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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

ALAGADIÇO - FREI PAULO - SERGIPE UM POVOADO RICO DE HISTÓRIAS, MASESQUECIDO

 Por: Vivianne Paixão
Quem pega a rodovia 235, com destino ao município de Frei Paulo, a 71 quilômetros da capital, corre grande risco de passar despercebido por uma minúscula placa: “Alagadiço a 8 Km”. Uma identificação tímida, que contrasta com a grandiosidade da riqueza histórica e cultural do povoado. Foi lá que Virgulino Ferreira, o Lampião, esteve por quatro vezes e deixou naquelas bandas o seu capanga Zé Baiano, também conhecido como “Pantera Negra dos Sertões” e considerado um monstro impiedoso.


Toda essa saga está retratada no livro “Lampião e Zé Baiano no povoado Alagadiço”, do pesquisador Antônio Porfírio de Matos Neto, natural da região. Registro de um patrimônio sergipano “poupado” do seu devido valor pelo Estado, que poderia muito bem transformar Alagadiço em mais um destino turístico (e, por que não dizer, gerador de emprego e renda) da rota do cangaço.

  
"O povo daqui é carente demais e a única maneira que acho que iria ajudar a melhorar a vida dele seria através do turismo.  A rota do cangaço de Xingó deveria existir aqui também. Temos uma narrativa incrível em que seis conterrâneos conseguiram acabar com um dos bandos de Lampião e eu estou buscando de todas as maneiras possíveis trazer essa rota para a nossa comunidade, que está disposta a contar e recontar toda a sua história”,avisa Porfírio. (Foto)


A derrocada de Lampião começou por volta de 1930 neste pequeno povoado de Frei Paulo, hoje com cerca de três mil habitantes. Conta a história que o Rei do Cangaço entrou pela primeira vez acompanhado de dez cangaceiros, fazendo a maior arruaça, derrubando portas, roubando jóias e alguns pertences dos moradores. “Ele chegou na minha casa eu era criança. Perguntou se meu pai estava, me assustei e perguntei a ele se meu pai o conhecia. Ele logo me deu um grito mandando eu chamá-lo. Depois ele ainda mandou que eu lavasse as ‘percatas’ (sandálias) do bando e que eu tirasse leite da vaca, coisa que eu nem sabia como fazia”, rememora a dona de casa Ivete Matos, 81 anos.

Alagadiço tinha uma posição privilegiada e, por não possuir destacamento reforçado da polícia, favorecia o trânsito dos bandidos de um lado a outro do Estado. Assim, Lampião andava tranquilamente pela redondeza. Em 1932, ele retornou ao povoado. Desta vez não molestou ninguém, apenas levou algumas coisas dos moradores. Um ano depois, Virgulino entrou de novo em Alagadiço e foi diretamente à casa de Antônio de Chiquinho querendo obter informações sobre a volante que pretendia acabar com o seu bando.

Zé Baiano

No ano de 1934, Lampião apareceu em Alagadiço pela última vez, deixando essa região sob o comando do grupo de Zé Baiano. Filho natural de Chorrochó, ele passou a aterrorizar os moradores daquele local. Coube a esse destemido cangaceiro a posse das terras compreendidas entre os municípios de Frei Paulo, Ribeirópolis, Pinhão e Carira, em Sergipe, e ainda Paripiranga, na Bahia.

O “Pantera Negra dos Sertões” era um negro, alto, forte, nariz achatado, queixo comprido, cabelos ruins e maltratados, que usava óculos e tinha uma voz grossa. Após ter ficado sabendo da traição amorosa da sua companheira, a qual ele assassinou a pauladas, passou a marcar mulheres indefesas com um ferrão de iniciais “J.B.”, como se fossem gados. Requinte de perversidade.

Com fama de impiedoso, o famigerado “ferrador de mulheres” era tido como um dos mais ricos do bando – formado por Demudado, Chico Peste e Acelino. Durante anos cometeu atrocidades, saqueou e impôs a sua própria lei em Frei Paulo e municípios vizinhos. A polícia não descansava procurando os temíveis bandidos que se escondiam em casas de fazendeiros. Estes, se não contassem à polícia, eram chamados de coiteiros, e se falassem eram apelidados de dedo duro na boca do cangaceiro.

