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terça-feira, 3 de novembro de 2020

LUTO!

 Por José Tavares De Araújo Neto

Acabei de saber da triste notícia do falecimento do meu querido e eterno Professor Lourival.

Homem simples, de família humilde, que exerceu trabalho braçal para financiar seus estudos. Era um dos melhores do corpo docente da UFPB. Mas gostava de contar sobre as dificuldades que enfrentou para chegar aonde chegou.

Fui seu aluno no Colégio Agrícola Vidal de Negreiros, em Bananeiras/PB (1975/1977), como também na Escola de Agronomia, em Areia/PB (1978/1982).

Mais do que um excelente professor, Lourival era um grande amigo dos seus alunos.

Naquela época, participei de alguns momentos de descontração em sua Granja no município de Arara.

Sou eternamente grato por tudo que ele me ensinou e pelos conselhos que me deu.

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A NOITE

 

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“PAJEÚ EM CHAMAS: O CANGAÇO E OS PEREIRAS”

 

Recebi hoje do Francisco Pereira Lima (Professor Pereira) lá da cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba uma excelente obra com o título "PAJEÚ EM CHAMAS O CANGAÇO E OS PEREIRAS - Conversando com o Sinhô Pereira" de autoria do escritor Helvécio Neves Feitosa. Obrigado grande professor Pereira, estarei sempre a sua disposição.


O livro de sua autoria “Pajeú em Chamas: o Cangaço e os Pereiras”. A solenidade de lançamento aconteceu no Auditório da Escola Estadual de Educação profissional Joaquim Filomeno Noronha e contou com a participação de centenas de pessoas que ao final do evento adquiriram a publicação autografada. Na mesma ocasião, também foi lançado o livro “Sertões do Nordeste I”, obra de autoria do cratense Heitor Feitosa Macêdo, que é familiar de Helvécio Neves e tem profundas raízes com a família Feitosa de Parambu.

PAJEÚ EM CHAMAS 

Com 608 páginas, o trabalho literário conta a saga da família Pereira, cita importantes episódios da história do cangaço nordestino, desde as suas origens mais remotas, desvendando a vida de um mito deste mesmo cangaço, Sinhô Pereira e faz a genealogia de sua família a partir do seu avô, Crispim Pereira de Araújo ou Ioiô Maroto, primo e amigo do temível Sinhô Pereira.

A partir de uma encrenca surgida entre os Pereiras com uma outra família, os Carvalhos, foi então que o Pajeú entrou em chamas. Gerações sucessivas das duas famílias foram crescendo e pegando em armas.

Pajeú em Chamas: O Cangaço e os Pereiras põe a roda da história social do Nordeste brasileiro em movimento sobre homens rudes e valentes em meio às asperezas da caatinga, impondo uma justiça a seus modos, nos séculos XIX e XX.

Helvécio Neves Feitosa, autor dessa grande obra, nascido nos Inhamuns no Ceará, é médico, professor universitário e Doutor em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal), além de poeta, escritor e folclorista. É bisneto de Antônio Cassiano Pereira da Silva, prefeito de São José do Belmonte em 1893 e dono da fazenda Baixio.

Sertões do Nordeste I

É o primeiro volume de uma série que trata dos Sertões do Nordeste. Procura analisar fatos relacionados à sociedade alocada no espaço em que se desenvolveu o ciclo econômico do gado, a partir de novas fontes, na maioria, inéditas.

Não se trata da monumentalização da história de matutos e sertanejos, mas da utilização de uma ótica sustentada em elementos esclarecedores capaz de descontrair algumas das versões oficiais acerca de determinados episódios perpassados nos rincões nordestinos.
Tentando se afastar do maniqueísmo e do preconceito para com o regional, o autor inicia seus estudos a partir de dois desses sertões, os Inhmauns e os Cariris Novos, no estado do Ceará, sendo que, ao longo de nove artigos, reunidos à feição de uma miscelânea, desenvolve importantes temas, tentando esclarecer alguns pontos intrincados da história dessa gente interiorana.

É ressaltado a importância da visão do sertão pelo sertanejo, sem a superficialidade e generalidade com que esta parte do território vem sendo freqüentemente interpretada pelos olhares alheios, tanto de suas próprias capitais quanto dos grandes centros econômicos do País.

Após a apresentação das obras literárias, a palavra foi facultada aos presentes, em seguida, houve a sessão de autógrafos dos autores.

Quem interessar adquirir esta obra é só entrar em contato com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br
Tudo é muito rápido, e ele entregará em qualquer parte do Brasil.

