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segunda-feira, 26 de abril de 2021

O MÉDICO NAZISTA

Por Beto Rueda 

Estamos em janeiro de 1935. Londrina(PR).

Peter Kurt Müller, cirurgião militar durante a Primeira Guerra Mundial, o médico veio contratado para comandar o hospital da Companhia de Terras Norte do Paraná, o primeiro do lugar. Era um patriota tão convicto que hasteava a bandeira alemã em sua casa, localizada em frente ao hospital, em toda data festiva de seu país. Vestia o uniforme militar para a cerimônia, embalada pelo hino nacional alemão, tocado em um gramofone.

Era austero, disciplinado e agia com os pacientes, como se fossem soldados. Por isso, não era visto com simpatia pela população.

Müller veio para Londrina em 1933. Um mês e meio depois da emancipação da cidade, no final de 1934, cometeu um crime de grande repercussão: matou o conterrâneo Julio Von Schütz, funcionário da Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná e que mantinha um caso amoroso com a sua esposa.

Müller fugiu da cidade por causa desse crime, o primeiro ocorrido na pequena Londres.

O jornal Paraná-Norte, primeiro jornal de Londrina, assim tratou o fato: “Quinta-feira última pela manhã a cidade esteve emocionada. Um nervosismo intenso dominava a população, entristecida com trágico acontecimento que tão grave abalo causou em todo mundo. Corria uma notícia quase impossível. O Dr. Müller havia abatido a tiros seu compatriota”.

O crime, explicou o “Paraná Norte”, de 27 de janeiro de 1935, ocorreu porque, “gravemente ofendido em sua honra por Julio Von Schütz”, Müller “foi fazer a este uma interpelação”, porém, “mal recebido pelo interpelado, e ante uma nova injúria, pesada e gravíssima, o Dr. Müller, saindo de sua calma habitual, saca o revólver e detona três tiros contra Von Schütz que, gravemente ferido, veio a falecer cinquenta minutos depois”.

Após fuzilar o amante de sua esposa, o médico fugiu para a Alemanha, onde tornou-se oficial do exército de Hitler.

Um trágico acontecimento pouco conhecido em terras paranaenses, onde um crime mudou o rumo da vida do médico alemão que veio para salvar vidas e que partiu para os horrores da guerra mais uma vez.

#londrinaemfotos

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UM TRONCO DE CEDRO QUE CAUSOU UMA CHUVA DE BALA – O CONFRONTO DE ANTÔNIO QUELÉ COM ANTÔNIO MAROTO

 Por Valdir José Nogueira de Moura

Tendo assassinado em plena feira de Vila Bela o seu parente Manoel Pereira Maranhão, Antônio Quelé de Carvalho e Sá foi preso e submetido a julgamento, sendo então absolvido. A absolvição de Quelé, sob a defesa magistral e espetacular do monsenhor Afonso Antero Pequeno, abalou os alicerces da família Pereira e demarcou o recomeço do secular conflito entre os dois tradicionais clãs no sertão do Pajeú nos albores do século passado.

Casa da Fazenda Queimada Grande, que pertenceu a Antônio Pereira de Araújo (Antônio Maroto).

Logo após esse fato voltou Quelé para a sua fazenda Santo André, onde passou a viver ali sem ser incomodado, quando surgiu outro incidente entre ele e Antônio Pereira de Araújo conhecido por Antônio Maroto, residente na fazenda Queimada Grande, vizinha a sua. É que Antônio Maroto mandou cortar um cedro, cujo colossal tronco foi deixado pelos trabalhadores na extrema das duas propriedades e aconteceu que os moradores de Quelé, não se sabe se por ordem deste, conduziram a sua fazenda o toro de madeira, cuja devolução foi reclamada por Antônio Maroto. Quelé, no entanto, mandou dizer a este que se o mesmo quisesse o cedro, colocasse a cangalha em siá Chiquinha e dona Francisca (mãe e esposa de Antônio Maroto) e fosse buscar. Com esse desaforo, Maroto julgou-se gravemente injuriado. E resolvendo tomar um desforço pessoal, comunicou a sua intenção ao tio, Manoel Pereira Jacobina (Padre Pereira), residente na fazenda Poço da Cerca, povoado de São Francisco em Vila Bela.

Fotografia de Antônio Quelé de Carvalho na parede da casa da antiga fazenda Carrancudo, onde o mesmo faleceu no ano de 1919 aos 42 anos de idade.

