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terça-feira, 10 de abril de 2012

Personalidades na rota

Por: Jairo Luiz

Da Pedra do Reino às pedras de Angico


Hoje foi um grande dia para todos nós que amamos a Cultura Brasileira e em especial aqueles que gostam da Cultura Nordestina. Pela 1ª vez o grande Mestre Ariano Suassuna esteve na Grota de Angico - ROTA DO CANGAÇO XINGÓ - para gravar o documentário chamado " Visões do Brasil" produzido pelo SESC.


Foi indescrítivel fazer a Trilha de Angico com o Mestre Ariano no auge dos seus 85 anos de idade e de muita sabedoria.

Extraído do blog: Lampião Aceso

Informações importantes

Como o país armou Lampião
Lampião, rei do cangaço

Para combater a Coluna Prestes, marcha de militares revoltosos comandados pelo capitão 


Luis Carlos Prestes, que depois tornou-se líder comunista, o governo se aliou ao cangaceiro Lampião em 1926.

Janeiro: o bandido é convocado

Com a coluna se aproximando do Ceará, Floro Bartolomeu, deputado Federal do Estado, recruta uma força de defesa, os Batalhões Patrióticos, e vai com ela para Campos Sales, CE.

Floro Bartolomeu

Prepara uma carta convocando Lampião e a manda para o Padre Cícero endossar. 


Um mensageiro vai atrás de Lampião. Enquanto isso, Bartolomeu, adoentado, segue para o Rio de Janeiro para se tratar.

Fevereiro: confusão entre inimigos

Mas parece que o Padre Cícero não chegou a receber a carta de Floro Bartolomeu. Lampião cuida de seus interesses pessoais em Pernambuco. Invade a fazenda de um antigo inimigo, mata dois, fere dois e toca fogo na casa do seu inimigo. Saindo desse ataque, no mesmo dia, tem um combate com a coluna, mas pensa que está lutando com a polícia.

Março: defensor público por pouco tempo

Lampião recebe a carta e segue para Juazeiro. Acampa com 49 homens perto da cidade e mais de 4.000 curiosos vão vê-lo. No dia 6, se encontra com o Padre Cícero e recebe uma patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, assinada, acredite, por um funcionário do Ministério da Agricultura. Mais tarde esse homem diria que, naquelas circunstâncias, assinaria até a exoneração do presidente. Todos os cangaceiros recebem uniformes e fuzis automáticos. No dia 8, Floro Bartolomeu morre. Lampião parte decidido a cumprir o combinado, mas é perseguido em Pernambuco. Volta para falar com Padre Cícero. Como este não o recebe, interrompe sua carreira de defensor público e retorna a rotina de crimes.

Informações extraídas da Revista:
Super Interessante
Ano: 11
Nº. 6
Junho de 1997 

Atores de teatro de Salvador,

Por: Guilherme Machado

Atores de teatro de Salvador, juntamente com a Secult" Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, em visita ao Portal do Cangaço de Serrinha. Os artistas ficaram impressionados com a saga de Lampião e seus cabras... Os atores até arriscaram poses em trajes de cangaceiros.











“Foi na última quinta-feira  véspera da sexta-feira santa que o grupo de teatro aliado a Secult”; Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que eles visitaram o Portal do Cangaço de Serrinha.

Foram eles:

Cléber Menezes, Diretor Cultural Setorial do Sisal, Djalma, Diretor Artístico,  Rafael, ator,   Thais, atriz. Os artistas fizeram a maior algazarra no Portal do Cangaço. Pesquisaram, perguntaram muito, e até se arriscaram a trajar-se de cangaceiros e cangaceiras. O espaço se sentiu muito gratificado em recebê-los. Visitantes de muito alto astral e otimismo. Como dizia o poeta: Bahia vai bem como vai seu bem querer. Por este espaço passa de toda espécie de ser humano, rico, pobre, branco, preto, remediados, intelectuais de toda classe social. Eles querem saber o que houve com o homem  mais citado bibliograficamente do planeta Capitão Virgulino da Silva “Lampião” e seus sequazes. Quando eu citei o homem mais citado do universo é porque é verdade. Este é relatado em mais de 1.100 livros os fora, livretos de cordéis revistas e jornais. Quando um visitante me faz a pergunta que não quer se calar: “Lampião herói ou bandido?”, a resposta está na ponta da língua “mito”. Mito de citações mito de conhecimento. mito de liderança.

Extraído do blog Portal do Cangaço de Serrinha - Bahia.

