Seguidores

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

O BRASIL CONTRA LAMPIÃO

Do acervo do José João Souza

Até Gilberto Freyre apresentou um plano “infalível” em parceria com um cangaceiro

A década de 30 começou com uma mania nacional: os incontáveis planos de combate a Lampião. O primeiro e mais desumano deles, posto em prática em 1928, foi batizado pelo povo do interior de lei do diabo. Segundo o historiador Jovenildo Pinheiros de Souza, autor de uma tese de mestrado sobre o tema, tal plano foi elaborado pelo sociólogo Gilberto Freire em parceria inédita com o cangaceiro Antônio Silvino, que cumpria pena na Casa de detenção do Recife.

O plano idealizado por Freire e Silvino era simples: partindo do princípio que os cangaceiros precisavam de ajuda dos coiteiro para sobreviver na caatinga, a polícia deveria perseguir todos eles. Aqueles que não colaborassem com a polícia seriam eliminados sumariamente. O efeito foi devastador: inocentes foram enterrados na caatinga, outros passaram anos presos sem processo e alguns ingressaram nas volantes com medo da represália policial. Aparentemente os resultados eram bons. Mas era só aparência. Lampião escapou do cerco e quase mata o chefe de polícia Eurico Souza Leão.

Depois houve uma sucessão de planos exóticos. Os jornais cariocas realizavam concurso para escolher o plano vitorioso, políticos e militares divulgavam suas ideias de tática de guerra. O governador do Rio Grande do Norte, José Augusto, pregava a “conjugação de esforços de todos os governadores”, a Associação Comercial Baiana defendia a nomeação do oficial Juarez Távora para chefiar a repressão ao cangaço. Estranho mesmo foi o plano do leitor Raimundo Vasconcelos, do jornal carioca Diário da Noite: ele acreditava que seria possível matar o cangaceiro se um grupo de policiais, disfarçados de bandidos, simulasse saques e assassinatos para poder se aproximar de Lampião e mata-lo.

Em 1931, outro plano inútil foi executado. O chefe de polícia da Bahia, João Facó, criou postos fixo nas fronteiras do estado, contratou mercenários batizados de provisórios, armou nove volantes com metralhadoras, montou hospitais de campanhas, construiu estações de rádio, depósitos de munição e comprou lunetas. Nos comunicados oficiais o tom era sempre otimista: “Lampião está com os dias contados. Sua prisão é questão de dias” era a frase mais repetida nos informes da polícia. Em 1932, Lampião desmoralizou todo o esforço baiano vencendo volantes de três estados na batalha de Maranduba.

Do: DIARIO DE PERNAMBUCO

Caderno Especial do dia 7 de julho de 1997

https://www.facebook.com/photo/?fbid=3193105114134744&set=gm.3630261937030753

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O AÇÚCAR DO VEREADOR

 Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.426

 

Não gostamos de reprisar trabalhos, mas a pedido de bom amigo dos velhos tempos, vamos recontar com roupagem nova O Açúcar do Vereador.

Maneca, altamente carismático e sério, possuía um Café em Santana do Ipanema. Além do café mais gostoso da cidade, também despachava refrigerantes e complementos para lanches rápidos. Era nosso vizinho de loja de tecidos, na esquina defronte ao Museu. Não havia vivente nenhum em Santana do Ipanema que não gostasse de Maneca. Como ninguém é de ferro, como dizem, Maneca, vez em quando tomava umas, mas ninguém via, apenas notava por algumas atitudes que fugiam à regra habitual. Quando o prof. Alberto Agra se sentou à mesa e lhe pediu café e um queijo. Houve certa demora e o professor repetiu o pedido mais duas veze, um queijo significava uma fatia de queijo. Maneca veio, trouxe o café e um queijo inteiro que pôs no prato do professor e retirou-se.

Quando um cliente pediu um maço de cigarro, Maneca disse que não tinha. O cliente apontou para a prateleira afirmando que estavam ali os maços, estava vendo. Maneca insistiu, seco: “não tem cigarro”. E assim iam acontecendo as coisas, quando o homem tomava uma. A gente perguntava o porquê do seu café ser tão gostoso. Ele respondia sem guardar segredo: “misturo o café de primeira com o café de segunda. (Café Afa, marca da época).