Padre Pereira, homem prudente, acatado por toda a família dirigiu-se a fazenda do sobrinho Antônio Maroto, onde procurou dissuadi-lo de trocar desforra, e julgando haver pacificado os ânimos, regressou para sua fazenda, com os parentes que o acompanharam.

Escada que dar acesso ao sótão da antiga fazenda Santo André, antiga propriedade de Antônio Quelé de Carvalho e Sá. A tradição nos conta que esse escada e o assoalho do referido sótão se originaram do colossal toro de cedro da confusão entre Antônio Quelé e Antônio Maroto.

Entretanto dias depois uns primos de Antônio Maroto mandaram um recado para Antônio Quelé dizendo que o mesmo se preparasse, pois no outro dia eles iriam ao Santo André por volta do meio dia jogar terra na comida dos trabalhadores. Pelo mesmo portador Quelé respondeu que estava pronto para receber-los; que viessem. Na hora marcada, conforme o avisado, a fazenda de Quelé foi cercada iniciando-se então grande tiroteio. Os cabras de Quelé dentro das trincheiras que haviam preparado no dia anterior sustentavam nutrido tiroteio. Em poucos instantes os primos e cabras de Antônio Maroto, resolveram bater em retirada, admirados alguns com a quantidade de gente de Quelé atirando ininterruptamente. Foram embora. Ao chegar à Queimada Grande, um cabra de Maroto comentou: “homem, lá no Santo André até as mulheres brigam, porque tinha uma mulher endiabrada, deitada dentro do chiqueiro de porco atirando e gritando, fí dessa, fí daquela outra, e a bala tinindo”...Na verdade quem estava dentro do chiqueiro era o cangaceiro Júlio Sabino, um dos destemidos cabras de Quelé que tinha a voz fina. Nisso, Siá Aninha, Irmã do dito cangaceiro, havia ido ao chiqueiro deixar a lavagem dos porcos, a velha saiu de lá correndo subindo uma ladeira, com as balas passando de raspão na rodilha da sua cabeça, ante os gritos do cabra Miguel Vareda: “se deita na barroca Siá Aninha, êita, a véa vai morrer...” Que barroca que nada, ela queria ficar longe dali, na sua desabalada carreira nenhuma bala lhe atingiu, apenas sua rodilha havia ficado totalmente chamuscada.

Casal Sr. José Francisco Alves e dona Antônia Francisca de Jesus, residentes na vila de Santo André, hoje distrito de Penaforte no Ceará. Ele, aos 96 anos de idade, um exímio contador de histórias, é filho de João Chico, antigo cangaceiro de Antônio Quelé de Carvalho.

E era de se ver a cabroeira de Quelé, como umas feras no famigerado tiroteio, composta dos seus mais temidos comparsas entre eles Juriti, Vitorino Domingos, Zé Lourenço (Flor), Zé Nazário, Miguel Vareda, Júlio Sabino, João Chico e Manoel Môco, esse dizem que era muito perigoso, findou os seus dias na cadeia de Jardim (CE).

Capela do Santo André

Existem relatos que o toro de cedro era ferrado, tinha uma marca, e de quem era então essa marca?

Durante esse tiroteio apenas saiu ferido Vitorino Domingos, o mesmo que estivera envolvido no conflito de Vila Bela. Dali por diante as coisas começaram a se agravar dia a dia.

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ESTRELA

 Clerisvaldo B. Chagas, 26 de abril de 20121

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.519

   Esta é uma reflexão mais particular, porém, cabe na Geografia de compartilhamento. Sempre que eu voltava de Maceió, chamava-me atenção a cidade de Estrela de Alagoas, a última do Agreste para quem viaja pela BR-316 Maceió – Sertão. Primeiro foi a rapidez com que aquele núcleo evoluiu e modernizou-se, após a sua emancipação política de Palmeira dos Índios. Segundo, a admiração em contemplar tantas árvores nos seus arredores, entre a cidade e uma serra próxima. Um parque rural espontâneo, pensei, mas sem oportunidade de visitá-lo. Ali nos arredores também existem dois montes famosos que foram parar na Geografia de Alagoas, do saudoso Professor Ivan Fernandes (1963).

