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domingo, 15 de setembro de 2019

HOMENAGEM AO SAUDOSO ROBERTO LEAL QUE NOS DEIXOU HOJE.


Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes,[1] (Macedo de Cavaleiros27 de novembro de 1951 – São Paulo15 de setembro de 2019) foi um cantorcompositor e ator português radicado no Brasil.

Devido a seu sucesso, alcançado na década de 1970, apresentava-se como embaixador da cultura portuguesa no Brasil.[2]

Roberto Leal, vendeu mais de 17 milhões de discos,[3] e ganhou cerca de trinta discos de ouro e cinco de platina.[4]


Emigrou para o Brasil aos onze anos de idade, em 1962,[5] juntamente com os pais e nove irmãos,[6] em cinco viagens.[7][8] Na cidade de São Paulo, após trabalhar como sapateiro e comerciante de doces,[9] iniciou a carreira de cantor de fados e músicas românticas.[8]


Em 1971 obteve o seu primeiro grande sucesso com "Arrebita", conhecida pelo seu refrão "Ai cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita", após aparição no programa Discoteca do Chacrinha.[10] Logo após, começou a ganhar grande popularidade se apresentando em diversos programas de auditório no Brasil.[11]

Em 1978 participou do filme Milagre - O Poder da Fé,[12] que contou com participação especial de alguns nomes importantes como o apresentador ChacrinhaElke Maravilha e a atriz Lolita Rodrigues.[13] Lançado em 1979, o filme aborda a história de sua vida.[14] Dirigido por Hércules Breseghelo, teve partes filmadas na cidade natal do cantor.[13]

Além do repertório romântico-popular, seu trabalho também caracterizava-se por misturar ritmos lusitanos aos brasileiros, além de ter gravado em estilos tipicamente brasileiros como o forró. Quase todo seu repertório é composto de faixas de sua autoria e em parceria com a esposa Márcia Lúcia, com quem foi casado e tinha três filhos brasileiros, dentre eles o produtor musical Rodrigo Leal.[10] A canção A Festa Ainda Pode Ser Bonita serviu de inspiração para a música Vira-Vira, sucesso da banda Mamonas Assassinas na década de 1990.

Além de cantor e compositor, Leal foi apresentador de programas na Rádio Capital de São Paulo na década de 1980, apresentador no canal português TVI e no Brasil, também tendo apresentado programas na TV Gazeta e Rede Vida.[15]

2007–2018[editar | editar código-fonte]
Lançou no ano de 2007 o CD Canto da Terra e Raiç/Raízes em 2009. Nesses discos gravou músicas em mirandês para divulgar a segunda língua oficial de Portugal.[16] Estes discos lhe conferiram prêmios e condecorações da crítica de música portuguesa pelo estudo aprofundado de instrumentos musicais muito usados na música mirandesa, como as gaitas de fole.[17]

Em sua carreira vendeu cerca de dezessete milhões de discos[8] e tem mais de trezentas canções gravadas. É um dos compositores do atual hino da Portuguesa de Desportos, de São Paulo. Ele era também sócio do restaurante de comida portuguesa Marquês de Marialva, em São Paulo, localizado na região de Barueri.[15]

Em 2011 participou do elenco no sitcom Último a Sair, um falso reality show da autoria de Bruno Nogueira, João Quadros e Frederico Pombares, exibido pelo canal português RTP1, programa do qual saiu vencedor.[18] Nesse mesmo ano publicou uma autobiografia em um livro intitulado Minhas Montanhas,[19] sendo lançado tanto no Brasil quanto em Portugal.[20][21]

Em 2014 fez uma participação em Chiquititas, atuando como ele mesmo, Roberto Leal, o músico que processa Tobias por usar sua música.[22] Nesse mesmo ano, lançou o CD Obrigado Brasil!, que incluía um sambas de Jorge Aragão e Arlindo Cruz e duetos com Jair RodriguesAlcioneJairzinho e Luciana Mello.[23]

Roberto Leal vivia entre o Brasil e Portugal, além de se apresentar em países da América do SulAmérica Central e Europa divulgando a cultura portuguesa. Foram lançadas coletâneas de seus principais sucessos, vendidos tanto no Brasil como em Portugal.