Pois bem, certo dia chegou ali o vereador Zé Pinto Preto, pediu um café e sentou-se a esperar. Havia em cada mesa, um açucareiro de vidro grosso e cúpula de metal com tampa fácil de abrir. Maneca estava passando café, lá para dentro e gritou: “já vai!”. Pinto Preto, então, enquanto aguardava o café, foi virando o açucareiro na mão e comendo açúcar.  Maneca via de lá o movimento do vereador.

Terminada a tarefa na cozinha, o comerciante trouxe o café, pôs a xícara à mesa e carregou o açucareiro. O vereador pensou que o homem iria abastecer o objeto. Com a demora, café esfriando, gritou lá para a cozinha: “Maneca, e o açúcar?”

O vereador pegou um péssimo dia com Maneca daquele jeito:

“O açúcar você já comeu, agora beba o café, se levante e se rebole para misturar”.

Ô tempo bom...

PACOTE DO ANTIGO CAFÉ AFA (FOTO: DIVULGAÇÃO).


http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2020/11/oacucar-do-vereador-clerisvaldob.html

FOTOS DA CANGACEIRA SILA

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CANGAÇO E EU - KYDELMIR DANTAS - PARTE 1

 Por Aderbal Nogueira - Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=-G4xLKdS5ew&feature=share&fbclid=IwAR3S3f1_O8w0T41kP30DipNA4x0dkQfQq3vlovhS01PT9PlMau7hgtEV1Gw&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Cangaço e eu - Kydelmir Dantas - Parte 1 Kydelmir Dantas vai nos falar sobre sua vida no mundo do cangaço. Link desse vídeo: https://youtu.be/-G4xLKdS5ew

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JOÃO BATISTA DE ALMEIDA LOPES

https://www.youtube.com/watch?v=_OfXk5C9Mu4&ab_channel=FabianoLaranja

João Batista de Almeida Lopes o cantor João Mossoró nasceu na cidade de Mossoró - Estado do Rio Grande do Norte, no dia 15 de Janeiro de 1947. Filho de Messias Lopes de Macedo e  Joana Almeida Lopes. Começou a carreira artística em 1958, quando fundou, com seus irmãos Oséas Lopes e Hermelinda, o Trio Mossoró. Dois anos depois, o trio foi apadrinhado por João do Vale, e, por ele, foi levado para a gravadora Copacabana. Ao todo, o trio gravou uma série de doze LPs.

Em 1972, o Trio Mossoró gravou "Pequiniquê", com Abdon Santos, no LP "Transamazônica o paraíso da esperança", lançado pela gravadora Copacabana. Em 1974, teve a música "Despedida" gravada por Carlos André, no LP "O apaixonado", da gravadora Beverly. No mesmo ano, compôs com Oséias Lopes, a "Homenagem a Messias Lopes"; com Gebardo Moreira, "Ponte Rio- Niterói" e "Por amor demais", e, ainda, com Abdon Santos, o forró "Caçador de Sumaré" gravadas pelo Trio Mossoró, no LP "Praça dos seresteiros".

Em 1975, "Canto de amor", com Sérgio Moreira, foi gravado pelo Trio Mossoró, no LP "Forró do velho Inácio". Dois anos depois, "Despedida", com Oséias Lopes, e "Só recordando", com Jorge W. Porreca, foram gravadas pelo Trio Mossoró, no LP Forró do mexe mexe".

Em 1978, o cantor Bartô Galeno gravou "Iza", parceria com João Mossoró, no LP "Só lembranças". No ano seguinte, "Como é triste saber", parceria de João Mossoró com Ivan Peter, e "Somos dois apaixonados", com Bastinho Calixto foram gravadas por Ivan Peter, em LP Tapecar.

Ainda em 1979, Carlos André (seu irmão), gravou "Entre quatro paredes", com Jacinto José, no LP "O apaixonado - volume 6". Em 1981, com a dissolução do Trio Mossoró, passou a seguir carreira solo. No mesmo ano, lançou, pela RCA Victor, o compacto simples "De dois em dois".

Em 1985, fez uma participação especial no disco "Forró verdadeiro", lançado pela Chantecler, por sua irmã, a cantora Hermelinda, com quem cantou junto as faixas "A lhe procurar", de sua autoria, Bastinho Calixto e Zé Ramos, e "O adeus de quem tanto amei", de Bastinho Calixto, Reginaldo Régis e Camarão.