Várias tentativas da minha parte foram feitas para fotografar ambos os montes afastados da cadeia de montanhas de Palmeira dos Índios: serrote do Cedro e serrote do Vento. Este é belíssimo e visitado por inúmeras pessoas em época de Semana Santa. O máximo que consegui foram fotos azuladas pela distância da BR para lá (cerca de 3 Km) e tempo chuvoso. Era para o meu livro “Repensando a Geografia de Alagoas”, inédito e engavetado. Modesta à parte um compêndio que nada deixa a desejar ao do mestre Ivan. Entretanto, fiquei mais admirado ainda com suas terras rurais de barro vermelho constantemente exibidas na Internet em vídeos de compra e venda de chácaras e fazendas daquele município. Acho que a morada naquelas terras caracteriza bem a vida dupla campo/cidade. Mundo rural com Estrela de Alagoas e Palmeira dos Índios.

Nem sei ainda como os políticos não se assanharam para emanciparem povoados, distritos e vilas como fizeram no passado. Mas isso ainda pode acontecer com lugares como Areias Brancas, em Santana do Ipanema; Canafístula Frei Damião, em Palmeira dos Índio; e vários outros lugares progressistas de Alagoas como o Pé Leve, Candunda, Caboclo, Piau, Alto do Tamanduá, Carié e muito mais.

Mas nessa hora em que estou planejando plantar meus tomateiros pérolas, bem poderia ser com aquelas terras vermelhas e belas de Estrela de Alagoas e do sítio serrote do Vento.

Amar à natureza.

SERROTE DO VENTO (Crédito: mapio. Net)


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"O CANGACEIRO - LAMPIÃO ".

Por Luís Bento

O Pernambucano Maurício Vieira Barros, no posto de Sargento da Polícia de seu Estado, Maurício desempenhava o cargo de Sub-Delegado de polícia de Manari época , pertencente a comarca de Buíque, povoação já por mais de uma assaltada por Lampião e nem assim isenta de novos ataques e prejuízos. Conhecedor desses antecedentes, o Sargento, bicho casca-grossa, tomou a peito não permitir que o Capitão voltasse ali para sair " esgravatando os dentes". Como o seu destacamento só contasse com quatro praças, ele entrou em entendimento com fazendeiros e comerciantes, objetivando reforçar as defesas locais, todas as medidas de segurança possíveis foram tomadas.

Mas Lampião se sumiu de um jeito que parecia ter-se mudado para o Polo. Passaram tantas luas que, já por fim, se pensava que ele houvesse excluído Manari do mapa de suas correrias periódicas.

Os Soldados venciam um saldo de fome; e como estava tudo em paz, eles pediram permissão ao Sub-Delegado para irem arranjando alguma bocas de cano por fora a fim de melhorar o orçamento; e também os civis estavam gostando daquela providencial pasmaceira.

Ora um dia o miserável estourou na localidade pegando todo mundo na supresa. O único " macaco " que deu pela novidade chamava-se Mariano. Correu ele para avisar ao superior. Mas Lampião foi mais esperto, puxou a pistola Mauser e o bateu com seis tiros certeiros.

Os estampidos e a debandada dos habitantes chamaram porém a atenção de Maurício Barros para a dura realidade e, mesmo assim, sem meios de enfrentar a onda esmagadora, militar resolveu sair da toca para presenciar a bagaceira de perto. Não teve de executar muitos passos, pois Lampião já vinha também de venta acesa em sucário dele. Para mata-lo? Sem sombra de dúvida. Depois do que acabava de acontecer com o pobre ordenança, que poderia esperar o chefe naquele instante dramático?

Mas o Capitão Virgulino, sobre ser um legítimo Pelé da guerrilha, chocava às vezes os outros com as suas contratações estonteantes. Realmente não se dirigiu ao adversário com cara sorridente e sem ar impositivo, em absoluto, que esse tipo de posicionamento não era com ele, mas em todo caso, ressalvando logo que não matava Maurício, por lhe ser devedor de um favor desses que ninguém jamais pode pagar; o de ter o Sargento sepultado seu pai, fuzilado no município alagoano de Mata Grande.

Fonte: Valdemar de Souza Lima

" O Cangaceiro Lampião e o IV Mandamento pág 201- 202 - 203

LUÍS BENTO

JATI 26/04/21/.

