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sexta-feira, 26 de abril de 2013

O REGIONALISMO SERTANEJO DE RUBINHO LIMA

Por Aristóteles Lima(*)

Rubervânio Rubinho Lima é um jovem escritor pauloafonsino que acaba de lançar mais um livro. O primeiro foi “Conversas do Sertão”, uma coletânea de contos lançada em 2009. O título já indica a clara opção do escritor pelo regionalismo literário. Histórias do povo do sertão, sua fala, vestuário, medos, alimentação, tudo aquilo que chamamos de cor local. Agora Rubinho nos brinda com “Regionalismo sertanejo”, uma coletânea de quatro estudos sobre seu assunto preferido. A sequência dos livros deixa clara sua paixão pelo tema. O autor de literatura regionalista resolve estudar sua própria linha de trabalho.

Em pauta a atualidade da literatura regionalista, suas origens e alguns dos nomes mais conhecidos do estilo. O regionalismo surge como afirmação da região, de suas particularidades, em relação ao conjunto da nação. É uma das manifestações da literatura moderna. O auge do regionalismo na literatura se dá entre os anos 30 e 50. 

Jorge Amado

Graciliano Ramos, Jorge Amado e José Lins do Rego são alguns dos nomes mais conhecidos. Uma das características principais desta literatura é a denúncia dos problemas sociais da região: a seca, a fome, a sede, os desmandos das elites locais, etc. 


Na visão de Rubinho a vigência destes flagelos sociais ainda nos dias de hoje provoca a atualidade deste tipo de literatura.

Rubinho Lima

Foi bom o Rubinho tocar neste assunto porque nos dias atuais uma certa leitura “politicamente correta” tenta desvirtuar o valor do regionalismo. Não são poucos os que hoje tentam afirmar que Jorge Amado e Graciliano Ramos ao escrever sobre famintos, cangaceiros e prostitutas negras estariam estigmatizando os pobres do Nordeste. 

Graciliano Ramos

Uma leitura mínima sobre o assunto vai nos mostrar que estes autores eram de esquerda e que viam na literatura um meio para divulgar o sofrimento dos oprimidos. Seus livros apareceram para um público que não conhecia a televisão, era por meio deles que a classe média do sul tomava consciência do sofrimento dos pobres do Nordeste. Algo parecido aconteceu com o filme (que também é livro) “Cidade de Deus”, quando alguns o acusaram de estigmatizar os negros que vivem na favela. De tanto se fixar no conceito de “estigmatização” o “politicamente correto” se esquece da importância de denúncia social. Como se o Brasil já tivesse superado suas grandes contradições sociais ou como se não denunciar a situação dos pobres fosse resolver seus problemas.

Para nós é importante que se valorize a literatura regionalista, mas o leitor nordestino deve ter consciência da amplitude da literatura. Se for verdade que o “sertão é do tamanho do mundo”, como nos diz 

Guimarães Rosa 

Guimarães Rosa, podemos afirmar que a literatura é do tamanho do universo. Um dos problemas de ser escritor no nordeste é a cobrança para que este limite sua obra ao regionalismo. Como se o Nordeste fosse uma maldição a qual o escritor estivesse preso. A opção pelo regionalismo é legítima, mas outras opções também o são. O escritor é um artista livre e decide o caminho para onde quer guiar sua arte. Se a opção pelo sertão for feita de forma consciente, e não forçada, a arte literária sairá bem feita. Lendo os trabalhos de Rubinho Lima dá para perceber que ele fez a opção consciente e certa.

(*) Aristóteles Lima Santana, professor de filosofia, escritor e colunista de jornal

http://www.conversasdosertao.com/2011/08/o-regionalismo-sertanejo-de-rubinho.html

LIVRO TRAZ GENEALOGIA DE POTIGUARES Publicado em 25/04/2013 por Rostand Medeiros

João Felipe lança mais um livro sobre árvore genealógicas das famílias do RN – Foto – Magnus Nascimento

O contar da história através de pesquisas genealógicas não é um mero acaso na vida do professor universitário aposentado João Felipe da Trindade, 67 anos. A curiosidade aguçou a vontade de conhecer a sua ascendência e de resgatar a memória dos seus antepassados. Aliado a isso, o gosto pela leitura, ainda em tenra idade, despertou o desejo de transpor esses estudos para o livro. “Quando era pequeno, antes de começar as aulas, já tinha lido todos os livros que meu pai comprava pra escola”.