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA

 


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima. 

franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: 


Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira 

– (61) 98212-9563 

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O CEASA DE SANTANA

 Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2020 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica: 2.411

Quando o, então, prefeito Nenoí Pinto, disse que iria construir um Centro de Abastecimento Hortifrutigranjeiro em Santana do Ipanema, houve muita alegria e esperança de melhores dias. Foi desapropriada uma área de terra, próxima ao açude do Bode e as máquinas ainda chegaram a trabalhar naquele chão que já fornecera material para o açude e para a BR-316. Portanto um terreno que deixou de ser agricultável. Todavia, a obra parou de repente e o lixo logo tomou conta do local. Sobre a desistência de continuar os trabalhos, só o prefeito da época poderá dizer o motivo. As donas de casa engoliram seco e continuam abastecendo as suas respectivas cozinhas, chorando com o preço absurdo de feira livre e casas comerciais.

Houve-se muito a frase de que Santana do Ipanema é a melhor cidade do interior de Alagoas, para se viver, mas ela tem seu calcanhar de Aquiles há décadas: a carestia. Lembremos dos versos de um poeta sertanejo anônimo, da metade do século XX:

Maceió é pra negócio

Santana pra carestia

Mulher feia só no Poço

Ôi pelado n’Água Fria

Cachaceiro no Chicão

E ladrão na Maravia...

Portanto, continua a necessidade de um Centro de Abastecimento onde qualquer pessoa possa comprar em grosso por um preço razoável e abastecer sua casa e de familiares. Está aí uma sugestão de suma importância para os seis candidatos a prefeito de Santana.  Aliás, o Centro de Abastecimento não é só para a cidade, mas serviria à toda região do semiárido. Temos que avançar em diversos setores, principalmente para facilitar uma alimentação em conta, farta e saudável.

Quanto ao local, o que não falta nos presentes dias, são terrenos à venda por todas as periferias de Santana

Hoje, onde funcionaria o Centro, tem uma belíssima creche e um posto de Saúde.

Quando virá o nosso CEASA?

CEASA DE MACEIÓ (FOTO: bairros de Maceió.Net).

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DADÁ E FAMÍLIA. ACERVO ESTÁCIO DE LIMA.

Por Indaiá Santos

Dadá comigo no colo, minha mãe e ao  lado estão meus irmãos.

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" O ARMAMENTO DE LAMPIÃO ".

Por Luis Bento Sousa

O Deputado Federal, Floro Bartolomeu da Costa havia trazido para Juazeiro cerca de 2 mil fuzis zerados, ainda encaixotados da fábrica, armar o bando de Lampião, com a finalidade de barrar possível passagem da Coluna Prestes pelo Cariri.

Lampião recebeu de 50 a 60 fuzis e o restante ficou guardado no depósito da Prefeitura Municipal. Alguns foram vendidos ou ofertados aos coronéis do Cariri. Tempos depois, veio um Oficial do Exército e recolheu o restante do armamento.

Lampião não se deu bem com os fuzis: além de pesados, tinham o cano longo, dificultando a macha dentro do mato, sem falar na munição que era difícil. Passando por Jardim-CE sob o peso de tão incômodo armamento, Lampião mandou serrar os canos dos fuzis, transformando-os em mosquetões. Em Jardim os ferreiros encarregados do serramento dos fuzis foram Zuca de Barro, Juvêncio de Barros e José Pereira, que fundiram facas lombadas muito bonitas, verdadeiros mimos, chamadas pelo povo de " Facas Jardineiras ".

Estava devidamente explicada a grande mudança do armamento de Lampião. Com os fuzis mauser modelo brasileiro do ano de 1909, Lampião não conseguiu barrar a Coluna Prestes, porque ela não passou pelo Cariri. Assim sendo, o armamento privativo do Exército, oferecido a Lampião, praticamente não serviu de nada, porque os Cangaceiros preferiam mesmo era o conhecido rifle " Papo Amarelo ", leve, portátil, funcional, e de munição encontrada em Juazeiro e outras Cidades de igual porte.

É o caso de se dizer como o povo:

" Pimenta do reino não é para caititu ".

Fonte: Cariri, Cangaço, Coiteiros e Adjacências de Napoleão Tavares Neves Pág. 68.

LUIS BENTO DE SOUSA

Diretor de Cultura

APOIO

Prefeitura Municipal de Jati-Ce.