Em 1986, o forró "A lhe procurar", com Bastinho Calixto e José Ramos, foi gravado por Hermelinda, no LP "Forró verdadeiro".

Em 1993, Carlos André gravou "Tonelada de forró", com Bastinho Calixto e Oseinha, no LP "Para recordar e xamegar", lançado pela gravadora CID.

Em 1998, gravou, de forma independente, o CD "Um canto de amor", no qual interpretou obras de sua autoria como "Aplausos pro meu coração", com Bastinho Calixto, "A lhe procurar", com Bastinho Calixto e Zé Ramos, "Liberdade ou servidão", com Fernando Santos, "Minhas janelas", com Fernando Santos, "Monaliza", com João Silva, "Volta pra casa amor", com Bastinho Calixto, e "Não tenho culpa de nascer assim", com João do Vale.

Em 2003, lançou o CD Maré cheia" no qual incluiu músicas de Luiz Vieira, Waldir Machado, Herivelto Martins e Geraldo do Norte, entre outros.

Em 2004, lançou o CD "O mito e a arte de Luiz Gonzaga", no qual homenageou o Rei do Baião, disco que mereceu todo um programa (2 horas) da série "Ricardo Cravo Albin convida" transmitido aos domingos e 2ª feiras pela Rádio MEC. Nesse disco, interpretou "A volta da asa branca", "Lascando cano", e "Algodão" de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, "Penera o xerém", "Dezessete e setecentos" e "Quer ir mais eu vamo", de Luiz Gonzaga e Miguel Lima, "Roendo unhas" e "Retrato de um forró", de Luiz Gonzaga e Luiz Ramalho, "Danado de bom", "Vou te dar um cheiro", "A acácia amarela", com João Silva, "Baião de Vassouras", de Luiz Gonzaga e David Nasser, "Marcha da Petrobras", de Luiz Gonzaga e Nelson Carvalho, "Buraco de tatu", de Luiz Gonzaga, "Juazeiro", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e "De Terezina a São Luiz", de Luiz Gonzaga e João do Vale, entre outras.

 http://www.dicionariompb.com.br/joao-mossoro/dados-artisticos

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NETA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA CONTA HISTÓRIA QUE MARCARAM O SERTÃO NORDESTINO

 

https://www.youtube.com/watch?v=PRp_Uaf1qKk

Kinko Pelegrine

NETA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA CONTA HISTÓRIA QUE MARCARAM O SERTÃO NORDESTINO A jornalista e escritora Vera Ferreira conheceu os avós pelos livros, pesquisando a história do cangaço. Mas, na cultura dos sertanejos, ainda hoje ecoam as memórias sobre o Grupo de Virgulino Ferreira da Silva. #Cangaço

Licença

Licença de atribuição Creative Commons (reutilização permitida)

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JOÃO MOSSORÓ

 Por Luiz Vieira

Eu já vivi muitas emoções 

Com muitos outros Joões

João do vale , João Pacífico,

João Carreiro, João de Barro

O João Petra de Barros

O João Só, muito específico


Vivo e presente conosco

Outro fantástico João Bosco

João da Noite, João da Tarde

João Dias, tão primoroso

E um outro tão fabuloso

João Alcides Gerardi


Mas...! Eis aqui outro João

Grande amigo, bom irmão

Mata a cobra e dá um nó

João Guerreiro Nordestino

Cantor que Deste menino

Vindo lá de Mossoró

Do Rio Grande do Norte

Cidade de cabra forte

Que nos tempos do cangaço

Fez um bando de cangaço

Deu corrida em Lampião


Este é João Mossoró

Que era de um trio

E hoje é só

Bisca em seu novo traço

Já passou pela A.B

E agora com um CD

Vem conquistar seu espaço


Receb o meu abração

Boa sorte: É Deus quem traça;

Novo CD tá napraça 

Deus te abençoe, João.

Enviado em 2018 pelo cantor João Mossoró do antigo Trio Mossoró. 

Ouça uma das mais belas canções interpretada por ele:

https://www.youtube.com/watch?v=_OfXk5C9Mu4&ab_channel=FabianoLaranja

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

HISTÓRIA DO CANGACEIRO JESUÍNO BRILHANTE

Karla Andressa – Gazeto do Oeste. - Colaborador: Prof. Aluísio Dutra de Oliveira.