Já adulto e como professor de Matemática, João Felipe da Trindade disse que “também gostava muito de ler os livros de história da Matemática”. Os anos passaram. Felipe da Trindade transformou-se num historiador e passou a elaborar árvores genealógicas das famílias potiguares, temas dos três livros escritos por ele. O último intitulado “Mais Notícias Genealógicas do RN” será lançado hoje, a partir das 11 horas de hoje, na galeria Núcleo de Arte e Cultura (NAC), no Centro de Convivência da Universidade Federal do Rio Grane do Norte (UFRN).

Segundo Trindade, o livro é uma sequência do segundo – “Notícias Genealógicas do Rio Grande do Norte” – lançado em 2011, que também é uma coletânea dos artigos publicados, semanalmente, em “O Jornal de Hoje”.

Trindade mantém na internet, ainda, o blog putegi.blogspot.com.br sobre  a genealogia, como gosta de dizer, “das bravas famílias que ajudaram a construir o Estado”, que como a sua obra, “retrata um pouco mais sobre alguns lugares, algumas famílias, alguns indivíduos e alguns hábitos do Estado”.

O livro não obedece a uma ordem cronológica sobre o surgimento das famílias norteriograndenses. “Quando faço um artigo sobre uma determinada família, uma coisa vai puxando outra”, disse ele, que conta coisas sobre a vida de políticos como o capitão José da Penha e Pedro Avelino, nome de município na região do Sertão/Central do Estado que foi o pai do senador Georgino Avelino.

Nele também cita-se o presidente provincial Caetano Sanchez,  “o doador do galo da Igreja de Santo Antonio, na Cidade Alta” ou ainda de Matias Vidal de Negreiros, que lutou contra a presença holandesa na região Nordeste e Maria Páscoa Bezerra, que foi condenada pela inquisição da Igreja Católica. “Não é uma listagem de nomes, sempre conto alguma coisa sobre as pessoas”.

Pesquisas são ancoradas em inventários e acervos

Dedicar tempo a recompor a Genealogia e a história de famílias potiguares para que não fiquem  adormecidas ou submersas nos registros do passado, seja para esclarecer, atualizar ou corrigir a história exige anos de pesquisa e dedicação. O registro de  nascimento ou a certidão de casamentos são pontos de partida para a elaboração de uma árvore genealógica, mas o pesquisador depende, na maioria das vezes, de acervos históricos e inventários para finalizar o trabalho.

O desenvolvimento de pesquisas genealógicas passa pelo conhecimento paleográfico para conhecer o conteúdo de documentos antigos

“Às vezes, a pessoa tem os dados em casa e não sabe usar”, alerta João Felipe da Trindade, que escreveu o primeiro livro em 2008: “Servatis ExMore Servandis”. Em latim, quer dizer – “Conservar o que tem de ser conservado”, segundo Trindade, que encontrou esse registro na certidão de casamento do seu bisavô, de quem herdou o nome.

Afora os documentos da família, pelos quais traçou a sua Genealogia no primeiro livro, Trindade diz que foi atrás de outras fontes, num trabalho que não foi tão fácil em seu início, como a busca de informações nos arquivos da Cúria Metropolitana, em Natal, onde estão assentos de famílias de Santana do Matos a partir de 1823.

Naquele tempo, explicou Trindade, os registros de nascimento, óbitos e casamentos eram feitos exclusivamente nas Igrejas Católicas. Em Assu, para onde teve de se deslocar algumas vezes, a pesquisa na Igreja de São João Batista que só podia ser feita de manhã. Ela aproveitava o horário para fotografar tudo.

Quando as informações estão incompletas, Trindade busca dados nos inventários, principalmente nos casos de pessoas solteiras, que não deixam linhagem. Por essas duas razões, ele disse que teve de saber Paleografia – “aprendi na marra”.