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ACERVO DO ANTÔNIO CORRÊA SOBRINHO

 “EXISTIU UM DIGNO SERGIPANO OBSCURO DE ORIGEM, POIS QUE NASCERA NUM ALMADRAQUE DE SENZALA COM O ESTIGMA IGNOMINIOSO DE ESCRAVO, QUE BEM ALTO SE ELEVOU”

“EM SERGIPE É ELE TOTALMENTE OLVIDADO OU TALVEZ DESCONHECIDO. FOI ELE O NEGRO QUINTINO DE LACERDA”

Zozimo Lima

Conheçam a história do herói abolicionista sergipano, nascido em Itabaiana, o ex-escravo que liderou o quilombo do Jabaquara, foi o primeiro vereador negro do Brasil e recebeu a patente de Major honorário do Exército Nacional; participou ativamente de, pelo menos, dois grandes eventos nacionais: a Revolta da Armada e o processo de desestruturação do sistema escravista no Brasil, sendo considerado o mais atuante fomentador da abolição no litoral paulista.

No ano do centenário de QUINTINO DE LACERDA, o jornalista e historiador ZOZIMO LIMA, publicou, nas páginas do extinto jornal "Correio de Aracaju", a breve biografia, em sua homenagem, que trago a seguir.

QUINTINO DE LACERDA

O sergipano, embora mal nascido, afloradas nas primeiras manifestações da inteligência, sedento de triunfo, procura sempre gasalhado longe de seu berço e raramente recua ou tomba na peleja sem agitar na destra os florões simbólicos da vitória.

Aqui, na terra em que veio à luz da vida, é que dificilmente ele consegue alçar o voo pouco além do da coruja.

Possuidor de qualidades excepcionais que propendam para as letras ou para as artes, contra si levanta-se a maioria composta de medíocres, incapazes e invejosos.

Razão tinha o douto filósofo e sociólogo conterrâneo, autor da HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA, quando, da tribuna da Câmara Federal, em memorável discurso na sessão de 7 de abril de 1902, afirmara: “Onde encontrardes uma inteligência sergipana a brilhar em qualquer sentido, em qualquer das manifestações do espírito, ficai certos de que essa inteligência, esse talento teve de, coagido, emigrar da pátria”.

É uma verdade a afirmativa do ilustre sergipano, reconhecida por eminentes personagens de outras terras do Brasil. O saudoso Barão do Rio Branco, tivera para nossa terra a denominação de “cárcere do gênio”, e o notável estadista Nilo Peçanha, que, também, quando lhe permitiam os folgares da política partidária, se entregava ao arroteio das boas letras e da História, chamou-a “mãe da espiritualidade”.

Existiu um digno sergipano obscuro de origem, pois que nascera num almadraque de senzala com o estigma ignominioso de escravo, que bem alto se elevou elevando a sua gleba, em longínqua província brasileira onde tem memória veneranda perpetuada em magnífico mausoléu ereto pelo povo que muito o quis e o admirou pelo seu civismo incomparável.

Em Sergipe é ele totalmente olvidado ou talvez desconhecido.

Foi ele o negro Quintino de Lacerda, grande pelo amor aos seus desgraçados irmãos de cativeiro e maior ainda pelo destemor com que, afrontando as iras dos potentados escravocratas do Império, organizara por determinação de figuras notáveis da campanha abolicionista de São Paulo, um quilombo de pretos fugidos nos arredores da cidade invicta de Santos.

Quintino de Lacerda nasceu em Itabaiana, neste Estado, no ano de 1855, não se sabe o dia certo, e ali viveu até 1874, quando foi vendido, aos 19 anos, para Santos, pelo seu senhor, o major Antônio dos Santos Leite, pai do atual e conhecido livreiro desta praça Sr. Agripino Leite.

Moleque ativo, simpático, afável, inteligente, dócil, afeiçoara-se à família de seu senhor o Cel. Antônio de Lacerda Franco, de quem adotara o sobrenome, e com as suas sinhás-moças estudara os rudimentos da leitura e da escrita após os fazeres da cozinha, conseguindo, depois de oito anos de serviços como escravo, a carta de alforria, se bem que fosse por toda Santos considerado um liberto, com os privilégios da consideração a poucos brancos concedidos pelo seu riquíssimo e fidalgo possuidor.

No auge da campanha abolicionista em que batalhavam com denodo e fé um ex-escravo já ilustre, Luiz Gama e mais Antônio Bento, João Otávio, Lobo Viana, Augusto Bastos, Robim César Américo Martins, Afonso Veridiano (que eu conheci em 1911 no exercício de tabelião e com ele mantive estreitas relações), Vicente de Carvalho, Silvério Fontes (sergipano, pai do grande poeta paulista Martins Fontes), Martin Francisco, Jorge Montenegro, Geraldo Leite, Ricardo Pinto e muitos outros vitoriosos idealistas, o preto de Itabaiana Quintino de Lacerda, que então era capataz de turmas nos armazéns recebedores e exportadores de café, entre os seus companheiros fazia intensa propaganda, liderava o movimento libertador, alcançando com a sua catequese cívica prestígio extraordinário. A massa proletária seguia-o cegamente.