Cangaceiro Jesuíno Brilhante, uma espécie matuta de Robin Hood do sertão

Uma gruta onde o famoso cangaceiro Jesuíno Brilhante chegou a transformar em esconderijo, no Sítio Cajueiro, em Patu, desperta estudiosos sobre o cangaço, acentuando o debate sobre os questionamentos que colocam cangaceiros famosos como Virgulino Ferreira, o Lampião, no centro das discussões, lançando luz a ações que dividem a opinião pública sobre o prisma do herói ou bandido.

Jesuíno Alves de Melo Calado nasceu no Sítio Tuiuiú, no município de Patu, Rio Grande do Norte, em 1844. Filho da aristocracia rural sertaneja, seu pai José Alves de Melo Calado e D. Alexandrina Brilhante de Alencar, sua mãe. Em 1871 entrou no cangaço por vingança, após um irmão seu ter sofrido uma surra nas ruas da cidade e uma cabra de sua fazenda ter sido roubada. 

O seu cangaço difere dos demais bandoleiros que povoam a memória popular nordestina como Virgulino Ferreira - mais conhecido como Lampião - e Antônio Silvino, pois Jesuíno implantou a sua maneira um sistema de “justiça” em uma terra onde reinava a lei do mais forte e não fez dessa atividade uma profissão.

Jesuíno se difere dos demais cangaceiros por ter procurado intervir em questões sociais como a distribuição para as pessoas necessitadas dos gêneros alimentícios destinados a combater as secas, que subtraía dos coronéis saqueando os comboios de víveres (gêneros alimentícios) que eram enviados pelo Governo para as vítimas das secas, mas que ficavam nas mãos dos poderosos e nunca chegava à população. Jesuíno também se destacou por intervir em situações de violência sexual contra as mulheres uma década antes do reconhecimento legal do crime de estupro.

Para Câmara Cascudo, ele "foi o cangaceiro gentil-homem, o bandoleiro romântico, espécie matuta de Robin Hood, adorado pela população pobre, defensor dos fracos, dos velhos oprimidos, das moças ultrajadas, das crianças agredidas. Homem claro, desempenado, cavaleiro maravilhoso, atirador incomparável de pistola e clavinote, jogava bem a faca e sua força física garantia-lhe sucesso na hora do "corpo a corpo". Era ainda bom nadador, vaqueiro afamado, derrubador e laçador de gado. Sua pontaria infalível causava assombro, especialmente porque Jesuíno, ambidestro, atirava com qualquer das mãos".

Famílias inteiras chegaram a fazer parte do seu bando como estratégia de sobrevivência. De 1871 a 1879, implantou um “Estado paralelo” nos sertões nordestinos, cujo eixo central era a região do Patu (“terra alta”, em tupi) e cuja principal fortaleza a chamada Casa de Pedra (caverna encravada na Serra do Lima).

Casou com D. Maria, tendo cinco filhos dessa união. Envolvido com uma questão de família, Jesuíno matou o negro Honorato Limão, no dia 25 de dezembro de 1871. Foi sua primeira vítima. Era “irredutível em questão de honra”. Vários autores escreveram sobre Jesuíno, entre eles Luís Câmara Cascudo, Gustavo Barroso, Ariano Suassuna e Raimundo Nonato. Este último é autor de Jesuíno Brilhante, O Cangaceiro Romântico, que narra a inteira epopeia do bandoleiro. Entre as principais ações de Jesuíno, narradas no livro de Raimundo Nonato, encontra-se um episódio, onde Jesuíno Brilhante se hospedou em uma casa. O marido estava ausente. Um bandido, de nome Montezuma, procurou se aproveitar da situação para perseguir a proprietária da casa. Jesuíno, revoltado, matou o malfeitor. Outro caso: assassinou um escravo, José, porque tentou violentar uma mulher. 