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BEATA MARIA DE ARAÚJO TERÁ FOTOS NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS DE JUAZEIRO DO NORTE

 Por Roberto Junior

O prefeito de Juazeiro do Norte, Gledson Bezerra, sancionou em 20 de abril de 2021, a lei nº5142, que torna obrigatório no âmbito do município a presença da foto da Beata Maria de Araújo, em moldura e dimensões idênticas as fotografias já existentes do Padre Cícero. Os quadros serão fixados ao lado da imagem do religioso, e a decisão já consta no Diário Oficial desde vinte e dois do corrente.

A ação, que partiu do legislativo e foi bem recepcionada pelo executivo, é de extrema importância no processo de reabilitação da imagem da religiosa, que é também protagonista do processo de crescimento da cidade. São inolvidáveis as ações do Padre Cícero para o surgimento e o crescimento da Juazeiro do Norte que hoje conhecemos, mas o Milagre de Juazeiro foi fator preponderante para o início do fluxo de visitações, e nos ritos de devoção em torno da cidade e seus lugares sagrados.

Maria de Araújo amargou as dores físicas e psicológicas do processo movido pela Diocese do Ceará. Reclusa e doente, não teve direito sequer ao descanso eterno, tendo seu túmulo sido violado em 1930, menos de duas décadas após seu falecimento. O processo de valorização de sua memória está no princípio, e medidas afirmativas são deveras importantes.

Leia o Diário Oficial clicando aqui.

 https://cariridasantigas.com.br/beata-maria-de-araujo-tera-fotos-nos-orgaos-publicos-de-juazeiro-do-norte/?fbclid=IwAR3i2jRhFuMjukiS_9PEukxJPL42gYp6tdhdheEXZiT7Ql9xIVPUSbg-kMQ

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CONTOS DO CANGAÇO

 Por João Filho de Paula Pessoa

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AUDÁLIO TENÓRIO CONHECE OS CANGACEIROS

 Por Júnior Almeida

Audálio Tenório, o quinto da direita para a esquerda

Acoitado nas proximidades de Pau Ferro, atual Itaíba, no final de maio de 1921, Antônio Matilde mandou um bilhete para o coronel Chico Martins no Salgadinho, serra próxima a vila. Dizia o bilhete: "Coronel Francisco Martins, sabendo que o Senhor não gosta de gente armada em seu povoado, peço-lhe o favor de vir até aqui."

Chico Martins foi ver o cangaceiro chefe de grupo, Antônio Matilde, levando junto com ele seu filho Audálio Tenório. No local, além do grupo dos Matilde, estava também o bando dos Porcinos, comandado por Antônio Porcino, grupo de família que era composto por cinco irmãos. Audálio pôde observar que Virgulino, Antônio e Livino estavam sentados, afastados dos demais cangaceiros. Soube depois que os irmãos estavam de luto, pois fazia poucos dias que tinham perdido a mãe, Maria Lopes, que morrera de causas naturais, e o pai, José Ferreira, assassinado pela polícia de Alagoas. 

Conversando com Chico Martins, Antônio Matilde disse que ia para a proteção de José Inácio, na cidade do Barro, no Ceará, enquanto José Porcino disse que ia para Vila Nova da Rainha, na Bahia. Lampião estava calado, só ouvindo os companheiros, então Antônio Matilde perguntou ao cangaceiro: "E você Virgulino, pra onde vai?"

Virgulino e Antônio

Lampião respondeu que daquele dia em diante só queria a proteção “daquele” [apontando pro céu, se referindo a Deus] e “desse” [batendo com a mão em sua arma].

O cangaceiro foi apresentado a Chico Martins, que era o protetor de sua família em Águas Belas. Virgulino quis saber do fazendeiro notícias dos seus parentes e Chico Martins disse que estavam todos bem, que as moças viviam diariamente em sua casa, aprendendo a fazer flores, aprendendo a fazer doce, se nutrindo de tudo junto com sua família, e disse que sua senhora [responsável por ensinar os ofícios às irmãs de Lampião] era muito jeitosa, muito sabedora das coisas. Complementou dizendo ao cangaceiro, que suas irmãs viviam bem vestidas, ajeitadas, até usando meias e que seu irmão, João, respeitosamente vivia sempre o acatando.

Chico Martins combinou com Lampião para irem se encontrar com sua família. Foram a cavalo até o lugar Salgadinho, onde ocorreu o encontro. Quando chegaram ao local, um dos cangaceiros que acompanhou o grupo zombou fazendo o sinal característico da mão abanando o nariz, e dizendo que estava sentindo cheiro de macaco. Todos riram com a brincadeira do cabra.