A mata era o maior refúgio desses facínoras. No corpo de uma árvore – viva até hoje – eles silenciavam suas armas e na chamada “Toca da Onça”, na Fazenda Caipora, evitavam o ataque de inimigos com troca de tiros, já que de lá de cima tinham uma visão panorâmica e privilegiada de toda a região.
Certa vez, o inesperado para Zé Baiano aconteceu. Por ser coiteiro do seu bando, o comerciante Antônio de

Chiquinho, cansado das perseguições da polícia – chegou até a ser preso – e da desconfiança dos cangaceiros, tramou um plano para eliminar o grupo do impiedoso “ferrador”. E foi numa entrega de alimentos, solicitada pelo Baiano, que o comerciante convidou os conterrâneos Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho), José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin) para, juntos, darem fim ao bando. No dia 7 de julho de 1936, os seis amigos conseguiram dar cabo aos quatro temíveis bandoleiros na Lagoa Nova (localidade de Alagadiço). Os conterrâneos mantiveram o feito em sigilo durante cerca de 15 dias, temendo a represália de Lampião contra o povoado.

Antônio de Chiquinho, certo de que Lampião voltaria a Alagadiço para se vingar da morte do seu amigo, preveniu-se do embate e perfurou as paredes da sua casa – hoje uma creche comunitária –, tendo assim melhor visão da rua para atirar quando ele aparecesse. Porém, para a sua sorte, Virgulino Ferreira resolveu deixar pra lá o acerto de contas graças a Maria Bonita, que o alertou sobre a presença de um canhão no povoado, onde cabia um menino dentro acocorado – um minicanhão que, inclusive, está guardado no acervo do historiador Antônio Porfírio.


Ações de Porfírio

O autor do livro “Lampião e Zé Baiano no povoado Alagadiço” cresceu ouvindo as histórias que eram contadas pelos mais velhos e, muito curioso, mergulhou fundo em cada narração. Diante de tanta riqueza cultural, resolveu organizar todas as informações em um livro. “Eu não podia deixar morrer a nossa cultura. Foram seis civis filhos de Alagadiço que conseguiram acabar com quatro bandidos de Lampião, e isso é que é importante destacar”, comenta Porfírio.

A produção independente de “Lampião e Zé Baiano no povoado Alagadiço” foi vendida por completo. “Para minha surpresa o meu livro esgotou as vendas. Foram mais de dois mil exemplares”, relata o pesquisador que, além da publicação, construiu um museu dentro do seu próprio sítio. “Essa também foi outra grande surpresa, porque eu não esperava que viesse tanta gente visitar. Vêm pessoas de outros estados, curiosas para saber da história. Isso é gratificante”, diz Porfírio.

O escritor adquiriu os materiais do museu dentro do próprio povoado, dos lugares onde os cangaceiros se escondiam ou dos próprios moradores. Algumas peças foram compradas fora de Sergipe. “Muitos punhais, armas e indumentárias dos cangaceiros eu encontrei aqui, dentro do tronco de uma árvore e na Lagoa Nova. Também tenho no acervo o minicanhão que salvou Alagadiço de ser exterminado por Lampião, e três cartas escritas por Dadá, mulher de Corisco, ao compadre Joãozinho de Donana, que criou a filha deles por dois anos na cidade de Pinhão”, relata.

Na Lagoa Nova, onde Zé Baiano e os seus capangas tombaram, Porfírio construiu o "Memorial do Cangaço de Alagadiço", também com recursos próprios. “O dono da fazenda me cedeu o espaço e eu contratei os pedreiros para construir. É uma construção bem simples. Na verdade o que deveria ser construído mesmo era um grande e bonito mausoléu”, lamenta o historiador.

Porfírio também construiu no seu sítio uma biblioteca. “Um lugar onde o povo daqui, principalmente os adolescentes, possa ler mais sobre a história do seu povoado. Ainda não estou com o acervo completo, tenho apenas dois mil livros, sendo a maioria especializada em literatura sergipana. Se engana quem acha que a comunidade pobre não gosta de coisa boa. A minha biblioteca, graças a Deus, é muito freqüentada pelos moradores”, garante.
Segundo o pesquisador, todas essas suas iniciativas foram pautadas com o intuito de resgatar a cultura e a cidadania dos seus conterrâneos. “O povoado aqui não tem atrativo nenhum e essas coisas servem como divertimento para eles. Uma história bonita como essa de Alagadiço tem que ser trabalhada”, diz Porfírio, que pretende, em breve, colocar um circo também dentro do seu sítio. “É para eles terem oficina de teatro. Vou aplicar o método Paulo Freire, com a pedagogia do oprimido”, explica.