Antigo Prédio da Cadeia Pública de Pombal PB

Segundo Cascudo, "ficaram famosos os assaltos à cadeia de Pombal, (PB) para libertar seu irmão Lucas (1874) e, no ano de 1876, à cidade de Martins (RN). Cercado pela polícia local, Jesuíno e seus dez companheiros abriram passagem através de casas, rompendo as paredes, cantando a antiga “Corujinha”. O coronel João Dantas foi parceiro de Jesuíno no ataque à Cadeia de Pombal, na Paraíba, para resgate do irmão do cangaceiro. João Dantas aliou-se a Jesuíno com o intuito de aumentar seu poder, mas o rompimento entre os dois ocorreu quando o coronel pediu para Jesuíno matar o jornalista Vulpes Alba, que denunciou no Diário de Pernambuco o ataque à Cadeia de Pombal, considerada uma das mais seguras do Nordeste. Com a recusa de Jesuíno, os dois não mais se entenderam. Os filhos do coronel acabaram assassinando o jornalista. Câmara Cascudo afirma ainda que Jesuíno “nunca exigiu dinheiro ou matou para roubar”. A imaginação popular acrescentou à biografia do cangaceiro centenas de batalhas, das quais Jesuíno Brilhante teria participado sem que tivesse levado um só tiro.

Em dezembro de 1879, Jesuíno foi vítima da emboscada de uma milícia liderada por Preto Limão, seu algoz, sob encomenda do coronel João Dantas, após ter sido traído por um seleiro nas margens do Riacho dos Porcos, na comunidade Palha no sopé da Serra de João do Vale, no município de São José do Brejo do Cruz, na Paraíba, antigamente São José dos Cassetes. Atingido no braço e no peito, foi levado, agonizante, por seus amigos. Morreu no lugar chamado “Palha”, onde foi sepultado. Em 1883, o dr. Francisco Pinheiro de Almeida visitou o túmulo do bandido e levou a caveira do cangaceiro para sua casa, em Mossoró. Após sua morte, a caveira de Jesuíno foi levada para o Grupo Escolar "30 de Setembro". No ano de 1924, a caveira foi transferida para a Escola Normal. Seus restos mortais foram resgatados pelo médico Almeida Castro e durante várias décadas estiveram expostos no Colégio Diocesano em Mossoró, para depois fazer parte do acervo museológico do alienista Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. 

Gruta é uma obra da natureza. Segundo o historiador patuense, Petronilo Hemetério Filho, a Casa de Pedra também conhecida como “Casa de Pedra Jesuíno Brilhante” fica na Serra do Cajueiro, distante da cidade 6 km, ao lado da BR que dá acesso para Catolé do Rocha, na Paraíba. É uma obra da natureza, contendo um salão que dá para abrigar 30 pessoas, três fendas largas na rocha como se fossem três quartos e uma espécie de parapeito por toda largura do portão de entrada, onde Jesuíno Brilhante se entrincheirava, para dali, deitado por trás do balcão de pedra fazer “fogo” contra a polícia, com seus companheiros. Nunca foram atingidos pelas balas da força pública chamada de “volante”, e nunca sofreram uma derrota nas lutas travadas com a polícia, várias vezes, com dezenas de soldados. Durante certo tempo, Jesuíno Brilhante morava lá com a sua família achando-se seguro na fortaleza, feita pela natureza, onde contemplava a beleza da montanha e os gorjeios dos pássaros. Respirava o oxigênio puro. Como só havia um caminho de acesso, de lá de cima da quebrada da serra avistava quem se dirigia à Casa de Pedra. Sentia-se seguro com a espionagem e ainda zombava da polícia. Só iam lá os amigos e familiares. Os que tentassem violar seu esquema de segurança sem se comunicar, eram recebidos na boca do bacamarte. A gruta onde Jesuíno se escondia no Sítio Cajueiro, a Casa de Pedra do Sítio Escondido, bem como a casa em ruínas do coronel João Dantas no Sítio Patu de Fora e o sítio arqueológico do Jatobá, são os três primeiros sítios, comprovadamente que receberam o cangaceiro em seus domínios. Já o terceiro foi reduto dos negros Limões, famosos inimigos do cangaceiro. Acredita-se que o sítio arqueológico do Jatobá não seja de interesse apenas por contar a vida do cangaceiro, mas possivelmente ele tem objetos de populações pré-indígenas que viveram no local há mais de 10 mil anos.

Convém lembrar a municipalidade para fazer um decreto transformando a Casa de Pedra, em patrimônio público, local de visitação, já que é um ponto turístico e pitoresco.