Em outras, foi preciso se deslocar à Olinda (PE), onde estão documentos da Igreja Católica sobre o Rio Grande do Norte relativos aos séculos XVII e XVIII ou mesmo no Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco, em Recife, quando não foi possível obter cópias de documentos através de amigos. Isso aconteceu na elaboração da árvore genealógica de Afonso Bezerra, cuja documentação tinha sido enviada em 1944 a Pedro Antas.

Outra fonte importante, informou Trindade, é o acervo de microfilmes da Igreja Mórmon,  porque além de batizar um convertido, “também são batizados os ascendentes, as pessoas que ficaram pra trás da família”, daí a necessidade de eles terem acessos aos documentos familiares.

Email de João Trindade para adquirir o livro -João Felipe da Trindade – jfhipotenusa@gmail.com

Fonte – http://tribunadonorte.com.br/noticia/pesquisas-sao-ancoradas-em-inventarios-e-acervos/248551

Extraído do blog do historiógrafo e pesquisador do cangaço:
Rodtand Medeiros


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Gilmar Teixeira lança Documentário sobre os últimos dias de Aristéia, no Cariri Cangaço 2013 !

Gilmar Teixeira

Paulo Afonso novamente é cenário para documentário  sobre a cultura local. A direção do vídeo está sendo realizada por Gilmar Teixeira. A Usina Angiquinho (que completa 100 anos de história agora em 2013) foi palco das primeiras imagens captadas por Gilmar e José Carlos, que entrevistaram o historiador João de Sousa Lima, que contou um pouco da vida da cangaceira Aristeia Soares. O filme será apresentado durante o Cariri Cangaço 2013. Gilmar Teixeira também apresentará o vídeo em alguns festivais do Brasil.

No Museu da Usina Angiquinho a senhora Sônia Célia Borges, coordenadora da instituição, deu total apoio a equipe.   (Na Fotografia: João Lima, Gilmar Teixeira, José Carlos e Sônia Célia).

Gravações na Usina Angiquinho


Paulo Afonso tem sido cenário de grandes produções brasileiras, novelas, filmes, minisséries e documentários para jornais, revistas e TV, sob o tema cangaço. Foi nestas terras que nasceu e morou Maria Gomes que veio a ser conhecida em todo o mundo como Maria Bonita, que deixou seu povoado Malhada da Caiçara, no município de Paulo Afonso para seguir como companheira de Lampião, o Rei do Cangaço e com ele e outros cangaceiros foi morta na Grota de Angico, em terras sergipanas.

Agora, Gilmar Teixeira, pesquisador do cangaço e outros temas regionais, sendo o autor do livro Quem Matou Delmiro Gouveia, lançado há pouco mais de um ano e meio, se juntou com José Carlos, de larga experiência como câmera, tendo trabalhado vários anos na TV em Camaçari e atualmente na TV São Francisco e foram buscar João de Sousa Lima que já andou muitos milhares de quilômetros entrevistando gente, descobrindo histórias do cangaço o que lhe fez produzir cerca de 10 livros sobre o tema.

Manoel Severo, Aristéia e João de Sousa Lima

Juntos, Gilmar, Zé Carlos e João, estão produzindo um documentário sobre o tema, destacando a figura da ex-cangaceira Aristéia que morou ao lado de Paulo Afonso, logo depois da Ponte D. Pedro II, no Jardim Cordeiro, povoado do município de Delmiro Gouveia. Aristéia faleceu faz pouco, beirando os cem anos e João andou com ela por Fortaleza e outros lugares onde aconteciam seminários e estudos sobre o cangaço.

O tema, para toda a região é hoje um legado cultural que tem gerado a produção de filmes, vídeos, minisséries para a TV, produtos artesanais e, claro, muitos documentários como este que será apresentado no Cariri Cangaço, um evento de porte que reúne dezenas de pesquisadores como Antônio Amaury na região do Cariri Cearense. Este ano o Cariri Cangaço vai acontecer entre os dias 17 e 22 de Setembro e terá eventos em Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Porteiras e Barro, sob a coordenação geral do curador do evento, Manoel Severo.