A sua influência e poder de sedução eram tão grandes, o seu nome era tão querido e respeitado, tão proclamada a sua audácia, que os abolicionistas de Santos, não podendo conter mais em suas residências particulares o número crescente de negros fugidos do chicote dos ferozes fazendeiros, dirigiram-se lhe, por intermédio do seu ex-senhor e amigo Lacerda Franco, pedindo-lhe organizasse e assumisse o comando do reduto estabelecido nas próximas matas de Jabaquara.

É agora que começa a obra que devia elevá-lo às cumeadas da fama que o sagrou cavalheiro da cruzada santa da libertação.

A história dos Palmares repete-se, sem o drama trágico da derrota nas planícies e alcantis que formam o inexpugnável reduto da Jabaquara.

O negro filho de Itabaiana desdobrou-se em atividade, caminhou resoluto para frente sem temer os perigos que se lhe ofereciam na campanha. As palavras inflamadas, candentes, destruidoras de Silva Jardim e José do Patrocínio, que ele ouvia nos comícios da Praça dos Andradas e no Teatro Guarani, davam-lhe estímulo e forças de um Anteu. O negro destemeroso tomava agora parte em todas as conspirações libertadoras, iludia a vigilância da polícia e da tropa de linha postada nas estradas para capturarem os fugitivos, subornava os capitães do mato, subia e descia serras e montanhas, galgava Monte Serrate e Cubatão, fazia reconhecimentos perigosos nas estradas do Vergueiro, e assim, sempre vigilante, noite e dia, povoava o quilombo da Jabaquara, que, na sua ausência, era guardado por outro negro valoroso conhecido por pai Felipe.

Santos, que considerava abolida do seu seio, desde 1886, a escravidão, era agora o refúgio dos negros que de modo próprio se davam à liberdade, fazendo longas e arriscadas caminhadas através das matas em busca do asilo que lhes preparava Quintino de Lacerda.

Quando, a 13 de maio de 88, chegara a Santos o decreto que extinguia o cativeiro foi como se propagasse a loucura coletiva entre seu povo. Bimbalhavam os sinos das igrejas, apitavam as embarcações surtas no porto, homens, mulheres e crianças de todas as classes e categorias sociais, gritavam e choravam de contentamento. Fechara-se o comércio. Toda a população negra de Jabaquara, composta de 2023 cativos com Quintino à frente, veio às ruas cantando e empunhando palmas e estandartes.

À noite houve luminárias e passeatas e festas populares que se prolongaram por dez dias.

No sexto dia, narra Carlos Vitorino nas suas Reminiscências, Quintino recebia tocantes homenagens promovidas por parte das comissões organizadoras dos festejos, como justo prêmio que cabia ao abolicionista fervoroso. E ele era, agora, ídolo do povo santista. Evaristo de Morais em substancial trabalho sobre a abolição focaliza a ação do negro sergipano que foi Quintino de Lacerda.

Passada a fase árdua da obra redentora, trabalhava-se, agora, em abater o trono.

Com esse fim Quintino organizou o batalhão Silva Jardim, no qual fora investido no cargo de seu supremo chefe, no posto de capitão. Com a proclamação, pouco depois, da República, Quintino é promovido a major honorário por merecimento. As patentes eram distribuídas aos mais dignos, capazes.

Candidatara-se ele à vereança municipal e foi eleito. Alguns colegas de representação, por preconceito racial, asseveram uns, por iliquidez do pleito, afirmavam outros, impedem a entrada de Quintino no recinto do Conselho. Quintino queda-se no seu posto, surdo aos protestos de seus pares. Os dissidentes chegam a um acordo honroso, mas procede-se a nova eleição dias depois, sendo reconduzido o abolicionista sergipano.

As classes trabalhadoras e o comércio prestaram-lhe, por mais esse triunfo, que demonstrava a sua popularidade indiscutível, significativa manifestação de apreço.

A influência política e moral de que dispunha Quintino de Lacerda revertia em proveito dos seus camaradas de jornada que não tinham amparo.

Filantropo, suas portas sempre estavam abertas aos desgraçados, aos náufragos de todas as travessias por entre tormentas e procelas da existência. Por isso a sua voz era sempre ouvida com atenção e ao seu apelo não lhe fugiam os votos nos renhidos prélios eleitorais.