Memória

Ante a alta relevância dos fatos ocorridos em Alagadiço, o cineasta de Fortaleza, Wolney Oliveira, não perdeu a oportunidade e gravou um longa-metragem na localidade, que irá às telas do cinema no próximo ano, quando a morte de Lampião completa 70 anos. Ao que tudo indica, as pessoas de outros estados vão conhecer Alagadiço antes mesmo que os próprios sergipanos.

Enquanto isso, toda a riqueza cultural do povoado de Frei Paulo permanece guardada nas lembranças dos seus moradores mais antigos e no livro de Antônio Porfírio. “Eles eram rapazes pacíficos, apenas entraram na luta porque um amigo deles botou, mas eles não faziam mal a ninguém, eram meninos direitos e não eram de briga. Tive nove irmãos e só esses dois morreram devido a luta. Foi logo depois da morte de Zé Baiano que deu uma febre forte em um, e no outro deu uma doença braba, e disso eles morreram”, recorda Uília de Almeida, 103 anos, com relação aos seus irmãos Toinho e Dedé, cangaceiros do bando de Zé Baiano.
Lembranças que muitas vezes assustam até mesmo quem nunca viu Zé Baiano, muito menos Lampião.  
“Eu escuto direto uma zoada como se estivessem andando nas ruas, fazendo a maior bagunça. Ouço eles andando de carro de boi e também um monte de gados e cavalos correndo e acabando com tudo. Mas só escuto, não vejo nada. Só fiquei assustado uma vez quando vi um vulto passando, aí eu cacei a cabeça e não achei”. Conta o roceiro José Gilson de Oliveira, 57 anos, dono da fazenda na Lagoa Nova, onde Zé Baiano foi morto e teve sua cabeça decepada.

Guerra de Canudos

Considerado hoje um dos principais povoados do município de Frei Paulo, Alagadiço teve sua origem por volta do século XIX, pelo senhor João Pereira da Conceição, que organizou uma praça e denominou o local, por ser uma área bastante alagada, principalmente no período chuvoso.

Um fato interessante da história do povoado foi o ocorrido com um dos seus primeiros moradores, o senhor João Sabino dos Santos, que, após desertar da batalha de Canudos, foi ali residir, em 1896. O governo da Bahia o procurava para cumprir prisão, como fez com todos os desertores. Foi quando, no final da batalha, localizaram-no desfrutando da paz e aconchego ao lado de sua mulher, Angélica dos Santos, grande devota de Nossa Senhora da Conceição, a quem fez a promessa de rezar uma novena se lhe fosse concedida a bênção de seu marido não ser preso.

Prece atendida, Sabino dedicou-se à construção de uma capelinha e Angélica adquiriu uma bela imagem de Nossa Senhora da Conceição para cumprir a promessa de nove dias de festa cristã. Celebração que acontece até os dias de hoje no mês de dezembro.

Publicado em 02/11/2008 no Jornal da Cidade, SE.
 
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BASTIÃO DE TIMBÉ, O ANIVERSÁRIO DE UM GRANDE SERTANEJO E RENOMADO VAQUEIRO

*Rangel Alves da Costa

Hoje Bastião de Timbé, seus familiares e amigos, estão em festa, pois a comemoração de seus 79 anos de idade. Sem dúvidas que um grandioso dia para felicitar e abraçar este filho de Francisco Alves dos Santos (Timbé) e Conceição Marques que ainda está entre nós e que por toda a existência soube tão bem construir uma história de honradez, luta e tenacidade.
Atualmente morador da cidade, sempre encontrado entre amigos na sua calçada na Praça da Matriz de Poço Redondo, no sertão sergipano, certamente distanciado daquele seu outro tão vivenciado nas suas lides de homem da terra, da fazenda, do gado, da vaqueirama, da pega-de-boi. Bem assim mesmo, pois Bastião notabilizou-se principalmente como vaqueiro, e um dos maiores de todo o sertão sergipano.
Foi com o seu pai Timbé, também grande vaqueiro e amante dos currais e da lida com o gado, que Bastião começou a tomar gosto pelas coisas dos sertões catingueiros e cheirando a boi brabo, traquina e corredor. As fazendas Capela e Lagoa da Mangabinha, de seu pai Timbé, foram seus primeiros berços de aprendizado. O passo seguinte foi se tornar vaqueiro em outros locais, nas fazendas grandes de renomados senhores.
Antes disso, porém, prestou serviços temporários na grande e afamada Fazenda Cuiabá, de Hercílio Brito, onde ajudava o recém-falecido Rivaldo de Janjão no tangimento de rebanhos e na pega de boi valente. Foram lições primordiais para o seu aprimoramento das coisas da vaqueirama. Tanto assim que o seu nome logo chegou ao conhecimento de outros portentosos donos de fazendas. Piduca Alexandre (irmão de João Maria de Carvalho da Serra Negra), dono de muitas propriedades nas terras sertanejas de Poço Redondo, logo viu no jovem Sebastião a pessoa ideal para tomar conta de seus pertences de gado e terra. Assim o convidou para ser vaqueiro na Barraca dos Negros, uma de suas grandes propriedades.