Em 2018 candidatou-se a deputado estadual por São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), obtendo 8 273 votos (0,04% dos votos válidos), não se elegendo.[24]

Doença e morte[editar | editar código-fonte]

Em janeiro de 2019, revelou lutar havia dois anos contra um câncer e que havia perdido parte da visão devido a duas cataratas.[25]

Posto isso, Roberto Leal morreu de insuficiência renal após complicações decorrentes de uma reação alérgica, durante a sua luta contra o câncer em 15 de setembro de 2019, aos 67 anos. Estava internado desde 10 de setembro de 2019 na unidade semi-intensiva do Hospital Samaritano de São Paulo.[26]

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: 


Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 


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ANÉSIA CAUAÇU A PRIMEIRA MULHER BRASILEIRA A LIDERAR UM BANDO DE CANGACEIROS.


Por Guilherme Machado


Anésia Adelaide Cauaçu, foi uma cangaceira brasileira que viveu na região de Jequié, interior da Bahia, no início do séc. XX.

Inicialmente, Anésia era uma dona de casa dedicada ao marido e a filha, mas abandonou essa vida para ingressar no cangaço, juntando-se aos seus tios e e irmãos que formavam o temido e afamado bando dos Cauaçus.

Carismática e extremamente bonita, Anésia era o membro mais célebre desse bando pois, além de ter conhecimento de táticas de guerrilha e ter uma mira infalível, ela também jogava capoeira. Um de seus grandes feitos foi de arrancar, com um tiro certeiro, o dedo de um delegado que indicava aos policiais onde deveriam se posicionar, durante um tiroteio no centro de Jequié, a uma distância considerável.

Em 1916, Anésia abandonou o cangaço e foi viver com sua família sob proteção de um fazendeiro que devia favores aos Cauaçus mas, traída pelo mesmo, foi entregue a polícia e nunca mais se teve notícias dela.

O escritor Ivan Estevam Ferreira, no seu livro "A Pedra do Curral Novo",sugere que Anésia pode ter falecido em Jequié e a identifica com uma anciã que morreu no ano de 1987 com 93 anos, que vivia sob os cuidados de pessoas caridosas.

FOTO: fonte do Filme Anésia Cauaçu.


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CORONEL CHICO HERÁCLIO, O ÚLTIMO DOS CORONÉIS


Francisco Heráclio do Rêgo, filho de João Heráclio Rêgo (Pai Laquinho) e Josefa Duarte do Rêgo (Mãe Zefinha) nasceu no dia 3 de outubro de 1885, no município de Bom Jardim, Pernambuco.
Teve onze irmãos: Basílio, Antonio, Jerônimo, José, Maria (conhecida por Mã), Josefa (conhecida por Josefina), Isaura, Josefa (chamada de Finha para distinguir da outra Josefa), Amália, Dorotéia e outra Maria.
Francisco nasceu na propriedade do velho Joca da Salina, seu avô. Posteriormente seus pais se estabeleceram na Fazenda Vertentes, no mesmo município de Bom Jardim, onde permaneceram até o final da vida, ficando este local conhecido como “Vertentes do Heráclio”.
Os pais de Francisco, com sacrifício colocaram todos os filhos, para estudar no Recife, com exceção de Basílio que já havia casado. As filhas estudaram internas no Colégio das Damas da Irmandade Cristã, aprenderam a tocar piano e concluíram o curso pedagógico; Antonio e José concluíram o curso secundário no Recife e se formaram em Medicina no Rio de Janeiro; Jerônimo concluiu o equivalente ao curso científico e abandonou os estudos e Chico mal fez o curso primário e voltou para junto dos pais.

Chico Heráclio praticando tiro ao alvo em Limoeiro/1966.
Foto: Geraldo Mori, Revista Realidade.

