicação do edital, para também se inscreverem junto ao Corpo de Bombeiros da Paraíba.  

Liberdade PB com Portal Correio 


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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JOÃO LUCAS E SINHÔ PEREIRA

Por José João Souza

João Lucas foi advogado e prefeito de Serra Talhada no período de 1925 a 1928, líder político da família Carvalho, recebeu também a liderança do conflito entre as famílias Pereira e Carvalho. Muito a contragosto, por parte dos Pereiras, pois se João Lucas era Carvalho pelo lado paterno, era Pereira pelo lado materno, sua mãe Benvenuta era sobrinha de Sebastião Pereira, principal líder da Família Pereira. 


Dona Rosa sua esposa, contava, que a sua “Lua de Mel”, ao contrário de todas as moças, só aconteceu vários dias depois de seu casamento, visto que João Lucas, saiu do Altar da Igreja para pegar no fuzil. 


Na véspera de seu casamento dia 02 de julho de 1917, seu tio Sinhô Pereira e Luiz Padre cercaram as fazendas Piranhas, Umburanas e Várzea do Ú, tocaram fogo em tudo e mataram os animais, a lua de mel foi pegar em armas e perseguir os inimigos, só retornou para Serra Talhada 17 dias depois.

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PROFECIA DE LAMPIÃO.


VIRGULINO FERREIRA DA SILVA mais tarde o famoso "LAMPIÃO", quando almocreve, aos 17 anos de idade, pela segunda vez, indo a Jatobá de Tacaratu, hoje Petrolândia, ao contemplar, do alto do paredão do cais, mandado construir por D. Pedro II, as águas volumosas do majestoso rio São Francisco, exclamou como profeta que vê longe:

- "Se o Governo fizesse muitas usinas, como fez Delmiro, e abrisse muitos regos para aguar as plantações, essa ribeira ficava um paraíso. Este rio é o NOSSO SANTO!"


Do livro: BRAIAÇÃO
De: Frederico Bezerra Maciel

Fonte: Facebook
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