Quando esta propriedade foi vendida aos Honorato, o passo seguinte foi ser transferido para a Baixa Verde, também de Seu Piduca, onde permaneceu até adquirir seu próprio pedaço de chão, lá pelos idos dos anos 70. Mesmo não podendo ser comparada às grandes fazendas em extensão e rebanhos, mas a sua Pia da Barriguda passou a se constituir o seu imenso mundo e a ser seu orgulho maior.
Em 2017, mais por pedidos familiares do que por desejo próprio, Bastião deu adeus ao curral, aos bichos de cria, despediu-se da moradia, fechou a porteira e foi morar de vez na cidade. Vendida a Pia da Barriguda, certamente que sua memória ainda convive com todo o seu passado de vaqueiro, de homem do mato, de destemido em cima de um cavalo alazão. Sempre ladeado de netos, filhos, parentes e amigos, um encanto de pessoa em atenção e proseado. A verdade é que fez fama e continua reconhecido como um dos maiores de toda a história sertaneja.
Em seu livro Vaqueiro, Cavalo e Boi (ainda não publicado), o saudoso Alcino Alves Costa, primo de Bastião, tece algumas considerações sobre sua vida vaqueira, e diz: “Sebastião de Timbé era um extraordinário conhecedor de rastros, mateiro que sabia distinguir a pegada de uma rês fosse ela qual fosse... Montado em seus cavalos, o Meladinho ou o Escurinho, Bastião de Timbé não temia boi. Era vaqueiro de vanguarda e detentor de grande conhecimento da caatinga. Era um daqueles que se costumava dizer: ‘este não dá corda pra ninguém’... Nos campos do sertão sergipano o gado era quase selvagem. Está na história de Poço Redondo a odisseia do gado brabo de Mané do Brejinho; assim como o heroísmo dos notáveis vaqueiros de Poço Redondo, especialmente representados pelos incomparáveis Abdias, Tião de Sinhá, Rivaldo de Janjão, Sebastião de Timbé e Elias de Tonho Gervásio...”.
Hoje ali na sua calçada, muitos que passam talvez nem conheçam sua fama e sua história. Mas, sem dúvidas, um dos maiores nomes da história vaqueira de Poço Redondo. Parabéns, Bastião. Feliz aniversário e muitos anos de vida abrilhantando ainda mais o grande livro sertanejo.

Escritor
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QUEM FOI LINO DE ZEZÉ, OU " O CANGACEIRO PANCADA!"


Por José Francisco Gomes

Em 1931 o bando lampião andava pelos sertões baianos, fazendo sua malha de coiteiros. Um dos povoados na região de Paulo Afonso onde mais foi visitada pelo capitão Virgulino Ferreira, vulgo Lampião. Foi sem soma de duvida o povoado salgadinho que fica nos pés da serra do padre. Local também onde Lino de Zezé cometeria seu primeiro homicídio matando ali um soldado e incorporando de uma só vez no bando de lampião e depois chegando a virar chefe de um pequeno subgrupo andando com Curisco após a morte de lampião em 28 de julho de 1938. 