Acostumado com a vida do campo, não se adaptou à vida da cidade grande. Pegou a maxambomba (trem) e voltou para a Fazenda Vertentes, onde se tornou o braço direito do pai. 
Para poupar seu pai, Chico ia sempre a Limoeiro fazer as compras a cavalo. Numa dessas viagens, na volta, parou em Bom Jardim e deparou-se com um homem que estava vendendo, por baixo preço, doze garrotes magros. Como não tinha dinheiro, providenciou um empréstimo com Silvio Mota, velho conhecido de seu pai, residente em Bom Jardim.
Quando chegou na Fazenda Vertentes trazendo os animais magros, o pai quis saber de quem era aquela boiada e ele contou os detalhes do seu empreendimento. Três meses depois, os animais já bem nutridos foram vendidos por mais de três vezes do valor comprado. Chico pagou o empréstimo a Silvio Mota e daí em diante não faltou mais dinheiro em seu bolso.
Francisco Heráclio do Rêgo casou três vezes. A primeira, com D. Maria Miguel, no religioso (na época não havia união com efeito civil) que logo morreu e não lhe deixou filhos. A segunda, com D. Virgínia, com quem casou na igreja e posteriormente no civil, dando-lhe quatro filhos: Heráclio Moraes do Rêgo, Francisco de Moraes Heráclio, Luiz (que morreu ainda jovem) e José de Moraes Heráclio. O terceiro casamento, só no religioso, foi com D. Consuelo, que lhe deu um filho – Francisco Heráclio do Rêgo Filho.
Fora estes, Francisco Heráclio do Rêgo ainda teve mais sete filhos fora do casamento: Josefa (Lulito), Walter, José Francisco (Zé Pequeno), Severina, Gerson Alexandre, Reginaldo (Pequeno) e Reginaldo (Meninão). A todos estes foi reconhecida a paternidade,  para efeito de habilitação no inventário.
Estava com 18 anos quando durante suas viagens para Limoeiro conheceu a jovem Maria Miguel por quem se apaixonou e casou, porém a mulher adoeceu de febre amarela e morreu ainda na lua-de-mel. Chico ficou muito deprimido e voltou para Vertentes do Heráclio.  O pai, para animá-lo, presenteou-o com uma vaca leiteira que, com os cuidados de Chico, logo aumentou a produção de leite e, conseqüentemente, a de queijo e de manteiga.


A Revista "O Cruzeiro" anuncia a morte do Coronel
em 1974.