Antônio Galdino

Fonte: Folha Sertaneja
www.joaodesousalimablogspot.com.br

http://cariricangaco.blogspot.com.br

Cariri Cangaço Parahyba - P R O G R A M A Ç Ã O


Divulgamos a programação do Cariri Cangaço Parahyba, que se realizará nas cidades de Sousa/PB e Nazarezinho/PB, entre os dias 15 e 16 de junho de 2013.

Sousa - PB, 15 de junho de 2013/Sábado
 
(Local: Centro Cultural Banco do Nordeste)

14:00h - Cerimônia de Abertura

14:20h - Mesa Redonda

Tema: Homem, Terra, Religiosidade, Sertão e Cangaço: A construção histórica da figura do cangaceiro.

Coordenador da Mesa: César Nóbrega - Sousa/PB


Debatedores: Lemuel Rodrigues - Mossoró/RN
Múcio Procópio - Natal/RN
Honório de Medeiros - Natal/RN

16:00h -  Exibição do documentário: A violência oficializada no tempo do cangaço (Produção da Laser Filmes)



Debatedores: Aderbal Nogueira - Fortaleza/CE
                     Juliana Ischiara - Quixadá/CE

19:00h - Mesa Redonda

Tema: O cangaço na Parahyba

Coordenador da Mesa: Manoel Severo - Fortaleza/CE


Debatedores: Ângelo Osmiro - Fortaleza/CE                             
                      Bismark Martins - Campina Grande/PB                             
                      Wescley Rodrigues - Cajazeiras/PB

Nazarezinho - PB, 16 de junho de 2013/Domingo.
       
07:30h - Visita Técnica (A casa do Jacu e a casa de seu Abdias Pereira)
      
08:30h - Cerimônia de Abertura (Local: Centro Social)

09:00h - Exibição do documentário: Na cabeça do povo (Produção: Helena Maria Pereira)
      
09:30h - Mesa de Debate

Tema: O cangaço como caracterizador da cultura sertaneja e a importância da cultura material como elemento formador da identidade de um povo (A memória do cangaceiro Chico Pereira)


Debatedores: João de Sousa Lima – Paulo Afonso/BA
Paulo Gastão - Mossoró/RN
    
"Exposição do Cangaço"

Maiores informações:  wescley.dutra@bol.com.br

http://lampiaoaceso.blogspot.com

Luitgarde recebe Título de Doutora Honoris Causa na URCA

URCA concede Título a Luitgarde Barros

Acontece no próximo dia 8 de maio, no Salão de Atos da Universidade Regional do Cariri - URCA o recebimento do Título de
Doutora Honoris Causa
pela pesquisadora e escritora,
Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros.


Luitgarde Barros é Antropóloga - Doutorado e Mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997 e 1980); Pós-doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ (2008); Pós-doutorado em Antropologia pela UNICAMP (1999); Bacharelado e Licenciatura em Ciências Sociais - Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968); graduação em Fisioterapia - Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro (1966). Atualmente é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (graduação e pós-graduação) e pesquisadora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase nos temas: pensamento social brasileiro; catolicismo popular; antropologia da violência; antropologia da literatura; memória e história oral; movimentos sociais - antropologia política. Autora dos livros: A terra da mãe de Deus - Um estudo do movimento religioso de Juazeiro do Norte; Arthur Ramos e as Dinâmicas Sociais de Seu Tempo; A Derradeira Gesta: Lampião e Nazarenos Guerreando no Sertão e Nelson Werneck Sodré: um perfil intelectual. Organizadora e co-organizadora de livros sobre Octávio Brandão, Nise da Silveira, Guerra-Peixe e memória e história oral dos bairros portuários do Rio de Janeiro. Escreveu mais de uma centena de capítulos de livros e artigos em periódicos e jornais, no Brasil e no exterior.

NOTA CARIRI CANGAÇO: A querida amiga Luitgarde estará conosco no Cariri Cangaço 2013, se unindo à toda família de Vaqueiros da História na grande homenagem a Alcino Alves da Costa.

Cariri Cangaço 2013
17 a 22 de Setembro de 2013
Cariri do Ceará, Cariri do Brasil !

http://cariricangaco.blogspot.com.br