Lino Pancada se entrega as forças policiais é vai servir para caçar também seus antigos compatriotas cangaceiros, voltando ao inicio, depois do ataque é da emboscada de lampião a volante do tenente Arsênio no tanque do touro ou lagoa de mel muitos soldados foram mortos, 16 soldados mais Ezequiel Ferreira irmão de lampião, o tenente Arsênio perdeu esse combate perdendo ali ate um sargento de nome Leo Melino rocha que ficou morto em posição em pé agarrado nas cercas, um desses soldado que escapa da lagoa do mel vai para o povoado Nanbébé la pega Antônio curvina para indica-lo o caminho que seria o caminho de santo Antônio da gloria, esse soldado por não conhecer o ambiente por se tratar de um soldado que veio da Bahia de Salvador não conhecia a região por que se não eles teriam ido direto para santo Antônio da gloria curral dos bois.


Ele pediu ajuda a um homem por nome de Antônio Curvina que foi abatido em seguida por engano esse soldado que escapa de duas emboscadas sai no pé da serra do padre na casa de dona francelina que era irmã da Cangaceira Lídia de Zé baiano. Dona francelina alerta ao soldado a sair dali, pois ali era muito frequente a andada de lampião. O soldado com muito medo faminto e assustado se recusa a sair, nesta hora e amarrado por alguns paisanos inclusive o outro irmão de Lídia o manú amarra o soldado junto com , nicó, João José de Lima é né. Nessa hora chega um jovem de nome Lino de Zezé e o amarra o soldado, espanca e o leva aos pés da serra do padre onde lá o executam com três tiros.

ainda hoje há um umbuzeiro no local onde foi abatido, passando da morte do soldado Dona Francelina junto com alguns familiares pede a alguns amigos que enterre o soldado temendo uma vingança da força policial. Este soldado enterrado nos pés da serra do padre.

no ano de 2018 Sandro Lee, Joao de Sousa Lima é Osli Oliveira fazem um marco para demarcar esse local onde esse soldado foi abatido e enterrado. Hoje essa roça é de propriedade particular, pertencendo ao senhor boy, hoje esta lá uma cruz onde marca esse local onde foi assassinado este guerreiro que escapou de duas emboscadas e foi morto por Lino de Zezé, depois do crime esse se apresenta a lampião e entra no bando como o cangaceiro pancada.

Rota do cangaço Sandro Lee e Joao de Souza Lima nos vestígios de lampião no município de Paulo Afonso.

Quero aqui agradecer em especial ao ilustre (Glauber Araújo de Souza Silva) policial militar do estado da Bahia.

Muitíssimo obrigado por nos ajudarmos nas pesquisas de campo.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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CIDADES IRMÃO DE VANUSA REVELA QUE CAUSA DA MORTE FOI TRAUMATISMO CRANIANO

Por Hugo Oliveira do Mais Goiás

 “A causa da morte de Vanusa foi traumatismo craniano”. É o que afirma, Darcio da Cunha Ferreira (46), irmão da motorista de aplicativo (36) desaparecida na última sexta-feira (18) e cujo corpo foi encontrado no Jardim Copacabana, em Goiânia, na tarde de domingo (20). “Não me deixaram vê-la no IML, pois já estava em situação de decomposição, o reconhecimento teve que ser feito por meio do cabelo e também das impressões digitais”, revela. Agora, a família prepara o funeral da condutora, que ocorrerá em uma Igreja Católica do Setor Finsocial, região Noroeste da capital.

De lá, o corpo da motorista seguirá para a cidade de Itapirapuã, onde será sepultada no mesmo jazigo de seu pai. “Estamos aguardando a funerária encostar para levar o corpo, mas a intenção é leva-la para a cidade da minha mãe o quanto antes”. Vanusa era a caçula de cinco irmãos e deixa uma filha de 18 anos, além da namorada Juliana Pereira (40). O funeral será custeado por Kauan, da dupla sertaneja com Matheus, que se sensibilizou com a história. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do cantor.

Darcio afirma que a Polícia Civil está tomando providências para deter e ouvir os suspeitos do crime. “Já colheram digitais no carro e estão realizando buscas. Não podemos acusar ninguém sem ter a devida certeza. Porém, desconfiamos de seu último passageiro, um tal de Camargo, que lhe devia cerca de R$ 1,3 mil. Se tiver sido ele, agora não vai ter que pagar mais, né”, lamenta. O Mais Goiás tentou contato com a delegada Mayana Resende, da Delegacia de Investigações Criminais, porém ela estava realizando oitivas referentes ao caso e não pôde atender.