Quando chegou o inverno de 1907, Chico Heráclio decidiu voltar para Limoeiro. Levou consigo Manoel Mariano (seu fiel ajudante), duas vacas e algum dinheiro no bolso. Chegando no Cumbe, arrendou um roçado do Dr. Severino Pinheiro, que era um político de prestígio, rico fazendeiro e poderoso comerciante de Limoeiro.
O ano foi bom para Francisco. Choveu quando necessário e fez sol na época certa, possibilitando a colheita de milho, feijão, fava e algodão em abundância. Durante as entressafras, ele saía a cavalo pelos engenhos da redondeza, comprando e vendendo gado, cavalos, burros e, principalmente, ferro-velho, tachos, caldeiras, tubulações, maquinário imprestável.
Francisco tinha um primo, Pompílio, que participava de alguns de seus negócios, emprestando dinheiro e apresentando-o aos senhores de engenho de Nazaré, Aliança, Carpina e Vale do Sirigi, garantindo por ele e arranjando-lhe bons negócios, muito contribuindo para sua ascensão social.
Por outro lado, o homem forte de Limoeiro, Dr. Pinheiro, dava total cobertura a Francisco na região mais agreste, junto a fazendeiros e comerciantes. Já se comentava àquela altura, nas altas rodas da Capital, da existência de Chico Heráclio.
Chico sempre vinha ao Recife vender o ferro-velho aos atacadistas. A sucata era transportada de trem e o carrego era efetuado nas estações de Carpina e Limoeiro. Eram os tempos da Great Western. Na capital, sempre almoçava com Pompílio e outros comerciantes de prestígio, no Restaurante Leite.
Durante sua viuvez, quando estava na Fazenda Vertentes em companhia dos pais, Chico Heráclio se absteve de aventuras amorosas, em respeito à memória de Maria Miguel. Porém, quando voltou a Limoeiro começou a ter relacionamentos e conquistas amorosas. Nas suas andanças pelos engenhos de Nazaré da Mata, Chico Heráclio conheceu Virgínia, moça fina e recatada, filha dos proprietários do Engenho Pagi e sobrinha de Herculano Bandeira, então Governador de Pernambuco.
Francisco Heráclio do Rêgo casou pela segunda vez, em 1911, com D. Virgínia Moraes. Na cerimônia esteve presente a alta sociedade pernambucana, inclusive o Governador, padrinho da noiva. O casal fixou residência em Limoeiro, num pequeno sítio que Chico Heráclio tinha adquirido no Cumbe.
D. Virgínia, chamada de D. Santa, era mãe extraordinária e uma esposa dedicada, o que muito contribuiu para a escalada do marido ao poder.
Por essa época, seu irmão Jerônimo adquiriu uma propriedade ao lado de Francisco, em Campo Grande. Os irmãos já possuíam fama de valentes, o que aumentou ainda mais com essa proximidade.
Francisco Heráclio começou a fazer política apoiado por Dr. Severino Pinheiro, que havia sido eleito senador por Pernambuco. Jerônimo Heráclio também tornou-se político em Surubim e Vertentosa.
Na década de 1920, o mundo passava por uma grave crise financeira. Para Chico, entretanto, não houve crise. Adquiriu por 90 contos de réis a patente de Coronel da Guarda Nacional. Jerônimo Heráclio comprou a de Capitão, mas era chamado também de Coronel.
Em 1922, foi eleito Prefeito de Limoeiro, apoiado por Dr. Severino Pinheiro e por Estácio Coimbra, que seria eleito Governador de Pernambuco em 1926, ficando à frente da administração do estado até 1930.
Em 1924, Chico Heráclio comprou a Fazenda Varjadas, que lhe valeu o título de “Leão das Varjadas”. Comprou também os Engenhos São Roque e Santa Cruz.
Em 1930, o presidente da nação era Washington Luiz, que lançou como candidato à sua sucessão Júlio Prestes. Houve o pleito, Júlio Prestes ganhou, mas a oposição alegou fraude nas eleições. A confusão começou e a agitação tomou conta do País. A situação piorou quando, em julho, o candidato a Vice-Presidência, João Pessoa, foi assassinado.
Em outubro eclodiu o movimento armado que depôs o Presidente Washinton Luiz. O chefe do movimento vitorioso foi Getúlio Vargas, que havia perdido nas urnas, mas ganhou pelas armas o poder, passando a chefiar a nação até 1934, sem que houvesse uma Constituição.
Foram nomeados interventores para os estados. Para Pernambuco foi nomeado Carlos de Lima Cavalcanti, que começou a perseguir os partidários do presidente deposto. Dr. Pinheiro, em Limoeiro, começou a sentir os efeitos dos atos do Interventor. Chico Heráclio, na qualidade de braço direito dele, também foi pressionado.
Com a doença do líder político de Limoeiro, Chico Heráclio assumiu o comando e enfrentou Carlos de Lima. Foi um período difícil.
Quando entrou em vigor a Segunda Constituição da República, promulgada nesse mesmo ano de 1934, a situação melhorou para o lado do Coronel Chico Heráclio.
Em novembro de 1937, Vargas revogou a Constituição e declarou a Carta do Estado Novo. Em Pernambuco Carlos de Lima Cavalcanti foi substituído por Agamenon Magalhães.
Chico Heráclio continuava sem poder, embora durante todo aquele período tivesse somado cada vez mais prestígio junto aos limoeirenses e habitantes de municípios vizinhos. Osvaldo Lima, compadre de Chico Heráclio e amigo pessoal de Agamenon, era quem interferia pelo Coronel, dando boas referências do compadre e amenizando algumas situações.
Para o período pós-Estado Novo, começaram a ser definidos os chefes políticos dos municípios pernambucanos. Com a saída de Getúlio Vargas, em outubro de 1945, Dr. José Linhares ocupou a presidência; Agamenon Magalhães saiu da Interventoria em Pernambuco e para seu lugar foi escolhido Etelvino Lins, depois substituído pelo Dr. José Neves Filho; José Linhares presidiu as eleições para eleger os Deputados Estaduais e Federais, os Senadores e o Presidente da República, que aconteceram em dezembro de 1945.

Chico Heráclio aproveitou o prestígio que desfrutava naquele momento e lançou seu filho mais velho Heráclio, como candidato a Deputado Estadual e, a pedido do seu amigo Professor Antônio Vilaça, apoiou Costa Porto para Deputado Federal, fazendo dobradinha com o filho. Ambos foram eleitos.
Com a redemocratização houve dissidência política na família Heráclio. Chico Heráclio filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) e Jerônimo Heráclio a União Democrática Nacional (UDN). Em Limoeiro, os Arruda, que faziam oposição a Chico Heráclio, se filiaram a UDN e passaram a ser companheiros do partido de Jerônimo Heráclio.
Os coronéis tinham muito poder, os currais eleitorais eram fechados. A oposição ao PSD ganhava na capital, mas a diferença era tirada quando as urnas do interior eram apuradas.
Foi na década de 1940 que Francisco Heráclio do Rêgo consolidou seu prestígio e prosperidade. Cercou-se de pessoas inteligentes e de prestígio, passou a se relacionar com mais assiduidade com os homens que detinham o poder em Pernambuco.
Por outro lado, o patrimônio de Chico aumentou muito, comprou as Fazendas Carié (1941), Serrinha e Grande (1942), Areias, Baixa Verde, Escuro eSanbra, onde residia e perto de Cumarú comprou a fazenda Viração. Seu rebanho era formado por mais de 10.000 cabeças de gado. Na política, elegeu deputado o filho mais velho, e um outro filho, prefeito, em 1947.
Era o caminho para o apogeu de sua vida, em prestígio, dinheiro e poder, que se estendeu do início da década de 1950,até 1960.