Assim, por exemplo, quando em 1891 e 1892 declararam-se em greve dois mil trabalhadores no porto de Santos, foi o então major Quintino quem conseguiu voltassem os paredistas pacificamente ao trabalho, recebendo, por esse serviço relevante, uma pública e significativa homenagem do comércio.

O despeito dos seus colegas de representação no Conselho do Município mais uma vez trouxera-lhe momentos de desgostos.

Mas ele era um homem forte, de têmpera de aço, limpo de caráter e dominado pela mística de Deus e da Justiça.

Certa feita descobrira uma conspiração entre os camaristas. Puseram Quintino violentamente para fora do recinto e do ocorrido telegrafara ao presidente Bernardino de Campos, que logo interveio com imediatas providências a bem da ordem. E Quintino continuou a fazer parte do Conselho até 1896.

Terminado o seu mandato legislativo e não querendo mais tornar às lides partidárias da política, recolheu-se ao lar pobre mas honrado, recebendo por essa ocasião calorosa ovação do povo que sempre o acompanhou com abnegação nas campanhas em prol da redenção da raça negra.

Morreu Quintino a 13 de agosto de 1898. O seu enterro teve as pompas fúnebres a que têm direito os vultos singulares que se enobrecem e passam a enriquecer a História.

No cemitério do Paquetá descansam os seus despojos sob grandioso monumento levantado pela gratidão dos filhos da terra de Braz Cubas.

Eu lá estive várias vezes contemplando-o com cívica devoção e comigo mesmo lamentando que, enquanto naquela grande e orgulhosa terra um negro adventício sergipano recebia as honras que só se tributam a quem tem mérito real, Sergipe, a sua e minha terra, jamais teve a lembrança de lhe perpetuar o nome ao menos numa escura via pública de subúrbio.

"Correio de Aracaju" – 23/02/39

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LUIZ CAZUZA - ANTÔNIO ROSA

Vídeo do Aderbal Nogueira
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Luiz de Cazuza nos fala sobre Antônio Rosa, um cangaceiro que ousou desafiar Lampião.

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UMA ROSA PRA DOMINGUINHOS

 Por Antonio Vilela.


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VÍDEO..DR. ANTÔNIO AMAURY FALA SOBRE CANGAÇO, MOSSORÓ E CEL. PETRONILO DE ALCÂNTA REIS.

 Vídeo do Aderbal Nogueira

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Cangaço - Mossoró e Cel, Petro Antônio Amaury fala um pouco sobre Mossoró e sobre o Cel. Petro, Petrolino de Alcântara Reis. Gravado em 2005. O que Amaury fala sobre Mossoró é apenas o seu ponto de vista, eu penso diferente: acho que todos que resistiram a Lampião merecem os mesmos aplausos, indiferente do tamanho da cidade ou vila. Link desse vídeo: https://youtu.be/Ab_hediXz0s

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PEÇA LOGO ESTES TRÊS LIVROS PARA VOCÊ NÃO FICAR SEM ELES.

Por José Mendes Pereira

A primeira obra é "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" que já está na 5ª. edição, e aborda o fenômeno do cangaço e a vida do maior guerrilheiro das Américas. Um homem que não temeu às autoridades policiais  e muito menos aqueles que lutavam contra a sua pessoa, na intenção de desmoralizá-lo nas suas empreitadas vingativas, e eliminá-lo do solo nordestino. Realmente foi feito o extermínio do homem mais corajoso e mais admirado do Nordeste do Brasil, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, mas não em combate, e sim, através de uma emboscada muito bem organizada pelo alagoano tenente João Bezerra da Silva. 


O Segundo livro da trilogia do escritor é: "FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE" com 332 páginas, e um grande acervo de fotos relacionado ao assunto. 


O terceiro livro da trilogia também do escritor José Bezerra Lima Irmão é: "CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO NORDESTE" resgata fatos sobre os quais a história oficial silencia ou lhes dá uma versão edulcorada ou distorcida: o "desenvolvimento" do Brasil, o desumano progresso de colonização feito a ferro e fogo, Guerra dos Marcates, Cabanada, Balaiada, Revolução Praieira, Ronco da Abelha, Revolta dos Quebra-Quilos, Sabinada, Revolta de Princesa, as barbáries da Serra do Rodeador e da Pedra do Reino, Guerras de Canudos, Caldeirão e Pau-de-Colher, dando ênfase especial à saga de Zumbi dos Palmares, Invasões Holandesas, Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador e Guerras da Independência, incluindo o 2 de Julho, quando o Brasil se tornou de fato independente... São assunto que dá gosto a gente lê-los.  

Adquira-os com o professor Pereira através deste e-mail: 

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ou com o autor através deste g-mail: 

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