II Festival de Músicas do Cangaço


O II FESTIVAL DE MÚSICAS DO CANGAÇO, que acontecerá em Serra Talhada/PE, no dia 28 de abril de 2012,  é um momento de reafirmação e reforço na identidade cultural do homem nordestino, tendo como ponto de partida a música e a história. Poucos momentos são tão especiais como este, portanto, venha brindar conosco, curtindo excelentes músicas, com compositores e intérpretes de alto nível, com a participação d’OS PARICEIROS e ANCHIETA DALI, em shows emocionantes,  com uma platéia calorosa e aconchegante. É assim a Terra de Lampião e Capital do Xaxado. No espaço do evento, na ESTAÇÃO DO FORRÓ, antiga Estação Ferroviária, não faltará  o artesanato, comidas regionais, uma boa poesia cordelesca, barracas com bebidas, regado a uma paixão infinda pela cultura do sertão.
PROGRAMAÇÃOCOMPLETA:
Para mergulhar na cultura, se divertirem, se hospedar e comer bem, é só chegar aqui na Terra de Lampião. Segue algumas dicas:
POUSADAS
Pousada Lampião – (87) 3831 1402
Pousada Maria Bonita – (87) 3831 1223
Frontal da Serra – (87) 3831 8060
Hotel das Palmeiras – (87) 3831 1625
Hotel São Cristovão – (87) 3831 1093
Cactos Hotel – (87)  3831 1560
Pousada Império da Serra – (87) 3831 5216
RESTAURANTES 
Pizzaria Luar do Sertão
Churrascaria Plínio
Vianey Churrascaria
Serra China
Trivial
Pizzaria Bis
Oficina do Sabor
Restaurante Gabriela
Pizzaria Arri Égua
Sabor da Gente Restaurant
O visitante poderá ainda comer bode assado e cozido, arroz vermelho, rubacão e muito mais, na ÁREA DE ALIMENTAÇÃO DA FEIRA LIVRE.


O portal de entrada pra história de Serra Talhada é o MUSEU DO CANGAÇO, na Estação do Forró, antiga Estação Ferroviária.
O II FESTIVAL DE MÚSICAS DO CANGAÇO tem patrocínio do FUNCULTURA / FUNDARPE / SECRETARIA DE CULTURA / GOVERNO DE PERNAMBUCO, com o apoio da PREFEITURA DE SERRA TALHADA / SESC/PE e a KM Produções.
MUSEU DO CANGAÇO
Ponto de Cultura Cabras de Lampião
Vila Ferroviária, S/Nº - Centro
CEP: 56.903-170
Serra Talhada - Pernambuco
Tel: (87) 3831 3860 / 9938 6035

Cariri Cangaço

Lampião e seu cobiçado equipamento

A rainha Maria Bonita
Grupo de cangaceiros, incluindo Maria Bonita e Lampião (Foto:arquivo de João de Souza Lima/ Revista do Brasil)
Em 1929, o rei Lampião ainda andava sozinho nas caatingas, sem amores, mas logo chegaria a sua rainha para ajudá-lo na sua Empresa Lampiônica & Cia. 
Certo dia, desse mesmo ano, chegou à cidade de Capela, no Estado de Sergipe, e lá, resolveu pesar o seu cobiçado equipamento. Sem as armas e com os depósitos de água  vazio, a balança registrou 29 quilos. E isso também não incluía a roupa, grossa o suficiente para protegê-lo dos espinhos da caatinga do Nordeste Brasileiro. Nesse período, Lampião estava com 31 anos.
Informação extraída da
"Revista Super Interessante",
Ano: 11
Nº. 6
Junho de 1997

Visita de muita pesquisa,

Por: Guilherme Machado
 
Visita de muita pesquisa: no portal do cangaço da Bahia; do médico sergipano, pesquisador de Nossa Senhora da Glória – Sergipe, o grande amigo Silvio Junior, que está escrevendo a saga do cangaceiro Zé Baiano, em Alagadiço, e as passagens e os pousos, de Lampião em Sergipe. 3 dias de muitas pesquisas e muitos conhecimentos, entre baiano e sergipano, cabras bons de prosa!.
 