D. Virgínia Heráclio morreu em 8 de março de 1949. Ao seu enterro compareceram as mais altas autoridades do Estado. Em 1950, morreu Jerônimo Heráclio. Foram duas perdas lamentáveis para o Coronel.
Durante sua viuvez, Chico Heráclio atingiu o ápice do seu prestígio. O ponto culminante foi o brinde com Agamenon Magalhães em 8 de abril de 1951, quando da inauguração da água encanada em Limoeiro.
Chico continuou em evidência por mais dez anos, quando então sua vida começou a declinar.
Depois de dois anos da morte de D. Virgínia, Chico Heráclio casou-se, em cerimônia religiosa simples, com D. Consuelo Salva, uma viúva de 27 anos de idade, mãe de dois filhos do casamento com Severino Salva.
O casamento não deu certo e D. Consuelo saiu de casa levando o filho Francisco, com então quatro anos de idade, o que foi motivo de muitos desentendimentos dela com o Coronel.

Chico Heráclio tinha muitos votos e muito prestígio, conseqüentemente podia prejudicar e ajudar muita gente com sua influência. Além de tudo, era muito rico, podendo acionar os mecanismos legais e arbitrários para atingir seus objetivos.
Possuía grande presença de espírito, raciocínio rápido e uma resposta na “ponta da língua” para cada situação. Era um homem determinado e de coragem. Nunca deixou de cumprir o prometido.
Francisco Heráclio do Rego, coronel Chico Heráclio, o Leão das Varjadas, morreu no dia 17 de dezembro de 1974, às 20h25, com 89 anos de idade.
Diabético, semiparalítico, com problemas no coração, não tremeu nem chorou, nem na hora final.


Por:Maria do Carmo Andrade/Fundaj
Fonte: Livro:Chico Heráclio, o último coronel; Companhia Editora de Pernambuco, Recife- 1979.


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ROBERTO LEAL, CANTOR PORTUGUÊS, MORRE AOS 67 ANOS EM SP


Cantor, conhecido pelas músicas 'Arrebita' e 'Bate o pé', estava internado havia 5 dias no Hospital Samaritano e morreu em decorrência de insuficiência renal causada por tumor.

Por Tahiane Stochero e Abrahão de Oliveira, G1 SP

O cantor português Roberto Leal morreu na madrugada deste domingo (15), em São Paulo, aos 67 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Samaritano, onde o cantor estava internado. Ele ficou conhecido pelas músicas "Arrebita" e "Bate o pé".
O cantor deixa a mulher, Márcia Lúcia, e três filhos.

A morte ocorreu devido a um melanoma maligno (tumor) que evoluiu, atingindo o fígado e causando síndrome de insuficiência hepato-renal. O cantor fez tratamento contra o câncer por dois anos. Segundo a assessoria de imprensa do cantor, Leal foi internado no hospital na última terça-feira (10).

O velório será na segunda-feira (16) na Casa Portugal, das 7h às 14h. O enterro será à tarde, no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, informou o empresário do cantor há mais de 40 anos, José Sá.

"A luta era uma luta feroz, ia fazer três anos que ele lutava. Começou na vista passou para a perna, coluna e depois descobrimos que tomou o corpo", explicou o empresário, em relação ao tumor.

"Nós mantínhamos a agenda normal. Nesses três anos cancelamos 6 shows que ele teve que ficar no hospital. A cada 15 dias ele vinha, segunda e terça e depois tocava a agenda", disse o empresário.

Roberto Leal morava na capital paulista havia alguns anos.