Suspeitas

Por outro lado, segundo Juliana, companheira de Vanusa, confirma as suspeitas contra Camargo, empresário de duplas sertanejas. “Ele era um cliente da confiança da motorista, que inclusive lhe fazia corridas ‘fiado’. Ele era agente de uma dupla sertaneja, a qual Vanusa foi buscar na rodoviária naquela sexta para conduzi-los até uma casa de shows chamada ‘A Sertaneja’, no Jardim Novo Mundo”.  Para Juliana, eles foram as últimas pessoas a verem Vanusa com vida”.

Ela explica que a namorada – que também era enfermeira – trabalhou no Hugol naquela noite e, de lá, foi à rodoviária para o compromisso particular. “Por volta das 19h, ela me fez uma vídeochamada. Disse que estava com saudades, que queria me ver e depois foi trabalhar. Continuamos trocando mensagens até 2h05 de sábado (19), quando ela afirmou que a dupla subiria no palco. ‘Vou filmar e te envio’, disse. Fiquei preocupada porque meu combinado com ela era de que os deixaria na boate às 2h e iria para casa. Dormi e horas depois acordei sem nenhuma mensagem dela, que acessou o aplicativo pela última vez às 4h16. O vídeo também não estava lá”.

No outro dia, sem sinais da namorada, Juliana ficou aflita. Ligou para Vanusa, que não atendeu. “Pensei, ela deve ter chegado tarde em casa e só dormiu. Mas o dia foi passando e nada dela entrar em contato. Aí fiquei nervosa, liguei para amigas e familiares, que também não sabiam de seu paradeiro. Foi aí que resolvemos chamar a polícia”.

Buscas e versões

A colega de trabalho e amiga de Vanusa, Daniela Ferreira, foi uma das pessoas que tentaram localizar a motorista. “Consegui contato com Camargo, via telefone, mas ele apresentou versões distintas. Na primeira ligação, ele disse que ela os tinha deixado às 6h, no Setor Universitário, não mencionaram onde. Pedi que a gente se encontrasse porque ela estava sumida. Ele se negou, dizendo que tinha bebido muito e precisava dormir e desligou.

Na sequência, Daniela se dirigiu à delegacia com familiares para registrar um boletim de ocorrência. “Liguei pra ele novamente assim que saímos de lá (sic). Dessa vez ele disse que tinham desembarcado às 5h30, perto da Mabel”. O local fica nas imediações de onde o carro de Vanusa foi encontrado abandonado pela PC.

O último contato com o empresário ocorreu no domingo. “Me mandou um áudio, dizendo que tinha saído do carro quando viu outra moça entrando para uma corrida. Depois disse tentei falar com ele outras vezes, mas ele afirmou que só iria falar com a polícia e que não iria se encontrar com ninguém”.

O Mais Goiás teve acesso ao telefone de Camargo, mas ele não atendeu as ligações. A redação também tentou contato com a casa de Show A Sertaneja, mas as ligações também não foram completadas.

Este portal, entretanto, teve acesso a áudios em que o Camargo fala sobre a corrida. Segundo ele, que se refere a Vanusa como Vanessa, afirma que nunca teve problemas com a motorista “que é muito legal e nunca falhou”. Ele ainda reforça ter “bebido muito” durante a madrugada, mas que a vítima os teria deixado em um local próximo à Mabel, por volta das 3h30/4h.

Nas gravações, Camargo ainda revelou que Vanusa chegou a conversar com “uma pessoa” na boate, mas que ele não havia prestado atenção. “Por onde a gente vai, ela sempre dá notícia para a namorada. É muito bom passar essas informações, eu mesmo falava isso pra ela”. Ouça:

Amizade e segurança

“Uma pessoa cuidadosa, responsável, trabalhadeira e amorosa”. É assim que a namorada e amigas da motorista de aplicativo definem Vanusa. Chocadas com o crime, Suely Santiago (57) e Aline Vargas (40), que também eram colegas de trabalho da vítima, agora se perguntam se esta é realmente a profissão que desejam seguir.

Segundo Suely, todas elas integram um grupo de mensagens denominado Uber Girls, utilizado para compartilhar rotas e para que colegas pudessem monitorar umas às outras durante o expediente. “Sempre nos reunimos para tratar de segurança e tomamos todas as precauções, mas, lamentavelmente, não pudemos evitar essa tragédia”.