 
O portal do cangaço e o museu do Gonzagão de serrinha, na pessoa do curador Guilherme Machado, tiveram a honra de receberem para uma longa pesquisa de três  dias inesquecível:  o  médico pesquisador sergipano da cidade de nossa Senhora da Glória,  o  Doutor Silvio Junior e família, que passaram três dias de muito bate-papo e conhecimento, no Museu do Gonzagão  e  Portal do Cangaço de Serrinha...
O objetivo de Silvio é narrar toda uma história do cangaceiro Zé Baiano e Lampião em Sergipe, mais exatamente na região de Poço Redondo e Alagadiço. 
Silvio aproveitando o feriadão da páscoa fez uma minuciosa pesquisa em tudo que se referisse ao cangaço, a Lampião e Gonzagão.  Gravou, escutou, fotografou, andou, indagou imensamente, a todos que conhecessem algo sobre Lampião e Gonzagão.  Está de parabéns o inquieto amigo sergipano e suas pesquisas riquíssimas. Esperamos que no futuro bem próximo, o Doutor Silvio disponibilize de um grande acervo do cangaço na cidade de Nossa Senhora da Glória - Sergipe.
Acima ver-se fotos de Guilherme Machado e Silvio jr. mais abaixo, Guilherme, Galeguinho do Subaé e Silvio Junior. A última fotografia aparece o pesquisador Silvio jr. ao lado da cruz, onde foi enterrado o cangaceiro José baiano.
Extraido do blog: Portal do Cangaço de Serrinha - Bahia, do amigo Guilherme Machado

O VERDADEIRO DESTINO DE UM GRANDE ARTISTA

Gaston Bachelar
Em marciomariguela.wordpress.com
"O verdadeiro destino de um grande artista é um destino de trabalho. Em sua vida chega a hora em que o trabalho domina e conduz sua destinação. As infelicidades e as dúvidas podem atormentá-lo por muito tempo. O artista pode vergar sob os golpes da sorte. Pode perder anos numa preparação obscura. Mas a vontade de obra não se extingue desde que ela encontrou uma vez seu verdadeiro foco. Começa então o destino de trabalho. O trabalho ardente e criador atravessa a vida do artista e confere a essa vida virtudes de linha reta. Tudo vai em direção à meta numa obra que cresce. Cada dia, esse estranho tecido de paciência e entusiasmo torna-se mais ajustado na vida de trabalho que faz de um artista um mestre."

Gaston Bachelard (1884-1962), "Le Droit de Rêver"
 Adquiri este artigo no blog do professor e pesquisador do cangaço:
Honório de Medeiros

DAS ILUSÕES E REALIDADES (RUMO AO SUL)


 Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa
                              

DAS ILUSÕES E REALIDADES (RUMO AO SUL)

 

 

Isso já faz algum tempo, coisa de mais de vinte anos, mas vale como relembrança.

 

Lá pelos idos desbotados, tempos outros de maior inocência em quase tudo, era moda que os jovens do meu lugar – uma pacata cidadezinha nos sertões sergipanos de meu Deus, dignamente chamada Nossa Senhora da Conceição do Poço Redondo – arrumassem as malas para ir tentar a sorte nos grandes e distantes centros urbanos, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Realmente era insustentável continuar no lugar com a seca devastando tudo, sem emprego algum, sem qualquer perspectiva de vida. Era a vida debaixo do sol e o sol corroendo as esperanças. Muitas vezes esses jovens já estavam namorando, em dias de noivar, casar, e não podiam ver seus sonhos realizados na mais lastimável situação de desemprego.

 

Então não pensavam nem duas vezes na decisão de arrumar as malas e seguir adiante, passar um tempo fora trabalhando, juntar algum dinheiro e depois retornar para levar a vida em frente. Se tudo desse certo já enviaria algum dinheiro de lá para comprar objetos para o casamento, arrumar o enxoval, comprar um terreninho, erguer quatro paredes como uma casa.

 

Seguiam geralmente com o dinheirinho que os pais haviam arranjado com a venda da vaquinha magra que ainda lhes restava. Subiam no ônibus chorosos, davam os adeuses necessários e eram encobertos pela poeira da estrada. Viagem até a capital, pois em Aracaju começaria a parte mais difícil do longo percurso até o destino escolhido.

 

Chegavam ao Rio ou São Paulo levando endereço de parentes ou amigos que já moravam ali há algum tempo, sempre distante, nos bairros ou favelas difíceis demais de se chegar. Mas tudo era facilitado porque alguém já os esperava de braços abertos na rodoviária. E que mundo diferente, estranho mundo, para um matuto sertanejo que nunca foi além das redondezas do seu lugar.

 

Uma vez na cidade grande, penoso agora era encontrar emprego. Logicamente que ninguém esperava arranjar uma colocação decente, um emprego qualificado assim que chegasse. Ademais, o conhecimento era pouco, estudo quase nenhum, nenhuma qualificação profissional, nenhum curso profissionalizante, nada. Então a grande maioria se contentava em trabalhar como servente de pedreiro, fazendo massa, jogando tijolo e telha, ou ainda como pintor de parede.

