Roberto Leal, nome
artístico de António Joaquim Fernandes,[1] (Macedo de Cavaleiros, 27
de novembro de 1951 – São Paulo, 15
de setembro de 2019) foi um cantor, compositor e ator português radicado
no Brasil.
Devido a seu
sucesso, alcançado na década
de 1970, apresentava-se como embaixador da cultura portuguesa no
Brasil.[2]
Roberto Leal,
vendeu mais de 17 milhões de discos,[3] e
ganhou cerca de trinta discos de ouro e
cinco de platina.[4]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Emigrou para o Brasil aos onze
anos de idade, em 1962,[5] juntamente
com os pais e nove irmãos,[6] em
cinco viagens.[7][8] Na
cidade de São Paulo, após trabalhar como sapateiro e comerciante de doces,[9] iniciou
a carreira de cantor de fados e músicas românticas.[8]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Em 1971 obteve
o seu primeiro grande sucesso com "Arrebita", conhecida pelo seu
refrão "Ai cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita,
arrebita", após aparição no programa Discoteca do Chacrinha.[10] Logo
após, começou a ganhar grande popularidade se apresentando em diversos
programas de auditório no Brasil.[11]
Em 1978
participou do filme Milagre - O Poder da Fé,[12] que
contou com participação especial de alguns nomes importantes como o apresentador Chacrinha, Elke
Maravilha e a atriz Lolita
Rodrigues.[13] Lançado
em 1979, o filme aborda a história de sua vida.[14] Dirigido
por Hércules Breseghelo, teve partes filmadas na cidade natal do cantor.[13]
Além do
repertório romântico-popular, seu trabalho também caracterizava-se por misturar
ritmos lusitanos aos brasileiros, além de ter gravado em estilos tipicamente
brasileiros como o forró. Quase todo seu repertório é composto de faixas de sua
autoria e em parceria com a esposa Márcia Lúcia, com quem foi casado e tinha
três filhos brasileiros, dentre eles o produtor musical Rodrigo
Leal.[10] A
canção A Festa Ainda Pode Ser Bonita serviu de inspiração para a
música Vira-Vira,
sucesso da banda Mamonas Assassinas na década
de 1990.
Além de cantor
e compositor, Leal foi apresentador de programas na Rádio Capital de São Paulo na década
de 1980, apresentador no canal português TVI e no Brasil,
também tendo apresentado programas na TV Gazeta e Rede Vida.[15]
2007–2018[editar | editar código-fonte]
Lançou no ano
de 2007 o CD Canto da Terra e Raiç/Raízes em 2009.
Nesses discos gravou músicas em mirandês para divulgar a segunda língua oficial
de Portugal.[16] Estes
discos lhe conferiram prêmios e condecorações da crítica de música portuguesa
pelo estudo aprofundado de instrumentos musicais muito usados na música
mirandesa, como as gaitas de fole.[17]
Em sua
carreira vendeu cerca de dezessete milhões de discos[8] e
tem mais de trezentas canções gravadas. É um dos compositores do atual hino
da Portuguesa de Desportos,
de São Paulo. Ele era também sócio do restaurante de comida portuguesa Marquês de Marialva,
em São Paulo, localizado na região de Barueri.[15]
Em 2011
participou do elenco no sitcom Último
a Sair, um falso reality show da autoria de Bruno
Nogueira, João Quadros e Frederico Pombares, exibido pelo canal
português RTP1,
programa do qual saiu vencedor.[18] Nesse
mesmo ano publicou uma autobiografia em
um livro intitulado Minhas Montanhas,[19] sendo
lançado tanto no Brasil quanto em Portugal.[20][21]
Em 2014 fez
uma participação em Chiquititas, atuando como ele mesmo, Roberto
Leal, o músico que processa Tobias por usar sua música.[22] Nesse
mesmo ano, lançou o CD Obrigado Brasil!, que incluía um sambas de Jorge
Aragão e Arlindo Cruz e duetos com Jair
Rodrigues, Alcione, Jairzinho e Luciana
Mello.[23]
Roberto Leal
vivia entre o Brasil e Portugal, além de se apresentar em países da América
do Sul, América Central e Europa divulgando
a cultura portuguesa. Foram lançadas coletâneas de seus principais sucessos,
vendidos tanto no Brasil como em Portugal.
Em 2018
candidatou-se a deputado estadual por São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),
obtendo 8 273 votos (0,04% dos votos válidos), não se elegendo.[24]
Doença e morte[editar | editar código-fonte]
Em janeiro de
2019, revelou lutar havia dois anos contra um câncer e
que havia perdido parte da visão devido a duas cataratas.[25]
Posto isso,
Roberto Leal morreu de insuficiência renal após complicações decorrentes de uma
reação alérgica, durante a sua luta contra o câncer em 15 de setembro de 2019,
aos 67 anos. Estava internado desde 10 de setembro de 2019 na unidade
semi-intensiva do Hospital Samaritano de São Paulo.[26]
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário