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domingo, 15 de setembro de 2019

HOMENAGEM AO SAUDOSO ROBERTO LEAL QUE NOS DEIXOU HOJE.


Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes,[1] (Macedo de Cavaleiros27 de novembro de 1951 – São Paulo15 de setembro de 2019) foi um cantorcompositor e ator português radicado no Brasil.

Devido a seu sucesso, alcançado na década de 1970, apresentava-se como embaixador da cultura portuguesa no Brasil.[2]

Roberto Leal, vendeu mais de 17 milhões de discos,[3] e ganhou cerca de trinta discos de ouro e cinco de platina.[4]


Emigrou para o Brasil aos onze anos de idade, em 1962,[5] juntamente com os pais e nove irmãos,[6] em cinco viagens.[7][8] Na cidade de São Paulo, após trabalhar como sapateiro e comerciante de doces,[9] iniciou a carreira de cantor de fados e músicas românticas.[8]


Em 1971 obteve o seu primeiro grande sucesso com "Arrebita", conhecida pelo seu refrão "Ai cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita", após aparição no programa Discoteca do Chacrinha.[10] Logo após, começou a ganhar grande popularidade se apresentando em diversos programas de auditório no Brasil.[11]

Em 1978 participou do filme Milagre - O Poder da Fé,[12] que contou com participação especial de alguns nomes importantes como o apresentador ChacrinhaElke Maravilha e a atriz Lolita Rodrigues.[13] Lançado em 1979, o filme aborda a história de sua vida.[14] Dirigido por Hércules Breseghelo, teve partes filmadas na cidade natal do cantor.[13]

Além do repertório romântico-popular, seu trabalho também caracterizava-se por misturar ritmos lusitanos aos brasileiros, além de ter gravado em estilos tipicamente brasileiros como o forró. Quase todo seu repertório é composto de faixas de sua autoria e em parceria com a esposa Márcia Lúcia, com quem foi casado e tinha três filhos brasileiros, dentre eles o produtor musical Rodrigo Leal.[10] A canção A Festa Ainda Pode Ser Bonita serviu de inspiração para a música Vira-Vira, sucesso da banda Mamonas Assassinas na década de 1990.

Além de cantor e compositor, Leal foi apresentador de programas na Rádio Capital de São Paulo na década de 1980, apresentador no canal português TVI e no Brasil, também tendo apresentado programas na TV Gazeta e Rede Vida.[15]

2007–2018[editar | editar código-fonte]
Lançou no ano de 2007 o CD Canto da Terra e Raiç/Raízes em 2009. Nesses discos gravou músicas em mirandês para divulgar a segunda língua oficial de Portugal.[16] Estes discos lhe conferiram prêmios e condecorações da crítica de música portuguesa pelo estudo aprofundado de instrumentos musicais muito usados na música mirandesa, como as gaitas de fole.[17]

Em sua carreira vendeu cerca de dezessete milhões de discos[8] e tem mais de trezentas canções gravadas. É um dos compositores do atual hino da Portuguesa de Desportos, de São Paulo. Ele era também sócio do restaurante de comida portuguesa Marquês de Marialva, em São Paulo, localizado na região de Barueri.[15]

Em 2011 participou do elenco no sitcom Último a Sair, um falso reality show da autoria de Bruno Nogueira, João Quadros e Frederico Pombares, exibido pelo canal português RTP1, programa do qual saiu vencedor.[18] Nesse mesmo ano publicou uma autobiografia em um livro intitulado Minhas Montanhas,[19] sendo lançado tanto no Brasil quanto em Portugal.[20][21]

Em 2014 fez uma participação em Chiquititas, atuando como ele mesmo, Roberto Leal, o músico que processa Tobias por usar sua música.[22] Nesse mesmo ano, lançou o CD Obrigado Brasil!, que incluía um sambas de Jorge Aragão e Arlindo Cruz e duetos com Jair RodriguesAlcioneJairzinho e Luciana Mello.[23]

Roberto Leal vivia entre o Brasil e Portugal, além de se apresentar em países da América do SulAmérica Central e Europa divulgando a cultura portuguesa. Foram lançadas coletâneas de seus principais sucessos, vendidos tanto no Brasil como em Portugal.

Em 2018 candidatou-se a deputado estadual por São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), obtendo 8 273 votos (0,04% dos votos válidos), não se elegendo.[24]

Doença e morte[editar | editar código-fonte]

Em janeiro de 2019, revelou lutar havia dois anos contra um câncer e que havia perdido parte da visão devido a duas cataratas.[25]

Posto isso, Roberto Leal morreu de insuficiência renal após complicações decorrentes de uma reação alérgica, durante a sua luta contra o câncer em 15 de setembro de 2019, aos 67 anos. Estava internado desde 10 de setembro de 2019 na unidade semi-intensiva do Hospital Samaritano de São Paulo.[26]

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