“Embaixador da cultura popular portuguesa”, diz Fafá de Belém sobre Roberto Leal.

Benfica e Brasil.

O filho mais velho do cantor, Rodrigo Leal, falou da paixão do pai pelo time de futebol português Benfica e pelo Brasil.

"Ele falava que o artista nunca pode falar a camisa do futebol que ele torce, nem a religião que tem. Ele era muito autêntico, muito católico e em Portugal ele tinha uma paixão, que era o Benfica. No Brasil torcíamos pelos times da nossa colônia, a Portuguesa de Desportos e o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. Ele sempre vibrava muito com o Benfica, era nossa desforra como a gente aqui não conseguia ser campeão com a Portuguesa, com o Benfica lá tinha isso quase todos os anos, era uma das paixões que ele tinha", disse.

A última coisa que conversaram, conta Rodrigo, foi sobre um jogo do Benfica. "Papo de pai e filho para animar, sabe. Ele estava muito sereno, deitadinho. Eu falei pra ele que o Benfica ganhou, em casa, de 2 a 0, ele era benfiquense roxo. Se tinha uma coisa que ele parava para fazer no final de semana, quando não ti

Mas o amor de Roberto Leal era pelo Brasil.

"O Brasil, aquilo que eu te falei, é verdade. Eu faço um desafio de quantos artistas tiveram essa atenção, esse carinho no país dos outros. Portugal chama ele de português brasileiro. E ele tem uma música que diz isso, 'sou português brasileiro'. Ele era um cara que se apaixonou pelo Brasil de verdade. Se você pegar a discografia do meu pai você vai ver isso. Ele gravou no Maranhão, Recife, Piauí, São Paulo, etc. Se você for procurar dentro da discografia dele, vai ver que ele se deixou misturar. Essa é a grande obra artística dele", contou.

O cantor Roberto Leal desfila pela X-9 Paulistana. — Foto: Raul Zito/G1


Carreira.

Em 45 anos de carreira, Roberto Leal vendeu mais de 17 milhões de discos e gravou mais de 400 músicas. Entre elas, também estão faixas como “Bate o pé” e “A festa ainda pode ser bonita”.

Nascido em Macedo de Cavaleiros, no norte de Portugal, o cantor se mudou para o Brasil aos 11 anos, com os pais e nove irmãos. Em São Paulo, trabalhou como sapateiro e vendedor em uma feira.

No final de 2014, o compositor lançou o álbum 'Obrigado, Brasil!' — Foto: Divulgação.

Em 1978, protagonizou o filme “O milagre – O poder da fé”, inspirado em sua própria história.

No final dos anos 80, voltou a morar em Portugal para se dedicar ao mercado musical europeu. Nesse período, comandou um programa na TV do país.

Mais de 20 anos depois do lançamento de “Arrebita”, a popularidade do cantor ganhou vida nova quando, em 1995, os Mamonas Assassinas lançaram “Vira-vira”, que satiriza músicas dele.

Em entrevistas, Leal costumava dizer que se sentia homenageado pelo grupo.

Roberto Leal — Foto: Divulgação/Blog oficial/vasco.com.br

Retornou ao Brasil em 1998 e, dois anos depois, lançou o disco "Roberto Leal canta Roberto Carlos". Seguiu produzindo discos e coletâneas. O último, “Arrebenta a festa”, saiu em 2016.

Em 2018, foi candidato a deputado estadual de São Paulo pelo PTB, mas não conseguiu se eleger.

Filho de Roberto Leal conta que o pai trabalhou até poucos dias antes de ser internado


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OS PIORES CABRAS DE LAMPIÃO !


Lampião foi sem dúvidas um dos cabras mais temidos do cangaço brasileiro, mas será que ele foi o único? É claro que não! outros cangaceiros marcaram época ao lado dele, conheça mais nesse vídeo quem foram os piores cabras de lampião! Gostou do vídeo ? Então deixa o like ai e se inscreva no canal :) Nos siga nas redes sociais: Facebook: 

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SÓ PARA RECORDAR


Por Edvaldo Morais

SÓ LEMBRANÇAS... DOMINGO NO PAX: "TRÊS HOMENS EM CONFLITO". - O MAIOR WESTERN DO CINEMA. VESPERAL E SOIRÉE. CINEMASCOPE E TECHNICOLOR. 10-14-16-18H30 E 20H30.