 

Outros de mais sorte, através da influência e do conhecimento dos amigos que já estavam por lá, de vez em quando arranjavam um emprego de ajudante de cozinha, de jardineiro, de segurança. Contudo, fosse no que fosse, juntando a tudo a força e a disposição para o trabalho, logo o caipira começava a juntar algum dinheirinho e enviar para a sua terra de origem.

 

Como não havia à época a facilidade e a constância do telefone, quando a lembrança apertava procuravam escrever cartas e mais cartas dizendo que estavam morrendo de saudades e que assim que juntassem mais uns trocados voltariam num passo só. Ao receber as cartas, os familiares se afundavam em lágrimas, ficavam fazendo promessas para que o seu retornasse logo. Contudo, nesse momento não lembrava que era muito melhor ele ficar onde estava, pois a situação ali não havia melhorado em nada.

 

Muitos realmente ficaram por lá, continuaram arriscando a vida e até arranjaram empregos bons, com salários dignos. De vez em quando até fixavam moradia naqueles desconhecidos. Outros, entretanto, e a grande maioria, achando que já haviam juntado dinheiro suficiente para realizar muitas coisas quando chegassem, de repente arrumavam o monte de malas e dias após festivamente desciam de ônibus no seu sertão.

 

Era incrível ver esse novo homem chegando, ainda que não houvesse permanecido nem um ano no sul. Falando sempre carioquês ou paulistês, usando calça boca de sino ou com nesga colorida, muitos chegavam com o cabelo black-power, todo espichado pra cima, num modismo exacerbado que os tornava irreconhecíveis. E ridículos.

 

Trazendo sempre um toca-discos bonito, imponente, com caixas potentes, então começavam as farras, as danças importadas, os requebros e gingas, um monte de coisas para impressionar os conterrâneos. Mas não demorava muito e o dinheiro começava a escassear até acabar. E de repente o ainda sulista cheio de moda estava desempregado e numa triste situação.

 

Após venderem os sons e os discos, roupas e outros objetos, simplesmente ficavam a esperando a sorte de qualquer emprego. Já não falavam nem carioquês nem paulistês, apenas o linguajar sertanejo para todos compreenderem as reviravoltas da vida.



Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

No meu sertão (Poesia)

No meu sertão

Por Rangel Alves da Costa 

Nunca mais juriti
nunca mais bem-te-vi
nunca mais passarinho
tudo silêncio no ninho
nenhum rastro na estrada
foi sumindo a revoada
a pedra que conversava
procurei e não estava
tanta mudez na mata
do grunhido tanta falta
farfalhar esmorecido
no arvoredo entristecido
nenhum som da natureza
riacho sem correnteza
um sertão tão diferente
que amedronta a gente
tudo parece sumido
nem se ouve mais latido
uma viola já sem voz
uma tristeza tão atroz
que ninguém sabe mais
se ainda existe ou se jaz
e tudo porque a estiagem
veio pedindo passagem
e desde então que a vida
fez a mala da partida
e diz que só vai ficar
se até amanhã trovejar
e só me resta uma vela
acesa perto da janela
para o vento logo apagar
porque a chuva vai chegar.


Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Visita do pesquisador, escritor e presidente da Fundação Cultural Cabras de Lampião, de Serra Talhada - Pernambuco: Anildomá Williams, em visita ao Portal do Cangaço de Serrinha - Bahia. O escritor visitou o acervo no ano passado, relançando o seu livro Lampião, o comandante das caatingas em 23/2/2011.

Por: Guilherme Machado




O escritor e pesquisador Anildomá Williams esteve em Serrinha a exatamente um ano atrás, para relançamento do seu livro “Lampião, o Comandante das Caatingas”. O escritor juntamente com o seu assessor Frank, aproveitaram a estadia na cidade para fazerem uma visita breve ao Portal do Cangaço da Bahia. Muita prosa sobre Lampião e o cangaço foram debatidas entre Anildomá, Guilherme e o galeguinho do Subaé.  O pesquisador pernambucano ficou muito feliz em sua passagem por Serrinha, em saber que o povo serrinhense tem um grande apreço sobre saga do capitão Lampião. Nesta época Anildomá só tinha 2 livros em cartaz. O primeiro: Nas Pegadas de Lampião e o comandante das caatingas... O portal do cangaço da Bahia aguarda uma próxima visita do amigo fundador da Fundação Cultural  Cabras de Lampião,  e as suas ordens.
Fotos acima:
Frank, galeguinho, Guilherme e Anildomá...
Atenciosamente Guilherme Machado.

Extraído do blog: Portal do Cangaço de Serrinha, Bahia