Recentemente, foram localizados dois objetos que pertenceram ao cangaceiro e poderão ser apreciados na Casa de Cultura de Campo Grande. Uma das garruchas, um revólver antigo usado por ele, estava com Orlando Alencar, descendente materno de Jesuíno. E a moringa, garrafa do século 19, produzida em Amsterdã, na Holanda, teria sido adquirida por Jesuíno na capital do Oeste, sendo um dos primeiros objetos da era industrial a chegar a Mossoró. Ela também pertencia ao acervo do descendente. A cidade de Campo Grande também tem ligação com Jesuíno. O professor Epitácio lembra que Câmara Cascudo, no livro Flor dos Romances Trágicos, menciona a passagem pela fazenda de familiares do escritor do cangaceiro Jesuíno Brilhante. Existe a intenção de fazer um mausoléu para Jesuíno no local em que foi morto pelo inimigo Preto Limão".

Livro: Jesuíno Brilhante, O Cangaceiro Romântico.

Autor: Raimundo Nonato. 

http://aluisiodutra.blogspot.com/2018/04/historia-do-cagaceiro-jesuino-brilhante.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JESUÍNO BRILHANTE

 Do acervo do pesquisador do cangaço Antônio Corrêa Sobrinho

"Cessaram as chuvas na Paraíba. Dizem do Catolé do Rocha que o facínora Jesuíno Brilhante cercou a casa em que residia uma mulher de nome Ana Joaquina, na de 2 de fevereiro, obrigando os transeuntes a carregar lenha para junto da casa, a que depois lançou fogo. Na casa estavam dois filhos de Ana, um dos quais conseguiu fugir, sendo, porém, baleado. O outro morreu queimado."

O Estadão (SP) – 13.03.1872

https://www.facebook.com/groups/GrupoCangacologia/?multi_permalinks=3628857320504548%2C3622123981177882%2C3627633213960292%2C3626101824113431%2C3625026157554331&notif_id=1606239677536305&notif_t=group_activity&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

CANGAÇO - A TRISTE SINA DE LILI

Por Nas Pegadas da História

https://www.youtube.com/watch?v=n7kmvD_KQ10&ab_channel=NASPEGADASDAHIST%C3%93RIA

ACESSE NOSSA LIVRARIA COM DIVERSOS LIVROS COM A HISTÓRIA DO CANGAÇO: https://jflavioneres-nph-livraria.fre... * Maria Bonita: Sexo, violência e mulheres no cangaço https://amzn.to/2YHc66l * Apagando o Lampião: Vida e morte do rei do Cangaço https://amzn.to/3jie84M *Benjamin Abrahão: Entre anjos e cangaceiros https://amzn.to/3hAayTc * Cangaço uma ampla bibliografia comentada https://amzn.to/3lmGRao

A narrativa desse vídeo foi extraída e adaptada do livro: MARIA BONITA SEXO, VIOLÊNCIA E CANGAÇO, da escritora Adriana Negreiros. *CANAL ROSINHA - VIDA MINHA https://www.youtube.com/channel/UCE32... #Cangaço #HistóriaDoCangaço

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MANÉ ANJO, O ADEUS DA "LENDA SERTANEJA".

 Por Rangel Alves da Costa

Ao anoitecer desta quinta 26 de novembro, aos 89 anos faleceu Mané Anjo, o lendário esposo de Dona Prazerinha, nossa querida Maria dos Prazeres Campos Lima. Batizado como Manoel Rodrigues Lima, natural de Divina Pastora, e conhecido por todos como Mané Anjo, fincou nas terras sertanejas de Poço Redondo sua existência, gerando prole das mais valorosas do sertão. Foram nove filhos, estando sete entre nós: Maria Joaquina, Marize, Arturzinho, Uel, Estela e Aribaldo. E muitos netos e bisnetos. 

Diz-se do lendário Mané Anjo pelo seu jeito alegre e brincalhão quando mais novo, também pelas estripulias que costumava fazer. Dizem que certa feita avisou a esposa que ia comprar cigarro, subiu no jipe e só voltou uns quinze dias depois, zanzando pelo mundo. 

Ultimamente, com problemas de saúde e a idade avançada, vivia recolhido entre os seus, certamente relendo na memória seu livro de estripulias. Deixa saudade, Mané Anjo, muita saudade. Que Deus o receba de braços abertos!

https://www.facebook.com/photo?fbid=3794380693915048&set=a.1031028513583627

http://blogdomendesemendes.blogspot.com