Da esquerda, Aline, Suely e Vanusa (Foto: arquivo pessoal)

Aline, por sua vez, se revela profundamente atingida com a morte de uma de suas melhores amigas. “Minha cabeça está a mil, estou a base de calmante. Fazíamos reunião todo mês para nos precavermos. É perigoso para todo mundo, mas mulher é mais vulnerável. Não gosto nem de ficar lembrando dela naquele estado. Era uma mulher guerreira, honesta, certinha, companheira. Me conhecia mais que minha filha e irmã. A gente era muito amiga”.

Com a morte da amiga, Aline afirma que vai repensar o serviço. “Já não estava rodando muito. A gente pensa em largar, mas não sabemos o dia de amanhã. Estou muito chateada com tudo. Esse mundo tem muita gente com falta de amor”.

https://www.emaisgoias.com.br/irmao-de-vanusa-revela-que-causa-da-morte-foi-traumatismo-craniano/

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OBRIGADA, JUNIOR, (VOLTA SECA?) POR SUA INFORMAÇÃO.

Por Verluce Ferraz

Lampião pode haver visto sim, as fotos de Napoleão Bonaparte - faz sentido até porque Napoleão, mesmo tento sua história ainda em evidência (pelo fato de haver fechado os portos às Nações; com isso, afetando as relações comerciais do Brasil e a Europa - nossa História evidentemente, ainda Napoleão expulsou a Família Real de Portugal deixando seu povo na miséria) - Jornais e Revistas ainda publicavam matéria e a história dele não estava morta. 

Ocorre que o chapéu de Napoleão tinha características semelhantes, mas com muitas diferenças, como verifiquei para elaborar meu estudo: 

O chapéu usado por Napoleão segue o estilo da "nobreza de sua época"; contendo plumas e penacho e com a aba ligeiramente reclinada para o lado. 


Já o chapéu usado por Lampião tem abas bem maiores do que as dos chapéus dos vaqueiros sertanejos, (é que os chapéus dos vaqueiros tinham esse formato para não atrapalhar no momento da pega dos bois - e para não ficarem presos entre os galhos das plantas - e Lampião colocou "símbolos" que têm significados psicológicos e protetivos: usando estrela de Salomão, Flor de Li (a flor de Liz traz significado do órgão feminino, e foi usada por Luiz VII - símbolo heráldico),- São os símbolos que diferenciam produtos que são rigorosamente iguais aos outros. 


Um símbolo é que atribui valor financeiro, ou psicológico. Lampião também usou peças de latão e depois as moedas em seus chapéus em momentos anteriores - e tudo isso tem conotação psicológica - para mim que vejo com o olhar da psicanálise. 


Cada detalhe colocado por Lampião tem significado místico - era uma pessoa supersticiosa - e os penduricalhos não úteis, eram usados como fator protetivo; denotando que era portador de TOC. 

Napoleão não usava seu chapéu pelos mesmos motivos; assim, a minha ressalva para o estilo - não similaridade... Admiro você, e seus comentários são muito bem elaborados. 

Abraços e um Feliz Ano Novo! Pode continuar nos enviando seus comentários, o objetivo é mesmo analisar o Cangaço e seus grupos...

https://www.facebook.com/groups/154668548512895/

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CURIOSIDADE VOCÊ SABIA?


 Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Lampião tinha por costume incentivar lutas corporais as chamadas “Queda de corpo” entre Cabras de menor expressão e entre recém-chegados ao bando e veteranos a exemplo do que aconteceu com José Ribeiro Filho “Zé Sereno”, que para ser incorporado ao bando do primo Zé Baiano, grupo subordinado a Lampião, teve antes que disputar uma queda de corpo com o jovem cangaceiro Volta Seca (Antônio dos Santos). Segundo Zé Sereno, após derrubar Volta Seca no chão por algumas vezes, foi aceito por Lampião e incorporado ao subgrupo liderado por seu primo, Zé Baiano (José Aleixo Ribeiro da Silva). 

Outra prática comum nos bandos cangaceiros era a luta entre cães. Ocasião em que os animais eram estimulados por seus donos para brigarem com cães adversários, onde saía vencedor o cão que conseguisse afugentar o oponente.

Tanto na luta entre homens, quanto em lutas entre cães eram realizadas apostas.

As lutas serviam para quebrar a rotina e garantir o divertimento dos cangaceiros durante suas longas jornadas em meio à caatinga ou durante as estressantes paradas nos coitos. 