Junior Almeida, Conselheiro Cariri Cangaço, Pesquisador e escritor, Membro da ABLAC

https://cariricangaco.blogspot.com/2021/04/audalio-tenorio-conhece-os-cangaceiros.html?fbclid=IwAR1mm9-HVvI4K6si2YPME4bukcsOU_CQ2N8_HOIpDoqqgvvok8j0XaJn5Qo

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INFORMAÇÃO SOBRE O NOSSO BLOG.

 Por José Mendes Pereira


Alguns amigos leitores do nosso blog nos chamam a atenção que ele está com problemas, quando aparecem as letras muito miudinhas. Mas me informou um conhecedor de blogs que é muito simples repará-lo, mesmo feito este reparo nele pelo leitor. E eu fiz o teste aqui e deu certo. 

Claro que as pessoas assim como eu que sou leigo no que diz respeito à informática, sentimos dificuldades em alguns momentos, mas dará certo a correção.

1 - No seu teclado do computador, perte a tecla do lado esquerdo abaixo, que tem as letras Ctrl - CONTROL, e a conserve apertada até a conclusão que será após.


2 - Do lado direito logo acima têm as teclas com mais (+) e menos (-). Se for para aumentar as letras do texto em estudo, continue apertando a tecla Ctrl CONTROL e clicando no mais (+) que as letras irão chegar no tamanho real. Se for para diminui-las aperte a tecla Ctrl CONTROL e fique clicando no sinal menos (-). 

Você verá que é apenas uma simples correção sobre o tamanho das letras na página. Cada vez que você vai clicando, todo o material do blog irá aumentando de tamanho ou diminuindo, inclusive o blog muda de tamanho. 

Acho que agora o leitor que é do meu tamanho no que se refere à informática, já sabe como é o procedimento para aumentar ou diminuir as letras na página de qualquer blogspot.com.

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DONA FRANCISCA DA SILVA TAVARES VIÚVA DO EX-CANGACEIRO ASA BRANCA

 Por José Mendes Pereira

Dona Francisca está ladeada pelos pesquisadores do cangaço Aderbal Nogueira e Kydelmir Dantas.

1º. CASAMENTO

O cangaceiro Asa Branca fez matrimônio por duas vezes. Ainda na Cadeia Pública de Mossoró casou-se pela primeira vez com dona Sebastiana Venâncio. Ela natural de Mossoró, e com ele teve três filhos, os quais são: José Luiz Tavares (já falecido, Jeová Luiz Tavares (já falecido) e Dijanete Luiz Tavares (até o ano de 2017 ele estava vivo. residindo em Fortaleza. E mesmo dona Francisca sua enteada não sabe se ele ainda está vivo, porque perdeu o contato. 

Cangaceiro Asa Branca

Mas posteriormente, o seu primeiro casamento foi de água abaixo, e foi a partir daí que os  dois resolveram não mais conviverem no mesmo teto, e cada um procurou o seu destino. 

2º. CASAMENTO

O segundo casamento foi realizado com dona Francisca da Silva Tavares, natural de Brejo do Cruz, no Estado da Paraíba. Ela nasceu no dia 21 de Novembro de 1937, e é  filha de Máximo Batista de Araújo e de Dona Severina Guilermina Silva, ambos paraibanos. Mas o casamento com dona Francisc só aconteceu  dezessete anos depois que ambos já viviam juntos. 

Com o ex-cangaceiro de Lampião Asa Branca, Dona Francisca teve nove filhos, e destes, apenas três estão vivos, os filhos vivos são:

Antonio Esmeraldo Tavares faleceu há 3 anos passados. Eu o conheci pessoalmente.

Nascido no dia 10 de Novembro de 1957, na cidade  de São Bento, no Estado da Paraíba. Tinha como profissão, Motorista.

Francisco Tavares da Silva assassinado por um primo. Não o conheci.

Nascido no dia 14 de Abril de 1959, na cidade de Caridade, no Estado do Ceará. Este foi assassinado aos 24 anos de idade, por um primo, por coisas banais. O assassino foi logo morto. 

Certo dia dona Francisca me falou em sua residência que o Asa Branca não tomou conhecimento do assassinato do filho, vez que toda família temia uma vingança por parte do ex-cangaceiro. 

Maria Gorete Tavares Barbosa. - Conheço-a pessoalmente. Gente fina.

Ela nascida no dia 1º. de Junho de 1960. Atualmente exerce a profissão de artesã de Biscuit. 