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DUAS CASAS

*Rangel Alves da Costa

As casas são como as pessoas. As casas nascem, vão sofrendo desgastes, deteriorando em suas fachadas e entranhas, envelhecendo nos seus ambientes, para um dia, enfim, serem apenas memórias.
As casas são como os retratos que vão perdendo a cor, que vão amarelando até embranquecerem de vez. São como as molduras as molduras grandes, bonitas, de madeira de lei envernizadas e parecendo eternas, mas que num tempo da vida vão sendo tomadas de cupins até se tornarem em nada.
As casas são assim, tão vivas quando construídas e tão mortas depois do abandono e da destruição. Paredes que racham, pisos que vão se soltando, goteiras que vão surgindo das coberturas, frestas por todo lugar. A porta já não fecha direito. As janelas cheias de brechas e de madeira carcomida.  
Em Poço Redondo, na Praça da Matriz e arredores, muitas casas já nasceram e já morreram. Já tiveram seus tempos de presenças, vozes e vivacidades, mas também já sumiram na força foram do tempo e da idade. A mais imponente das casas já não existe mais.
O casario de China do Poço e Mãeta resta somente em retratos. Poço Redondo ainda se recorda da imponente casa de esquina, com janelas e porta grandes, traços arquitetônicos esmerados, toda uma feição de pujante presença. Foi derrubada antes de envelhecer de vez e, em escombros, tornar-se apenas em poeira e pó.  
A arquitetura grandiosa da casa de Dona Celina e Seu Chico Barbado (casa de Mariano e Terezinha) deu lugar a fachada moderna, naquela feição quase sempre igual dos modernos azulejos e cerâmicas. Uma casa qualquer, pode-se dizer.
Uma ou outra casa ainda persiste com a mesma fachada, tendo recebido apenas uma ou outra pintura. Sobressaem-se, contudo, duas casas vizinhas, parede com parede, história com história. A antiga casa de Seu Zé de Lola e Dona Quininha continua no mesmo aspecto de antigamente, naquele mesmo formato de sua originária construção.


Ante sua visão, logo se percebe uma diferenciação das demais, porém não muito da casa ao lado, esta pertencente a ao Sr. Gabriel Feitosa. Nas duas casas ainda os testemunhos daquele Poço Redondo de antigamente. E nas duas a vivência de dois parentes, um tio e uma sobrinha.
Ao entardecer, Neném, atual guardiã e filha de Dona Quinininha e Zé de Lola, senta-se na calçada esperando o sopro da brisa boa. Logo ao lado, geralmente no mesmo horário, Seu Gabriel começa a avistar o mundo enquanto vai abrindo as portas de suas vastas recordações.
De poucas palavras, sem gostar de falar sobre seus caminhos na vida, apenas revive por dentro os idos de um sertão inteiro. As duas casas ainda estão vivas, presentes, parecendo eternas naquele local. Tudo passa, tudo se transforma, e elas continuam ali.
E que continuem ali, continuem sendo páginas vivas de nossa história. Poço Redondo precisa manter e preservar o que lhe resta como escrita daquele passado vivenciado na força e na tenacidade de um povo.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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LAMPIÃO NA SERRA VERMELHA

trágico e covarde assassinato de José Nogueira

Por: Luiz Ferraz Filho


Os livros sobre a história brasileira sempre trouxeram no capitulo sobre a Coluna Prestes o simbolismo da liberdade. Porém, nada foi mais aterrorizante para a população do Sertão do Pajeú, no mês de fevereiro de 1926, do que esses revoltosos sulistas. Vinda da Paraíba em direção ao Pajeú sob o comando do general Isidoro Dias Lopes, a Coluna Prestes contou com o "reforço" da boataria que estava alinhada ao bando de Lampião, para assim aterrorizar ainda mais o sertanejo. 
 
General Isidoro Dias Lopes
 
E foi esse boato que fez muitos fazendeiros da região abandonarem suas casas para se embrenhar na caatinga como esconderijo. Somada a isso, tinha também um batalhão patriótico para combater os revoltosos e que confundia ainda mais a população. Ao passarem por Betânia (PE), onde esfomeados saquearam o comercio local, os revoltosos marcharam em direção ao povoado de São João do Barro Vermelho (Tauapiranga), distrito de Serra Talhada. De lá, desceram pelas margens do Riacho São Domingos em direção a lendária vila de São Francisco, também distrito de Serra Talhada. 