Um fato interessante ocorreu durante uma briga ocorrida entre os cães de Lampião e do cangaceiro Luiz Pedro, onde na ocasião o cão de Lampião foi derrotado e esse furioso pegou sua arma para matar o cão de Luiz Pedro. Luiz Pedro ao ver o Capitão furioso indo em direção ao seu cão, cruzou o caminho de Lampião o impedindo de descarregar sua fúria sobre o animal. Acalmado os ânimos, ficou o dito pelo não dito.

Nas quebradas do Sertão. 


https://cangacologia.blogspot.com/search/label/Luiz%20Pedro

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UMA FOTOGRAFIA INÉDITA... PARA NÃO PERDER O COSTUME.


Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Olhando para essa fina e elegante senhora você seria capaz de dizer que no passado ela fez parte do bando cangaceiro liderado por Lampião? Creio que não. Hermecília Brás São Mateus ou Ilda Ribeiro de Souza a "Sila" companheira de Zé Sereno, antigo chefe de subgrupo do bando de Lampião, ambos sobreviventes de Angico, em fotografia registrada pós cangaço em local e data ignorada, ao menos por mim.


Longe das armas e da vida da canga e em um cenário que em nada lembra a vida sofrida e de fugas que levava em meio a caatinga no tempo em que fazia parte do bando do mais temido cangaceiro de todos os tempos. Lampião. 

Fica o registro fotográfico para a curiosidade e os olhares dos cangaceirólogos de plantão e de carteirinha. 

Essa fotografia foi uma cortesia da minha estimada amiga Gilaene "Gila" de Sousa Rodrigues, de saudosa memória. 

https://cangacologia.blogspot.com/2019/01/uma-fotografia-inedita-para-nao-perder.html?spref=fb&fbclid=IwAR0M6dYlsRPQBiuZp-U98tZ0DPZdFyu6WZGT-T1W9VX7CzDgtbgLrdQ9Ez0

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UM NOME PARA A HISTÓRIA??? LAMPIÃO E A MORTE DO PAI


Por Clerisvaldo B. Chagas

- Quem matou José Ferreira pai de Virgolino foi o volante Benedito Caiçara, intempestivamente, sem saber nem quem ele era na hora da invasão a casa. 

(Essa versão é sustentada por uma das maiores fontes do cangaço que nos pediu para que não colocasse o seu nome, por motivo de amizade com a família de Caiçara).

Por essa digna e insuspeita fonte, confirmada pelo saudoso batedor da tropa de Lucena, Manoel Aquino, homem de bem, que ouvira de seus colegas de farda. Como era um homem de princípios, Lucena recriminou duramente a Caiçara, mas assumiu a morte do senhor José Ferreira, uma vez que se achava responsável pelos atos dos seus comandados.

Existe uma versão que diz que o volante Caiçara fora duramente recriminado pelo comandante, teve sua farda rasgada, levado uma surra e expulso da polícia. A mesma fonte inicial, que tinha fácil acesso a ambos, diz não conhecer essa versão. E que o soldado Caiçara era perverso, mas Lucena gostava muito dele.

Depois da polícia, Caiçara passou a ser sacristão do padre Bulhões e não antes. Ainda como volante Benedito matou a pedradas um dos irmãos Porcino (José) ferido, em uma das diligências de Lucena, e que nunca pertencera ao bando. Quanto à morte de Luís Fragoso, é sabido por todos, que Lucena não gostava de colecionar prisioneiros. Ladrões em geral, especialmente ladrões de cavalos, assaltantes, desordeiros, perturbadores da ordem pública, muitos foram executados em cova aberta. A ordem para limpar o Sertão já vinha de cima.

Na morte de José Ferreira não houve combate. Os três filhos mais velhos não estavam presente. O depoimento de João e de Virtuosa são bens claros, explanados por Vera Ferreira e Antonio Amaury.

Marco Histórico no local da morte de José Ferreira
Cortesia de Robério Santos

Na versão de Bezerra e Silva, houve forte tiroteio na fazenda Engenho. Além da morte de José, ficou ferido Antônio Ferreira, na perna. Os Ferreira juntaram-se aos Porcino, conduziram Antônio numa rede e com um grupo de 25 homens, partiram para Pernambuco, pernoitando na vila Mariana. Pela manhã viajaram.

Lucena chegou à vila, tachou seus habitantes de coiteiros; os soldados ocuparam as ruas praticando absurdos e o comandante ainda andou seviciando pessoas (...)        


Do meu livro em parceria com Marcello Fausto “Lampião em Alagoas”, pág. 98-99.



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