Maria da Conceição Tavares da Silva. Conheço-a pessoalmente. Gente fina.

Nascida no dia 25 de Fevereiro de 1963, em Caridade, no Estado do Ceará. Exerce também a profissão de artesã de Biscuit. 

Máximo Neto Batista. Não o conheço.

Nascido no dia 04 de maio de 1964, em Caridade, no Estado do Ceará. Reside atualmente em São Paulo e exerce a profissão de Motorista.

Os demais filhos do casal não foram citados aqui, porque faleceram ainda criancinhas.

 Como  Francisca da Silva Tavares conheceu o "Asa Branca"

No ano de 1954, dona Francisca já era casada e mãe de um filho. Mas nesse período ela contraiu uma doença, ficando por alguns meses  sem andar. Procurando recursos para se livrar da maldita doença que ora a perseguia, soube que na região havia um curandeiro, já de idade. Não foi tão difícil, pois dias depois um velho fazia as curas ao pé de sua cama. O tempo foi se passando, finalmente dona Francisca se livrou da maldita e desconhecida doença. 

Com aquele contato de reza vai, reza vem, os dois findaram  apaixonados. E no ano de 1955, resolveu abandonar  o seu marido e um filho de sete meses, fugindo com o curandeiro, cujo destino de apoio, Mossoró.

Mas veja bem leitor, quem era o curador. Antonio Luiz Tavares, o ex-cangaceiro "Asa Branca", que deve ter aprendido as milagrosas rezas com o seu ex-comandante, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. 

CONTOU-ME DONA FRANCISCA EM SUA CASA EM MOSSORÓ

Pelo que se ver é que dona Francisca da Silva fez o mesmo papelão que fez a rainha do cangaço, Maria Bonita, quando abandonou o sapateiro José Miguel da Silva, o Zé de Neném, para acompanhar o afamado Lampião.

Maria Bonita e Lampião

A única diferença entre as duas é que Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita tornou-se cangaceira, sendo companheira do capitão Lampião. E  Dona Francisca jamais participou de cangaço.

Mas  assim que o seu pai, o Máximo Batista tomou conhecimento que ela havia fugido com o rezador, isto é, o "Asa Branca", mandou dois dos seus funcionários procurá-la por todos os recantos de Mossoró.

Já fazia três dias da permanência do casal em Mossoró, e assim que Asa Branca soube que estava sendo procurado, resolveu fugir às pressas com a companheira para Fortaleza, capital do Ceará. Lá, foi assistido por um médico, o doutor Lobo, que logo solucionou o seu problema, e o empregou em uma mina de ametista.

De Fortaleza, foram morar em Itapipoca, posteriormente para Caridade, e lá o casal teve quatro filhos, mas sempre trabalhando na agricultura.

Anos depois a família mudou-se para Macaíba, já no Estado do Rio Grande do Norte. Com alguns anos passados, Asa Branca resolveu retornar a Mossoró, onde aqui criou a sua família e viveu os seus últimos dias de vida.

Nos anos 70, o Dr. José Araújo, ex-dentista, e diretor de algumas escolas de Mossoró, juntamente com João Batista Cascudo Rodrigues, conseguiram um emprego na FURRN, atualmente UERN, e Asa Branca trabalhou nela até morrer.

CASAMENTO FEITO ÀS PRESSAS PARA SE EMPREGAR

Como Asa Branca necessitava se empregar, e era necessária a sua documentação para ter direito aos benefícios do INSS, e não querendo retornar a sua terra natal, Cajazeiras do Rio do Peixe, na Paraíba, foi feito um casamento às pressas. Ele resolveu ir à cidade  de Porta Alegre, no Estado do Rio Grande do Norte, e lá fez novos documentos.

De documentos em mãos, foi feito o seu casamento com dona Francisca da Silva Tavares, no dia 14 de Janeiro de 1974, no 4º. Cartório Judiciário em Mossoró, Nº. 6.256, fls. 256, do livro B-16, do Registro Civil de Casamento, assinado pelo tabelião Joca Bruno da Mota.

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INDAIÁ SANTOS E DADÁ ESPOSA DO CANGACEIRO CORISCO

 Por Indaiá Santos

Hoje minha mãe que amo tanto se tivesse aqui estaríamos comemorando mais uma primavera sua, saudades eterna minha Dadá. Seria 106 anos.

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