Serra Vermelha vista da Fazenda de Zé Nogueira

Entre essas duas localidades, os revoltosos encontraram a Fazenda Serra Vermelha, na época fonte rica para o abastecimento da tropa composta de seiscentos ou oitocentos soldados. Com a barriga cheia, precisavam eles de uma pessoa da região para servir como "guia dos revoltosos" e nada melhor que um homem conhecido e respeitado por todos para usarem como "escudo". E foi assim que o influente dono da fazenda, José Alves Nogueira, acabou "sequestrado" pelos revoltosos. Três dias sem nenhuma regalia, andando a pé sob olhares dos soldados até ser libertado próximo ao povoado de São João do Barro Vermelho (Tauapiranga). 

Cruz no terreiro da casa demarcando o local 
onde foi covardemente assassinado 
Zé Nogueira pelo cangaceiro Antônio Ferreira.

Aliviado, mal podia imaginar José Nogueira que voltando para sua Fazenda Serra Vermelha passaria por situação ainda pior. Ao chegar, José Nogueira pediu para um dos moradores ir avisar aos parentes e familiares que estava tudo bem com ele e que  estava em casa. E nisso, aproveitou para ir na vazante (plantação no baixio) olhar uma cacimba que abastecia o lugar. Depois de algum tempo lá, José Nogueira recebeu um recado de Antônia Isabel da Conceição (Isabel de Luis Preto) que inocentemente disse que a força volante de Nazaré (comandada por Manoel Neto) estava no terreiro da casa esperando ele. Desconfiado, José Nogueira ainda perguntou: - Tem certeza que é a força ?. Tenho sim, respondeu Isabel. 

O fazendeiro João Nogueira (neto de Zé Nogueira 
e bisneto do major João Alves Nogueira), 
na calçada onde foi assassinado o avô em fevereiro de 1926.
 
 
Domingos Alves Nogueira 
(neto de José Nogueira) 

Ao subir da cacimba em direção ao terreiro da casa, José Nogueira avistou o bando de Lampião com 45 cangaceiros enfurecidos após saírem derrotados na tentativa de invasão ao povoado de Nazaré do Pico. Homem de firmeza, continuou José Nogueira o trajeto mesmo sabendo que dificilmente escaparia da morte. Nisso, o cangaceiro Antônio Ferreira, aproximou-se dele e falou: - É hoje José Nogueira. Ele ele respondeu: - Seja o que Deus quiser. 

Lampião mandou todos baixarem as armas e começou a conversar com o velho fazendeiro. Após a palestra, Lampião observou ele muito cansado, doente e asmático, liberando o fazendeiro. Deu voz de reunir e começou a seguir no destino da caatinga quando escutou um tiro. Tinha sido o cangaceiro Antônio Ferreira que havia covardemente atirado nas costas de José Nogueira. Vendo o ocorrido, Lampião reclamou dizendo que o velho estava doente e quase "morto". Então, Antônio Ferreira (que era irmão mais velho de Lampião) falou:

- Matei , tá morto e pronto. 

Era 26 de fevereiro de 1926. Calçou Antônio Ferreira as alpercatas (sandálias de couro) do falecido e seguiu junto ao bando caatinga a dentro. Segundo o fazendeiro João Nogueira Neto (neto de José Nogueira), durante anos o local onde o avô paterno foi assassinado ficou manchado com o sangue nas pedras. No local, os filhos do fazendeiro depois fincaram uma cruz para demarcar a tragédia. O corpo de José Nogueira foi enterrado no dia seguinte, do outro lado do riacho, no cemitério da Serra Vermelha. 
 
Deixou ele a viúva Francisca Nogueira de Barros (Dona Dozinha, tia dele) e sete filhos. 

Luiz Ferraz Filho, é pesquisador, Serra Talhada - Pernambuco
 
FONTE: (LIRA, João Gomes de - Memórias de Um Soldado de Volante) 
- (AMAURY, Antônio e FERREIRA, Vera - O Espinho de Quipá) - (FERRAZ, Marilourdes - O Canto do Acauã) - (SOBRINHO, José Alves - Zé Saturnino - Nas Pegadas de Um Sertanejo).  
 
FOTOS/ENTREVISTADOS: 
João Nogueira Neto e Domingos Alves Nogueira (netos de José Alves Nogueira).
 
Pescado no Cariri Cangaço


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